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Caminhos Entrelaçados (Zosan)

O convite de casamento

Afogado em pensamentos profundos, Vinsmoke permanecia em silêncio. Perdia-se nas sombras da ampla sala. O solitário cigarro, consumido entre os dedos, era um companheiro constante. A fumaça que se dissipava no ar era um reflexo tangível de sua ansiedade. O coração palpitava acelerado, acompanhando a tormenta interior. Uma decisão crucial se avizinhava e a dúvida corroía seus pensamentos. A cada baforada, afundava-se mais em um mar de incertezas. Um som discreto rompeu o silêncio: passos lentos e pesados se aproximavam. A porta rangeu ao ser aberta, revelando a silhueta alta e imponente de um belo rapaz, com cerca 1,80m. Sua figura se destacava na penumbra da sala, iluminada apenas pela fraca luz do luar que se infiltrava pela abertura da porta aberta. Roronoa arregalou os olhos, com o coração disparando no peito. Ali, diante dele, estava ele: o jovem de cabelos loiros e olhos azuis intensos, uma beleza quase sobrenatural que nunca havia esquecido. A surpresa se misturou à irritação em seu olhar, o visitante o aguardava com um sorriso travesso nos lábios, como se soubesse exatamente o efeito que causava.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Olá, Roronoa. Há quanto tempo!
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
O que faz aqui, dentro da minha casa, Vinsmoke? (A sua voz ecoou. Com olhar gélido para o invasor.)
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O intruso esboçou um suave sorriso, erguendo-se lentamente do sofá. A fumaça do cigarro se espalhava pela sala, formando uma névoa densa que obscurecia a visão à medida que ele se aproximava. Face a face com Roronoa, Vinsmoke passou a mão pela nuca do espadachim, puxando-o para perto. Inclinando-se, sussurrou algo tão obsceno que até mesmo o mais pervertido se envergonharia de tais palavras. A dinâmica da sala mudou abruptamente. Em um movimento rápido e preciso, Roronoa agarrou o pescoço de Vinsmoke e o pressionou contra a parede fria, imobilizando-o com uma perna entre as coxas. O espadachim, com um olhar frio e calculista, dominava a situação. O cozinheiro, surpreso, não esperava por tal ação, com um sorriso contornado de confiante provocou-o inquilino.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
A~♡hn...com calma aí, gatinho.
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Você tem muita audácia, Vinsmoke! Um pervertido como você, pisando na minha casa depois de tudo o que aconteceu? Não acho que a Pudding vá ficar nada feliz em saber que o futuro noivo dela está aqui, invadindo minha propriedade. (Seus lábios se curvaram em um leve sorriso, provocando-o.)
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Isso é ciúmes, neném.
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
...
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Hahahahaha! (Uma gargalhada irônica escapou do lábios, Roronoa o encarava, incrédulo com as tais palavras de Vinsmoke.)
Sanji, com um sorriso leve, agarrou a gola da camisa de Roronoa, virando o jogo. Impulsionado contra a parede, Zoro se viu preso em uma situação inesperada. A proximidade era intensa, a respiração de ambos se misturando. Olhos se encontraram em um duelo silencioso. A postura desafiadora de Vinsmoke contrastava com a surpresa de Roronoa.
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Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Que tal mudarmos de assunto? Hein.
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Você não aprende mesmo, Vinsmoke!
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Eu adoro ver essa sua carinha de irritado, sabia? E me chamando, ah! Como eu odeio esse maldito sobrenome que me concederam. Mas, ouvir ele saindo da sua boca é outra coisa, você fica tããão sexy! Me chamando de Vinsmoke.
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Cozinheiro tarado.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
...
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
(Um leve sorriso surgiu nos lábios de Sanji.) Já faz um tempo que ninguém me chama assim, sabia?
