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O Rei de Tóquio.

O Rei de Tóquio

A Cidade que Nunca Dorme

Tóquio pulsava com a energia caótica de um gigante incansável. O sol nascente refletia sobre os arranha-céus de vidro e aço, tingindo a metrópole em tons dourados. Ruas movimentadas fervilhavam com pedestres apressados, vestidos em ternos impecáveis ou uniformes escolares. A maré de pessoas cruzava os cruzamentos sincronizados, movendo-se com a precisão de um mecanismo bem ajustado.

Nos distritos empresariais, o ritmo era ainda mais acelerado. Táxis reluzentes serpenteavam entre os carros de luxo e motos velozes, enquanto telões exibiam comerciais de marcas renomadas em cores vibrantes. Os cafés lotavam com trabalhadores apressados, seus celulares piscando notificações incessantes. O aroma do café recém-preparado misturava-se ao cheiro metálico do metrô, onde executivos silenciosos liam relatórios em seus tablets de última geração.

Acima de tudo isso, dominando a paisagem como um monólito imponente, erguia-se a sede da Takizawa Global Holdings. O edifício, com sua estrutura ultramoderna e design arrojado, parecia desafiar o próprio céu. Com 80 andares, era um dos maiores arranha-céus de Tóquio, simbolizando a força e o império construído por um único homem.

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No último andar, acima da agitação frenética da cidade, encontrava-se o escritório de Ryouma Takizawa. Um ambiente que refletia perfeitamente seu dono: impecável, luxuoso e avassaladoramente poderoso.

O espaço era vasto, com janelas panorâmicas que se estendiam do chão ao teto, proporcionando uma vista espetacular de Tóquio. O vidro inteligente se ajustava automaticamente à iluminação, garantindo a perfeita combinação entre privacidade e estética. O chão era de mármore negro polido, refletindo as luzes suaves embutidas no teto. Uma enorme estante de madeira escura, adornada com poucas, mas valiosas peças de arte e prêmios empresariais, cobria uma das paredes.

Ao centro, uma mesa colossal de vidro reforçado repousava sobre uma base metálica minimalista. O tampo translúcido permitia a visão do elegante tapete persa abaixo – uma peça que valia mais do que alguns apartamentos de luxo na cidade. Atrás da mesa, uma poltrona de couro preto ergonômica dominava o espaço, sua silhueta imponente semelhante a um trono.

No lado oposto, um sofá de couro caramelo, macio e convidativo, contrastava com a rigidez do ambiente. Uma mesa de centro, onde repousava um conjunto de chá artesanal e uma garrafa de uísque caríssimo, completava a área de recepção. Tudo ali exalava poder, riqueza e domínio absoluto.

E no centro daquele império, sentado em sua poltrona como um rei em seu trono, estava Ryouma Takizawa.

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A luz matinal banhava seu rosto de traços aristocráticos, acentuando a perfeição esculpida de sua expressão. Seu maxilar bem definido projetava uma sombra sutil sob a iluminação indireta. Os olhos âmbar, frios e analíticos, vasculhavam as telas holográficas diante de si. As sobrancelhas levemente arqueadas reforçavam sua expressão severa.

Os cabelos negros, impecavelmente penteados para trás, deixavam apenas algumas mechas estrategicamente desalinhadas, conferindo-lhe um charme perigoso. Seu terno sob medida, de um tecido tão fino que parecia se moldar ao seu corpo atlético, exalava sofisticação. A gravata escura estava milimetricamente ajustada, e os botões de prata da camisa cintilavam discretamente.

Ele não precisava se esforçar para impor respeito. Sua presença era magnética, sufocante. Ele não era apenas um homem rico. Ele era o império em si.

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Um toque sutil na mesa ativou a interface holográfica integrada ao vidro. Relatórios, gráficos e números piscavam no ar, sendo analisados por seus olhos atentos. Um deslizar de dedos, e os dados eram organizados em tempo real.

A porta se abriu com um som quase inaudível. Um homem entrou, mantendo a postura rígida e controlada. Takahashi Ren, seu assistente pessoal, era um beta de 36 anos, eficiente e discreto.

— Takizawa-sama, sua reunião com os acionistas começará em cinco minutos. O conselho está reunido na sala de conferências.

Ryouma sequer desviou o olhar das telas enquanto respondia:

— Relatório.

Ren engoliu seco e continuou:

— As ações subiram 2,3% após o anúncio da nova tecnologia de IA financeira. Entretanto, há rumores de que a Yamamoto Corporation está tentando adquirir nossa startup subsidiária em Seul. A proposta deles está sendo bem recebida pelo conselho da empresa sul-coreana.

