S/N respirou fundo ao passar pelos portões da nova escola. A cidade era diferente, as pessoas eram desconhecidas, e tudo parecia intimidante. Seu coração batia rápido, mas ela se manteve firme. Era apenas mais um começo, e ela estava determinada a fazer dar certo.
No entanto, sua esperança se quebrou logo no primeiro dia. Enquanto caminhava pelo corredor, segurando seus livros contra o peito, um grupo de garotas riu maliciosamente ao vê-la. Mina, Jisoo e Yura, as inseparáveis amigas de Zoe, a garota mais popular da escola, trocaram olhares cúmplices antes de se aproximarem.
— Olha só, temos uma novata no pedaço! — Mina disse, com um sorriso falso.
Antes que S/N pudesse reagir, sentiu algo gelado escorrer por suas costas. O choque a fez engasgar, e quando olhou para baixo, viu seu uniforme manchado de leite. As risadas ecoaram pelo corredor.
— Ops! Acho que você precisava de um banho, novata! — Jisoo zombou, cruzando os braços.
— Isso é o que acontece com quem acha que pode entrar aqui sem saber seu lugar — Yura acrescentou, divertindo-se com a humilhação.
S/N sentiu os olhos arderem, mas não queria chorar na frente delas. Engoliu em seco, tentando controlar as lágrimas, quando de repente, o riso cessou. Um silêncio tomou conta do corredor.
Daewon estava ali.
O garoto mais popular da escola, frio e intimidador, observava a cena com um olhar impassível. Ele não era conhecido por se importar com ninguém além de Zoe, mas naquele momento, algo em sua expressão mudou.
Sem hesitar, ele avançou, segurando com firmeza o pulso de Mina e a puxando bruscamente contra a parede. Seus olhos afiados encontraram os dela, sua voz saiu baixa, mas carregada de ameaça.
— Você não vai fazer isso com ela de novo.
O tom gélido de Daewon fez Mina engolir em seco. As outras garotas ficaram paralisadas, trocando olhares assustados.
— O-o que deu em você, Daewon? — Zoe finalmente falou, surpresa com a atitude dele.
Ele soltou Mina com um movimento brusco, sem desviar os olhos dela.
— Isso não é um aviso — ele continuou, olhando para as três. — Se eu ver vocês encostando nela de novo, vão se arrepender.
O silêncio no corredor era absoluto. Mina, Jisoo e Yura não disseram nada, apenas abaixaram a cabeça, claramente intimidadas.
S/N ainda estava atordoada. Por que Daewon, de todas as pessoas, a defendeu? Ele sequer falava com garotas que não fossem do seu círculo social.
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele virou-se para ela, seus olhos escuros analisando-a por um instante.
— Você está bem?
A pergunta foi simples, mas o impacto que teve em S/N foi imenso. Ela nunca imaginou que o garoto mais arrogante e frio da escola se importaria com alguém como ela.
Mas aquela foi apenas a primeira de muitas surpresas que Daewon ainda lhe reservaria.
Daewon olhou ao redor, seus olhos frios varrendo o corredor lotado. Ele odiava atenção desnecessária, e ver tantas pessoas cochichando e observando o que acontecia só o deixava mais irritado.
— Saiam daqui, seus fofoqueiros! — Ele gritou, sua voz autoritária ecoando pelas paredes.
Os alunos se entreolharam, assustados, e rapidamente abriram caminho. Ninguém queria desafiar Daewon, afinal, ele não era apenas popular, mas também conhecido por seu temperamento imprevisível.
Sem hesitar, ele se abaixou e pegou S/N nos braços com facilidade, como se ela não pesasse nada. Ela ficou surpresa, seus olhos arregalados encontrando o perfil sério do garoto.
— O-o que você está fazendo? — Sua voz saiu trêmula.
— Você acha que pode andar sozinha assim? Está suja e molhada — ele respondeu, sem nem ao menos olhá-la.
O coração de S/N acelerou. Ela não entendia o motivo de Daewon estar fazendo aquilo. Ele nunca se importou com ninguém além do seu grupo, muito menos com uma novata.
