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No Rastro do Amor

Cap 1 O RASTREADOR

TAYLOR

Maryan_ Culpa sua! Por sua causa perdi a minha filha! Ela só tinha seis anos! O que ela fez de errado para ter uma morte dessas?

VOCÊ COLOCOU AQUELE HOMEM NAS NOSSAS VIDAS!

Eu olho para aquela menina tão linda na casa da minha cliente e ela se parece tanto com a minha sobrinha, que o meu coração se aperta e lembro das últimas palavras da minha irmã. 

A garotinha parece compreender o que estou sentindo e me diz que existe muita criança precisando de mãe, mas jamais poderei ser mãe. Ela me abraça e me diz que não foi culpa minha. Mas, eu sei que foi!

Dou uma desculpa qualquer e saio dali, antes que o desespero me consuma.

Subo na moto e saio na noite, rodo um pouco mas tenho que parar, pois já é tarde, o desespero há muito tempo é o meu companheiro de vida. Mas desta vez pelo menos, tenho o alívio das lágrimas, sei que nem isso mereço, mas agradeço por elas.

Paro a moto numa praia e me recosto nela, olhando para o mar sem ver, choro a dor de perder a minha sobrinha amada, a minha irmã caçula e choro por ter perdido o meu marido e o meu bebê. 

Me lembrando de como tudo começou. 

Eu era agente da CIA, muitas vezes trabalhava disfarçada e foi assim que conheci o Paul. Estava disfarçada como dançarina em uma boate frequentada por uma máfia que sequestrava mulheres e crianças. 

Apostando que iria ser sequestrada também, como outras dançarinas que sumiram misteriosamente e o plano deu certo. Assim que o chefão da máfia, colocou os seus olhos em mim, eu soube que a minha hora chegará.

Fui levada para um abrigo subterrâneo na cidade de Nova York, no bairro conhecido por Hell 's Kitchen, ou seja, a cozinha do inferno. Impossível a polícia achar esse lugar, fingi ter medo, mas estava com um dispositivo de rastreamento e sabia que a minha equipe me acharia.

Me colocaram numa cela, onde estavam várias moças, uma em especial me chamou a atenção por ser muito nova. Ela não parava de chorar, me aproximei dela e tentei conversar. 

Ela me disse que tinha 15 anos e conheceu um garoto lindo pela Internet e se apaixonou por ele, eles conversavam todos os dias. E a convenceu a cabular aula e pegar o metrô e se encontrar com ele para irem ao cinema. 

Ela chegou na estação 50 th street e aguardou o garoto. Um homem se aproximou e disse ser o pai do garoto e que ele estava esperando no carro, pois tinha machucado o tornozelo, e ela ingênua acreditou na história. Foi jogada numa Van e trazida para cá. 

Perguntei se foi molestada, e ela disse que foi examinada, mas como era virgem, eles não fizeram nada com ela.

Com certeza, vão vender a garota, e uma virgem vale muito nesse mercado.

Algumas das moças eram tiradas da cela e voltavam algumas horas depois, cheias de hematomas que foram violentadas. Até que chegou a minha vez e eu estava ansiosa.

Me levaram a uma sala onde estava o chefe da máfia, esperei pacientemente, os capangas saírem. 

Mafioso _ Que pena! Pelo seu jeito de dançar e pelo fogo no seu olhar, achei que você tinha o sangue quente e iria me dar trabalho, mas você será boazinha e vai aceitar tudo o que eu fizer com você sem lutar. Isso é meio frustrante, mas fazer o quê?

Ele se aproxima de mim, que já estava com o punhal escondido nas mãos, mas a porta se abre e um homem entra irado. 

Homem _ Seu desgraçado, miserável. Você a pegou!

Mafioso_ Irmãozinho! O que faz aqui? Dá última vez que falamos você disse que não queria me ver nunca mais na sua vida, e agora vejam só, veio me fazer uma visita. Mas como pode ver, estou ocupado. 

Só então o homem parece me enxergar, ele vira os seus olhos verdes para mim, que me perco naquele olhar.

Homem_ Você foi raptada ou está aqui por sua vontade?

Taylor_ Raptada.

Eu não poderia dizer a ele que foi as duas coisas.

