—Vai meu filho! Pela esquerda, pela esquerda! Isso! Ô ô ô, não tá vendo ,não juiz ! Derrubou o menino, ele iria marcar o gol!
—Calma, Tomás! Você vai acabar passando mal! Olha a pressão, hein?
— Você não viu ,Suzana? O menino iria marcar o gol ,o moleque veio, deu uma entrada maldosa no Mateus e o juiz não fez nada! - ele se volta para o campo- Você tá comprado, você tá comprado!
Tomás está todo vermelho, e nem é pelo sol!
Desde quando o adotamos, notamos que Mateus,ele sempre demonstrou uma paixão muito grande pelo futebol, aliás, foi essa paixão que nos uniu quando visitávamos o abrigo em busca de uma criança. O Mateus jogou uma bola na cabeça do Tomás e ele, desengonçado como sempre, ao devolver o chute, lançou a bola do menino para fora do abrigo.
Ali ,nós dois soubemos que tínhamos encontrado o nosso quarto filho!
E não é porque é o nosso filho não! Ele é muito talentoso!
Já se passaram 4 anos em que ele chegou em nossa família,agora tem 13 anos e está fazendo testes para entrar na base do Flamengo.
Antes ele só jogava nas escolinhas de Levy Gasparian, mas agora decidiu que deseja ser jogador de futebol profissional, e nós vamos apoiar o seu sonho, porém, pedimos para que ele esperasse até que o mandato de Tomás como prefeito terminasse e assim nós dois poderíamos acompanhá-lo nos jogos.
Agora que as novas eleições estão chegando , Tomás irá fixar Ayrton como o novo prefeito de Levy Gasparian, dando continuidade a todo o seu trabalho.
—Oi,dona onça!
—Oi ,amor de mãe!,Cadê a benção da vó, Tomazinho?
Ele pula no meu colo e me enche de beijos, é tão carinhoso! Ele é a cara do Pedro com os olhos verdes azulados do avô.
—Como estão as meninas?
—Bem,a Mariana as levou para a casa dos pais dela, e eu fiquei com o Tomazinho.
—É ,tem que dividir, você praticamente tem trigêmeos!
Pedro veio ver o irmão jogar e passará o final de semana conosco na fazenda. Ele vai até a grade falar com o pai e agora são dois berrando para o campo se achando os treinadores.
—Vô,eu não gosto disso não!
Tomazinho pula no meu colo.
—Do quê?
—Futebol.
—E você gosta do quê?
—De nada...
—Interessante... - dou um risada
Tomás Neto tem 4 anos e as gêmeas Laís e Maitê irão fazer 4 anos no próximo mês,no mesmo dia da Tati ,filha da Aninha e do Ravi ,filho do Samuca.
Bia,Levi e Lipe,tem nove anos agora, são lindos e espertos. Nossos netos são a alegria dos nossos dias!
A partida continua, com os dois berrando na beira do campo,Mateus sofre uma falta maldosa novamente, ele sempre passa por isso por ser o mais veloz em campo.
Pedro, tão descontrolado quanto o pai, começa a gritar.
—Foi culpa daquele moleque ali! A cara do Ronaldinho Gaúcho,bicho feio! Mais feio que bater na mãe!
O garoto se revolta e joga a bola na cara de Pedro que cai duro no chão,pronto,nosso resto de sábado foi na emergência hospitalar!
......................
—Ai...tá roxo ,mãe!
—Mas você ofendeu o menino ,Pedro!
Levamos Pedro para a emergência e pedi para o Jorginho vir buscar os meninos enquanto aguardamos os resultados dos exames.
—Pronto,raio X e tomografia ok! Mas recomendo repetir o exame daqui há três meses. - diz o médico
O hospital da cidade foi minha promessa de campanha e eu cumpri. Ficou pronto no início desse ano e atende a população da região local. É uma parceria minha com o governo do estado.
—Vamos para casa,estou morrendo de fome!
Chegamos em casa, e o Tomazinho estava na casa da bisavó junto com a priminha, Aurora, filha da Samantha e do Fabinho, que estão passando o final de semana aqui.
—Que olho roxo é esse,Pedro? - Jorginho ri
—Tomei uma bolada na cara! De graça!
—De graça não, você fez bullying com o moleque! - diz Mateus
—Também, meio metro de dente pra fora! Achei que ele fosse roer a bola!
—Que coisa feia Pedro! Se trocando com uma criança! - Suzana o chama atenção
—Eu fui defender o meu irmão e agora estou errado?!
