Fernanda Vasquez sempre foi minha.
Desde antes de sua primeira palavra, antes de dar seus primeiros passos, antes mesmo de entender o que era pertencer a alguém, ela já me pertence. Era uma promessa selada entre nossas famílias, um acordo de sangue e negócios. Ela seria minha esposa, a mãe dos meus filhos, o nome ao lado dos meus documentos que garantiriam a perpetuação do império que construímos por gerações.
E eu nunca tive pressa.
Meu nome é Luigi Mancini. Tenho trinta anos, e não conheço outra realidade além do poder. Cresci entre homens que resolvem problemas com tiros e facas, que fazem fortuna onde os fracos falham. O submundo não é um lugar para homens indecisos ou fracos, e eu nunca fui nenhum dos dois.
Sou o único herdeiro de Mancini, e isso significa que minha vida sempre esteve dividida entre o luxo e o perigo. Além do controle que exerço no submundo, sou um empresário bem sucedido, dono de cassinos, restaurantes e vinícolas espalhadas pela Itália e pela França. Mas minha verdadeira influência está onde os holofotes não alcançam, nos acordos fechados no silêncio, nos sussurros que mudam governos, no medo que meu nome inspire.
Não sou um homem que corre atrás. As coisas vêm até mim. Mulheres, poder, dinheiro. Não há nada que eu queira que eu não tenha.
Incluindo Fernanda.
Eu a vi crescer à distância, mas nunca me aproximei. Não sou um monstro, ao menos, não no sentido tradicional. Enquanto ela era uma criança e depois uma adolescente rebelde, eu deixei que acreditasse em sua liberdade. Achei até divertido observar de longe suas tentativas de desafiar um destino que já estava selado.
Mas então, ela fez doze anos.
E minha paciência chegou ao fim.
Quando entrei no escritório do pai naquele dia, eu já sabia o que veria: uma jovem treinada para ser a esposa perfeita. Criada para a obediência, para o respeito, para entender seu papel ao lado de um homem como eu. Porque foi para isso que ela nasceu.
Ela estava sentada de pernas cruzadas, o queixo erguido em uma postura desafiadora. Mas quando nossos olhares se encontraram, vi o momento exato em que vimos que o jogo tinha começado.
Fernanda poderia lutar contra o que quisesse, mas nunca lutaria contra mim.
Sorria de lado.
Ela já era minha.
Hoje aos 19 anos ela está pronta para nosso noivado, tudo foi calculado para que ela servisse exclusivamente a mim, ela não sabe, mas meus interesses dominaram a noite.
Estava em minha despedida de solteiro, o maior hotel da cidade, o salão estava repleto de fumaça de charuto, risadas altas e o som abafado da música. Meus associados celebraram meu noivado como se fosse um evento de grandeza histórica — o que, de certa forma, era. O casamento entre um Mancini e uma Vasquez foi uma estratégia perfeita, ela tinha muitos candidatos antes mesmo de nascer, mas estou no topo, ou melhor, eu sou o topo.
Foi um movimento que consolidava o poder e a garantia de que nossos inimigos pensavam duas vezes antes de tentar qualquer coisa.
Bebidas caras circulavam entre os convidados, mulheres dançavam no palco com pouca roupa e, em alguns cantos mais discretos, a celebração tomava um rumo bem mais indecente. Meu primo Lorenzo tirou uma ruiva para o colo, rindo enquanto ela jogava a cabeça para trás.
Mas eu não estava interessado nisso.
Minhas mãos seguravam um copo de bebida, mas minha atenção estava na tela do celular.
A câmera instalada no quarto do hotel capturou cada detalhe da despedida da solteira de Fernanda. Ela não sabia, é claro. Não fazia ideia de que eu tinha olhos em todos os lugares e que, enquanto ela acreditava estar livre, eu estava ali. Observando.
E o que eu via me divertia.
