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COMO CONQUISTAR SEU CORAÇÃO!

UM SHOW

Cecília e Julia estavam enrascadas, quer dizer muito enrascada.

_ Minha santinha das doidas da cabeça, se ajudar a gente a sair dessa eu prometo nunca mais fazer essa loucura. Rezava Julia.

_ Calma Ju. Vai dar tudo certo. Estamos muito bem disfarçadas. Disse Cecília..

_ Como foi mesmo que a gente achou que esse plano daria certo? Falou Julia.

_ Na verdade deu. Nós conseguimos estamos aqui assistindo o show dos garotos não conseguimos?! Disse Cecília.

_ É, mas chegar em casa sem ninguém desconfiar fazia parte do plano. E agora temos soldados da máfia atrás de nós. Somos mais procuradas do que os vilões da Interpol. Falou Julia.

_ Verdade! Não iremos desistir Ju. Foca no lado bom. E vamos pensar em voltar para casa.

_ Está certa. De preferência sem ser pelos trogloditas do lado de fora. Falou Julia.

_ Amiga. Dará certo, eles estão buscando uma loira e uma ruiva. Meu cabelo está rosa e o seu verde. Disse Cecília.

_ Se nós pegarem ficaremos de castigo pela eternidade. Disse Julia.

_ Supostamente. Falou Cecília.

Elas tinham percebido a presença dos homens do pai da Cecília a uns 10 minutos, logo após os do pai de Julia.

_ Temos que sair daqui, sem sermos notadas. Disse Julia.

_ Bem, enquanto estivermos no meio da multidão, será uma caçada de gato e raro. Disse Cecília.

_ Mas depois e ratoeira na certa. Disse Julia.

_ Tenho um plano. Vamos para a saída. Quando o show acabar e todos saírem. Saímos junto. Seguimos até o carro e vamos para casa. Falou Cecília.

Elas acharam um bom plano e o seguiram.

Embora continuassem no show, ouvindo e cantando as músicas, não estavam mais curtindo como antes.

"Que merd@!" Pensava Cecília.

Teria que se explicar muito com o seu pai e com o tio Léo. As coisas poderiam ter dado certo. O que será que houve?

Cecília Ravelli tinha 18 anos, ela era filha da máfia Italiana "Círculo do Fogo". Seu pai era o Capô, a máfia do seu pai era a maior da Itália e junto com a máfia "Sete Punhais" do seu tio Leonardo, comandavam toda a Itália.

Ela e Julia tinham quebrado uma porção de regras para estarem ali.

Bolaram um plano, e não pensaram que algo sairia errado.

O “show” dos Stray Kids estava quase no fim. Era hora delas saírem.

_ Vamos! Falou Cecília para Julia.

Elas deram as mãos e foram em direção ao grande portão que dava acesso à saída.

Foi Julia quem viu os seguranças de seus pais na porta, com outros homens que não reconheceu.

As duas pararam.

_ Quem são os homens com Alex e Hugo. Perguntou para Cecília.

_ Não sei. Respondeu Cecília e logo ficou em alerta.

No fundo, não acreditava que Hugo e Alex fossem traidores ou algo assim, porém fora muito bem treinada para ser desconfiada.

_ Evite levantar a cabeça, vamos passar bem no meio da multidão. E assim que passarmos pelo portão, vamos andar rápido e direto para o carro. Orientou Cecília.

Julia concordou, ela também achou estranho a presença de homens desconhecidos perto de Alex e Hugo.

Alex e Hugo eram os seguranças pessoais das duas. Alex de Cecília e Hugo de Julia. Eles estavam com elas desde que começaram a ir para a escola. Eram as suas colas.

As meninas esperaram o "show"acabar e seguiram a multidão, passando sem serem vistas pelo portão.

Ao chegarem do lado de fora, muitos homens da máfia estavam observando a multidão, alguns elas reconheceram outros não.

_ O que está acontecendo Julia? Porque nossos soldados estão com outros desconhecidos? Perguntou Cecília.