Eu vou para a varanda tomar um café admirando o por do sol nas colinas, vou sentir falta disso todos os dias agora que terei que voltar para o Rio.
— Pai, eu preciso falar com você sobre algo que está acontecendo na empresa.
Eu sabia que a visita de Pedro tinha outro fundamento, o olho preocupado.
—Eu sei que estamos passando por um momento difícil, o Samuca me contou.
— Sim, eu sei. E é por isso que eu preciso falar com você sobre isso. A concorrência está espalhando boatos sobre a nossa empresa.
Fico surpreso.
— Qual tipo de boatos?
— Eles estão dizendo que a nossa empresa está em dificuldades financeiras e que estamos prestes a fechar as portas.
Quase jogo a caneca para o alto.
—Isso é uma mentira! Nós estamos apenas passando por um momento difícil, mas estamos trabalhando duro para superar isso.
—Eu sei, pai. E é por isso que eu quero fazer algo para parar esses boatos. Nós não podemos deixar que a concorrência nos destrua com mentiras e boatos.
Respiro fundo.
— Eu decidi deixar o cargo de prefeito da cidade,não vou tentar me reeleger.
—Pai, o que aconteceu? Você estava tão comprometido com o trabalho aqui!
—Eu sei, filho. Mas eu percebi que a minha prioridade deve ser a nossa família e a nossa empresa. Vocês precisam de mim agora, e eu não posso continuar longe. E também tem o Mateus,sua mãe e eu queremos acompanhar esse sonho dele.
—Já sei que ele não será CEO como nós!
Começamos a gargalhar.
—Não...o destino do nosso Teteu está na ponta dos pés!
—E a cidade? Quem vai cuidar dela?
—Eu já falei com o Ayrton e ele está preparado para assumir o cargo. Além disso, eu vou continuar a apoiar a cidade de longe. Mas agora, é hora de eu voltar para o Rio de Janeiro e ajudar vocês a recuperar a empresa.
— Obrigado, pai. Nós precisamos de você.
—Pedro, eu estou muito orgulhoso de você e do Samuca. Isso é só uma tempestade que vai passar!
— Eu vou fazer tudo o que for necessário para proteger a nossa empresa, pai. Nós vamos superar isso juntos.
Trocamos um longo abraço e correndo lá de dentro vem Mateus,e abraça nos dois ao mesmo tempo. Olho para o meu menino,e acaricio seus cabelos cheios de estilo,noto minhas mãos enrugadas e maduras...
—Pedro...promete pra mim que você não sairá do lado do seu irmão quando eu não puder mais acompanhá-lo?
—Que história é essa coroa?! Vocês são cheios de disposição, não aparentam ter a idade que tem - ele fala baixinho e tampa os ouvidos do irmão - Fazem safadeza todos os dias que eu sei!
—Agora é quase todos os dias,começamos a sentir o peso da idade. Promete o que te pedi?
—Prometo, eu não vou soltar a mão desse carinha por nada!
●Lembro que a história tem duas fases,a primeira será mais curta para aproveitarmos Suzana e Tomás ainda mais vigorosos,e estará focada nos dois sendo pais do Mateus, o educando, ajudando a enfrentar dificuldades e o preparando para o futuro, ao mesmo tempo que verão se formar os arcos amorosos da segunda fase, aonde o nosso casal de patriarcas já estará mais velhinho e sossegado(será?).
●Curta, presenteie e vote!
●Esse é o último livro da família Lobato e está sendo difícil escrevê-lo! Seu incentivo e comentários sugestivos,me inspiram a fazer uma história cada vez melhor!
Fiquei preocupado com as notícias sobre a empresa, a crise squei que se abateu foi de modo geral no mercado alimentício. Os insumos estão nas alturas, seca de um lado, enchentes de outros, o aquecimento global fazendo uma lambança no clima e ainda tem gente que não acredita.
—Você ficou preocupado com o que o Pedro disse ,não é? - pergunta Suzana enquanto ajuda o Mateus a fazer um maquete escolar.
—Sim, mas o que mais me intriga é a concorrência espalhando boatos,aposto que é o Saul Vieira,aquele sujeito não me desce!
—Mete a porrada nele,pai! Tu é fortão!
Eu dou uma risada.
—Ei,que palavreado é esse?! E não se meta na conversa dos adultos!
Suzana o chama atenção e eu me calo.
—Ele tem inveja de mim, sei lá porque, andou dizendo que eu não deveria ter herdado a fortuna do meu pai.