Fernanda estava sentada no sofá, de braços cruzados, o rosto fechado em pura insatisfação. Sua melhor amiga falava animadamente ao seu lado, mas ela não parecia dar o mínimo para a festa.
— Esse casamento é um absurdo. — Ela bufou, pegando uma taça de espumante e virando de uma vez. — Como todo mundo pode achar isso normal?
Eu ri baixo, levando o copo aos lábios.
— Você não tem escolha, Fê. — A amiga dela tentou argumentar. — Seu pai...
— Meu pai vendeu minha vida como se eu fosse um maldito cavalo de corrida!
Inclinei a cabeça, interessado. Então era isso? Ela me odiava?
Bom. Eu já imaginava.
Mas era fascinante assistir à sua revolta.
Fernanda se declarou e começou a andar de um lado para o outro no quarto, sua mente claramente maquinando algo. Ela falava baixo, mas a câmera captava cada palavra.
— Eu preciso dar um jeito de fugir disso.
Fugir?
Agora isso estava ficando interessante.
Mas minha diversão foi interrompida quando a porta do quarto dela se abriu, e um grupo de homens entrou.
Dançarinos.
Os músculos do meu maxilar travaram no mesmo instante.
Ela ousaria?
Minha mão fechou ao redor do copo quando um deles, usa apenas uma calça curta, caminhou na direção dela. Vi Fernanda arregalar os olhos e dar um passo para trás, surpresa.
O sangue ferveu nas minhas veias.
A festa ao meu redor desapareceu. Levantei-me tão rápido que a cadeira bateu contra o chão.
— Saiam. — Minha voz cortou o barulho.
As risadas cessaram. As mulheres pararam de dançar. Todos se calaram.
— Acabou a festa.
Ninguém ousou questionar. Lorenzo lançou um olhar confuso, mas não falou nada. Em segundos, o salão estava vazio, e eu já estava no caminho do quarto dela.
Quando entrei no quarto, Fernanda estava de pé, os olhos arregalados ao me ver. Os dançarinos ainda estavam ali, mas não por muito tempo.
— Saiam. — Minha voz ecoou pelo cômodo, e eles me lançaram olhares incertos. — Agora.
A organizadora da festa, uma mulher de meia-idade, tentou argumentar.
— Senhor Mancini, isso foi um pedido das…
— Você. — Apontei para ela. — Será punida por isso.
Seu rosto empalideceu, e ela correu para fora sem olhar para trás. Os dançarinos a seguiram, deixando apenas eu e Fernanda ali.
Fechei a porta com calma, deslizando os dedos pelo trinco antes de me virar para ela.
— Você achou que isso era uma boa ideia?
Ela cruzou os braços, estava pronta a me responder, mesmo que sua respiração fosse acelerada.
— Você não manda em mim, ainda não casamos.
Dei um passo na direção dela, e ela deu um para trás.
– Mando, sim. E você sabe disso, não adianta pensar em fugir.
Fernanda acenou com o queixo.
— Você está doido, como pode? Espionar minha despedida? Você é um psicopata.
Ri baixo.
— Sou seu noivo. E não admito desrespeito.
— Você não admite que eu tenha uma escolha.
— Exatamente, sou seu dono e não terá escapatória para você — finalizei e ela ficou furiosa, me virei e senti um toque em minhas costas. Me virei e ela estava ali, com minha arma apontada para mim, ela está tentando me amedrontar? Não tinha como isso funcionar, não comigo.
Quando fiz 18 anos, não comemorei.
A idade em que eu finalmente poderia escolher meu próprio destino trouxe uma maldição, a confirmação de um casamento.
Meu aniversário de dezoito anos não me trouxe liberdade. Pelo contrário, foi o lembrete cruel de que minha vida nunca foi realmente minha.
Eu era Fernanda Vasquez, filha de um homem poderoso que decidiu que eu seria uma peça de xadrez perfeita para fortalecer um império. Desde criança, fui criada para ser a esposa ideal, submissa, controlada e obediente. Meu destino já estava traçado muito antes de eu compreender o que pertencia a alguém.