Com uma mão firme, Vinsmoke segurou o queixo de Zoro, forçando-o a aproximar-se. Sua língua adentrou a boca do espadachim em um beijo profundo e intenso. A mão que antes segurava a gola da camisa deslizou para mais baixo, apertando o peitoral do espadachim. Os corpos se chocaram em um abraço apertado, intensificando o beijo. A respiração acelerada e o volume nas calças de ambos evidenciavam o desejo que ardia entre eles Em um gesto impulsivo, Roronoa interrompeu o acordo, empurrando-o com força. O som dos lábios se separando ecoou no ambiente, quebrado apenas pela respiração acelerada. Limpando os lábios com o antebraço, o espadachim encarou Vinsmoke, seus olhos carregados de desafio. Surpreendido pela audácia do companheiro, o sorriso do cozinheiro era enigmático, com a risada curta e sarcástica. Isso! Vinsmoke, com um misto de paixão e urgência, agarrou-o pela gola da camisa, seus dedos apertando o tecido com força. Seus olhos se encontraram, faíscas de desejo e uma promessa silenciosa de um amor que desafiava o tempo. E então, aconteceu. Mais um beijo. Não foi um beijo qualquer, tímido ou hesitante. Foi um beijo de tirar o fôlego, intenso e voraz, como se fosse a última vez que seus lábios se encontrariam. O cozinheiro beijou-o com uma necessidade desesperada, cada toque, cada suspiro, uma declaração de amor em sua forma mais crucial Sanji aproveitava cada segundo, cada toque, cada sabor, como se estivesse gravando-os a ferro e fogo em sua memória. Porque, no fundo, ele sabia. Sabia que aqueles momentos eram preciosos, fugazes, e que a qualquer instante poderiam ser arrancados de seus braços. Mas, enquanto pudesse, ele amaria. Amaria com a força de mil sóis, com a paixão de um furação, com a eternidade de um universo inteiro Roronoa não suportava mais aquela situação. Tentava, de todas as formas, não ceder à tentação que era Vinsmoke Sanji. Ele parecia um demônio em pessoa, atormentando seus pensamentos e sua vida pessoal. Depois de tudo que aconteceu entre os dois, o espadachim tentava esquecer seu passado com Sanji, mas sempre havia algo que o trazia de volta à tona: memórias e aquele maldito sentimento que ele se negava a sentir novamente. “Não consigo mais”, contei, agarrando seu pescoço continuamente e pressionando-o com força. Joguei as costas de Vinsmoke contra o piso frio e duro, ficando no controle da situação. Olhava para o cozinheiro, que esboçava um sorriso, o deixando irritado. Aquele maldito pervertido tinha diversas maneiras de provocá-lo, enfurecendo-o cada vez mais.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Ah, que visão maravilhosa! Você, por cima de mim, sempre no controle de tudo. (Disse Sanji, completamente em êxtase.)
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
...
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O jeito que observava o espadachim, a maneira de agir na frente dele, o sorriso de um bobo apaixonado... Estava mais claro do que a água cristalina de uma cachoeira: Vinsmoke Sanji estava obcecado por Roronoa. Mesmo depois de tudo, das brigas, do término... Vinsmoke, o nosso cozinheiro pervertido, nunca esqueceu de seu amor, mesmo estando prestes a se casar. Agarrando fortemente os cabelos de Vinsmoke Sanji, fazendo-o olhar diretamente em seus olhos acinzentados sem vida, o espadachim questionou com raiva:
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Por que você está aqui na minha casa? Você não entende que não temos mais nada? Mas você continua e sempre continua.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
...
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A frustração de Roronoa era palpável. Ele não conseguia entender por que Vinsmoke continuava insistindo tanto. Será que o cozinheiro queria vê-lo sofrer cada vez mais? Não era óbvio que o espadachim ainda continha sentimentos por ele, mesmo que se recusasse a admitir em alta e bom tom? Era para o deixá-lo mais feliz em saber que o trouxa, iludido, bobo, burro e idiota estava perdidamente apaixonado por ele? Afinal, depois de tudo o que aconteceu, será que Vinsmoke ainda tinha algum sentimento por ele além de um bom parceiro sexual? Sanji o puxou pela gola da camisa, beijando-o com intensidade e retomando o controle da situação. Cansado daquela discussão sem sentido, decidiu apimentar ainda mais o momento. Beijos, agarrões, mordidas e chupões marcaram o ritmo daquela sala escura, enquanto suas roupas eram atiradas contra a parede. Em meio a posições variadas, Roronoa e Vinsmoke se entregaram à paixão, mostrando que, independentemente do que acontecesse entre eles, fosse uma discussão ou uma briga, o resultado final seria sempre uma transa forte e quente. Uma sequência de estocadas penetrantes desmanchava seus olhos em lágrimas, que se reviravam para dentro, atingindo o ápice do prazer. Vinsmoke estava a ponto de ejacular, um suspiro prestes a escapar de seus lábios, quando sua respiração retornou, agora agitada. Seus olhos se direcionaram para o parceiro, que ofegava. Era uma das cenas mais deslumbrantes: vê-lo daquele jeito, tão lindo no controle de tudo. Vinsmoke se levantou do chão e entrelaçou os braços ao redor do tronco dele, beijando-o suavemente.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Eu te amo.