Finalmente, Ryouma desviou os olhos dos relatórios e olhou diretamente para Ren. O assistente sentiu um arrepio involuntário. A intensidade do olhar âmbar de seu chefe era algo difícil de sustentar.

— Negue a oferta. E compre a Yamamoto Corporation.

A resposta veio sem hesitação, fria e absoluta.

Ren piscou, surpreso. Comprar a Yamamoto Corporation não era uma decisão trivial. Era uma declaração de guerra. Mas ele sabia que questionar o alfa à sua frente seria perda de tempo.

— Entendido, Takizawa-sama. Providenciarei os primeiros movimentos.

Ryouma fez um gesto sutil com a mão, dispensando-o. Ren se retirou, já digitando freneticamente para acionar os departamentos necessários.

O CEO então levantou-se, ajeitando o paletó com um único movimento fluido. Sua silhueta alta e imponente refletia contra o vidro da janela, com a cidade de Tóquio estendendo-se abaixo como um reino sob seu domínio.

Ele deu um pequeno sorriso.

A guerra corporativa estava apenas começando.

— Hora da reunião.

O Cérebro por Trás do Império

A sala de reuniões no 75º andar da Takizawa Global Holdings era uma obra-prima do design corporativo moderno. Suas janelas panorâmicas ofereciam uma vista intimidadora de Tóquio, como se lembrassem os presentes de que estavam discutindo negócios no topo do mundo.

No centro, uma mesa de conferência retangular, feita de ébano polido e vidro temperado, acomodava os dez acionistas mais poderosos da empresa. Cadeiras de couro preto, projetadas para oferecer conforto sem relaxamento excessivo, reforçavam a seriedade do ambiente.

A iluminação era fria e precisa, destacando cada expressão, cada detalhe das feições dos presentes. No teto, pequenos alto-falantes embutidos garantiam que cada palavra dita fosse perfeitamente audível. Nada ali era por acaso.

E sentado à cabeceira da mesa, como um imperador em seu conselho de guerra, estava Ryouma Takizawa.

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— Vamos direto ao ponto. — Sua voz cortou o ar como uma lâmina bem afiada.

Os acionistas se entreolharam, ajustando suas posturas. Entre eles, estavam veteranos da indústria financeira, magnatas do setor tecnológico e membros da velha aristocracia empresarial do Japão. Homens acostumados ao poder e à influência. Mas nenhum deles ousava subestimar o homem sentado à frente deles.

Takahashi Ren, o assistente pessoal de Ryouma, estava de pé ao lado do chefe, pronto para intervir quando necessário.

O primeiro a falar foi Hideo Nakamura, um dos principais acionistas da empresa, um homem de cabelos grisalhos e expressão sempre calculista.

— Takizawa-san, estamos cientes da proposta da Yamamoto Corporation para adquirir nossa subsidiária em Seul. No entanto, há membros do conselho que acreditam que essa aquisição pode ser vantajosa, considerando os investimentos necessários para manter a subsidiária competitiva.

Hideo falava com confiança. Ele era um veterano do setor financeiro, alguém que raramente se sentia pressionado em reuniões. Mas então ele sentiu o olhar de Ryouma.

Um olhar afiado como uma lâmina katana.

O CEO da Takizawa Global Holdings cruzou os dedos sobre a mesa, sua postura relaxada, mas absolutamente imponente. Quando finalmente respondeu, sua voz era tão fria quanto o mármore negro do chão.

— Se nossa subsidiária não fosse competitiva, a Yamamoto Corporation não estaria tentando comprá-la.

Hideo ficou em silêncio por um momento. Ryouma não precisava elevar o tom para esmagar qualquer argumento. Ele simplesmente desconstruía a lógica dos outros como se desmontasse um relógio suíço, peça por peça.

Antes que Hideo pudesse reagir, outro acionista, Masaru Ito, interveio. Ele era um ex-executivo de uma multinacional americana e gostava de bancar o advogado do diabo nas reuniões.

— Takizawa-san, sabemos que sua estratégia é sempre agressiva. Mas comprar a Yamamoto Corporation pode ser um movimento precipitado. O custo de aquisição será alto, e—**

— Errado.

Ryouma o interrompeu antes que ele pudesse terminar a frase.

Todos os olhares se voltaram para ele.