E esse alguém era Luigi Mancini.
Ele sabia que eu estava prometida a ele desde que eu era apenas uma garotinha. Ele sabia, mas nunca se importou. Nunca me tocou. Nunca aconteceu nada, nenhuma troca de palavras.
Até agora.
Meu casamento estava marcado para dali uma semana. Meu pai já tinha selado o acordo, e Luigi estava apenas esperando o dia em que eu tornaria sua oficialmente.
Mas eu não queria ser dele.
E naquela noite, quando minha prima Camille preparou uma pequena festa para me “distrair” do pesadelo que estava vivendo, eu tive um vislumbre de liberdade. Ela trouxe algumas amigas, encheu o hotel de champanhe e, para minha surpresa... dançarinos.
— O que é isso, Camille? — Perguntei franzindo a testa ao ver os homens entrarem.
Ela riu, segurando minha mão.
— Diversão, prima! Pelo menos hoje, esqueça que vai se casar com um maldito mafioso.
Eu quis dizer que aquilo era uma loucura, que Luigi nunca deixaria isso passar impune, mas antes que eu pudesse reagir...
A porta foi escancarada com violência.
E lá estava ele.
Luigi Mancini.
Seu olhar escuro varreu o ambiente como uma lâmina afiada. Cada músculo do seu corpo parecia tensionado, sua presença dominando completamente o quarto.
Ninguém precisou de um segundo aviso. Os dançarinos saíram apressados, Camille empalideceu e sumiu no mesmo instante.
E eu fiquei ali. Sozinha com ele.
Luigi fechou a porta e caminhou até mim com uma calma assustadora.
— Você achou que era uma boa ideia? — Sua voz era baixa, quase uma sugestão transferida de veneno.
Cruzei os braços, fingindo uma coragem que não sentia.
— Você não manda em mim. — Falei.
— Mando, sim. E você sabe disso. — ele respondeu me deixando com sangue nos olhos.
— Você está doente. Espionar minha despedida? Você é um psicopata.
Ele falou lentamente de uma forma letal:
— Eu sou seu noivo. E não admito desrespeito.
— Você não admite que eu tenha uma escolha.
— Exatamente.
Minha respiração estava acelerada, a fúria e o medo se misturavam. E então, quando Luigi virou de costas, minha atenção foi para o cabo da arma que ele carregava presa na cintura.
Meu corpo agiu antes da minha mente.
Minha mão se moveu rápido e, em um instante, eu peguei a arma.
A sala ficou em silêncio.
Luigi parou no mesmo instante. Lentamente
A arma estava em minhas mãos, escondida em minhas costas.
— Preciso de espaço. — falei
— Espaço? Você quer espaço para quê? Para tentar fugir? Para se iludir achando que pode mudar o destino?
Minha raiva ferveu.
— O destino pode ser mudado.
Ele se aproximou ainda mais, até que não havia mais espaço entre nós. Seu perfume amadeirado e intenso me envolve, mas eu me recusei a recuar.
— Não quando você nasceu para ser minha.
Meu coração bateu forte. Odiei a forma como aquelas palavras que me atingiram.
— Eu nunca vou ser sua.
Ele inclinou a cabeça, os olhos brilhando em pura provocação.
— Ah, você já é. Só ainda não aceitou.
Então peguei a arma e apontei para ele.
Meu coração batia frenético no peito, a adrenalina zunindo nos meus ouvidos. Luigi parou assim que viu o peso do metal apontado para ele. Sua respiração não mudou, seu olhar escuro encontrou o meu, mas... ele não parecia surpreso.
Ele ergueu uma sobrancelha, quase riu de mim.
— Você não tem coragem. — Sua voz era baixa, perigosa.
Sua audácia era imensa, ele não aparentava ter medo, era corajoso ou um excelente ator.
— Quer apostar?