_ Não sei e não estou gostando. Disse Julia.

Ambas chegaram ao carro alugado sem maiores implicações.

_ O que vamos fazer? Perguntou Julia.

_ Voltaremos para minha casa. Não há o que ser feito. Disse Cecília.

_ Você acha seguro? Perguntou Julia.

_ Sim, Não creio que os desconhecidos sejam inimigos, só não entendo o que está acontecendo. Respondeu Cecília.

_ Isso é verdade. Então vamos seguir o plano. Falou Julia.

Cecília concordou e estava para dar partida do carro quando um homem chamou a sua atenção.

Alto, cabelos negros e compridos, barba mal feita. Quando ele virou em direção ao carro das duas Cecília gelou.

Ela fez de conta que estava buscando algo no chão.

_ O que foi, a chave caiu? Perguntou Julia.

_ Eu acabei de descobrir de quem são os soldados desconhecidos. Disse Cecília.

_ De quem? E como descobriu? Perguntou Julia.

_ Ju, fique calma e faça de conta que está mexendo no celular, não olhe para fora. Faz isso agora.

Julia fez.

_ Responde logo Ceci. Tá me deixando nervosa. Falou Julia, fazendo como a amiga pediu.

_ Os soldados são de Konstantin. E eu sei porque ele está aí na nossa frente. Disse Cecília.

_ Misericórdia! Como assim o seu noivo está aqui? E como assim você não sabia que ele viria para cá? Falou Julia.

_ Claro que não sabia. Respondeu Cecília.

Ela e Julia passaram duas semanas colocando o plano em ação. Tá certo que o seu pai disse que teria uma surpresa para ela naqueles dias.

Julia, não acreditava que ele pensará que ficar em casa, para receber o noivo arranjado, e desconhecido , era para ela mais importante que assistir o "show.

" Sinto muito, papai, mas não tem comparação." Pensou Cecília.

Ela levantou a cabeça e deu partida no carro. Elas tinham que parar lá locadora de carro, devolver o mesmo, chamar um Uber, e depois pegar as bicicletas que estavam escondidas.

Elas chegaram na locatária e não viram nenhum homem suspeito.

_ Eu irei entregar a chave e você liga para o Uber. Disse Cecília.

_ Combinado. Falou Julia.

Cecília foi até o recepcionista e Julia foi ligar para o uber. Logo ambas estavam esperando o motorista no local indicado.

_ Até aqui, tudo bem. Disse Cecília.

_ Você sabe que serenos pegas no momento que chegarmos em casa né? Falou Julia.

_ Sim. Mas, daí eu ficarei feliz por ter conseguido. Eu vou pagar o castigo com gosto. Respondeu Cecília.

_ Eu também. Falou Julia.

Elas estavam esperando o motorista do aplicativo, e cada uma pensava no caminho que percorreram para chegar até esse momento.

UM PLANO INFALÍVEL

QUINZE DIAS ANTES.

Cecília e Julia estavam no quarto da primeira.

_ Ju, veja isso aqui, os Stray Kids irão vir para Gênova no final deste mês.

_ Meu Deus, ir no show seria um sonho! Falou Julia empolgada.

_ Sim. Que tal se a gente fosse?! Perguntou Cecília.

_ Ah!!! Dá até vontade de rir! Ceci, sabe quando o meu e o teu pai irão permitir que façamos isso?! NUNCA! Respondeu Julia.

- Juntas pensaremos em algo. Disse Cecília.

_ Vamos nos meter em encrenca isso sim. Disse Julia.

_ E você adora nossas aventuras. Respondeu Cecília.

As duas deixavam os pais, os irmãos e principalmente os seguranças doidos.

Já haviam fingido da escola, feito trilha a noite, invadido uma casa abandonada, e feito dark turismo em cemitérios e lugares assombrados.

Claro que o castigo sempre vinha, mas elas se aquietaram por um ou dois meses e depois acabavam aprontando novamente.