— O custo de aquisição será insignificante comparado ao retorno. — Ele digitou algo no teclado holográfico integrado à mesa e, imediatamente, gráficos e dados foram projetados no ar. — A Yamamoto Corporation já apresenta sinais de queda financeira nos últimos dois trimestres. Eles investiram pesado em tecnologia de IA sem retorno garantido. No momento, estão desesperados para gerar caixa.

Ryouma se inclinou ligeiramente para frente, seu olhar penetrante fixo em Masaru.

— Se não comprarmos agora, outro fará isso. E se outro fizer, seremos nós que sofreremos as consequências.

O silêncio que seguiu foi denso. Nenhum dos acionistas conseguia rebater o argumento. Era como se Ryouma já tivesse previsto todos os contra-argumentos antes mesmo de serem ditos.

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Diante da pressão crescente, Daisuke Okada, um dos mais influentes entre os acionistas, decidiu desafiar o CEO de forma mais direta.

— Takizawa-san, ninguém questiona sua inteligência ou sua visão para os negócios. Mas tudo isso parece um movimento impulsivo. Já temos um império consolidado. Expandir nesse nível pode ser um risco desnecessário.

Ryouma manteve o olhar fixo em Daisuke por um instante. Depois, sorriu de forma quase imperceptível.

— Império consolidado? — Ele repetiu as palavras de Daisuke com um tom quase irônico. — Se eu pensasse dessa forma, ainda estaríamos competindo com empresas menores, e não dominando o setor. Um império que se contenta com a estabilidade está fadado a ruir.

Daisuke crispou os lábios, claramente incomodado com a resposta.

Ryouma então girou levemente a tela holográfica para que todos pudessem ver os números.

— Aqui estão as projeções financeiras para os próximos cinco anos, considerando o cenário de aquisição. Se não agirmos, nossos concorrentes farão isso. Se nossos concorrentes fizerem isso, nós perderemos participação no mercado. Se perdermos participação no mercado, o que acontece?

Ele fez uma pausa.

— Perdemos dinheiro.

Os números falavam por si só. A projeção da Takizawa Global Holdings com a aquisição mostrava um crescimento exponencial. Sem a aquisição, o crescimento era muito mais modesto.

Ryouma então recostou-se na cadeira, tranquilo.

— Se alguém aqui quiser perder dinheiro, pode sair dessa sala agora.

Ninguém se moveu.

A decisão estava tomada.

O Fechamento da Reunião

Takahashi Ren quebrou o silêncio.

— Vou preparar os documentos para iniciar a aquisição imediatamente.

Ryouma assentiu, satisfeito.

Os acionistas, mesmo aqueles que tentaram se opor, estavam agora convencidos. Não porque foram forçados, mas porque Ryouma os fez perceber que ele já havia vencido antes mesmo de a reunião começar.

Ele então se levantou, ajustando o paletó.

— Se não houver mais objeções, esta reunião está encerrada.

Os acionistas começaram a se levantar, trocando olhares silenciosos entre si. Alguns estavam impressionados, outros resignados. Mas uma coisa era certa: ninguém naquela sala duvidava mais de quem estava no controle.

E enquanto ele caminhava em direção à saída, seu olhar capturou o reflexo da cidade nas janelas panorâmicas.

Tóquio pertencia a ele.

E aquele era apenas o começo.

O Almoço do Rei

O relógio digital embutido na parede de vidro marcava 11h58.

No topo da Takizawa Global Holdings, o ritmo nunca desacelerava, mas Ryouma já havia decidido que era hora de uma pausa estratégica. Ele fechou o último relatório da manhã e levantou-se, ajustando o paletó enquanto caminhava em direção ao escritório.

Ao abrir a porta, parou por um instante.

Lá estava Reika Kiryuu, sua namorada — uma visão que poderia fazer qualquer homem perder o fôlego.

Ela estava sentada em uma das poltronas de couro próximas à parede envidraçada, uma perna elegantemente cruzada sobre a outra. Seu vestido curto e justo valorizava suas curvas impecáveis, e os lábios pintados de vermelho exibiam um sorrisinho sugestivo.

— Ryouma... demorou. — Sua voz era doce, carregada de intenção.

Ele fechou a porta atrás de si sem pressa.

— Não sabia que viria. — Sua voz era neutra, mas seu olhar examinava cada detalhe da cena à sua frente.

— Queria te fazer uma surpresa. — Reika inclinou-se levemente para frente, os olhos brilhando com malícia. — Senti sua falta.

Ryouma permaneceu inexpressivo.

— Nos vimos há dois dias.

Ela fez um biquinho manhoso.

— E daí? Isso é muito tempo sem te ver... sem te tocar.