—E por que ele falaria uma coisa sem sentido dessas?!
—Por que é doido! Doidos falam coisas sem sentido assim!
—Mateus, já falei para não ser meter! Que falta de educação!
—Ué, mãe? Mas se não é para eu participar da conversa não fala perto, né?
—Ah...garoto!
Suzana fica vermelha.
—Vixi, virou onça! - ele exclama
Mateus sai correndo fazenda a fora
—Corre filho, corre!
Começo a gargalhar, Suzana lança o chinelo na direção dele e pega nas pernas.
—Esse menino parece o Bolt! Como corre! - ela me encara - E você...deu corda para ele!
Suzana começa a me dar chineladas e eu seguro seus braços aos risos, tão pequena,saltitando feito uma perereca tentando me alcançar.
—Ah! Vocês dois me pagam! Agora ajude-o a fazer a maquete.
—Eu não tenho jeito para esses coisas!
—Se vira!
Ela sai arrastando um pé calçado e outro não, e bate a porta do quarto. Mateus vem de mansinho e só coloca a cabeça para dentro da cozinha.
—Ela já foi?
—Já, e nos deixou na rabuda!
Olhamos para a maquete incompleta e coçamos a cabeça.
No dia seguinte, eu levo o Mateus para a escola antes de ir para a prefeitura, a maquete está um desastre.
—Eu vou passar a maior vergonha e ainda tirar zero!
—O importante é ter tentado!
Ele revira os olhos.
—Bem que o Pedro me avisou para eu parar de cutucar a onça com vara curta!
Me despeço dele e sigo para a prefeitura,Ayton já estava lá.
—Bom dia ,Tomás!
—Bom dia, peão derrubado!
—Ligaram da sede do partido,temos reunião amanhã para discutir a finalização da campanha.
—Ótimo! Eu tenho que ir para o Rio mesmo, assim faço uma viagem única.
—Não tem concorrência não Tomás! Vai ser de lavada!
—Não cante vitória antes da hora! Temos muito trabalho pela frente nessa reta final!
Passamos o dia despachando e as vezes recebendo uns mimos como docinhos ,bolos, tortas, salgadinhos...sempre tem uma "eleitora" atrás de nós dois aqui, trazendo presentinhos.Mas ai se a Suzana e a Luiza descobrem,seremos homens mortos,mesmo não fazendo nada de errado! É tudo no maior respeito!
No meio da tarde volto para buscar o Mateus na escola e ir para casa.
—Tirou quanto na maquete,filhão?
—Dois.
—Ah está bom!
—Valia dez, pai... - ele torce o bico.
—É...- faço uma careta disfarçadamente - Disse que eu te ajudei?
—Disse.
—E o quê a professora falou?
—Que como artista plástico o senhor é um ótimo prefeito!
—Imaginei...
Chego a tempo de vistoriar os pomares ,passo para dar um beijinho na minha onça e dou um tapa naquela bunda enquanto ela preparava um suco.
—Gostosa!
A agarro de jeito para desfazer o bico que está amarrado desde ontem.
—Quero te comer gostoso hoje...- sussurro em seu ouvido.
—Ah é? Te encontro no estábulo daqui a pouco, o Teteu irá para a casa de Penha dormir com o Zezinho e a Cidinha.
—Hum...de lá podemos ir para a nossa árvore...que tal?
—Veremos...
Vistorio as produções frutíferas junto com a Jorginho.
—A seca diminuiu a produção de acerola, de pitanga...as laranjas diminuíram de tamanho...a qualidade vai ser afetada se o regime de chuvas não mudar.
— O que me sugere?
—Dobrar a rega,teremos que pedir mais caminhões pipa ou fazer aquela obra para trazer a água do rio mais para esse lado.
—É a melhor solução,mas...
—Muito cara...
—E no momento temos que segurar as pontas.
Fiquei tão distraído fiscalizando os pomares,cuidando para que nossa produção não caia de qualidade, que esqueci da minha onça me aguardando no estábulo.
Suzana sussurra de modo sensual.
—Tomás, eu estou te esperando aqui há horas!
Eu dou uma risada.
—Desculpe, meu amor. Eu estava ocupado no pomar. Mas foram só alguns minutos.
Ela se aproxima de mim com aquela cara selvagem que nunca muda.
— Eu não estou interessada nos pomares agora. Estou interessada em você!
—Ah, é? - dou uma risada - E o que você quer fazer comigo?
— Eu quero fazer o que fazemos melhor. Aqui, agora!
Olho em volta.