Ele imediatamente se coloca na minha frente, eu não me lembro de ser protegida assim antes. Claro que no trabalho, os colegas nos protegem, mas não dessa maneira, no trabalho damos cobertura um ao outro, mas sabemos da capacidade de cada um.

Os dois começam uma discussão acalorada, primeiro fico parada ouvindo, depois que me lembro que sou uma agente treinada e que estou aqui numa missão. Digo a senha combinada para que os agentes invadam o local. O chefe percebe que tem algo errado, quando me ouve dizer que está um lindo dia.

Mafioso_ O que disse? 

Taylor_ Que hoje está um lindo dia para prender bandido!

Antes que ele possa alertar os seus homens ou pegar a arma sobre a mesa, eu já estou com o meu punhal na garganta dele.

Lembro da cara do Paul, olhando para mim, ele sempre me dizia que nesse exato momento se apaixonou por mim.

As prisões foram feitas, e as vítimas cuidadas e devolvidas para as suas famílias. Paul conseguiu provar que não tinha nada a ver com os negócios do irmão e que foi lá tentar salvar a menina que era a sua afilhada.

Nesse processo todo acabamos nos aproximando e ele ainda ajudou a encontrar os outros locais de trabalho do irmão, salvamos várias mulheres e crianças.

Eles não eram irmãos de sangue, quando a mãe dele se casou, o padrasto tinha um filho de doze anos e o Paul tinha quatro. O irmão de criação se tornou um bandido da pesada, enquanto ele era um engenheiro muito bom, ainda em começo de carreira, mas já havia ganhado até prêmio pelo projeto de uma ponte.

Nos apaixonamos e nos casamos, no começo eu não queria filhos, pois achava que teríamos tempo para criar a nossa família.

A minha irmã nessa época estava na faculdade e conheceu uma pessoa e se apaixonou, logo engravidou e o cara se mandou, ela veio morar conosco, até o bebê nascer, pelo menos esse era o plano, mas nós nos apaixonamos pela menina, e ela também não queria sair, terminou a faculdade e mesmo já tendo um bom trabalho, nós três nos revezávamos para cuidar da pequena Jessy. 

Apesar da menina ser negra, as pessoas sempre pensavam que ela era minha filha e do Paul. Pois, nós a levávamos na escola, ao Parque, shopping. 

O irmão do Paul quis vingança e mesmo dentro do presídio, continuou a comandar a sua rede de tráfico, prostituição e pedofilia. 

Eu estava numa missão fora do estado, quando o Paul foi buscar a Jessy na escola, ela tinha sido levada. Ele fez tudo o que podia, dentro da lei, mas não encontrou a menina. Fui avisada e antes mesmo de chegar em casa, os meus contatos me disseram quem a levou. E eu tentando acalmar o Paul, contei para ele que o seu irmão fugiu e pegou a Jessy.

Disse-lhe que a CIA, já estava procurando, e, que assim que chegasse nós iríamos resgatar a Jessy. 

Ele só tinha que aguardar por duas horas, mas ele não me ouviu, e deu ao seu irmão aquilo que ele queria. A vingança!

Quando cheguei ao local, o Paul, estava morto, com um tiro na cabeça e a Jessy também!

Eles a mantiveram viva e ilesa, até o Paul chegar, a matou na sua frente para vingar-se da prisão e de perder os seus locais de cativeiro. Depois matou o Paul. Eu fiquei furiosa e parti para cima dele que ainda estava com a arma na mão, ele me acertou um tiro no abdômen, mas parecia que a dor no meu coração era maior, pois eu continuei lutando com ele e segurei a sua mão, com a sua própria arma e apertei o seu dedo no gatilho contra a sua cabeça. 

Quando acordei no hospital, fiquei sabendo que estava grávida e perdi o bebê. 

Eu e a Maryan entramos numa depressão profunda, eu tentava ajudá-la, mas ela acusava-me o tempo inteiro. Depois de algumas semanas, ela mudou-se por não querer me ver na sua frente.

Não atendia as minhas ligações, e apesar de não ter me dado o novo endereço eu sabia onde morava, e às vezes ia bater na sua porta, mas ela não me atendia.

No dia que completou três meses da morte de todos ela me mandou uma mensagem para que eu fosse até o seu apartamento. 

Quis me castigar mais uma vez!

A encontrei morta com uma carta de suicídio me acusando pela morte da filha.

