Sombra de Sangue:O Caçador e o Rei
Avisos
Autora
Antes de tudo, é importante destacar que esta história não seguirá fielmente a trama original de Drácula, de Bram Stoker.
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Embora os personagens sejam inspirados na obra clássica, algumas mudanças significativas foram feitas.
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O Abraham nesta versão será mais jovem e terá uma personalidade distinta da original,não esperem um professor sério e rígido.
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Da mesma forma, Drácula apresentará diferenças em relação à sua contraparte clássica.
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Além disso, esta história é um romance gay.Eu respeito à obra original e seus personagens,mas essa apresenta uma abordagem completamente nova.
Autora
Se decidir continuar a leitura, esteja ciente dessas mudanças.
Outro ponto importante: a trama abordará temas sérios, assim como Hellsing. A história se passa antes dos eventos dessa obra, explorando novos contextos e dinâmicas.
Autora
Seja bem-vindo(a) e aproveite a leitura!
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Agora vamos pro primeiro capítulo
Jovem misterioso
Em meio a um cenário de trevas, um jovem chamado Abraham adentrou um bar decadente, onde as paredes eram adornadas com sombras e o cheiro de mofo pairava no ar. A iluminação fraca lançava um brilho tênue sobre os rostos cansados dos frequentadores, que pareciam estar sempre à beira de um pesadelo. Com uma calma surpreendente, ele se aproximou do balcão, chamando a atenção dos presentes.
Abraham se sentou perto da bancada do bar, observando o ambiente. O barman, um homem de aspecto robusto e cabelos grisalhos, olhou para ele com curiosidade.
Abraham
Desculpe por interromper seu trabalho, senhor, mas eu sou novo aqui e gostaria de saber se poderia me falar um pouco sobre esta cidade
O barman apoiou-se no balcão, sua expressão mudando de desinteresse para uma curiosidade cautelosa.
Barman
Ah, essa cidade... é uma das mais antigas e sombrias do mundo
Barman
Fundada há séculos, mas o que realmente a tornou famosa foi a lenda de um vampiro implacável que assombra as noites.
Abraham se inclinou para frente, interessado. O barman continuou, sua expressão se tornando mais sombria.
Barman
Dizem que esse vampiro é um ser assustador, capaz de manipular a mente das pessoas e transformar seus desejos em realidade
Barman
Ou torná -los um verdadeiro pesadelo
Barman
Além disso, há rumores de que ele tem poderes sobrenaturais que o tornam invencível
Abraham
Está falando do Drácula?
Mal percebendo a mudança no clima do bar. Na mesma hora, o barman ficou visivelmente desconfortável.
Abraham insistiu, a curiosidade crescendo dentro dele.
Barman
Esse nome virou um sinal de maldição e se o Conde descobrir que estamos falando sobre ele, teremos problemas
Barman
Mas já que você é novo, talvez ele tenha piedade
Barman
Foi um prazer te conhecer,amigo
Abraham franziu a testa, percebendo que as pessoas ao redor eram bem mais cautelosas do que imaginava.
Abraham
Eu percebi que as pessoas aqui são bem... cautelosas
Barman
Não se sabe o momento em que um de nós poderá virar a próxima refeição
Abraham
Ninguém tentou fazer nada?
Barman
Tentaram, mas ninguém saiu vivo de uma luta contra o Conde
Barman
Aquele homem é o diabo em pele humana
Barman
Ninguém teria coragem de enfrentá-lo; e mesmo que tivesse, seria uma perda de tempo e mais uma vida
Antes que Abraham pudesse fazer mais perguntas, a porta do bar se abriu com um rangido estridente. Um silêncio tenso tomou conta do ambiente, e os presentes se encolheram de medo. O barman também pareceu ficar nervoso, mas Abraham, alheio ao que estava prestes a acontecer, continuou a observar, intrigado.
Uma voz profunda e sedutora cortou o ar.
Abraham, surpreso, virou-se para ver um vampiro de presença imponente, com olhos brilhantes e um sorriso malicioso.
???
Porque eu quero sentar aí
O vampiro cruzou os braços, a arrogância evidente.
Abraham
Existem outros lugares para você sentar
???
Mas eu decidi que quero sentar aí, humano
Abraham
Por favor, vá atazana outro
Os olhares dos clientes se alternavam entre o vampiro e Abraham, que parecia ignorar o perigo.
???