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
...
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Os olhos acinzentados de Zoro perscrutavam as profundezas dos olhos azuis cintilantes de Sanji. Não era a primeira nem a segunda vez que o cozinheiro proferia aquelas palavras melosas: “Eu te amo”. A frase, outrora carregada de significado, agora soava vazia aos ouvidos do espadachim. Aquele “Eu te amo” que ecoava pelos ares, com tanta importância para alguns, não ressoava em seu coração. Roronoa se desvencilhou do abraço, afastando-se de Vinsmoke. Dirigiu-se ao banheiro, onde se banhou. Sanji o observava enquanto ele se distanciava. Com isso, o cozinheiro se levantou e foi até suas roupas, que estavam jogadas pela sala escura. Ao vasculhar os bolsos do paletó, encontrou seu maço de cigarros. Acendeu um cigarro, já posicionado entre os lábios, e tragou profundamente, enquanto se vestia. Zoro, com o corpo e os cabelos molhados, enrolado em uma toalha na cintura, agarrou a maçaneta da porta do banheiro e a abriu, dando de cara com Vinsmoke, que o aguardava. Recostado na parede, Sanji apreciava seu cigarro. O espadachim ficou surpreso e indignado. Pensou: “O que ele ainda está fazendo aqui? Não era isso que ele queria? Uma última transa?”
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Então, o que você ainda quer Vinsmoke?
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Mesmo que não estejamos mais juntos, vim te entregar o convite do meu casamento. Afinal, você é alguém que fez parte da minha vida como também o bando e, por mais que as coisas tenham mudado, ainda o considero um amigo.
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
...
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Tsc, que ridículo! Sejamos sinceros, nem eu, nem você, muito menos a Pudding, queremos me ver presente nesse casamento. Acho melhor cortar esse papo furado e dar o fora daqui. Não acha que já conseguiu o que queria? Então, vaza da minha casa. Estou ocupado demais para me preocupar com esse casamento medíocre.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Certo! Como quiser.
Vinsmoke saiu da casa de Roronoa e, ao chegar em sua residência, abriu a porta. Lá estava Charlotte Pudding, que o aguardava sentada em uma poltrona confortável, lendo um livro. Seus olhos castanhos claros se direcionaram para o futuro marido, e um sorriso feliz iluminou seu rosto ao vê-lo entrar na sala. Ela se levantou e caminhou em direção a ele.
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Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
Oi, Sanji! Como foi? Você conseguiu entregar todos os convites do nosso casamento? (Perguntou ela, extremamente nervosa e corada.)
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
(Sorrir) Sim, meu bem! (Ele se aproximou dela, afastou delicadamente a franja de seu rosto e depositou um suave beijo em sua testa.)
Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
//Ah! (Ficou com as bochechas levemente avermelhadas.)
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Vou tomar um banho e já já volto, meu bem.
Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
~Tá bem!
Sanji subiu as escadas e se dirigiu ao seu quarto. Abriu a porta, entrou e foi em direção ao banheiro, que ficava ao lado do closet. Com passos lentos e suaves, aproximou-se, ficando cara a cara com o espelho da pia. Observava atentamente o seu reflexo enquanto pensava no espadachim que o enlouquecia. Aquele maldito corpo... Ah, ele não parava de pensar nele, em tudo nele: seus olhos acinzentados sem vida, sua boca carnuda, sua forma de agir com aquela marra...
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Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Ah, Marimo, por que você não sai da minha cabeça? Isso está me enlouquecendo por completo!
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O amargo sabor das lembranças

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O grande dia finalmente chegou: o início de uma nova etapa para a felicidade, um laço de amor eterno. A cerimônia de casamento transcorria em meio a sorrisos e votos emocionados. Entretanto, Roronoa entregava-se à sua solidão de paz, apreciando pequenas doses de bebida. O perfume cítrico de laranja bailava no ar, mesclando-se às conversas e risadas. Passos serenos aproximavam-se do balcão, e uma cadeira ao seu lado direito foi ocupada por uma jovem de beleza extrema. Seus cabelos ruivos emolduravam um rosto de traços angelicais, e seus olhos castanho-claros irradiavam vivacidade. Um sorriso discreto curvava seus lábios enquanto o barman, com um toque de arte, preparava um néctar colorido para a musa. O espadachim, reconhecendo a figura que cativava a todos, tinha plena consciência da índole de Nami: uma ardilosa sem escrúpulos.