Sinceramente, pensei em fazer o mesmo! Mas a covardia não mora em mim. 

Nesses dez anos, saí da CIA, porque não acreditava mais que a prisão fosse suficiente para certos tipos de crime. E desde então me tornei O RASTREADOR.

Quem sabe um dia, a morte me encontre. Porque o esquecimento não me encontrou até hoje!

(Foto tirada da Internet)

Cap. 2 ANDREW MAC'GREGORY

ANDREW 

Chego em casa louco para tomar um banho e um whisky para tirar esse dia infernal das minhas costas, hoje tudo parece ter dado errado. Sou um homem que gosta de ter o controle absoluto de tudo. E hoje isso foi posto a prova. A minha secretária se apaixonou por um cliente japonês, e resolveu ir embora com ele para o Japão. 

Trabalhamos há mais de dez anos juntos, e ela sabe tudo como gosto. Me disse antes de ir embora, que treinou a nova secretária, para me auxiliar no dia a dia na empresa. E hoje a mulher começou oficialmente a trabalhar sem a supervisão da Joan, e claro que meteu os pés pelas mãos.  

A garota treme cada vez que me vê! Os seus olhos ficam vidrados, parece que nunca viu homem. E confunde tudo, documentos errados, prazo para entregar relatório, foi um erro atrás do outro. E claro fez com que eu perdesse a paciência e gritasse furioso. Fiz a garota chorar e me senti um crápula por isso.

Onde a Joan, estava com a cabeça? Eu preciso de uma mulher madura, que segure o tranco, adolescente basta a que eu tenho em casa! 

Por falar nela, preciso procurá-la em seu quarto para conversarmos, recebi o seu boletim hoje e as suas notas estão péssimas. Tudo o que ela tem que fazer na sua vida é estudar, e ela não faz. Queria ver se tivesse a vida que eu tinha quando criança, eu lutei muito para crescer, tive uma infância miserável. Mas consegui estudar e abri a minha própria empresa. Se ela tem essa vida de luxo hoje foi porque eu batalhei muito.

Tomo o meu whisky, antes de ir bater na porta do seu quarto, pois sei que a batalha será árdua. 

Subo e bato na porta do seu quarto, três vezes, e ela não responde, não deve ter ouvido, pudera com o som nessa altura.

Abro a porta e o choque me paralisa, ela está dançando nua em frente ao computador.

Andrew _ Mia! O que está fazendo?

Eu entro e desligo a câmera, quando me viro novamente, ela já está com o roupão. 

Mia_ Você não sabe o que é privacidade?

Andrew _ Nem comece querendo me atacar! Primeiro eu bati, por três vezes e você não ouviu. Segundo, o que acha que está fazendo se exibindo nua assim na frente da câmera? Você é só uma menina! Tem apenas dezesseis anos.

Mia_ Eu não sou uma menina! Sou uma mulher! 

Andrew _ Você é uma criança que mal saiu das fraldas!

Mia_ Eu cresci, você estava ocupado demais trabalhando para enxergar isso!

Andrew_ Eu sei que cresceu, mas ainda é responsabilidade minha. Já imaginou o que esse cara para quem você estava dançando nua, gravar Isso é postar na Internet? Você será motivo de vergonha e humilhação. 

Mia_ Você está com medo de manchar a sua reputação? O empresário do ano com uma filha promíscua! 

Andrew _ Será que não entende? Não é comigo que estou preocupado. Uma coisa dessas pode manchar o seu futuro. Imagina você se formar e conseguir um emprego e o seu chefe te reconhecer de um vídeo desse? Ou quando se casar e tiver filhos, os seus filhos assistirem a performance da mãe? Essas coisas não se apagam da Internet! Caiu na rede uma vez, já era!

Mia_ Você é muito exagerado, eu só estava dançando para um amigo!

Andrew _ E para que dançar nua? Está concorrendo a vaga de striper?

Mia_ E se estiver? Não é da sua conta.

Andrew _ Eu sou seu pai, tudo sobre você é da minha conta, sou responsável por você.

Mia_ Só porque você me comprou da minha mãe!

Andrew _ O quê?

Mia_ Ela me contou a última vez que veio me visitar. Contou a bolada que recebeu para você ficar comigo. 