Ele caminhou com passos firmes pelo corredor, ignorando os olhares surpresos e cochichos ao redor. Assim que chegaram ao banheiro feminino, Daewon empurrou a porta sem cerimônia e entrou, colocando S/N sentada na pia.
— Todas vocês, saiam. Agora. — Sua voz cortante fez as poucas garotas que estavam no banheiro saírem sem discutir.
Ele se virou para seus amigos, que o seguiam de perto.
— Fiquem de olho na porta. Não deixem ninguém entrar.
Seus amigos assentiram, assumindo a posição como se fossem seguranças.
S/N ainda estava tentando entender o que estava acontecendo quando sentiu o toque de Daewon em seu rosto. Ele havia pegado algumas folhas de papel higiênico e começou a limpar seu uniforme sujo de leite com cuidado, algo que parecia completamente fora de seu comportamento usual.
Ela mordeu o lábio, segurando as lágrimas, mas o choque e a humilhação do momento foram fortes demais. Antes que pudesse se conter, lágrimas escorreram por seu rosto silenciosamente.
Daewon percebeu. Ele suspirou, jogando o papel sujo no lixo.
— Ei, garota. Onde é sua turma? — perguntou, mantendo o tom frio, mas menos agressivo.
S/N fungou, limpando os olhos.
— A minha turma é a sala 204… mas eu não sei onde fica. Essa escola é muito grande.
Antes que Daewon pudesse responder, um de seus amigos, Joon, se adiantou.
— Eu sei onde fica. A sala dela é lá em cima, no final do corredor. Ela estuda com a gente.
S/N olhou para os dois, surpresa. Ela não esperava estar na mesma turma que Daewon e seu grupo.
Ele estalou a língua, como se estivesse irritado, e virou-se para ela.
— Então vamos logo.
Ela assentiu, descendo da pia com cuidado. Daewon saiu na frente, e seus amigos seguiram atrás, como se escoltassem alguém importante.
Assim que entraram na sala, um silêncio pesado tomou conta do ambiente. Todos os olhares estavam fixos em S/N e Daewon. As garotas encaravam a cena com espanto e inveja, enquanto os garotos observavam com curiosidade.
— Por que ela está com ele? — alguém cochichou.
S/N sentiu o rosto esquentar. Ela odiava atenção, ainda mais quando era cercada por olhares julgadores.
A professora, percebendo a movimentação, ajustou os óculos e sorriu.
— Ah, você deve ser a nova aluna. Por favor, apresente-se para a turma.
S/N respirou fundo, tentando ignorar os olhares penetrantes sobre si.
— Meu nome é Kim S/N, eu tenho 18 anos. Vim do Brasil e tenho duas nacionalidades.
Um burburinho se espalhou pela sala. Era raro ter alunos estrangeiros ali, e isso só tornava S/N ainda mais interessante para os outros.
A professora assentiu, satisfeita.
— Seja bem-vinda, S/N. Agora, vamos falar sobre o trabalho em dupla que será feito essa semana.
Ela pegou uma lista e começou a chamar os nomes.
— S/N, você fará o trabalho com…
Ela pausou por um momento antes de continuar:
— Fei-Yun.
S/N olhou ao redor até ver uma garota levantar a mão. Fei-Yun era uma menina de cabelos longos e escuros, com um sorriso simpático.
— Oi, S/N. Sou Fei-Yun. Vamos trabalhar juntas. — disse ela, amigável.
S/N sorriu, aliviada por pelo menos ter alguém que não parecia hostil.
Mas, ao lado, Daewon observava a cena em silêncio, seu olhar enigmático fixo nela. Ele mesmo não entendia por que havia se metido naquela situação. Ele não era do tipo que se importava com os outros.
E, no entanto, por algum motivo, ele não conseguia tirar os olhos dela.
S/N olhou para Fei-Yun com curiosidade enquanto organizava seus materiais.
— Então, sobre o trabalho… do que se trata? — perguntou, ainda se sentindo um pouco perdida.
Fei-Yun sorriu de forma gentil, passando a mão nos cabelos longos antes de responder.
— A professora pediu para fazermos uma apresentação sobre diferentes culturas ao redor do mundo. Podemos falar sobre comidas típicas, tradições, vestimentas… essas coisas.