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Nami, o que te traz aqui? Pensei que estivesse no casamento, aproveitando a festa... Ou será que já está tramando algum golpe para rouba-los ? (Provocou ele, com um sorriso de canto, sem desviar o olhar do líquido âmbar em seu copo.)
Nami
Nami
...
Nami
Nami
E aí Zoro, aquele casamento foi um suplício! A falsidade reinava naquele lugar, era insuportável! Escapei durante a cerimônia, na parte dos votos. Você deveria estar lá, no lugar da Pudding... Que garota irritante! Culpa da Robin, que me arrastou para aquele teatro todo que raiva! Uma perda de tempo. Mas você parece tão tranquilo, nem se importa que o amor da sua vida esteja se unindo a outro? (Em meio à bebida, ela expressou sua revolta.)
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Eu e o cozinheiro tarado não temos mais nada entre nós (Afirmou Zoro, com um tom de voz carregado de ressentimento.)
Nami
Nami
Bem, o que foi isso em seu pescoço. (Retrucou Nami, com um sorriso malicioso nos lábios. ) O pernilongo de olhos azuis cintilantes e lindos cabelos loiros te picou? Por que o local está roxo? (Provocou, cutucando o amigo para ver como reagiram.)
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
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As palavras da navegadora atingiram Roronoa como um raio. Suas bochechas, antes pálidas, agora exibiam um rubor carmesim. A mente do espadachim, como um filme, revivia os momentos calientes que compartilhou com Vinsmoke. Cada toque, cada palavra, cada olhar... tudo voltava com intensidade, fazendo seu coração palpitar mais forte a cada lembrança. Mas será que isso ainda o afetava? Mesmo com os sentimentos confusos pelo cozinheiro tarado, Roronoa Zoro remoía o rancor e a raiva por Vinsmoke Sanji, que o havia traído, ferido e humilhado. Seu coração podia até disparar, mas seu sangue fervilhava de ódio, clamando por vingança. A suave melodia no fundo do estabelecimento não lograva aquietar os pensamentos em revoada de Zoro. como um raio em meio à valsa nostálgica, o arrancava do passado e o jogava de volta à realidade brutal. De repente, num acesso de fúria, o espadachim apertou o copo com tanta força que o estilhaçou em mil pedaços. O som alto assustou sua parceira de bebida e atraiu olhares curiosos de outros clientes. Mas ele não se importava. Com um movimento brusco, Roronoa Zoro se levantou da cadeira, a expressão sombria no rosto, o olhar fixo e a mandíbula travada. Seus passos lentos o levaram a deslizar a mão pelo bolso, de onde retirou algumas notas. O suficiente para cobrir a conta...e o copo quebrado. Sem se despedir, abandonou o local, deixando no ambiente um véu de inquietação. No hotel onde estavam, com a lua de mel recém-iniciada, sentado na beirada da cama diversos pensamentos surgiram em meio a conflitos e pressões, Vinsmoke Sanji finalmente se casou com Charlotte Pudding, a 35ª filha da Família Charlotte. O casamento selou um acordo entre as famílias, mas para Sanji, a união forçada é um fardo pesado. Casar-se com alguém que não ama causa-lhe profunda dor e sofrimento. Ainda mais por ter magoado o seu verdadeiro amor, não poderia colocá-lo naquela situação. Além do mais, são os seus problemas familiares; Roronoa Zoro não tinha nada a ver com isso e poderia se meter em problemas. No entanto, ele precisava se deitar com alguém, mesmo que fosse aquela mulher linda e encantadora. A sua fase de “gado apaixonada” já era algo do passado. Vinsmoke Sanji havia deixado para trás as brigas e rivalidades com o espadachim, o cabeça de musgo. Ele amadureceu e encontrou o verdadeiro amor. Que ironia, não?Justamente a pessoa que ele menos suportava era agora alguém sem cujas provocações infantis sobre quem era o mais forte (ou o contrário) ele não conseguia mais viver. E agora, nesse exato momento, estava transando com alguém que não era ele. Era sem amor, apenas pelo prazer que, mesmo sendo bom na maioria das vezes, não era nada de mais. Era como se você não gostasse de algo – poderia ser algum alimento, pessoa, brincadeira, entre outras coisas. Mesmo sendo extraordinário com ela, a forma como ela cavalgava e a sentada que o fazia delirar não se comparavam ao último encontro que teve com o espadachim. Ah, como não se esquecer da sensação naquele momento, da intensidade de tudo! Quase perfeito, a não ser por não estarem em um estacionamento como antes. Mas os seus pensamentos sempre gravitavam em torno dele. Como eram agradáveis aqueles momentos juntos, com o seu marimo! Ele era tão feliz... e agora, não sabia mais o que era a felicidade, ou sequer o seu significado para a sua vida. Sanji sentia que a loucura espreitava a cada instante daquela sua existência ao lado de Charlotte Pudding. Ele não aguentava mais; aquilo era um completo inferno para ele.
