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Vingança e Poder: O Jogo da Máfia

Capítulo 1

Primeiro Encontro

A chuva caía com força naquela noite, tingindo as ruas da cidade de um cinza opaco. A luz dos postes se refletia nas poças de água, criando um cenário melancólico, quase como se a cidade estivesse chorando. Isadora caminhava apressada, a capa de chuva esticada sobre os ombros, tentando se proteger da tempestade. Ela tinha apenas uma missão naquela noite, e sua mente estava concentrada em tudo, menos no que estava à sua frente.

Ela entrou no prédio imponente sem pensar duas vezes. O segurança a reconheceu e fez um gesto para que ela passasse. Isadora respirou fundo, e ao atravessar o corredor escuro, seus passos ecoavam como se estivessem medindo a distância entre sua vida e o destino que a aguardava.

Ao entrar na sala, foi imediatamente recebida por uma atmosfera gelada. O ambiente estava cheio de madeira escura, móveis pesados e uma janela que dava vista para a cidade. No centro, atrás de uma grande mesa de escritório, estava Dante. Ele era o chefe da máfia, o homem cujas decisões faziam até os mais poderosos tremelarem. E ali estava ele, com seu terno impecável, cabelo escuro como carvão, e um olhar penetrante que parecia ler até os pensamentos mais secretos.

Isadora sentiu um arrepio na espinha. Ele a olhou com seus olhos frios, sem esboçar emoção, como se ela fosse apenas mais um rosto que entrava e saia da sua vida. Ela se aproximou da mesa, mantendo a postura, mas a ansiedade crescia dentro dela.

“Você é Isadora?”, perguntou ele, a voz baixa e firme, quase sem interesse, como se fosse mais uma formalidade.

Ela assentiu, seu coração batendo mais rápido do que deveria. “Sim, senhor Dante.”

Ele fez um gesto sutil com a mão, indicando que ela deveria sentar-se. "Pode se sentar, Isadora. Não precisa de tanta formalidade."

Ela se acomodou na cadeira, sentindo-se diminuta diante daquele homem que emanava tanto poder. Era como se ele estivesse em outro nível, e ela fosse uma simples peça em um jogo do qual ainda não compreendia as regras.

"Eu soube que você tem se saído bem nos últimos meses. Como está lidando com as... responsabilidades?", Dante perguntou, o tom ainda impessoal.

Isadora hesitou por um momento, procurando as palavras certas. Ela sabia que ele tinha olhos em todos os cantos da cidade, e sua posição dentro da organização estava sendo observada de perto.

“Estou fazendo o meu melhor, senhor,” ela respondeu, tentando esconder o nervosismo na voz.

Ele a observava atentamente, como se estivesse estudando cada movimento dela, cada expressão. Para Dante, ninguém era irrelevante. Todos tinham um propósito. E ele sabia que Isadora, de alguma forma, tinha o potencial de ser mais do que apenas uma empregada.

“Aqui, não há espaço para falhas. Você entende isso, não é?”, disse ele, seu olhar penetrante quase como se estivesse fazendo uma ameaça velada.

Isadora engoliu em seco, sentindo-se como se estivesse sendo colocada à prova. “Sim, senhor. Entendo perfeitamente.”

Dante se levantou, caminhando até a janela. Ele olhou para a cidade lá fora, seus ombros largos e postura imponente, como se o mundo fosse seu para tomar.

"Eu gosto de ver pessoas com... determinação", disse ele, sem olhar para ela. "Mas também gosto de ver quem tem medo de falhar. Você tem medo, Isadora?"

A pergunta o pegou de surpresa. Ela sabia que ele não estava perguntando sobre seus medos pessoais, mas sobre sua lealdade e suas escolhas. Mas, ao mesmo tempo, havia algo nos olhos dele que a desafiava, como se quisesse vê-la quebrar.

Ela respirou fundo, tentando controlar a sensação de vulnerabilidade que o cercava. “Medo... não, senhor. Apenas não posso errar.”

Dante virou-se de volta para ela, seus olhos encontrando os dela. A tensão no ar era palpável. Durante alguns segundos, parecia que o tempo havia parado. Algo em sua expressão era estranho, como se ele estivesse ponderando algo mais.