_ Pensa Ju, não podemos perder essa oportunidade. Falou Cecília.

_ Não sei não, tem que ser um plano mega bom para dar certo.

_ Aiiii! Então você topa!!! Cecília pulou em cima da amiga.

_ Vamos ver o Stray Kids!!!! Elas disseram já certas que iriam dar um jeito.

(Cecília) Imagem do Pinterest.

As duas passaram a tarde bolando muitos planos, e acabaram criando um bem elaborado, e sem falhas.

(Julia) Imagem do Pinterest.

No dia seguinte elas colocaram o plano em ação, pois ele precisava de tempo.

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NO DIA SEGUINTE — CASA DA CECÍLIA.

_ Bom dia, paizinho! Disse Cecília na mesa do café da manhã.

_ Bom dia princesa! Respondeu o seu pai Luciano.

_ Bom dia Mamãe!

_ Bom dia, meu amor! Respondeu Isabela, mãe de Cecília.

_ Bom dia, mala um e dois. Falou ela para seus irmãos.

_ Bom dia, baixinha! Respondeu Vitor.

_ Bom dia, nanica! Respondeu João.

Cecília mostrou a língua para os irmãos.

_ Quantos anos mesmo que essa fedelha tem? Falou João.

_ Tenho 18, desprovido de cérebro. Respondeu Cecília.

_, Pois eu acredito que tem oito. O tamanho é igual. Replicou João.

_ Só porque você parece uma vara de cutucar estrela. Disse Cecília.

_ Vamos parar de tanto amor. Disse a sua mãe.

Cecília era a filha mais nova, por isso a mais protegida e mimada. Embora os irmãos implicassem entre si, o amor estava sempre presente.

Cecília suspirou e colocou no seu prato o que iria comer, e por fim deu início ao plano que ela e a Júlia criara.

Com a voz muito doce, disse para o seu pai.

_ Papai, os Stray Kids, irão fazer um show aqui, será no fim do mês. Será que eu posso ir com a Júlia?

_ Um show, Cecília?! No meio de uma multidão?! Exposta?! Claro que não.

_ É no final do mês, tem 15 dias. Tempo suficiente para o Senhor arrumar um mini exército para nós acompanhar. Respondeu Cecília.

_ Sem chance! Minha resposta é não. Seu pai disse determinado.

_ Que drog@! De que adianta ser boa filha, ter notas boas, fazer sempre o que me pedem se nunca posso fazer NADA! Falou Cecília, levantando da mesa.

Cecília saiu chorando da mesa e foi para a escola. Foi o caminho todo dentro do carro chorando. Ela sabia que Alex contaria para o seu pai.

Ela saiu do carro sem dar tiau e foi para junto de Julia que também estava chorando.

Elas se abraçaram e foram para a sala de aula.

_ Primeira parte, realizada com sucesso. Disse Cecília.

_ Sim! Respondeu Julia.

Nos dias que se seguiram, Cecília e Julia não quiseram comer, não saíram do quarto, e choraram o dia inteiro, cantando sem parar as músicas da banda que queriam ir no show.

A situação da família das duas estava caótica.

_ O que faremos com essas duas? Perguntou Leonardo, pai de Julia.

Ele estava com Luciano no escritório deste. Vitor, João e Bruno, irmão de Julia, também estavam.

Eles se encontraram para uma reunião, e estavam ainda conversando quando escutaram Julia e Cecília, cantando e chorando ao mesmo tempo, em alto e bom som.

_ Tenho vontade de matar essa banda! Disse Vitor.

Seu irmão concordou. Nunca viu sua irmã e prima tão triste e loucas por causa de algo.

_ Podemos fazer isso agora. Falou Bruno.

Vamos explicar uma coisa: Leonardo era pai de Julia, irmão aditivo de Luciano, que acabou descobrindo que era filho legítimo do ex capô da máfia "Sete Punhais", que tinha sido sequestrado e acabou parando na casa dos pais de Luciano, que o adotou e o criou como filho. Quando o seu pai morreu ele assumiu aquela máfia.