Por acaso quer morrer?
A voz do vampiro se tornou ameaçadora.
Abraham
E você quer parar de bancar a criança?
Abraham retrucou, sua coragem surpreendendo os presentes.
O vampiro se aproximou, invadindo o espaço pessoal de Abraham,sentindo um cheiro doce e intrigante.
O vampiro deu um sorriso que revelava caninos afiados.
Abraham fez uma careta de desgosto, tentando esconder sua repulsa sob a sombra de seu chapéu.
Abraham
Obrigado, mas mantenha distância
Abraham
Está invadindo o meu espaço pessoal
Insistiu o vampiro, a voz carregada de desejo.
Abraham
Vai ficar querendo
Abraham afastou as mãos do vampiro com desdém. A irritação do vampiro era palpável.
Abraham
💭Agora eu arrumei mesmo,era só o que me faltava💭
Abraham
Não me chame assim
Abraham
Tire suas mãos de mim
Abraham exigiu, sua voz firme.
O vampiro, irritado, tentou agarrá-lo, mas Abraham, em um movimento rápido, se desvencilhou e empurrou o vampiro contra uma mesa. O impacto causou uma explosão de vidro e madeira, e os clientes, em pânico, começaram a sair, temendo serem atingidos.
A luta que se seguiu foi caótica. Abraham se defendia com habilidade, chutando os outros vampiros que se aproximavam. Ele estava determinado a não se tornar mais uma vítima. A adrenalina corria em suas veias, e ele sentia uma energia desconhecida pulsando dentro de si.
Quando a confusão finalmente cessou, Abraham se levantou, ofegante, observando os corpos dos vampiros caídos em meio ao bar. O silêncio que se seguiu era ensurdecedor, e todos os olhares estavam fixos nele. Ele saiu do bar com a mesma indiferença com que entrou, deixando para trás um grupo perplexo que mal podia acreditar no que acabara de acontecer.
— O que foi isso? — murmurou alguém em voz baixa, mas Abraham já estava longe, perdido nas sombras da cidade, onde a lenda do vampiro ainda assombrava as almas dos que ousavam desafiar a escuridão.
Enquanto isso, na escuridão do castelo, um vampiro entrou na sala do trono, seus passos silenciosos ecoando pelo salão gótico. A atmosfera era pesada, impregnada de uma aura de poder e temor. Ele se ajoelhou diante do Conde Drácula, sua cabeça baixada em reverência, apenas levantando os olhos quando se sentiu seguro para falar.
Espião
Uma luta ocorreu em um bar esta noite
Espião
Um jovem humano derrotou vários de nossos irmãos com uma facilidade surpreendente
Drácula, sentado em seu trono majestoso, observou o vampiro com uma expressão imperturbável, mas a menção do jovem despertou um brilho de curiosidade em seus olhos.
Ordenou o Conde, sua voz profunda e autoritária.
Espião
Ele não sofreu nenhum ferimento e saiu do local sem olhar para trás
Espião
Os humanos estão falando sobre ele, mas ninguém sabe quem é ou de onde veio
Espião
É como se ele tivesse surgido do nada
Drácula se recostou em seu trono, refletindo sobre as palavras do vampiro. Um humano que desafiava seus filhos? A ideia era intrigante, mas também desdenhosa. Ele sabia que até os vampiros mais fracos poderiam lidar com um humano, não importava quão habilidoso fosse.
Conde Drácula
Não será um problema
Conde Drácula
Se ele for apenas um humano, logo se tornará uma presa fácil
Conde Drácula
Mas por precaução
Conde Drácula
Fique de olho nele
O vampiro assentiu, aliviado por não ter que enfrentar a ira de seu senhor.
Espião
Vou garantir que isso seja feito
Drácula observou o vampiro se afastar, um sorriso sutil se formando em seus lábios. A curiosidade continuava a pulsar dentro dele, mas a confiança em sua própria força era inabalável. O jovem poderia ser um desafio interessante, mas ele sabia que, no fim, a escuridão sempre triunfaria.
Conde Drácula
💭Não vou me animar💭
Conde Drácula
💭Os outros foram um fracasso💭
Conde Drácula
💭Vai saber se esse será diferente ou não💭
Conde Drácula
💭Talvez seja...talvez seja💭
O Encontro Fatídico
Abraham caminhava pelas ruas sombrias da cidade, sua mente girando em um turbilhão de pensamentos. A frustração pulsava dentro dele, e ele não conseguia se perdoar por ter esquecido de perguntar ao barman uma informação crucial. As pessoas ao seu redor, com suas faces fechadas e olhares desconfiados, tornavam a tarefa de buscar respostas ainda mais difícil.