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A minha obsessão

Depois de algumas semanas ou meses, e até mesmo em questão de minutos, Vinsmoke Sanji não conseguia se esquecer dele. Sim, dele, de quem mais seria? Do cabelo de musgo, do espadachim de três espadas, do ex-caçador de piratas Roronoa Zoro. Mesmo distante, o nosso cozinheiro pervertido nunca deixou de mandar alguns presentinhos para fazê-lo se lembrar. Isso irritava profundamente o espadachim. Ah, e os presentes não poderiam ser de pior gosto, pois Sanji sabia perfeitamente do que Zoro gostava. E era justamente isso que dava mais raiva: ter que jogar fora, dar para outras pessoas ou até mesmo vender bebidas caras e importadas era um grande desperdício de dinheiro e de bebida. Com o passar do tempo, Vinsmoke Sanji não conseguiu se adaptar muito bem. Então, a decisão magoou o coração de uma pessoa. Mesmo que, no profundo, ele não se importasse, não era nada fácil a tarefa. Para ser sincero, ele não queria, mas precisava, pois não aguentaria ter que fingir que amava Charlotte Pudding. Ela é uma pessoa boa e gentil, não merecia passar por isso. Mas, para a saúde mental de Sanji, tinha que ser assim. Ele a chamou para uma longa e bela conversa, expondo tudo o que já estava guardado dentro de si. Isso a destruiu por completo; lágrimas brotavam em seus lindos olhos. Vinsmoke Sanji pensava que isso poderia acabar com tudo e ele voltaria a ser como era antes. Só que ele não esperava que Pudding estivesse obcecada por ele por completo e já tivesse um plano em mente há tempos. Com a notícia trágica e surpreendente de que seria pai, o nosso cozinheiro pervertido ficou em choque. "Que legal!", pensou ironicamente, enquanto uma única dúvida o consumia: "Mas como?". Ele tinha usado proteção, verificado se estava em perfeito estado e descartado no banheiro do hotel onde passaram a lua de mel. Indagando seus pensamentos, Sanji chegou a uma conclusão clara e perturbadora: ela havia pego o preservativo e o inserido na própria vagina, sem se preocupar com as consequências de contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Internamente, Vinsmoke refletia sobre o que Charlotte Pudding seria capaz de fazer para passar o resto de sua vida ao seu lado. Era uma grande loucura o que uma pessoa podia fazer para obter o que queria, e o que ela mais desejava era ter o filho da família Vinsmoke ou organização paramilitar Germa 66. Para ela, somente para ela, Charlotte Pudding já havia feito uma visita para conhecer o tal e agradar o nosso espadachim, sim, Roronoa Zoro. Ela já o havia ameaçado, mas isso não fez com que o nosso amado Zoro se assustasse ou sentisse medo.
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De repente, seus pensamentos são bruscamente cortados pela Pudding. Com um sorriso travesso dançando em seus lábios, ela inclina a cabeça e pergunta, os olhos brilhando de curiosidade:
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Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
E então, amor, o que você acha que vai ser? Um pequeno príncipe ou uma linda princesinha.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
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Naquele instante, apenas uma coisa passou pela sua cabeça: Que maluca! O mais estranho não era a pergunta em si, mas sim a repentina mudança de humor de Charlotte. A poucos segundos, ela estava se desfazendo em lágrimas e, agora, exibia um sorriso radiante e contagiante ao receber a notícia que acabara de dar: nosso cozinheiro, conhecido por suas indiscrições, seria pai. Essa súbita transformação é o que realmente causava estranheza.