— Suzana, aqui é o estábulo. Não é o lugar mais...
— Não me importo! - ela me interrompe - Eu quero você agora!
Abro um sorriso enorme para ela.
— Então, não vou discutir...
A luz do sol filtrava pelas janelas do estábulo, iluminando o espaço com um brilho suave. Suzana e eu estávamos sozinhos, rodeados pelo cheiro de feno e cavalos.
Ela aproxima-se de mim, seus olhos brilhando com desejo. Sinto o calor da minha esposa, não resisto ao seu abraço apertado.
Nos beijamos apaixonadamente, as mãos de Suzana exploram o meu corpo . O ar estava carregado de tensão, e o som dos cavalos ao fundo parecia apenas aumentar a nossa excitação.
Suzana começou a desabotoar a minha camisa, revelando o meu peito ainda forte ,apesar da idade.Nós nos cuidamos muito,ninguém diz que passamos dos 60. Começo a acariciar o cabelo dela, puxando-a para mais perto de mim.
O estábulo parecia desaparecer ao nosso redor ,deixando apenas nós dois, perdidos em nosso próprio mundo de paixão e desejo.
—Eu te amo tanto,minha onça!
—Eu te amo mais, Zé da montaria!
Ela beija o meu peito diversas vezes enquanto desafivela o meu cinto puxando o meu pau já duro e latejante para fora da calça.
Suzana se põe de joelhos e passa a língua nos meus testículos e os suga suavemente,ela cheira o meu pau e vagarosamente começa a colocá-lo na boca,eu empurro sua cabeça e a faço engasgar, ela cerra os olhos para mim e eu dou uma gargalhada.
Ela acelera e mama gostoso pra caramba.
—Ai...isso...não aguento de tanto tesão,meu amor!
Minha onça deita no feno e abre os botões do seu blusão cor de âmbar, ela estava completamente nua,só um caminho negro bem fininho estava no meio da sua fenda.
Suzana tem um corpo que dá inveja em muitas mocinhas de 20 anos,ela sempre se cuidou com alimentação, exercícios pesados na academia, tratamento estéticos, pequenas plásticas...nós dois envelhecemos com muito qualidade de vida e disposição, e quem diz que é impossível ter uma vida sexual como a nossa em nossa idade...deveria fazer mais sexo para deixar a vida alheia de lado!
Suzana abre as pernas ,já sei o que ela quer...
Coloco meu rosto e sinto o calor e aroma da sua b...c...ta,minha língua desliza quente e saboreio a sua protuberância que lateja na minha boca. Faço um bico para suga-lo de forma concentrada ,ela se contorce,agarra meus cabelos ,arranha minhas costas e vocaliza alto o seu prazer.
—Ah...cacete Tomás! Não para meu amor!
Coloco os dedos dentro dela e não paro de chupar, os gemidos dela parecem um choro de prazer.Ela chega no auge e prendendo a minha cabeça entre suas pernas numa chave de coxa.
—Por que você sempre me sufoca ?!
Ela ri enquanto tenta recuperar o fôlego. Eu a cubro com meu corpo e vou beijando enquanto subo,beijo sua boca e a faço sentir o seu cheiro em mim.
Meu pau lateja, as veias estão saltadas, eu esfrego a cabeça na fenda úmida e aos poucos ele encontra a sua gruta quente e acolhedora.Sinto como se ele fosse sugado e espremido dentro dela, começo a entrar e sair devagar enquanto vou gemendo.
Acelero as estocadas, Suzana abre mais as pernas eu perco a compostura, a aperto forte,bato nas suas coxas e mordo seus ombros.
—Eu te amo! E não canso de te amar!
Ela dá uma risada e se mexe mais ,subindo e descendo junto comigo. Fico e joelhos, quero me ver entrar e sair de dentro dela,que está muito úmida e o mel começa escorrer de dentro dela ,Suzana se toca com uma mão e com a outra acaricia seus próprios mamilos, ela chega ao orgasmo de novo e eu não resisto aquela cena e gozo lá no fundo, mas continuo a entrar e sair vendo meu esperma escorrer de dentro dela.
Nos deitamos no feno olhando um para o outro e sorrimos.
—Já não somos jovens..e ainda fazemos de um jeito... - digo
—Estamos vivos e bem dispostos, só lamento por quem não consegue! - damos uma gargalhada
—Promete que nunca deixaremos ese fogo acabar, nem que seja só para brincar com o dedinho?
—Prometo,Tomás! Já irei fazer setenta...
—Jura...nem parece, você está uma vovó gatinha!