A sua esposa Clarice, mãe de Julia, tinha morrido de câncer a 10 anos, ele não casou novamente, e Julia e Bruno eram seus únicos filhos.

_ Eu não pretendo ceder a essa loucura de Cecília. Disse Luciano.

_ Nem eu de Julia. Falou Leonardo.

Mesmo com a voz decidida era claro que a situação das duas adolescentes, preocupava os dois capôs mais do que uma guerra com uma máfia inimiga.

 Com os irmãos não era diferente.

Eles suspiraram e continuaram a reunião.

Havia se passado 5 dias e o pai de Cecília já não conseguia ver a filha triste e fazendo greve de silêncio com todos.

Naquela manhã, ele a chamou para a mesa do café.

_ Princesa, por favor, venha aqui. Disse com a voz suave.

Cecília foi, cabeça baixa, olhar triste.

_ O que eu posso fazer para que você volta a ser você mesma?

_ Me deixa ir no show. Disse Cecília.

_ Eu não posso. Então não me peça isso. Disse seu pai, irredutível.

Cecília, olhou para ela com olhar magoado, e cansado. Seu pai não iria ceder.

_ Eu não sei. O que eu quero é ser somente uma moça que pode ir no show da sua banda preferida. Disse ela e saiu da mesa sem tomar café.

Tudo que acontecia na casa de Cecília, acontecia na casa de Júlia. Não necessariamente no mesmo dia. Essa conversa, Julia tinha tido com o seu pai um dia antes.

O plano das meninas tinha agora uma segunda etapa. O silêncio.

Por mais três dias, elas continuaram, não conversando com ninguém da família, comiam apenas um pouco, mas também deixaram de ouvir ou cantar músicas da banda. Era silêncio total.

Cecília e Julia, chegavam em casa depois da aula e deitavam. Ficando assim até o dia seguinte. Uma nao ia mais na casa da outra.

Essa situação, foi ainda mais desesperadora para as famílias.

_ Luciano, Precisa dar um jeito na Cecília. Está me matando ver minha filha tão triste. Disse Isabela.

Eis tinha entrado no escritório do marido, seus olhos cheios de água.

_ Eu também não aguento ver ela triste assim. Falou Vitor.

_ Eu não irei deixar eia ir no show. Falou Luciano incisivo.

_ Só, faz alguma coisa, amor. Por favor. Disse a sua esposa.

Luciano decidiu ir no quarto da filha, bateu e entrou, mas ela estava encolhida na cama dormindo.

Ele passou as mãos por seus cabelos e disse baixinho:

_ Papai te ama!

Cecília, que não estava dormindo, escutou e quando o seu pai saiu do quarto, pulou da cama e fez uma dancinha.

Segunda fase do plano realizado com sucesso.

FUGA

Depois de mais alguns dias no silêncio e desmotivação para tudo, era hora de colocar em prática a terceira etapa do plano. O conformismo.

_ Bom dia!! Disse Cecília para todos.

 _ Bom dia!! Responderam sem fazerem outras observações.

Cecília olhou para o seu pai e disse:

_ Eu quero poder sair esta semana inteira, ir em shopping, cinema, sorveteria, games, fazer cabelos , massagens, unhas, tudo que eu quiser. Claro vale para a Júlia também. Não ter limite para gastar e também dinheiro em espécie para os games.

_ O quê? Perguntou o seu pai.

_ O Senhor disse-me o que eu quero para compensar o “show”. É isso que eu quero. E o senhor conversaram com o tio Léo. E essa festa começará hoje depois das aulas.

O seu pai suspirou, não gostava de deixar a filha solta, tinha muitos inimigos.

_ Concordo. Porém, terão que estar de volta até às 19h, não podem fugir dos seguranças, que serão aumentados.

_ Concordo. Falou Cecília.

Seu pai suspirou e disse:

_ Aleluia! Ele virou-se e abraçou a filha.