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O mais estranho não era a pergunta em si, mas sim a repentina mudança de humor de Charlotte. A poucos segundos, ela estava se desfazendo em lágrimas e, agora, exibia um sorriso radiante e contagiante ao receber a notícia que acabara de dar: nosso cozinheiro, conhecido por suas indiscrições, seria pai. Essa súbita transformação é o que realmente causava estranheza. Sanji realmente teve o sonho de construir uma linda família com seu pai. Contudo, isso era algo do passado. No presente, naquele exato momento, ele não desejava ter uma família, muito menos com Charlotte Pudding. Essa notícia, por outro lado, agradaria imensamente à sua própria família, já que os Vinsmoke haviam planejado tudo desde o início para arruinar sua felicidade vida. Livrar-se daquela tempestade era seu único recurso. Embora detestasse a ideia de destratar uma linda dama, algo que ia totalmente contra seus princípios, ele não via outra saída para preservar sua felicidade e sanidade mental. Com o coração pesado, mas decidido, ele se lançou, proferindo palavras frias e duras:
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Nunca te amei e jamais te amarei. Não importa o que faças para me prender, meu desejo é o divórcio. Não quero te magoar, mas essa é a verdade. Podes ficar com todos os meus bens, contanto que a separação seja o mais rápido possível.
Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
!!!
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Incrédula, Pudding sentia o peso das palavras frias e duras daquele homem que antes lhe parecia um poço de bondade e gentileza. Cada sílaba era como uma punhalada em seu coração já fragilizado. Como era possível que ele, que sempre a tratara com tamanha consideração e sem qualquer sombra de preconceito, pudesse agora ser tão cruel? A dor a consumia enquanto sua mente fixava no responsável por tudo aquilo: Roronoa Zoro. Sim, era ele o pivô de seu sofrimento. Se não fosse por sua existência, Sanji seria seu, unicamente seu. Mergulhada nessa obsessão, lágrimas escorriam abundantes, e uma fúria incandescente percorria suas veias, visíveis em seu corpo tenso.
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Num gesto impulsivo, Pudding se lançou em seus braços, fitando-o com o olhar suplicante, as lágrimas molhando suas bochechas. Beijou-o com urgência e paixão, mas aquele contato labial era vazio para Vinsmoke Sanji; não era o toque familiar e eletrizante dos lábios do espadachim, faltava a doçura e a intensidade que ele conhecia. Enquanto finalizava o beijo desesperada, Sanji a segurou pelos ombros com firmeza, fazendo-a confrontar a realidade de que seus esforços eram vãos. Com um suspiro pesado que denunciava a batalha interna travada em seu íntimo, o cozinheiro finalmente se desvencilhou do conforto fugaz do sofá. Seus pés, carregando o peso de uma decisão dolorosa, arrastaram-se em direção à porta, cada passo lento e hesitante como se tentasse adiar o inevitável. Ao testemunhar sua partida, Charlotte Pudding, o coração em frangalhos, deixou escapar um grito agudo e desesperado que ecoou pelo cômodo:
Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
Não vá! Por favor, não vá!
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Num movimento brusco e impulsionado pelo pânico da perda iminente, ela se levantou, a saia rodopiando levemente, e correu para alcançá-lo. Seus braços rodearam sua cintura em um abraço desesperado e apertado, como se pudesse prendê-lo ali pela força da sua angústia. Lágrimas quentes escorriam abundantemente pelo seu rosto, molhando as costas da camisa dele enquanto ela soluçava, implorando entrecortadamente para que ele permanecesse ao seu lado. Sanji, com um esforço visível que tensionou seus músculos, desfez os braços agarrados ao seu corpo. Seu rosto, antes gentil, agora estava marcado por uma resolução fria e dolorosa. Sem olhar para trás, proferiu palavras cortantes, cada sílaba carregada de um sofrimento que ele se esforçava para ocultar. Então, com um baque seco que reverberou pelo silêncio da sala, a porta se fechou, selando não apenas sua saída física, mas também, aparentemente, qualquer esperança que Pudding ainda pudesse acalentar. Ajoelhada no centro do aposento, Pudding permaneceu imóvel, como uma estátua de dor esculpida pela crueldade do momento. Uma torrente de emoções turbulentas a invadia, um coquetel amargo de tristeza lancinante, um rancor profundo que lhe queimava as entranhas, raiva fervente contra aquele que a rejeitara, a pontada aguda da inveja e o ácido corrosivo do ciúme. Esses sentimentos a consumiam por dentro, enquanto sua mente fervilhava de maldições silenciosas dirigidas ao responsável por sua agonia. Na escuridão de seus pensamentos, uma determinação sombria e implacável começou a germinar. Seus olhos, antes marejados, agora brilhavam com uma intensidade fria e perigosa.