Nos abraçamos e ficamos ali ouvindo os som dos animais,o coachar dos sapos e o som dos grilos,vivendo o nosso amor que ainda pega fogo!
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—Samuca seu puto! Vamos embora !
Grito do pé da escada para o meu irmão ouvir lá do quarto dele e berro de novo.
— Vamos embora , Samuel! Deixa de ser lerdo, estamos atrasados e teremos uma reunião em quarenta minutos!
Quando Samuca e Amália se casaram ,a intenção era ficar aqui na mansão para os meus pais não ficarem sozinhos, mas eles resolveram ir para a fazenda e os dois continuaram morando aqui.
Quando Marina e eu nos casamos, a intenção era ficarmos temporariamente até termos a nossa casa ,mas acontece que a nos adaptamos, somos os dois casais aqui dentro e ninguém mais quer ir embora.
Amália e Marina se dão muito bem, as crianças têm a companhia umas das outras, fora que a casa é gigantesca, e a Aninha é a nossa vizinha de condomínio,então estamos sempre perto uns dos outros. Agora que os meus pais vão voltar a morar no Rio é que ninguém mais quer sair daqui.
— Por que está berrando desse jeito ,eu não sou surdo não!
— Eu aposto que você estava de safadeza com Amália dentro do no quarto.
—Para de explanar a minha intimidade, Pedro Salomão !
—Não estou explanando nada! Você quem está falando, eu só fiz uma piada. Então estava trepando mesmo ,né? - dou uma piscadela para ele
— Você não faz essas coisas não?
—Faço para caramba! Todos os dias sem parar...
—Não mente que é feio, querido!
Marina parece do nada e me dá um beijo na bochecha. Samuca começa a gargalhar.
— Eu estou mentindo, Marina ?! Eu não compareço todos os dias, não?
— Ultimamente não, tem sido só duas vezes na semana. Quer que eu conte mais alguma coisa?
—Não, pode ficar quietinha na sua !
Nós quatro vivemos tão bem que não temos segredos um para o outro. Marina e Amália são as melhores amigas, às vezes viajam sozinhas e nos deixam com as crianças aqui. Final de semana passado as duas foram para Angra e só ficamos sabendo quando elas chegaram lá e nos mandaram a foto das duas bebendo champanhe na lancha cercada de marinheiros, Samuca quase deu um troço.
Chegamos à empresa a ponto de quase perdemos a reunião, entramos na sala e todos já estavam lá,Amália como advogada chefe da empresa, também participa.
—Está faltando Fábio , aonde ele está ? É diretor de marketing!
Ele chega com olheiras fundas quase derrubando o notebook no chão.
—Desculpa pessoal, tive uma noite péssima! Passei a madrugada no hospital com a minha filha.
—O que a Aurora tem? - pergunto
—Pegou uma virose gástrica, não parava de vomitar a noite toda e teve que ficar internada.
—Na hora do almoço iremos visitá-la. A Samanta ficou com ela? - Pergunta a Amália
—Sim, e está exausta,minha sogra irá para lá rendê-la.
Amália e eu somos os padrinhos da Aurora filha do Fábio, o irmão dela, com a Samanta,irmã da Marina.
—Vamos começar a reunião senhores, bem Fábio ,ligue o computador e comece a mostrar para todos a nossa estratégia de marketing para tentar alavancar nossos negócios! - pede Samuca
A reunião começa e todas as discussões são colocadas em pauta, até que começam surgir dúvidas entre os funcionários e sócios
—Nós temos que fazer alguma coisa em relação à concorrência. Eles estão lançando boatos no mercado e isso traz consequências. O investidor começa a olhar de forma desconfiada para nós e as indústrias Lobato&Company sempre foram conhecidas pela qualidade do produto, até aqueles que são de segunda linha!
Tomo a palavra.
—Vocês tem toda a razão em estarem preocupados, e é por isso que Tomás Lobato irá voltar para a empresa.
Começa o burburinho entre todos assim que dou a notícia.
—Então as coisas estão muito ruins mesmo,claro! Para o doutor Tomás largar prefeitura e a aposentadoria e voltar para a empresa...
—Não é que as coisas estejam tão ruins assim ,mas ele está preocupado e precisamos de toda inteligência e experiência do meu pai para nos ajudar nesse momento. - afirma Samuca
—Nós sabemos que o doutor Tomás irá identificar todos os problemas em relação à qualidade, mas precisamos também frear o pessoal do Saul Vieira, ele age de um jeito como se soubesse de alguma coisa interna. - diz um dos sócios
—Pedro, nós teremos uma conferência que reunirá as maiores fábricas e indústrias alimentícias do Brasil, vai ser em Belo Horizonte. Seria a oportunidade ideal para vocês tomarem alguma providência em relação a isso.