Andrew _ Ela não tinha como te sustentar e quando eu descobri que o dinheiro que eu dava, ela usava com drogas e com o namorado, eu resolvi que você ficaria melhor comigo. 

Mia_ E deu uma bolada para ela assinar os papéis da minha guarda.

Andrew _ Eu não tinha tempo para o processo de guarda, e principalmente você não tinha tempo, você só tinha três anos e era deixada trancada em casa sozinha enquanto ela estava nas baladas. Você tem ideia do que o namorado drogado dela poderia fazer com você?

Mia_ Então porque aceitou que ela viesse me visitar?

Andrew _ Ela é sua mãe! Não queria que você se sentisse órfã de mãe. Eu sei como foi duro crescer sem a minha.

Mia_ E isso é crescer com mãe? Ela vem uma vez por ano, rouba alguma coisa minha ou me pede o dinheiro da minha mesada e vai embora. Sem nunca me abraçar ou beijar e nem perguntar como eu estou!

Os seus olhos se enchem de lágrimas e a minha raiva murcha.

Eu a abraço  

Andrew_ Tudo o que fiz foi pensando no seu bem estar.

Ela se solta do meu braço, ultimamente está assim, aquela menina carinhosa se foi e deixou em seu lugar uma adolescente rebelde que não pode nem me dar um abraço ou beijo.

Andrew_ Recebi o seu boletim hoje.

Mia_ Nem começa! Eu odeio aquela escola, aqueles professores que nunca acreditam na gente!

Andrew _ E foi verdade o que disse para ele? Você disse para o seu professor de química que não fez o trabalho porque a sua avó morreu, e você nem tem avó nenhuma!

Mia_ Eu não tive tempo para fazer aquele trabalho chato.

Andrew _ Não teve tempo? Por acaso estava trabalhando como eu? Na sua idade eu tinha ...

Mia_ Dois empregos já sei! E ainda assim tinha que revirar lixo para comer. Já sei de tudo isso e você não me deixa esquecer! Não vejo a hora de ir para a faculdade bem longe e ficar longe de você!

Andrew _ Com essas notas? Ficarei feliz se uma faculdade local te aceitar.

Vou até à mesinha e retiro o seu notebook. 

Mia_ O que pensa que está fazendo?

Andrew _ Confiscando o seu notebook até as suas notas melhorarem. E esta de castigo até segunda ordem. Sair de casa, somente para a escola. 

Mia_ Porque estou de castigo?

Andrew _ Ainda pergunta? Uma menina da sua idade, dançando nua para um garoto não é normal, está errado, será que não enxerga? Se você não se preserva eu tenho que fazer isso!

Eu saio do quarto e ela vai até a porta furiosa

Mia_ Para a sua informação, nem virgem eu sou mais!

E bate a porta com tudo. Onde será que eu errei com a criação dessa menina? Está certo que eu nunca tive exemplo familiar, a minha mãe morreu no parto do meu irmão mais novo, e o meu pai se casou logo em seguida com a primeira que apareceu. Ele não queria cuidar de cinco meninos sozinho. E a minha madrasta era um demônio, a madrasta da Cinderela era um anjo perto dela.

Quantas vezes eu e os meus irmãos dormimos com fome? Ela escondia toda a comida, nós vivíamos maltrapilhos e o meu pai fingia que não via.

Mas eu sempre dei tudo para essa menina, menos uma mãe descente.

Regina _ Falou com ela?

Andrew _ Não ouviu o barulho da porta?

Regina _ Estremeceu a casa toda. 

Andrew _ Eu não sei mais o que fazer com ela!

Regina _ Tenha paciência, tudo isso é uma fase.

Andrew _ Eu não consigo entender o que há com ela. Você que é a nossa governanta desde que eu a trouxe para casa, consegue entender?

Regina _ É a rebeldia da adolescência, isso passa.

Andrew _ Ela está de castigo, não pode sair de casa, o motorista a leva e busca na escola, não deixe que saia. Estamos entendidos?

Regina _ Sim.

Eu sento no escritório e penso, como posso comandar mais de cinco mil funcionários espalhados pelo mundo, se não posso comandar uma única adolescente na minha própria casa?

Vou tomar um banho e deitar, na esperança desse dia terminar.

Quem sabe o amanhã só me reserve coisas boas.