“Espero que sua lealdade seja tão forte quanto suas palavras, Isadora”, ele disse, e sua voz ficou mais baixa, mas ainda cheia de poder. "Porque, neste jogo, não há espaço para fraquezas."

Ela sentiu um nó na garganta, mas se manteve firme. "Eu entendo, senhor."

Ele a observou mais um momento, os olhos frios, sem traços de emoção. Não havia sorrisos, não havia sinais de que ele sentisse algo por ela. Apenas uma avaliação, um julgamento implacável.

"Agora, vá embora", disse ele, quebrando o silêncio. "Ainda tenho trabalho a fazer."

Isadora se levantou rapidamente, sentindo a pressão de sua presença. Ela saiu da sala, fechando a porta atrás de si, mas algo permanecia com ela. Uma sensação estranha, como se o encontro tivesse sido algo mais do que simples formalidade.

Mas, para Dante, aquilo não passava de mais um dia de trabalho. Ele observou a chuva lá fora, e por um momento, a frieza em seu olhar parecia mais densa, como se ele estivesse distante de tudo e todos.

Isadora não sabia ainda, mas aquele encontro mudaria o rumo de sua vida de formas que ela nunca imaginou.

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capítulo 2

Isadora não imaginava que, após o encontro tenso com Dante, sua vida tomaria um rumo tão inesperado. Na manhã seguinte, ela foi chamada novamente ao escritório dele. O prédio estava imponente como sempre, e o ar lá dentro parecia denso, carregado de algo que ela não conseguia identificar. Ela estava acostumada à frieza dele, mas havia algo diferente naquele dia.

Ao entrar na sala, viu Dante atrás de sua mesa, seu olhar fixo no computador. Ele não a olhou imediatamente, como de costume. Apenas fez um gesto com a mão, como se indicasse que ela podia se aproximar.

Isadora sentiu uma leve tremedeira nas mãos. Seu estômago estava embrulhado, mas ela tentou esconder a ansiedade. Caminhou até ele, parando na sua frente.

"Você disse que gostaria de falar comigo, senhor?" perguntou, sua voz mais baixa do que ela gostaria que fosse.

Dante levantou os olhos, uma expressão inexpressiva em seu rosto. "Sim, Isadora. Sente-se." Ele fez um movimento para a cadeira diante da mesa, e ela obedeceu, sentando-se com as mãos rígidas sobre o colo.

"Eu não tenho muito tempo", disse ele, virando a cadeira para observá-la mais atentamente. "Você tem sido eficiente, o que é bom. Mas estou começando a pensar que você precisa de mais... estabilidade." Sua voz era firme, mas ao mesmo tempo não demonstrava nenhum afeto.

Isadora franziu a testa. "Estabilidade? Eu não... Eu não entendo, senhor."

Dante pousou as mãos sobre a mesa e inclinou-se ligeiramente para frente. Seu olhar, frio e calculista, se fixou em ela. "Estou falando de um tipo de estabilidade que vai além do seu trabalho aqui, Isadora." Ele pausou por um momento, como se estivesse decidindo qual palavra usar.

Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Algo no ar parecia diferente. Mas ela não sabia o que ele queria dizer.

"Você vai me casar comigo", ele disse abruptamente.

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Isadora não conseguiu conter a surpresa. “Casar… com o senhor?” Ela gaguejou, os olhos arregalados de incredulidade.

"Sim. Não se preocupe", ele continuou sem emoção, como se fosse algo trivial. "Não estou pedindo por amor. É apenas uma formalidade. O nome do meu casamento irá ajudar a fortalecer minha posição. E você será bem recompensada por isso."

Ela ficou em silêncio, processando as palavras dele, ainda sem saber se estava ouvindo aquilo de verdade. Casar-se com Dante, chefe da máfia? Ele não parecia o tipo de homem que se importava com compromissos, muito menos com relacionamentos reais. O que ele queria, então? Ela olhou para ele, tentando entender se havia algum jogo por trás daquele pedido.

“Não estou entendendo, senhor", ela disse finalmente, tentando manter a calma. "Por que eu?”

Dante se recostou na cadeira e cruzou os braços, seu olhar penetrante fixado nela. "Porque você está na posição certa. Não tem outra escolha. Eu preciso de alguém em quem eu possa confiar, alguém com quem minha imagem estará segura. E, além disso, você está se saindo bem no trabalho, então você se encaixa. Não vejo razão para recusar."