—Bem lembrado ! - falo para minha secretária - Nós iremos o encostar na parede e saber o que que ele tem contra nós e isso não é só ganância em relação a posição econômica e nós vamos descobrir o que é!
......................
Chego de surpresa na empresa, Ayrton voltou para Levy Gasparian após nossa reunião política e eu resolvo ficar pela cidade.
—Dr. Tomás! Que honra recebê-lo! Estão todos em reunião.
—Então cheguei na hora certa!
Vou andando pelas corredores, pareço uma celebridade, todos me cumprimentam e acenam. Me sinto um deus do mundo corporativo!
—Pai? O que o senhor está fazendo aqui?
—Estou feliz em te ver também, Ana Carolina.
Eu a abraço.
—Eu só fiquei surpresa, o senhor não avisei que viria.
—Resolvi pegar vocês com as calças curtas. Aonde estava?
—Fui levar as crianças ao pediatra.
—O que meu netos tem?!
—Nada, é rotina. Tudo ótimo com o Lipe e a Tati.
Suspiro aliviado, ficar longe dos meus netos é a maior desvantagem de morar na fazenda. Mas agora isso vai mudar, a Suzana não esta lá muito feliz ,mas é o nosso sacrifício pelos sonhos do Teteu.
Entro na sala de reunião.
—Chegou quem faltava!
—Pai?!! - Pedro e Samuca exclamam juntos.
—Bem, vim me inteirar dos assuntos antes de arregaçar as mangas!
Sento na cabeceira na outra ponta da mesa.
—Continuem!
Após a reunião, sigo para casa com meus filhos e relaxamos na área gourmet enquanto Samuca prepara drinks para nós três.
—Vai ficar por aqui o resto da semana? - ele pergunta
—Vou sim, estou deixando o Ayrton mais sozinho para ele ir se adaptando.
—E a mamãe e o Mateus?
—Ele está em época de provas, Suzana está surtada estudando junto com ele. O ameaçou tirar da escolinha de futebol e não deixá-lo fazer o teste para o Flamengo se tirar notas baixas.
—Mas o clube não aceita alunos fora da escola ou com notas ruins. - diz Pedro
—Eu já disse isso a ele.
—Ele ainda foge, pai?
—Esses dias a Suzana achou que ele tinha se perdido, era tarde da noite quando o encontramos na antiga casa da vovó.
—O que ele estava fazendo lá?!
— Saiu do castigo e fugiu para jogar bola com os filhos dos colonos,caiu e quebrou o polegar,se escondeu com medo da mãe de vocês.
Eles começam a rir.
—O que ela fez? - pergunta Pedro
—Nada, a coitada estava tão nervosa que só o mandou tomar banho antes de ir para o hospital.Dobrei o castigo dele, mas ele me disse que o pior castigo foi a mãe ficar triste e passar dois dias sem falar com ele direito. Nunca mais fugiu.
Enquanto isso ,os meus furacões chegam.
—São muitas crianças! Seis! Como vocês aguentam?
—Isso quando o a Aninha dá uma de esperta e deixa os dois dela aqui na folga das babás. - conta Samuca.
—Ah...eu vou procurar um apartamento na zona sul , não vou ficar aqui não!
Eles começam reclamar.
—Eu não estou mais acostumado com essa muvuca! Somos somente a Suzana, o Mateus e eu na paz do campo. Amanhã mesmo vou ver isso!
—Vovô,quando você vem morar com a gente? - pergunta Laís
—Eles não querem mais, minha filha! - já saquei que Pedro faz chantagem usando as filhas
—Por que ,vovô? - Ravi já tem os olhos marejados
—Ora ,por que...- não encontro as palavras certas
—Por que vocês são muito barulhentos! - diz Samuca para o filho caçula
As crianças começam a chorar em cima de mim.
—Isso não se faz, jogaram sujo e estão usando meus netos para me amolecer!
—Cada um usa as armas que tem,coroa! - diz Pedro trocando um soquinho com o irmão.
Não resisto aqueles olhinhos lindos dos meus netos, cercados de lágrimas me pedindo pra ficar.
—Tá bom! O vovô e a vovó irão morar aqui com vocês!
As crianças vibram e comemoram,assim como os pais delas também.
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