S/N assentiu, sentindo-se um pouco mais confortável.
— Ah, entendi. Isso parece interessante.
Fei-Yun observou S/N por um momento antes de inclinar a cabeça e sorrir ainda mais.
— Ei, não fique triste por causa do que aconteceu antes. A partir de agora, você tem a mim. Vamos ser melhores amigas, ok?
Antes que S/N pudesse responder, Fei-Yun levantou a mão e fez um movimento com os dedos, entrelaçando-os em um cumprimento secreto.
— Isso é uma promessa. Você e eu, amigas para sempre.
S/N sentiu o coração se aquecer. Em tão pouco tempo, Fei-Yun já estava tentando fazê-la se sentir acolhida. Sem hesitar, repetiu o cumprimento e sorriu.
— Promessa.
As duas riram, e pela primeira vez naquele dia, S/N sentiu que talvez não estivesse tão sozinha naquela escola.
Na hora do almoço, o sol estava quente, tornando o refeitório abafado. S/N, sentindo o calor, decidiu comprar um suco de laranja gelado. Enquanto caminhava entre as mesas, avistou Daewon sentado com seus amigos. Ele parecia indiferente ao mundo ao redor, com os braços cruzados e a expressão séria de sempre.
Tomando coragem, ela caminhou até ele.
Os cochichos começaram imediatamente. Todos estavam surpresos por ver a novata se aproximando do garoto mais popular da escola.
S/N parou ao lado da mesa e, sem dizer nada, estendeu o suco de laranja para Daewon. Ele ergueu uma sobrancelha, confuso.
— Aqui. Está muito calor.
Ele olhou para o suco e depois para ela. Por um momento, ninguém falou nada. Os olhares ao redor se intensificaram. Daewon então pegou a garrafa da mão dela sem dizer uma palavra.
S/N sorriu um pouco tímida.
— Obrigada… por me defender antes.
Antes que Daewon pudesse responder, um barulho alto ecoou pelo refeitório.
PLOFT!
A garrafa de suco caiu no chão, derramando todo o líquido.
S/N olhou surpresa e viu Zoe de pé ao lado da mesa, segurando um refrigerante na mão. Seu olhar estava cheio de desdém enquanto empurrava a garrafa para Daewon.
— Daewon, você não precisa disso. Bebe isso aqui. — disse, sorrindo como se nada tivesse acontecido.
O refeitório ficou em silêncio absoluto. Todos esperavam a reação dele.
S/N sentiu o rosto esquentar. Zoe havia jogado o suco de propósito, tentando humilhá-la. Mas antes que pudesse se afastar, Daewon fez algo inesperado.
Ele pegou o refrigerante de Zoe e colocou de volta na mesa sem nem abrir. Depois, seu olhar afiado se voltou para ela.
— Quem te disse que eu queria isso? — Sua voz era fria como gelo.
O sorriso de Zoe sumiu no mesmo instante.
Daewon então abaixou-se, pegou a garrafa de suco vazia no chão e a segurou por um momento. Em seguida, olhou para S/N e, para o choque de todos, disse:
— Vamos comprar outro. Você vem comigo.
Os murmúrios começaram novamente, mas dessa vez ainda mais surpresos.
Zoe ficou paralisada. Ninguém jamais a rejeitava, muito menos por causa de outra garota.
S/N piscou, surpresa, mas quando percebeu, Daewon já estava caminhando em direção à lanchonete do refeitório, esperando que ela o acompanhasse.
O que aquilo significava? Por que ele estava agindo assim?
S/N não sabia, mas sentia que, a partir daquele momento, sua vida naquela escola nunca mais seria a mesma.
S/N e Daewon caminhavam pelo refeitório, ainda cercados pelos olhares curiosos dos alunos. O episódio com Zoe havia deixado a escola inteira em choque. Ninguém jamais ousava desafiar Zoe, muito menos Daewon a ignorava daquela forma.
S/N sentia o coração bater acelerado. Ela ainda não entendia o motivo de Daewon estar sendo tão… atencioso com ela. Primeiro, a defendeu no corredor. Agora, rejeitou Zoe e preferiu ficar ao seu lado. Isso não fazia sentido.