Aquelas palavras caíram sobre ela como uma sentença. Não havia emoção em sua voz, nada que indicasse que ele via nela mais do que uma ferramenta, um meio para alcançar seus próprios objetivos. Mas ele estava certo de uma coisa: ela não tinha outra escolha.

Ela engoliu em seco, olhando para ele, se perguntando se havia algum outro motivo por trás daquela proposta. Mas, no fundo, sabia que não poderia recusar. Estava sozinha, sem família, sem recursos. A ideia de estar ao lado de Dante, por mais frio e calculista que fosse, talvez fosse a única chance de sair do buraco em que se encontrava.

“Eu... aceito”, disse ela, a voz tremendo, mas firme. Ela não sabia se estava fazendo a escolha certa, mas sabia que não podia voltar atrás. Não quando ele estava lhe oferecendo tudo o que ela precisava.

Dante permaneceu em silêncio por alguns segundos, observando-a como se estivesse testando sua reação. Quando finalmente falou, sua voz era mais baixa, mas sem nenhum sinal de afeto.

“Ótimo. O casamento será uma formalidade. Não espere que ele seja... convencional. Não haverá romance. Não haverá promessas.” Ele fez uma pausa, analisando cada palavra. “Eu não preciso de um casamento real. Preciso de um contrato, algo que possa ser usado a meu favor.”

Isadora assentiu, tentando absorver tudo aquilo. Dante estava oferecendo-lhe uma vida que, até aquele momento, parecia um pesadelo. Um casamento sem amor, sem sentimento. Mas, no fundo, ela sabia que não teria outra opção a não ser aceitar.

“Entendido, senhor”, ela disse, a voz firme, mas o coração apertado. Ela não sabia o que esperar, mas estava prestes a embarcar em uma nova realidade. E, embora soubesse que não havia nada romântico naquele casamento, algo em seu peito ainda se mexia de uma maneira inexplicável.

Dante se levantou da cadeira, sinalizando que a conversa estava encerrada. "Ótimo. Então, prepare-se. A partir de amanhã, você será oficialmente minha esposa." Ele se virou para a janela, ignorando-a completamente, como se o assunto já estivesse resolvido.

Isadora ficou ali, sentada, olhando para as costas dele, ainda sem entender completamente as implicações da sua decisão. Mas uma coisa era certa: sua vida estava prestes a mudar para sempre.

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Capítulo 3

A Vingança de Emilia

A pequena vila onde Isadora morava não era mais do que uma lembrança distante quando ela passou a viver sob o controle de Dante. A mansão, imponente e fria, afastava a jovem de tudo o que conhecia, e cada dia parecia mais um peso sobre seus ombros. Mas enquanto ela lutava para entender seu novo mundo, um outro drama se desenrolava nas sombras, longe dos olhos de Dante.

Emilia, uma mulher da vila, não conseguia aceitar o que havia acontecido. Ela não conseguia entender como Dante, o homem que ela amava em silêncio por tanto tempo, havia se casado com Isadora, uma mulher que nem sequer pertencia ao mundo dele. Ela sentia o veneno da inveja rastejando dentro de seu peito.

Em uma das noites mais sombrias, Emilia estava sentada à mesa de um pequeno bar da vila, o copo de vinho à sua frente, o olhar fixo na bebida. Ela estava com os olhos vermelhos, não por causa do álcool, mas pelo rancor que queimava dentro dela. A raiva era como um monstro em seu peito, e ela não sabia como lidar com isso.

“Eu não acredito que ele escolheu ela... Eu nunca fiz nada além de amá-lo”, murmurou para si mesma, a voz baixa e cheia de amargura.

Ela não estava sozinha. Ao seu lado, Carlos, um homem alto e de olhos penetrantes, ouviu cada palavra. Ele era um aliado nas sombras, alguém que tinha suas próprias intenções. Sua presença na vila estava diretamente ligada aos negócios de Dante, mas ele também tinha um interesse pessoal no que Emilia estava tramando.

“Dante é difícil de entender, Emilia", disse Carlos, a voz grave, mas suave. “Mas há algo que podemos fazer. Algo que vai colocar você de volta na posição que merece.”

