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Amor Proibido

Capítulo 1 - Um Recomeço Inesperado

O cheiro forte de café e pão recém-saído do forno ainda impregnava o uniforme de Júlia quando ela deixou a cafeteria pela última vez. Seu coração batia acelerado, e a raiva misturava-se à frustração. Depois de anos de esforço, tudo havia desmoronado em questão de minutos.

Júlia 23 anos

Ela jamais se renderia aos caprichos de homens como seu chefe, que pensava que podia comprá-la com elogios vazios e propostas nojentas. Ao recusar suas investidas, recebeu em troca o aviso de demissão. Sem economias, sem trabalho e sem perspectivas, Júlia sentia que o mundo desmoronava ao seu redor.

Seu telefone vibrou no bolso da jaqueta surrada. Uma mensagem de Cris piscava na tela.

Cris: “Vem pra casa. Agora. Temos um plano.”

Júlia hesitou por um instante. Desde que chegara ao México, Cris e Emily eram sua única família. Um casal apaixonado, inseparável, que a acolhera desde o primeiro momento. Suspirando, ela acenou para um táxi e seguiu para a casa deles.

Emily 17 anos

Cris 19 anos

Quando chegou à mansão Monteiro, sempre imponente, Júlia sentiu aquele velho desconforto. A casa era elegante, cercada por jardins perfeitamente podados, como se tudo ali fosse planejado para exalar poder. Sentia-se deslocada naquele mundo luxuoso.

A porta se abriu antes que ela pudesse tocar a campainha. Emily sorriu e puxou Júlia para dentro.

— Finalmente! — exclamou a amiga. — Você precisa aceitar isso.

Júlia arqueou uma sobrancelha, desconfiada.

— O que exatamente eu preciso aceitar?

Cris, encostado no balcão da cozinha, respondeu com um meio sorriso.

— Nossa cozinheira saiu de férias. Meu pai precisa de alguém para preparar as refeições. Você adora cozinhar e faz isso melhor do que qualquer pessoa. É perfeito.

Júlia piscou algumas vezes, tentando absorver a informação.

— Vocês querem que eu cozinhe para o seu pai? — Sua voz saiu mais baixa do que pretendia.

— É só por um mês — garantiu Emily, segurando suas mãos. — Você precisa de um emprego, e nós precisamos de você.

O argumento fazia sentido, mas algo dentro de Júlia hesitava. Ela conhecia Eduardo Monteiro, mesmo que apenas de vista. Ele era um homem sério, imponente, de olhar firme e poucas palavras. A ideia de estar sob o mesmo teto que ele diariamente a deixava inquieta.

— Tudo bem — cedeu por fim. — Mas só por um mês.

Na manhã seguinte, Júlia acordou cedo para preparar o café. Movia-se pela cozinha com habilidade, misturando aromas e sabores que remetiam à sua infância. Estava tão focada que não percebeu a presença de alguém até ouvir a voz grave atrás de si.

— Você deve ser a Júlia.

Eduardo Monteiro 38 anos

Ela se virou e encontrou Eduardo Monteiro observando-a. Ele era ainda mais intimidador de perto. Vestia uma camisa social impecável, com as mangas dobradas até os cotovelos, e segurava uma xícara de café como se avaliasse sua nova cozinheira.

— Sim, senhor Monteiro — respondeu, tentando manter a compostura.

Ele arqueou uma sobrancelha.

— Eduardo — corrigiu. — Se vai trabalhar aqui, prefiro que me chame pelo nome.

Júlia assentiu rapidamente, sentindo seu coração acelerar. Algo nele a desconcertava, como se cada palavra carregasse um peso diferente. Eduardo experimentou o café e soltou um breve “bom” antes de sair da cozinha.

Os dias passaram, e Júlia tentou manter-se profissional. Mas a cada manhã, Eduardo surgia na cozinha, sempre pontual, sempre observador. Era como se ele testasse sua paciência sem nem ao menos tentar.

Uma noite, depois de um dia exaustivo, Júlia decidiu preparar um jantar especial. Mexia nos temperos quando sentiu uma presença atrás de si.

— O que está fazendo? — perguntou Eduardo, a voz mais suave do que de costume.

Ela se virou e o encontrou sem o paletó, as mangas ainda dobradas, como se finalmente estivesse relaxado.

— Um jantar — respondeu simplesmente. — Espero que goste.