Ao chegarem na fila da lanchonete, Daewon olhou para ela.
— Que foi? Vai ficar me encarando o dia todo? — Sua voz continuava fria, mas S/N percebeu que não havia hostilidade.
Ela desviou o olhar, envergonhada.
— Eu só… não esperava que você fosse me ajudar tanto.
Ele bufou, cruzando os braços.
— E quem disse que estou ajudando? Eu só não gosto de ver gente sendo idiota.
S/N franziu a testa, mas antes que pudesse responder, ouviu passos apressados se aproximando.
— S/N!
Ela se virou e viu Fei-Yun correndo até ela, os olhos arregalados. Sua amiga parou ao seu lado, ofegante, e então olhou diretamente para Daewon.
— Você! — apontou para ele.
Daewon arqueou uma sobrancelha, claramente surpreso pela ousadia da garota.
— O que foi?
Fei-Yun colocou as mãos na cintura, sem medo algum da presença dele.
— O que você está fazendo? Desde quando você se importa com alguém além do seu grupinho de amigos?
S/N ficou tensa. Fei-Yun não parecia intimidada pela presença do garoto mais popular da escola. Todos sabiam que Daewon não gostava que falassem com ele daquele jeito, mas Fei-Yun parecia não se importar.
Daewon olhou para ela por um momento antes de soltar uma risada curta e sem humor.
— Você acha que tem o direito de questionar o que eu faço ou deixo de fazer?
Fei-Yun cruzou os braços.
— Na verdade, sim. Eu sou a melhor amiga da S/N agora, então eu preciso saber se você está brincando com ela ou se tem um motivo real para estar se aproximando assim.
S/N arregalou os olhos.
— Fei-Yun!
Daewon estreitou os olhos.
— E o que te faz pensar que eu preciso te dar explicações?
Fei-Yun não recuou.
— Porque todo mundo sabe que você nunca tratou ninguém assim. Então, ou você quer alguma coisa com ela, ou está só se divertindo às custas dela.
O silêncio ao redor era absoluto. Todos no refeitório estavam atentos à conversa.
S/N sentiu o rosto esquentar. Fei-Yun estava tentando protegê-la, mas ao mesmo tempo, estava cutucando Daewon de uma maneira perigosa.
O garoto encarou Fei-Yun por um longo tempo antes de desviar o olhar para S/N. Seus olhos escuros a analisaram por um instante, e então, para a surpresa de todos, ele deu um pequeno sorriso de canto.
— Talvez você devesse perguntar isso para a sua amiga.
S/N prendeu a respiração.
Fei-Yun franziu a testa.
— O que quer dizer com isso?
Daewon ignorou a pergunta, virando-se para a atendente da lanchonete e pegando outra garrafa de suco de laranja. Sem dizer nada, entregou para S/N.
— Aqui. E vê se não deixa ninguém derrubar dessa vez.
Ela pegou o suco, ainda um pouco confusa com toda a situação.
Fei-Yun estreitou os olhos.
— Isso ainda não me convenceu. Mas tudo bem. Eu vou ficar de olho em você, Daewon.
Ele apenas deu um meio sorriso de desafio.
— Fique à vontade.
Com isso, ele se afastou, caminhando de volta para sua mesa como se nada tivesse acontecido.
S/N soltou um suspiro e olhou para Fei-Yun.
— O que foi isso?
Fei-Yun cruzou os braços.
— Eu só queria ter certeza de que ele não está brincando com você. Esse garoto é perigoso, S/N. Ele pode ser bonito, popular e tudo mais, mas já vi muitas meninas se machucarem por causa dele.
S/N abaixou a cabeça.
— Eu sei… mas ele tem sido diferente comigo. Eu não sei por quê.
Fei-Yun suspirou.
— Então cuidado. Porque se tem uma coisa que eu sei, é que ninguém muda do nada.
S/N olhou para Daewon do outro lado do refeitório, sentindo uma mistura de confusão e curiosidade.