Emilia o olhou com desconfiança, mas a vingança ainda falava mais alto. “O que você sugere? Quero vê-lo sofrer. Ele e aquela... Isadora.”

Carlos sorriu, um sorriso que não refletia bondade, mas astúcia. “O que você deseja é simples. Eu posso te ajudar a separar esses dois. Dante não vai deixar que ninguém o desafie, especialmente uma mulher como você. Mas, se ele souber que Isadora não é tão... pura quanto pensa ser, ele vai se afastar dela por conta própria.”

Emilia olhou para ele, pensativa, o coração acelerado. “E como você sugere que eu faça isso?”

Carlos se aproximou, a voz mais baixa, quase um sussurro. “Eu sei o que Dante valoriza. Mas ele não sabe que sua esposa tem um segredo. Um segredo que pode ser revelado. A chave está na vulnerabilidade dela. Nós apenas precisamos... puxar os fios certos.”

Os olhos de Emilia brilharam com uma mistura de raiva e excitação. “Você está falando de expor o que ela realmente é. Um erro. Ela não pertence àquele mundo.”

“Exatamente. Dante ama poder, não confiança. E se ele souber que ela é mais do que apenas uma mulher inocente, ele irá perdê-la.” Carlos deu um passo para trás e deu um sorriso enigmático. “Mas, para que isso funcione, você precisará estar bem preparada, e Isadora... bem, ela precisa se tornar a culpada.”

...

Enquanto isso, em sua mansão, Isadora estava tentando se acostumar com a vida ao lado de Dante, mas o ar ao redor dela estava sempre tenso, como se ele estivesse aguardando algo que ela não conseguia entender. Ela passou os primeiros dias se adaptando à nova rotina, mas Dante se manteve distante. Ele falava com ela o mínimo necessário, e suas interações se limitavam ao que era estritamente necessário.

Isadora se via perdida em seus próprios pensamentos, sentindo-se mais desconectada a cada dia. Ela sabia que ele a usava, e que nada entre eles poderia ser real. Mas havia algo em seu coração que ainda se apegava à esperança. Ela não sabia por quê, mas sentia que, talvez, um dia as coisas pudessem mudar.

Naquela manhã, ela estava organizando alguns papéis na mesa quando recebeu um bilhete anônimo, dobrado de forma simples. Quando o abriu, leu com pressa:

"A verdade sobre o seu casamento está prestes a ser revelada. Cuidado com quem você confia, Isadora. Seu marido não é o único que pode destruir sua vida."

Ela sentiu uma onda de pânico subir por sua garganta. Quem seria capaz de fazer algo assim? E por que alguém queria alertá-la? Mas a mensagem não falava de forma clara; apenas mais perguntas surgiam. Ela olhou em volta, mas não viu ninguém.

Nesse momento, Emilia estava observando à distância. Ela estava parada em um ponto discreto do jardim, vendo Isadora ler o bilhete, com um sorriso satisfeito nos lábios. A sementinha da dúvida estava plantada. Agora, bastava regá-la.

...

Alguns dias depois, Isadora tentou buscar respostas. Ela encontrou um homem da vila, um antigo amigo da mãe, que conhecia bem os segredos da cidade e das pessoas que nela moravam. Ao se aproximar dele, perguntou sobre quem poderia estar tentando sabotá-la.

“Você tem que tomar cuidado com Emilia”, ele disse, olhando para os lados com desconfiança. “Ela tem seus próprios motivos, e esses motivos não incluem você sendo feliz com Dante. Ela sempre foi obcecada por ele, e não lida bem com o fato de ele ter se casado com você. Não se engane, Isadora. Ela fará qualquer coisa para separar vocês.”

Isadora ficou em silêncio, a mente cheia de pensamentos contraditórios. Mas agora, ela sabia que o casamento dela com Dante estava sendo alvo de algo muito mais perigoso do que ela imaginava. Ela teria que estar atenta, porque as peças do jogo estavam se movendo rapidamente, e talvez ela fosse apenas uma delas.

Emilia, do outro lado da vila, observava tudo com um sorriso frio, sentindo que a batalha estava só começando. Ela havia dado o primeiro passo. Agora, seria uma questão de tempo até que Dante visse Isadora de uma forma bem diferente.

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