Eduardo se aproximou, pegou um pedaço de pão e mergulhou no molho que Júlia preparava. O silêncio entre eles parecia eletrizado.

— Delicioso — murmurou, olhando diretamente para ela.

Foi nesse momento que Júlia percebeu o perigo real daquela situação. Não era apenas uma admiração distante. Não era apenas um patrão educado. Era algo mais. Algo que ela não deveria sentir.

Ela precisava resistir. Mas será que conseguiria

Capítulo 2 - Sentimentos Proibidos

O jantar daquela noite marcou algo dentro de Júlia. Nos dias seguintes, ela tentava ignorar a presença de Eduardo, mas era impossível. Cada encontro parecia uma armadilha do destino, testando sua força de vontade.

Na manhã seguinte, Júlia preparava o café da manhã quando Eduardo entrou na cozinha. Estava de camiseta e calça de moletom, diferente do homem sempre impecável que ela conhecia. Seus cabelos estavam ligeiramente bagunçados, e ele parecia mais jovem, mais acessível.

— Bom dia — disse ele, sua voz rouca.

— Bom dia, senhor Mo… Eduardo — corrigiu-se rapidamente, lembrando-se do pedido dele.

Ele sorriu de canto e se serviu de café, observando-a preparar a mesa. O silêncio entre eles era carregado de algo não dito.

— Você sempre cozinha tão bem assim? — perguntou ele, quebrando o silêncio.

Júlia riu, tentando aliviar a tensão.

— Só quando estou inspirada.

Eduardo tomou um gole do café e a observou com um olhar que a fez prender a respiração.

— Fico feliz que esteja inspirada aqui.

Júlia desviou o olhar, ocupando-se com os pães. Sentia o coração acelerado e detestava essa sensação. Não deveria sentir isso. Eduardo era o pai de seus amigos. Um homem que jamais poderia ver com outros olhos.

Nos dias seguintes, ela se esforçou para manter a distância. Passava o mínimo de tempo possível na cozinha quando sabia que Eduardo estava por perto. Mas o destino parecia gostar de brincar com seus sentimentos.

Certa noite, Júlia saiu para respirar um pouco no jardim da casa. A noite estava quente, e a brisa trazia um alívio bem-vindo. Foi quando ouviu passos atrás de si.

— Fugindo de mim? — A voz grave de Eduardo fez sua espinha se arrepiar.

Ela se virou lentamente e o encontrou parado a poucos metros dela. Vestia uma camisa aberta e segurava uma taça de vinho nas mãos.

— Claro que não — respondeu, tentando soar casual.

Ele caminhou até ficar ao seu lado e olhou para o céu estrelado.

— Gosto desse horário. A casa fica silenciosa… Dá tempo para pensar.

Júlia assentiu, sem saber o que dizer. Eduardo a fitou, e o silêncio entre eles se tornou insuportável.

— Júlia… — Sua voz era baixa, quase um sussurro. — Você sente isso também, não sente?

O coração dela disparou.

— Eu… — Ela não conseguiu terminar a frase.

Eduardo deu um passo à frente, a distância entre eles quase inexistente.

— Diga que eu estou enganado e nunca mais tocarei nesse assunto — murmurou ele.

Júlia sabia que deveria afastá-lo, dizer que tudo aquilo era um erro. Mas naquele momento, sob a luz suave da lua e com o olhar intenso dele sobre si, tudo o que conseguiu fazer foi segurar a respiração.

A noite nunca pareceu tão perigosa

Eduardo desviou o olhar por um instante, bebendo o último gole de vinho. Júlia usou essa breve distração para recobrar a sanidade e dar um passo para trás.

— Acho melhor eu voltar para dentro — murmurou, virando-se para sair.

Antes que pudesse dar mais um passo, sentiu a mão quente de Eduardo segurando delicadamente seu pulso. Seu toque era firme, mas ao mesmo tempo carregado de hesitação.

— Júlia… — Sua voz carregava algo que ela não queria interpretar.

Ela se virou lentamente, os olhos encontrando os dele. Havia algo ali—um turbilhão de emoções contidas, uma luta interna que espelhava a sua própria.

— Isso é errado — sussurrou, quase para si mesma.

— Mas parece tão certo — Eduardo retrucou, sem soltá-la.

