Ana acordou com o som suave do despertador, que tocava uma melodia familiar e reconfortante o sol já começava a iluminar o quarto, filtrando seus raios pelas cortinas claras, aquecendo a manhã fria de outono ela se espreguiçou preguiçosamente, sentindo o peso dos últimos dias, mas ainda com um fio de esperança que lhe dava forças hoje seria mais um dia comum, pensou pelo menos era o que imaginava.
Com um suspiro profundo, ela se levantou da cama, vestindo seu roupão macio o espelho refletiu seu rosto cansado, mas seus olhos ainda tinham o brilho de quem carregava sonhos grandes e audaciosos ela lavou o rosto com água fria, tentando afastar o sono e a dúvida que surgira pela manhã o que se passa na cabeça de uma pessoa quando se prepara para mudar sua vida completamente? Ela ainda não sabia, mas a decisão estava tomada.
Após um banho rápido, Ana desceu para a cozinha o cheiro de café fresco preencheu o ar e a sensação de conforto, de lar, a envolveu, Pedro e Julia, seus pais, já estavam na mesa, comendo rapidamente, como sempre faziam antes do trabalho.
— Bom dia, filha — disse Julia, com um sorriso cansado, mas caloroso, enquanto mexia no café ela sempre acordava cedo para garantir que tudo estivesse pronto.
— Bom dia, mãe, pai — respondeu Ana, tentando esconder o nervosismo que estava começando a se formar em seu peito,ela se sentou à mesa, pegando a xícara de café que sua mãe lhe servia.
Pedro, de olhos focados no jornal, olhou para ela e fez um gesto com a mão, como se quisesse se livrar de algo ele estava sempre assim pela manhã, absorvido em seu trabalho.
— Já decidiu o que vai fazer hoje? — perguntou Julia, tentando quebrar o silêncio.
Ana respirou fundo, desviando o olhar para a xícara de café ela sabia que esse era o momento, momento de falar sobre o que estava prestes a mudar tudo.
— Eu... Eu recebi uma proposta ontem — Ana começou, hesitante, sentindo seu estômago revirar. — Uma oportunidade para trabalhar em Roma, com moda. É... é o meu sonho, mãe e eu acho que chegou a hora de ir atrás dele.
O silêncio que se seguiu foi pesado, como se o tempo tivesse parado por um momento, Pedro baixou o jornal, seus olhos fixos nela.
— Roma? — repetiu ele, com a voz grave. — Você está falando sério, Ana? Isso não é o que você realmente quer você tem uma carreira estável aqui, uma vida tranquila por que arriscar tudo por algo tão incerto?
Ana mordeu o lábio, tentando não ceder à pressão sabia que a reação dele seria essa ela sempre soube que seu pai nunca entenderia sua decisão.
— Eu sei que parece arriscado, pai, mas eu... eu preciso disso é a minha chance eu não posso deixar passar — disse ela, tentando manter a calma.
Julia olhou para Pedro, depois para Ana, seu rosto mostrando uma mistura de preocupação e amor mas antes que pudesse falar, Pedro interveio.
— Você vai para Roma e esquece que tem pais, então? Não vai ser uma escolha fácil, Ana eu não vou apoiar essa ideia absurda.
Aquelas palavras caíram sobre ela como uma sentença ela sabia que Pedro jamais abriria mão de sua opinião, mas isso não a faria desistir o sonho que estava em seus olhos era mais forte que qualquer obstáculo, e mesmo que isso significasse romper laços, ela sabia que precisava seguir em frente.
Com um suspiro profundo, ela se levantou da mesa, levando a xícara de café até a pia olhou para seus pais pela última vez.
— Eu não quero perder o que sempre tive com vocês, mas não posso mais viver para os outros eu vou, e espero que um dia vocês entendam.
E com isso, ela saiu de casa, o coração acelerado, a mente repleta de pensamentos contraditórios a decisão estava feita, mas agora vinha o peso de tudo o que estava por vir.