Luigi abriu os braços como se duvidasse, eu também duvidei de mim mesmo, mas não demonstraria.
— Então fique à vontade, princesa.
Minha mão tremia. Eu queria que ele demonstrasse medo. Queria que ele implorasse. Mas Luigi Mancini não tinha medo de nada.
Ele deu um passo à frente, e meu dedo pressionou um pouco
— Vai em frente, Fernanda. Puxe o gatilho e termine isso.
Ele falou como se soubesse que eu não faria isso. Como se estivesse jogando comigo, me testando.
Minha raiva aumentou.
— Eu te odeio! — gritei.
Ele sorriu. Maldito.
— Ótimo. Odiar já é um começo. Pelo menos significa que pensa em mim.
Antes que pudesse responder, Luigi avançou rápido para pegar a arma de mim. Meu corpo reagiu no instinto, e o tiro ecoou no quarto.
O tempo pareceu parar.
Vi o impacto no peito dele, o sangue se espalhando na camisa branca. Seu corpo cambaleou para trás e ele não tirava os olhos dos meus.
Minhas mãos tremiam.
O que eu fiz?
— L-Luigi... — Minha
Ele caiu no chão e meu desespero cresceu, eu morreria.
Minha respiração ficou errática, um nó de pânico se formou na minha garganta. Eu não queria matá-lo. Eu não queria matar ninguém!
A adrenalina me fez agir antes que meu cérebro assimilasse ou que acontecia. Girei nos calcanhares e corri.
Sai do quarto como um furacão, o corredor vazio à minha frente era um verdadeiro milagre.
Eu preciso fugir.
Minhas pernas tremiam enquanto eu me esgueirava pela área dos funcionários, o coração martelando tão alto que eu jurava que todos pudessem ouvir. Passei por uma porta de serviço, desci as escadas estreitas, ouvindo minha própria respiração descompensada.
Cada passo me afastou de Luigi e me aproximou da liberdade, mesmo que não da forma que eu pensava, mas estava livre do casamento.
Cada passo me tornava uma fugitiva, uma assassina e o risco que eu correria de hoje em diante era maior que o medo que eu tinha em si.
Peguei um táxi, o silêncio no carro era agoniante e a bagunça cortava a noite, eu não conseguia parar de tremer. Minhas mãos suavam, meu peito subia e descia descontrolada. Olhei pelo retrovisor várias vezes, esperando ver carros pretos surgirem na escuridão para me arrastar de volta.
Meu coração pulou quando o taxista limpou a garganta e disse:
— Para onde, senhorita?
Minha mente girava. O aeroporto. Eu preciso ir o mais longe possível.
— Aeroporto. Agora.
Minha voz saiu rouca, presa pelo pânico.
O homem franziu o cenho no espelho, mas não questionou. A cidade passando em borrões de luz e sombras pela janela, mas eu não conseguia enxergar nada além do que havia deixado para trás.
Luigi, caído no chão. O sangue manchando a camisa. Seus olhos escuros, ainda me desafiando.
Minhas unhas cravaram na saia do vestido.
Ele está morto?
Engoli em seco, sentindo meu estômago embrulhar.
Se estiver, eu não posso mais voltar.
Se estivesse vivo… também não.
O táxi parou na entrada do aeroporto. Peguei um amontoado de notas amassadas e joguei no banco antes de saltar apressada. Cada passo me fazia sentir como se tivesse um alvo nas costas.
Eu preciso sumir.
Joguei meu celular em uma lixeira. Meu nome, minha vida, minha história… tudo ia morrer ali.
Mas eu ainda não estava segura.
Os voos eram caros. Meus documentos puderam ser rastreados. E se Luigi estivesse vivo? Ele controlava tudo. Ele me encontraria.
Então, preciso do outro plano.
Sai do aeroporto, correndo até o píer. Os barcos estavam ancorados, balançando na água escura. Alguns homens descarregavam caixas, enquanto um pequeno grupo de mulheres conversava próximo a uma embarcação enferrujada.