Ele arqueou uma sobrancelha.

— Hmph.

Reika sorriu, levantando-se lentamente. Seus saltos ecoaram pelo chão de mármore enquanto ela se aproximava.

— Você trabalha tanto, amor... não acha que precisa relaxar um pouco? — Sua mão deslizou pelo peito de Ryouma, descendo devagar até o cinto.

Ele segurou seu pulso firmemente.

— O que você quer, Reika?

Ela fingiu uma expressão inocente.

— Quero almoçar com meu namorado, oras.

Ele estreitou os olhos, mas antes que pudesse responder, Reika mudou completamente a postura. Seu olhar se tornou afiado, quase irritado.

— Aliás... quem era aquela mulher na reunião mais cedo?

Ryouma manteve-se impassível.

— Qual delas?

Reika bufou.

— Não se faça de desentendido! Aquela assistente nova! Eu vi como ela olhava para você!

Ele suspirou.

— Se cada mulher que olhasse para mim fosse um problema, você viveria infeliz.

— Você acha engraçado? — O tom dela ficou levemente mais agressivo. — Acha que eu sou boba? Eu vi a forma como ela sorria quando falava com você!

Ryouma soltou seu pulso, deslizando as mãos para os ombros dela, puxando-a para mais perto. Seu olhar, até então frio, carregava agora uma intensidade diferente.

— Você está insinuando que eu olhei para ela do mesmo jeito que olho para você?

Reika abriu a boca para responder, mas sua voz sumiu. O ar entre eles ficou carregado. Ela tentou sustentar o olhar dele, mas o magnetismo daquele homem a desmontava com facilidade.

O silêncio foi quebrado quando ele deslizou uma das mãos pela curva da cintura dela, pressionando-a contra seu corpo.

— Tsc. — Ele sorriu de canto. — Você me conhece bem demais, Reika. Eu nunca daria a outro olhar que pertence apenas a você.

Ela mordeu o lábio inferior.

— Então prove.

O sorriso dele se desfez.

— Você está brincando com fogo.

— E desde quando eu tenho medo de me queimar?

As palavras mal haviam saído dos lábios de Reika quando Ryouma tomou posse deles.

Foi um beijo duro, possessivo, implacável. Um lembrete de que, se ela queria exclusividade, teria que aguentar as consequências.

O impacto do corpo dela contra a parede de vidro fez os olhos dela se arregalarem, mas antes que pudesse processar, Ryouma já traçava um caminho de beijos ardentes descendo pelo seu pescoço, mordendo de leve, deixando marcas que diziam claramente quem ela pertencia.

Os dedos dele exploravam, apertavam, reivindicavam.

O mundo exterior desapareceu. O escritório luxuoso agora era apenas o cenário de uma batalha onde ele comandava cada movimento.

As unhas de Reika cravaram-se em seus ombros quando ele a ergueu com facilidade, sentando-a na mesa de vidro sem cerimônia. Papéis foram ao chão, mas nenhum dos dois se importou.

— Ryouma... — Ela gemeu contra os lábios dele, os olhos fechados, respirando pesadamente.

Ele deslizou os lábios até o ouvido dela.

— Da próxima vez que vier ao meu escritório com ciúmes, tenha certeza de que terá tempo para pagar o preço.

Reika arfou, estremecendo sob ele.

E então, o telefone tocou.

O som ecoou pelo ambiente, quebrando o transe.

Ryouma fechou os olhos por um segundo antes de se afastar lentamente. Seu olhar ainda era perigoso, intenso, mas sua voz voltou a ser fria e controlada quando atendeu.

— Takizawa falando.

Reika respirava fundo, os lábios inchados, tentando recuperar o controle de si mesma.

Ele encerrou a ligação em poucos segundos e olhou para ela.

— O almoço vai ter que esperar.

Ela o fuzilou com os olhos.

— Você só pode estar brincando comigo.

Ele sorriu de canto.

— Reunião emergencial.

Reika cruzou os braços, visivelmente frustrada.

— Você é insuportável.

Ryouma pegou o paletó que havia tirado e vestiu-o novamente, impecável como se nada tivesse acontecido. Ele se aproximou, segurando o queixo dela entre os dedos.

— E mesmo assim, você não consegue ficar longe de mim.

Ela abriu a boca para responder, mas ele já estava caminhando para fora do escritório.

E Reika, ainda sentada na mesa, mordiscou o lábio com um sorrisinho satisfeito.

Ela podia até odiar o jeito dele, mas no fundo, sabia: ninguém jamais poderia substituir Ryouma Takizawa.

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