Ela sabia que Fei-Yun tinha razão. Mas, por alguma razão, não conseguia afastar a sensação de que Daewon era mais do que apenas o “garoto popular e frio da escola”.
E talvez, só talvez, ela estivesse certa.
Depois do intervalo, a aula de Educação Física começou. Os alunos foram para a quadra, onde os garotos estavam jogando basquete. O sol estava forte, e o som das bolas quicando ecoava pelo espaço enquanto os jogadores corriam de um lado para o outro.
S/N e Fei-Yun estavam sentadas em um canto, observando o jogo.
— Eles parecem se divertir muito, né? — comentou Fei-Yun.
S/N concordou com um aceno, mas seus olhos estavam focados em apenas uma pessoa: Daewon.
Ele era simplesmente impressionante na quadra. Seus movimentos eram ágeis e precisos, cada arremesso parecia perfeito. O suor escorria por sua pele bronzeada, e seus músculos ficavam ainda mais evidentes sob a luz do sol.
As garotas ao redor suspiravam e cochichavam entre si.
— Meu Deus, ele é tão lindo jogando! — disse uma delas.
— Parece um modelo de comercial de esportes! — comentou outra, rindo.
— Ele tem um físico incrível…
— Eu daria tudo para que ele olhasse para mim pelo menos uma vez!
S/N sentiu o rosto esquentar. Ela não podia negar… Daewon realmente chamava atenção.
Então, sem pensar muito, virou-se para Fei-Yun.
— Eu vou sair um instante, já volto, tá?
Fei-Yun olhou para ela, desconfiada.
— Onde você vai?
— Só um minuto.
Antes que Fei-Yun pudesse insistir, S/N se levantou e caminhou até o refeitório. Ela comprou outra garrafa de suco de laranja e, segurando-a firme, voltou para a quadra.
Naquele momento, o jogo estava terminando. Daewon parou para respirar, passando a mão pelo cabelo molhado de suor. Ele estava visivelmente cansado, sua respiração pesada.
S/N respirou fundo e caminhou até ele, ignorando os olhares das outras garotas.
Ao chegar perto, sentiu o coração acelerar. Ele era ainda mais intimidador de perto, mas, reunindo coragem, estendeu a garrafa para ele.
— Aqui… Você jogou bastante.
Daewon ergueu o olhar para ela, seus olhos escuros a analisando com curiosidade.
Por um momento, ele não disse nada. O silêncio ao redor era quase sufocante. Então, com sua expressão sempre fria, ele pegou a garrafa e a abriu.
— Valeu. — disse, sua voz grave e baixa.
S/N sorriu timidamente, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, outra garota se aproximou com uma garrafa térmica de água gelada.
— Daewon, toma isso! Está bem gelada! — disse, sorrindo.
Outras garotas também começaram a se aproximar, tentando oferecer água, toalhas e até barrinhas de proteína.
S/N sentiu-se um pouco deslocada. Mas o que aconteceu em seguida a fez congelar no lugar.
Zoe apareceu ao lado dele, acompanhada de suas amigas. Com seu típico sorriso confiante, ela se aproximou e, sem hesitar, beijou Daewon na frente de todos.
O refeitório inteiro ficou em choque. Algumas garotas suspiraram decepcionadas, outras ficaram chocadas.
S/N sentiu um aperto no peito. Não sabia exatamente o motivo, mas a cena à sua frente a incomodou mais do que deveria.
Daewon não retribuiu o beijo, mas também não a afastou.
Fei-Yun, que estava observando tudo de longe, percebeu a expressão de S/N e se levantou rapidamente.
S/N desviou o olhar e deu meia-volta, caminhando para longe da quadra.
— S/N! — Fei-Yun a chamou, correndo atrás dela.
Mas S/N não olhou para trás. Ela apenas voltou para a sala de aula, sentindo seu coração pesado e confuso.
Por que aquilo a incomodou tanto? Afinal, Daewon e Zoe já tinham um passado juntos… Isso não deveria ser surpresa.
Mesmo assim, por alguma razão, ela se sentia estranha.
E mal sabia ela que Daewon havia percebido sua reação.
Ele ficou observando enquanto ela se afastava, sua expressão séria e pensativa.
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