Respirei fundo, ajeitei os cabelos e me aproximei.
— Oi… — Minha voz falhou.
Eles se viraram. Uma mulher mais velha, com olhos cansados e pele queimada de sol, me analisou.
— Tá perdida, menina?
— Eu... preciso sair daqui. Para qualquer lugar.
Ela estreitou os olhos.
— Qual é o seu nome?
Hesitei.
— Clara.
— Para onde vai, Clara?
— Para onde esse barco for.
Ela riu, cruzando os braços.
— Isso aqui vai para o outro lado da cidade, uma área pobre. Só transporte de trabalhadores. Não é pra turistas.
— Eu não sou turista.
Ela estreitou os olhos.
— E tem dinheiro?
Meus dedos apertaram o pequeno pedaço de notas que eu tinha.
— Não muito. Mas… preciso recomeçar.
A mulher trocou um olhar com as outras, depois deu de ombros.
— Se não tiver medo de trabalhar duro, pode vir.
Engoli em seco, sentindo o coração acelerar.
Eu estava fugindo. Eu estava começando do zero.
Mas enquanto subia no barco, uma voz ecoava na minha mente.
“Você nunca vai se livrar de mim.”
A madeira do barco rangia sob meus pés enquanto me acomodava em um canto discreto. As mulheres ao redor conversavam em voz baixa, avaliando-me com olhares curiosos.
A mais velha, que parecia ser a líder, me lançou um olhar demorado antes de perguntar:
— Sozinha no mundo, é?
Assenti, apertando as mãos no colo.
— Não tenho ninguém.
Uma delas, uma morena de cabelos curtos, assobiou.
— Então caiu no lugar certo, garota. Todo mundo aqui tá fugindo de alguma coisa.
A mais velha acendeu um cigarro, soltando a fumaça devagar.
— Olha, temos duas opções para você: ou trabalha na fábrica descarregando caixas, ou tenta a sorte na boate.
— Boate? — franzi a testa.
Uma morena riu.
— Você tem cara de quem nunca pegou no pesado. Talvez consiga trabalho funcional, bebida ou dançando.
Meu estômago revirou. Eu não sabia o que era pior.
Antes que eu pudesse responder, senti um arrepio gelado subir pela espinha. Um instinto estranho me fez olhar para o píer.
E foi aí que os vi.
Homens de terno, conversando com um dos trabalhadores do porto.
Eles vieram me buscar.
Meu sangue gelou.
A líder notou minha expressão e seguiu o meu olhar.
— Conhece aquelas caras?
Meu coração disparou. Meu corpo reagiu antes mesmo da minha mente.
Eu pulei na água.
Ela me engoliu, meu corpo mergulhou no gelado tirando meu fôlego. O som abafado do mar envolveu meus ouvidos, e por um segundo tudo sumiu.
Mas eu não podia parar.
A água salgada estava congelante, mas eu não parei. Eu não poderia. Eu sabia que se fizesse, tudo acabaria ali, naquele instante. Eles estavam atrás de mim. Eu pude sentir, até mesmo quando meus músculos obtiveram a combustão de exaustão.
Com a força que me restava, nadei até a terra mais próxima, onde uma pequena faixa de areia se estendia. A dor nas minhas pernas quase me fez parar, mas o medo de ser encontrado me impeliu a continuar.
Cheguei à margem.
Me arrastei até o chão, jogando meu corpo cansado na areia fria, sem forças para me levantar. O cansaço tomou conta de mim como uma onda implacável.
Eu não sabia onde estava, mas isso era um pouco importante.
Com a mente nublada e o corpo exausto, fechei os olhos. O mundo parecia desaparecer, os barulhos se tornaram distantes, como se o mar tivesse me engolido de vez.
E, então, apaguei.
O frio da terra contra a minha pele e o som da brisa foram as últimas sensações que eu tinha, até que, finalmente, a escuridão me envolveu completamente.
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