O ar entre eles ficou denso. Júlia sentia cada batida do próprio coração martelando contra o peito, como se sua própria consciência gritasse para que fugisse dali. Mas seus pés estavam colados ao chão, enraizados naquele momento perigoso.

De repente, o som de passos vindos da casa os fez despertar do transe. Júlia puxou seu pulso de volta e deu um passo apressado para trás.

— Boa noite, Eduardo — disse, antes de se virar e praticamente correr para dentro da casa.

Eduardo ficou parado ali, observando-a desaparecer pela porta, seu olhar carregado de pensamentos não ditos.

Júlia entrou no quarto e se jogou na cama, cobrindo o rosto com as mãos. O que estava acontecendo? Como ela deixara as coisas chegarem a esse ponto? Aquilo não podia continuar. Não podia.

Mas no fundo, uma voz sussurrava dentro dela: e se já fosse tarde demais

Capítulo 3 - Entre a Razão e o Desejo

Naquela noite, Júlia mal dormiu. A lembrança do olhar de Eduardo e de suas palavras pairava em sua mente como um eco insistente. Virava-se na cama, tentando encontrar uma posição confortável, mas o calor do quarto parecia refletir o turbilhão dentro dela.

Na manhã seguinte, decidiu evitar Eduardo a qualquer custo. Saiu mais cedo para comprar ingredientes frescos para o jantar e, ao retornar, percebeu que a casa estava vazia. Sentiu um alívio imediato, mas durou pouco. Enquanto colocava os alimentos na despensa, ouviu passos firmes se aproximando.

— Fugindo de mim de novo? — A voz grave de Eduardo ecoou pela cozinha.

Júlia respirou fundo antes de se virar.

— Só estava resolvendo algumas coisas — respondeu, tentando manter um tom casual.

Eduardo apoiou-se no balcão e a observou em silêncio por um momento.

— Júlia, eu não quero que se sinta desconfortável aqui — disse ele, sua voz mais suave agora. — Mas também não vou fingir que não sinto algo por você.

Ela engoliu em seco. Não queria ouvir aquilo. Não podia.

— Eduardo, eu…

— Eu sei que isso é complicado — interrompeu ele, aproximando-se. — Mas o que sinto por você não é algo que eu possa simplesmente ignorar.

Júlia fechou os olhos por um instante, sentindo o peso daquela confissão. O coração dela dizia uma coisa, mas a razão gritava outra.

— Precisamos manter a distância — disse ela, forçando-se a olhar para ele. — Por Cris e Emily. Eles jamais entenderiam.

Eduardo suspirou, passando a mão pelos cabelos.

— Você tem razão — murmurou. — Mas isso não muda o que sentimos.

Júlia abaixou a cabeça, tentando organizar seus pensamentos. O que deveria dizer? Como afastar aquele sentimento sem magoá-lo, sem magoar a si mesma? Mas antes que pudesse responder, o som da porta da frente ecoou pela casa.

— Pai? Júlia? — A voz de Emily preencheu o silêncio, seguida por passos rápidos pelo corredor.

Eduardo se afastou discretamente, e Júlia sentiu um alívio misturado ao arrependimento. Emily surgiu na porta da cozinha, animada como sempre.

— O que estão fazendo? — perguntou, sem perceber a tensão no ar.

— Conversando sobre o jantar — respondeu Eduardo rapidamente, pegando uma maçã da fruteira.

Emily sorriu, completamente alheia ao que acontecia.

— Ótimo! Estou morrendo de fome. Júlia, você poderia fazer aquele risoto maravilhoso hoje?

Júlia forçou um sorriso e assentiu. Emily foi para a sala, e Eduardo lançou um último olhar para Júlia antes de sair da cozinha. Um olhar cheio de promessas não ditas.

Sozinha, Júlia encostou-se ao balcão e respirou fundo. Sabia que aquele sentimento não desapareceria tão facilmente. E, pior, sabia que Eduardo não desistiria dela

Olá queridos e queridas leitores estou escrevendo essa história com muito amor e carinho e espero que vocês gostem

peço que por gentileza que quem poder curtir, comentar, dar presente e compartilhar serie muito grato e isso estará me incentivando a escrever mais e mais histórias, sei que essa história esta um pouco diferente do que estou acostumada a escrever mais espero de todo coração que vocês gostem

se não fosse você eu não estaria aqui muito obrigada um beijo para cada um de vocês

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