(Foto tirada da Internet)

Cap 3 ENCONTRO INUSITADO

ANDREW

Claro que a minha esperança foi em vão. Acordo e vou ao quarto da Mia, acordá-la para a escola.

Bato à porta e não sou atendido.

Andrew_ Mia? Te espero lá embaixo em cinco minutos, não se atrase.

Desço e a Regina, já está com a mesa posta.

Andrew _ Bom dia Regina!

Regina_ Bom dia Andrew, a nossa princesa vai descer?

Andrew _ Tem aula hoje, e vou com ela até a escola, falar com os professores.

Tomo o café e ela não desce.

Andrew _ Regina por favor suba e tente colocar um pouco de juízo na cabeça dessa menina.

Ela sobe e em alguns minutos desce correndo.

Regina _ Andrew, ela não está no quarto, e falta uma mala e algumas roupas.

Andrew _ Será possível? Essa menina quer me enlouquecer. Vou olhar as câmeras da casa.

Vou até o escritório e abro a filmagem da noite passada. A vejo descer as escadas com uma mala nas mãos, para que as rodinhas não façam barulho. Ela olha para cima e faz uma cara determinada, tão parecida comigo. Destrava as portas com a senha de acesso e trava novamente. Vai para os jardins do fundo, se esgueirando onde sabe que tem câmeras e os vigias ficam de olho. Abaixa no arbusto e depois que a luz de vigilância passa, ela joga a mala e espera a luz passar novamente, parece que já fez isso antes. Sobe no muro com destreza e antes que a luz volte ela já está do outro lado.

Andrew _ Filha da mãe! A casa com tanta segurança e ela consegue escapar.

Regina _ Ela sabe os pontos cegos das câmeras, com certeza já fez isso antes e nós não percebemos!

Andrew _ Deve ter saído antes para alguma festa, mas agora não pretende voltar já que levou até a mala.

Regina _ O que vai fazer?

Andrew _ A minha vontade é de deixar ela quebrar a cara por aí para vê se aprende. Mas não posso fazer isso! É só uma menina boba, achando que sabe tudo da vida, não está preparada para as loucuras e maldade desse mundo.

A primeira providência é procurar nas casas das amigas, mas ninguém sabe onde está, ou pelo menos é o que dizem. Uma, o pai até a ameaçou para que contasse e ela jurou não saber.

Vou para os pontos de ônibus, estações do metrô, aeroporto, procuro em todos os lugares e nada, a polícia diz que não pode fazer nada, pois ela não foi sequestrada e sim fugiu. Me sugerem um investigador particular e eu faço isso.

Dois dias se passam sem nenhuma notícia, ela não pode ter sumido assim, bloqueei a conta dela, sem dinheiro não conseguirá ir a parte alguma. Com certeza teve ajuda, já verifiquei no notebook esse cara com quem ela estava falando.

Fiquei cismado, pois a conta já foi deletada, eu e o detetive conseguimos ver as mensagens que trocavam, ela compartilhou a foto dele com uma amiga, por isso a imagem dele foi salva.

O detetive conseguiu informações sobre a conta e a foto. E as coisas que ele descobriu foram estarrecedoras.

Essa pessoa que se passa por um garoto de dezessete anos, na verdade é um aliciador de menores. Todas as meninas que tiveram contato com ele, desapareceram sem deixar rastro.

O meu desespero vai ao auge quando o delegado me mostra o tamanho das pastas que ele tem sobre menores desaparecidas. Mais de cem garotas só na cidade de Nova York.

Eu fico sem saber o que fazer, e me lembro do meu amigo Fred Caine que é delegado em Miami. Sei que ele está por dentro desses casos, pois li no jornal, algum tempo atrás, que ele limpou a cidade de Miami desses sujeitos.

Ligo para ele buscando ajuda, ele me conta que não é mais delegado e sim juiz, mas a esposa dele conhece alguém que pode me ajudar.

Ele me passa o contato do Rastreador, um ex agente que faz esse trabalho. Garante que o cara acha qualquer coisa.

Mando o e-mail como ele pediu, ele disse que se a pessoa aceitasse o caso ligaria para mim, logo recebo a resposta. Ele marca encontro comigo hoje mesmo, pois já está trabalhando num caso em Nova York.