Cecília beijou o pai, e a mãe, e mostrou a língua para os irmãos, que caíram na gargalhada. Enfim o inferno tinha passado.

Mero engano deles.

_ Filha, teremos uma supresa neste fim de mês. Logo saberá o que. Disse o seu pai.

_ Gosto de surpresas. Disse Cecília.

A última fase do plano das duas eram, gastar dinheiro, com coisas que gostavam, mas também fazer compras específicas.

Primeiro compraram roupas muito diferentes das que usavam. Para isso optaram compra as roupas em um bazar beneficente.

Se fossem numa loja diferente, levantaram suspeitas e seus pais iriam perguntar. Nesse bazar isso não aconteceria.

Depois foram em um lugar de games, queriam fingir que estavam a gastar muito dinheiro, mas, na verdade, estavam apenas, guardando o dinheiro, para alugar o carro e comprar, um chip de celular descartável e os ingressos.

Por último foram num salão, além de arrumarem os cabelos, trouxeram duas tintas de cabelos, fácil de passar e que mas saiam com lavagem.

Durante a semana toda, elas gastaram menos do que diziam. E a maioria do dinheiro foi para comprar os ingressos do show, pagar Uber, e alugar um carro.

_ Ainda bem que você já tirou a carta de motorista. Disse Julia para Cecília.

O mais difícil foi comprar os ingressos, tiveram que pedir para outra colega de classe.

_ Oi, Gra! Tudo bem?! Eu escutei que você irá comprar ingresso para o show dos Stray Kids. Compraria o nosso? Eu e a Júlia não conseguimos. Acho que somos meio burras. O dinheiro já está aqui conosco. Falou Cecília.

_ Compro sim. Amanhã mesmo entrego. Disse Gra.

_ Obrigada!

Elas saíram saltitantes. Estava indo tudo bem.

Um dia antes do show, elas voltaram a ficar tristes, e não saiam do quarto.

O pai de Cecília, foi ao seu encontro. Bateu na porta e esperou.

_ Pode entrar. Disse Cecília.

_ Ola, meu bebê. Porque não quiz descer, e está aqui no quarto sozinha e trancada. Perguntou, sentando na cana da filha.

_ Ah! Papai. Amanhã é o dia do show, mesmo entendendo que não posso ir, eu estou triste. Todas as meninas da escola irão. Disse ela.

Cecília abraçou o seu pai.

_ Desculpa! Mas pode ficar sossegado logo vai passar. Disse ela com a voz triste mas conformada.

_ Sim, filhinha. Logo passará. Disse o Luciano.

_ Deixa eu dormir. Amanhã será outro dia.

No dia seguinte, Cecília continuou no quarto, fazia parte do plano.

Lá pelas 18h ela resolveu sair do quarto, todos suspiraram aliviados, mas lhe deram espaço, para curtir sua deprê.

Ela estava com um fone de ouvido, que todos sabiam que era da "odiada" banda, porque a sua voz fraquinha e triste era escutada.

Ela foi até a cozinha, comeu um pedaço de bolo, e pediu para a cozinheira, avisar a sua família que iria para o quarto dormir. Que preferia ficar sozinha, não era boa companhia.

Depois do jantar, era normal seu pai e irmãos irem para o escritório, a sua mãe subiria para falar um oi, e depois iria assistir novela, e a maioria dos seguranças estariam trocando de turno ou jantando.

Logo a sua mãe veio, conversaram um pouco e ela foi embora.

Sabendo que finalmente teria espaço, Cecília, saiu sem ser vista e foi até o galpão, onde guardava sua bicicleta, e onde já estava uma sacola com a tinta de cabelo e a roupa.

Sem ninguém ver ela saiu e foi até o local de encontro com Julia, tomando cuidado para não levar nenhuma jóia ou o seu celular. Ela sabia que podia ser rastreada.

Era uma casa fechada, lá elas pintaram os cabelos se trocaram de roupas e deixaram as bicicletas escondidas. Pretendiam voltar com elas.