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Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
(Na escuridão de seus pensamentos, uma determinação sombria e implacável começou a germinar. Seus olhos, antes marejados, agora brilhavam com uma intensidade fria e perigosa.) Isso não vai acabar assim... (Sussurrou para si mesma, a voz embargada pela amargura.)
Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
...
Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
...Se ele não pode ser meu, então não será de mais ninguém! (Levada por uma ansiedade crescente e por esses pensamentos sinistros que brotavam como ervas daninhas em sua mente perturbada, ela começou a roer as unhas nervosamente, um hábito que sempre a assaltava em momentos de grande tensão e frustração. Cada mordida era um reflexo físico da tempestade que se formava em seu interior, prenunciando ações futuras movidas por essa obsessão possessiva.)
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Em meio à garoa persistente que tecia um véu úmido sobre a paisagem urbana, Vinsmoke vagava pelas ruas desertas e frias, entregue a um vazio mental que ecoava a solidão do ambiente. A chuva implacável encharcava suas vestes, mas ele seguia adiante com uma placidez surpreendente, alheio à urgência ou à apreensão. Uma sensação paradoxal de liberdade o envolvia, como se o peso de ter ferido um coração sensível tivesse, ironicamente, libertado sua mente de correntes invisíveis. Ele se sentia como um pássaro finalmente liberto da gaiola, capaz de planar sem rumo por um céu vasto e chuvoso, guiado apenas pela própria vontade de seguir em frente. Seus passos lentos e constantes o conduziram, quase que inconscientemente, a um destino incerto até então. Ao se deter diante do local, uma onda de frio percorreu seu ventre, uma sensação familiar à antecipação de um momento crucial, como se fosse a primeira vez que se encontrava naquela situação. Sem se permitir hesitar por muito tempo, ergueu a mão e seus nós dos dedos encontraram a superfície fria da porta, produzindo um som discreto na quietude da noite chuvosa: toc toc toc... Seu coração palpitava com uma intensidade crescente, o ritmo acelerado audível em seus próprios ouvidos: tum tum tum... A ansiedade se intensificava a cada segundo de espera sob a chuva incessante, enquanto aguardava, com uma expectativa quase palpável, que a porta fosse finalmente aberta pela pessoa que ali residia. A porta cedeu com um ranger baixo, revelando uma silhueta hesitante, como se acabasse de ser arrancada de um sono profundo. Os olhos ainda pesados de sono lutavam para se abrir, semicerrados contra a invasão da luz prateada do luar que banhava o aposento. A vestimenta eram leves e inadequadas para a fria e sombria noite, mal protegendo a pele arrepiada. Sanji observava a figura com intensidade, seus olhos faiscando com uma chama crescente de desejo. Uma onda de expectativa percorria seu corpo, a ânsia por um acontecimento iminente o consumia. Um anseio irresistível o invadia: abraçá-lo com firmeza, envolver seus braços ao redor daquela forma trêmula e beijá-lo com uma intensidade avassaladora. Do outro lado da porta, Zoro franzia a testa, a mente ainda turva pelo sono interrompido. “Quem seria você?”, pensava, confuso, “e o que quer batendo à minha porta a esta hora?”. A confortável e quente cama implorava para que ele permanecesse, mas o persistente barulho que perturbava seu descanso o obrigou a ceder. Com evidente preguiça, arrastou os pés lentamente até a porta. Ao abri-la, seus olhos tentaram, com grande esforço, focalizar a figura parada no limiar. A silhueta encharcada, banhada pelo brilho lunar, parecia a personificação da ansiosa, espera.
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Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
(Com a voz carregada de irritação por ter o sono interrompido em plena madrugada, o espadachim resmungou, franzindo a testa enquanto seus olhos semicerrados focalizavam a figura hesitante à porta.) Ah, mas o que você faz aqui a essa hora? (Sua postura tensa e o tom impaciente deixavam claro o seu descontentamento por ser acordado de forma tão abrupta, ainda mais por aquele indivíduo em específico.)