Ana olhou para o celular, a mensagem ainda não enviada ela hesitou por um momento, o dedo sobre o botão de envio, mas sabia que não havia mais volta respirou fundo e, com a voz embargada pela emoção, escreveu rapidamente para sua chefe:
“Oi, Carla só queria te avisar que estarei no aeroporto às 10h estou pronta para começar essa nova jornada obrigada pela oportunidade e pela confiança.”
Com um último suspiro, ela pressionou o botão de enviar a notificação apareceu na tela, e, por mais que ela soubesse que estava fazendo o que sempre quis, uma onda de sentimentos misturados invadiu seu peito ela estava deixando para trás tudo o que conhecia.
O celular foi deixado sobre a mesa, enquanto Ana se levantava e olhava para o quarto, agora vazio de qualquer dúvida ela já havia tomado a decisão, mas isso não significava que seria fácil, ela caminhou até o armário e começou a retirar as roupas das prateleiras, colocando-as cuidadosamente na mala cada peça parecia mais um símbolo de despedida, como se ela estivesse guardando pedaços de sua antiga vida.
Enquanto dobrava uma blusa, Ana sentiu as lágrimas ameaçarem cair, mas logo as segurou ela não poderia se permitir ser fraca agora a escolha já estava feita e, embora a dor da separação estivesse ali, o desejo de seguir seu sonho era mais forte lembrava-se das conversas com Carla, a chefe que a havia convidado, e das promessas de uma vida nova, cheia de desafios, mas também de oportunidades era tudo o que ela sempre quis.
Ela fechou a mala com um suspiro profundo e olhou para o quarto pela última vez no espelho, seu reflexo a encarava com os olhos inchados de lágrimas, mas com a expressão firme de quem sabia o que queria ela não sabia o que o futuro traria, mas a certeza de que estava fazendo a escolha certa, por mais difícil que fosse, a fez se sentir mais forte.
Ana pegou a mala com um esforço, como se estivesse carregando todo o peso do que estava deixando para trás ela deu uma última olhada no apartamento, sentiu o coração apertar com a lembrança dos pais, mas sabia que aquilo não era o fim era apenas o começo ela respirou fundo, secou as lágrimas e caminhou até a porta, pronta para embarcar em sua nova vida.
Ana desceu as escadas com a mala em mãos, seus passos firmes, mas o coração apertado cada degrau parecia pesar mais, como se estivesse carregando não só suas roupas, mas também todas as emoções que ela tentava esconder, ela sabia que aquele momento era inevitável, mas ainda assim, o peso da despedida parecia aumentar a cada segundo.
Ao chegar ao último degrau, ela entrou na sala e encontrou seus pais esperando o silêncio entre eles era denso, como se todos soubessem o que estava prestes a acontecer, mas ninguém quisesse realmente admitir Julia, com os olhos vermelhos e marejados, estava sentada no sofá, as mãos entrelaçadas como se estivesse segurando a esperança de que Ana mudasse de ideia Pedro, em pé, com os braços cruzados, parecia uma parede difícil de derrubar.
— Ana... — a voz de Julia soou baixa, quase um sussurro, mas carregada de dor. — Você realmente vai? Não podemos conversar mais sobre isso? Isso não é uma decisão que você vai tomar em um dia só, querida... — Ela tentou, mais uma vez, apelar para o lado sensível da filha, mas o olhar de Ana era firme.
Ana respirou fundo, sentindo a tensão tomar conta de seu corpo ela sabia que esse momento seria difícil, mas não podia voltar atrás o sonho de Roma era maior do que qualquer discussão e se não fosse agora jamais seus pais permitiriam que ela fosse.
— Mãe, eu... eu já tomei a minha decisão eu não posso mais viver esperando, não posso mais ficar aqui, presa a uma vida que não é a minha na qual eu não escolhi.— ela falou, a voz ainda trêmula, mas determinada.
Pedro, que até então estava em silêncio, não aguentou mais ele se virou para ela, os olhos ardendo de frustração era evidente que ele não suportava ver a filha partir.