Depois caminharam pela mata, que havia ao lado da estrada até um local, onde pediram um Uber, com o novo chip, que Julia já tinha instalado.

O motorista chegou e elas foram até uma locadora de carro, pegaram o mais barato e simples e seguiram para o show.

_ Meu Deus! A gente conseguiu Ju! Disse Cecília eufórica.

_ Simmm! Vamos aproveitar muito. Vem.

Elas tinham comprado ingressos, não vips, mas bem próximo ao palco.

Durante a primeira hora do show, elas só pensavam em cantar e dançar.

Foi Julia quem viu os soldados primeiro.

_ Olha ali Cecília. Disse ela, movendo a cabeça discretamente para a direita.

_ Drog@! Desse lado também tem.

Elas estavam se referindo aos soldados dos seus pais.

_ Fica calma, Ju. Eles não nos reconheceram.

Além do cabelo de cor diferente, das roupas, dias estavam de óculos, e com a cara pintada.

_ Não olhe para eles, Ceci. Nossos olhos não podem ser mudados.

Cecília concordou e ficou olhando para o chão, quando dois soldados pararam bem próximos as duas.

_ Nada! Perguntou um deles.

_ Nada. Vamos continuar procurando. Disse o outro.

_ Vai ser difícil, nesse mar de gente achar aquelas duas um metro e meio. Falou o primeiro.

_ Vamos continuar. Disse o outro.

_ Um metro e meio o nariz deles. Disse Julia indignada.

_ Eu tenho 1,63. Continuou.

_ Perto dos 1,90 e mais dos soldados, somos tipo bem nanicas mesmo. Disse Cecília, achando graça da amiga.

Elas por fim decidiram o que iriam fazer e seguiram com o plano.

Por isso estavam agora, sentadas em um ponto de ônibus, esperando o motorista que as levaria até o outro ponto.

_ Ceci. Será que não seria bom o motorista nos levar até a casa?

_ Creio que não.

O motorista chegou e as levou até a rua, onde elas seguiriam a pé até a casa.

Elas adentraram a mata novamente e começaram a caminhar.

Elas tinham levado lanternas, mas com a lua clara não precisou disso.

Caminharam apressadas quando escutaram passos.

_ Você ouviu? Perguntou Julia.

_ Acho que sim. Falou Cecília.

_'Vamos mais rápido. Disse a mesma.

Julia concordou. Porém, os passos aumentaram e estavam se aproximando.

As suas começaram a correr.

_ Corre Ju. Corre! Dizia Cecília.

_ Estou correndo. Falou Julia.

Ambas deram as mãos, suas pernas estavam cansadas, os braços, mãos e rosto, machucados por alguns galhos do caminho.

Sejam quem fossem que estivessem atrás das duas parecia estar apenas brincando antes de realmente pegá-las.

_ Não aguento mais, vamos sair da mata. Disse Julia.

Cecília apenas a seguiu. Foi nessa hora que tudo piorou.

Alguns homens, encapuzados, pegaram ambas.

_ Me solte!! Diziam as duas.

_ Olha o que temos aqui. Duas vagabundinh@s. Vem belezuras, vamos brincar.

_ Brincar o c@cete! Me solta agora. Disse Julia.

O homem, que segurava Cecília pela cintura cheirou o seu cabelo.

_Cheiro bom! Disse ele.

_ Não me toca seu verme. Nojento. Disse Cecília.

O homem deu uma risada, e por descuido afrouxou o braço.

Foi o suficiente para Cecília, segurar no seu braço, levar o corpo para frente e derruba-lo no chão com um golpe perfeito de caratê.

O que segurava Julia, parecia não acreditar. E acreditou menos ainda quando a mulher baixinha, de cabelo rosa, deu um chute no seu joelho e a amiga pisou no seu pé.

_ Corre Ju. Gritou de novo.

Nem correram trinta metros quando dois carros surgiram e bloquearam o caminho.

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