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
(A figura à porta, visivelmente constrangida e com um semblante abatido, apressou-se em responder com um tom de voz hesitante e um tanto aflito.) Oi, Marimo... me desculpa te acordar, eu sei que é tarde... Bem, é que eu e a Pudding tivemos uma discussão... uma discussão meio séria, sabe? E na hora da raiva, eu simplesmente saí de casa... Será que você poderia, por favor, me deixar passar essa noite aqui? Me desculpa mesmo te pedir isso, é que na pressa de ir embora, eu acabei não pegando nada... não estou com dinheiro, nem cartão, nem celular e muito menos as chaves de casa... Por favor, eu te imploro, me deixa passar a noite aqui.
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
...
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
(Com um olhar incrédulo estampado no rosto marcado por incontáveis batalhas, o espadachim arqueou uma sobrancelha, as palavras do cozinheiro soando como uma piada de mau gosto em meio à tempestade.) O quê?! Deixar você passar a noite aqui? Só pode estar brincando, seu idiota! (Rosnou Roronoa Zoro, a irritação faiscando em seus olhos rubros.)
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
(Sanji, encharcado da cabeça aos pés e tremendo de frio, tentava desesperadamente articular um pedido coerente em meio ao vento uivante e à chuva torrencial.) Por favor, Zoro! É só por esta noite. Não tenho para onde ir com este tempo! (Implorava, a voz embargada pelo frio cortante que castigava a região.)
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Roronoa ponderava, a hesitação visível em sua carranca. As lembranças do último encontro com o cozinheiro pervertido ainda o azucrinavam. A ideia de ter aquele sujeito sequer perto de sua propriedade, quanto mais dentro de sua casa, era suficiente para eriçar seus pelos. Maldito cozinheiro... Se eu pensar bem por um segundo sequer em deixá-lo entrar... pensava, o sono e a irritação se misturando em um caldeirão de mau humor. No entanto, mesmo com a antipatia fervilhando em suas veias, uma ponta de relutância o invadiu. Deixar alguém à mercê daquela fúria da natureza não era exatamente o seu estilo, por mais irritante que o sujeito fosse. Com um suspiro pesado, que mais pareceu um resmungo, Zoro finalmente cedeu, embora a contragosto.
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Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Tsc. Fique parado aí! (Ordenou, apontando para o centro do pequeno tapete em frente à porta. Seus olhos percorreram a figura encharcada de Sanji com evidente desgosto.) Não ouse molhar mais nada além desse maldito tapete, inseto.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
...
Sem esperar por uma resposta, virou as costas e marchou em direção às escadas de madeira escura. Precisava pegar algumas roupas secas e toalhas antes que aquele parasita conseguisse transformar sua casa em um charco. A imagem de sua moradia impecável encharcada por culpa daquele cozinheiro só aumentava sua irritação. Com um cuidado atencioso, ele retorna ao quarto, trazendo consigo um conjunto de roupas limpas e felpudas toalhas. Sem hesitar, entrega-as ao loiro, incentivando-o com um olhar para que se seque e se troque ali mesmo, naquele instante. Em um gesto de respeito e privacidade, vira as costas, caminhando com passos lentos em direção à cozinha. Apenas vestido com uma cueca preta, exibia a musculatura cansada após o esforço. Um ronco faminto ecoou de seu estômago, lembrando-o da necessidade de se alimentar. Mergulhado em seus pensamentos, começou a preparar algo rápido e nutritivo para saciar a fome que o assolava. Assim que Vinsmoke Sanji finalizou sua higiene e vestiu as roupas oferecidas, caminhou com uma calma elegante em direção à cozinha, o aroma convidativo guiando seus passos. Parou discretamente no vão da porta, observando a figura de Zoro que se movia com propósito entre a bancada e o fogão. Seus olhos percorreram cada curva do corpo esculpido do espadachim, uma tela de músculos definidos que acendia memórias adormecidas. Fragmentos do passado, de encontros e desafios, dançavam em sua mente, provocando um leve sorriso nostálgico em seus lábios. No entanto, a intensidade do momento e a visão do corpo de Zoro despertaram uma reação física incontrolável: um fio de sangue escorreu por sua narina. Com uma percepção aguçada, Roronoa Zoro registrou a presença daquele indivíduo. Seu olhar fixo e a postura discreta, porém insistente, não passaram despercebidos pelo espadachim. Uma sensação de desconforto sutil o percorreu enquanto a observação alheia parecia perscrutar seus próprios pensamentos. Um pensamento conciso e direto atravessou sua mente: “Tarado”, concluiu, desviando o foco para a tarefa imediata de preparar sua refeição, buscando afastar a incômoda sensação daquele olhar intrusivo.
Bônus art twt:“nori31291404”

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