Abraham
💭Droga, eu sou uma anta, um animal💭
Abraham
💭Como pude esquecer logo isso?💭
Enquanto seus pés o levavam sem direção. Ele se sentia como um estranho em um lugar que não oferecia acolhimento.
Distraído em seus pensamentos, Abraham não percebeu que se aproximava de um obstáculo. Em um instante, ele colidiu de frente com algo sólido, uma barreira de ferro.
Uma mão grande e firme se afundou em sua cintura, segurando-o com uma força inesperada.
Quando levantou o olhar, Abraham ficou atônito com a visão diante dele. O homem que o segurava era o mais alto e bonito que ele já havia visto.Com uma presença imponente, ele se destacava na penumbra da rua. Sua estatura volumosa e postura ereta exudavam um magnetismo inegável. O rosto pálido e bem definido revelava a sabedoria de um homem de meia-idade, talvez na casa dos quarenta anos. Uma barba curta e cheia, acompanhada de um bigode bem aparado, dava-lhe um ar de dignidade.
O cabelo negro caía em cascata até a metade das costas, selvagem e desgrenhado, contrastando com a armadura de placas cinza-chumbo que adornava seu corpo. Uma capa preta, com intrincados detalhes em vermelho, flutuava suavemente atrás dele, enquanto uma gola alta, fechada por uma corda, realçava ainda mais a aura de autoridade que emanava. À sua cintura, uma espada larga pendia de um dos três cintos que usava, como um sinal de sua prontidão para o combate.
Mas o que mais chamou a atenção de Abraham foram os olhos do homem, vermelhos como sangue, que pareciam hipnotizá-lo. Ele se sentiu cercado por uma mistura de admiração e temor, como se estivesse diante de uma criatura mítica. No entanto, em meio a essa reverência, Abraham rapidamente voltou a si.
Abraham
Desculpe, eu acabei me distraído
Abraham
E obrigado por me segurar
Murmurou, tentando ignorar a sensação de vulnerabilidade.
Antes que o homem pudesse responder, Abraham se afastou, apressando o passo, com o coração acelerado e a mente confusa. A imagem do estranho continuou a dançar em sua mente, mas ele não tinha tempo para ponderar. Algo dentro dele o dizia que precisava sair daquela cidade o mais rápido possível.
Do outro lado da cidade, Drácula decidiu sair de seu castelo, cansado da monotonia das obrigações que o cercavam. O peso da responsabilidade e da solidão o deixavam maluco, e ele ansiava por um momento de liberdade. Ao caminhar pelas ruas, o Conde olhou para o céu. As nuvens cobriam as estrelas, criando uma atmosfera de opressão que parecia refletir seu estado de espírito.
Perdido em seus próprios pensamentos, Drácula não percebeu que se aproximava de outra pessoa até que colidiu levemente com ela. Instintivamente, ele segurou o indivíduo, preparado para evitar uma queda. Quando seus olhos se encontraram, algo inesperado aconteceu: o coração do Conde parou por um momento.
Os olhos verdes do homem diante dele brilhavam com uma intensidade que o hipnotizou.
Eram esmeraldas, tão perfeitamente iguais às da sua falecida esposa, aquele olhar que ele nunca pensara reencontrar. O chapéu vermelho de aba longa que o homem usava ocultava seu rosto, mas Drácula sentiu uma conexão inexplicável, como se o destino estivesse brincando com suas vidas.
Ele começou, mas já era tarde demais. O homem já havia se afastado, desaparecendo na escuridão da rua.
Drácula exclamou, um misto de frustração e confusão invadindo seu coração. Ele nunca havia se deixado levar por impulsos, mas a intensidade daquele olhar o deixara perplexo.
O Conde se virou, seus pensamentos emaranhados.
Quem era aquele humano? O que ele representava? Drácula sentiu uma centelha de curiosidade e um leve toque de apreensão. Ele sabia que não poderia deixar aquilo passar despercebido.
Conde Drácula
💭Esse homem...💭
Conde Drácula
💭Preciso saber mais sobre ele💭
Conde Drácula
💭Eu preciso saber quem ele é💭
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