Que sorte, não terei que esperar muito, ele marca a noite no Greenwich Village, um bairro boêmio de NY.

As dez da noite estou esperando o cara sentado no bar, de repente uma mulher lindíssima com uma mini saia e top de couro senta-se ao meu lado. Provavelmente uma prostituta.

Andrew _ Desculpe, não estou interessado.

Ela joga o cabelo para trás e ri escandalosa, olha para aquela boca, pintada com um batom vermelho e ela inclina-se na minha direção.

Taylor _ Sou Taylor o Rastreador.

Ela fala sussurrando no meu ouvido.

Eu não posso ter entendido direito! Essa é o ex agente que chamam o Rastreador?

Ela se reclina sobre o balcão do bar ficando em pé na minha frente, com as pernas no meio das minhas.

Andrew _ Você deve estar brincando!

Ela ri, como se eu tivesse contado alguma piada. Se inclina e coloca os braços no meu pescoço.

Taylor _ Melhor você colocar o braço na minha cintura e fingir que acabamos de fechar negócio, ou podemos não sair vivos daqui.

Eu faço o que ela manda, mas a proximidade com aquela deusa já está mexendo comigo. Tiro o dinheiro da cerveja que eu nem cheguei a tomar e coloco no balcão. O barmam me olha e franze as sobrancelhas. Eu ergo as minhas para ele, como a dizer que me dei bem. Ele sorri e vai atender outra pessoa.

Saio com a mulher rebolando a minha frente e não posso deixar de admirar aquele traseiro.

Assim que chegamos na rua, ela me puxa para um beco escuro. O meu coração dispara, nem sei se de medo, pois posso estar caindo numa armadilha, ou de excitação por aquela mulher.

Andrew _ Quem é você?

Taylor _ Eu te disse no bar. Desculpe, mas terei que abraçar você.

Andrew _ O quê?

Ela me abraça e a luz do farol de um carro me cega. Alguém está nos vigiando.

Taylor_ Droga.

É a única coisa que eu ouço antes de ter os meus lábios colados naquela boca linda.

Se ela está fingindo, problema dela, porque eu a beijo de verdade. O nosso contato ascende um fogo dentro de mim, que eu nunca senti antes nessa proporção.

Exploro a sua boca e língua com a minha, ouço um gemido vindo dela, não sei se está gostando ou reclamando, mas as suas mãos apertam a minha nuca.

Quando o beijo termina, sinto o meu corpo em brasas, ele está tenso e duro. Ela se afasta um pouco e me olha desconcertada.

Taylor_ Porque fez isso?

Diz numa voz rouca, que ascende ainda mais a minha libido.

Andrew _ Você começou!

Taylor _ Era para ser um beijo técnico!

Andrew _ Eu não sou ator de Hollywood!

Taylor _ Vamos pegar o seu carro e sair daqui.

Vamos até o meu carro é entramos.

Andrew _ Para aonde vamos?

Taylor _ Siga em frente, preciso saber se não seremos seguidos.

Eu faço o que ela diz

Andrew _ Porque está fazendo isso?

Taylor _ Estou infiltrada como prostituta, mas parece que estavam desconfiando do meu disfarce. E pelo jeito não ficaram convencidos, estão nos seguindo.

Pare nesse hotel e vamos para um quarto, poderemos conversar e eles vão achar que estou fazendo o programa.

Paramos no hotel de quinta, e subimos para o quarto abraçados. Entro no quarto sujo e fedido.

Andrew _ Tenho até medo de sentar nessa cama.

Taylor _ Tem uma cadeira bem ali. Pelo e-mail que você me passou com as informações sobre o caso, eu já comecei a investigar. Amanhã terei a resposta se a sua filha ainda está aqui ou foi mandada para outro lugar.

Andrew _ Você já começou a investigar? Mas ainda nem conversamos, e se não acordarmos o valor ou o seu modo de agir?

Taylor _ Isso importa? Estamos falando sobre uma garota de 16 anos e não vou deixá-la nas mãos desses criminosos.

Ela fica quieta e olha para a porta, se desloca devagar e já está com uma arma nas mãos que nem sei de onde tirou. A porta se abre e dois homens armados entram e antes que eu possa pensar em qualquer coisa, os dois estão mortos no chão.

Andrew _ Caramba! Quem é você? Lara Croft?

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