— Você vai fazer isso, Ana? Vai simplesmente jogar tudo fora, tudo o que construímos aqui, tudo o que você tem? — Ele avançou alguns passos, a raiva evidente em cada palavra. — Eu criei você para ser forte, mas não para ser irresponsável isso não é um sonho, é uma fuga!
Aquelas palavras atingiram Ana como um soco no estômago, mas ela não se deixou abalar ela sabia que seu pai não entenderia, ele nunca a entendeu ela fechou os olhos por um instante, respirou fundo e, ao abrir os olhos novamente, olhou diretamente para ele.
— Não é uma fuga, paiveu só estou indo atrás do que sempre quis eu sei o que estou fazendo, e sei que pode parecer um erro, mas é o meu erro para cometer e não vou deixar você me impedir.
Julia, sentindo o clima esquentar, se levantou rapidamente e se aproximou da filha, suas mãos trêmulas tocando seu braço as lágrimas já não eram mais contidas, e ela sabia que não havia mais nada que pudesse fazer para convencer Ana a ficar.
— Não faz isso, minha filha... — Julia implorou, a voz embargada. — Eu te criei para ser feliz, mas não assim você vai sofrer, vai se arrepender, e eu não sei o que será de nós sem você aqui não me deixe sozinha, por favor.
O pedido de sua mãe quase fez Ana vacilar, mas a decisão estava tomada ela não poderia deixar que o medo de machucar seus pais a fizesse voltar atrás.
— Eu... — Ana começou, tentando controlar a emoção que ameaçava tomar conta de si. — Eu não quero fazer vocês sofrerem, mas eu preciso ir, não posso viver com esse arrependimento eu já tomei minha decisão e eu... não vou mudar de ideia.
Pedro, furioso, a encarou com uma frieza que ela nunca havia visto antes era a primeira vez que ele a olhava assim ele não queria ver a filha seguir seu próprio caminho, ele não queria perder o controle sobre ela mas Ana já não era mais a mesma jovem que ele conhecia ela cresceu e agora, ela estava indo embora, sozinha, para construir sua vida.
Sem mais palavras, Ana se virou para a porta, sentindo o peso da despedida em cada movimento quando chegou à porta, parou por um momento e olhou para trás, para seus pais, Julia a observava com os olhos cheios de lágrimas, e Pedro, com os punhos cerrados, parecia mais distante do que nunca.
Ana não disse mais nada ela só abriu a porta e saiu, deixando para trás a casa que a acolheu por 25 anos, deixando para trás o amor e a dor que sua família representava.
Ela sabia que estava começando uma nova jornada, e que, por mais difícil que fosse, ela precisava seguir em frente.
Ana estava à porta, com a mala ainda em sua mão, o coração pesado e os olhos lacrimejando, mas nada a faria voltar atrás ela fechou a porta atrás de si com um leve estalo, o som ecoando em sua mente a sensação de liberdade era misturada com um amargo aperto no peito ela já estava fora, mas ainda sentia como se algo estivesse prendendo-a ao lugar que deixava para trás.
Caminhou até o carro estacionado na calçada, o motor já aquecido, esperando por ela cada passo parecia mais distante de tudo o que ela conhecia, mas ao mesmo tempo, mais perto de tudo o que ela queria conquistar a única coisa que a impedia de olhar para trás eram as palavras do seu pai, que ainda martelavam em sua cabeça. "Você vai sofrer, vai se arrepender..."
Mas Ana não sabia viver na dúvida ela preferia arriscar tudo a continuar uma vida que não fosse dela ela precisava de Roma, da moda, e de algo que a fizesse sentir que a vida tinha mais a oferecer.
Ainda com a mala na mão, ela abriu a porta do carro e se acomodou no banco olhou para o celular mais uma vez, conferindo a hora: 9h40 a mensagem de Carla ainda estava lá, aguardando por sua confirmação ela deu um sorriso triste, mas determinado, e com os dedos ágeis, respondeu rapidamente.
“Estou a caminho vou fazer isso, Carla eu vou dar o meu melhor.”
Ela respirou fundo e, com um leve tremor nas mãos, ligou o motor do carro o som do motor a trouxe de volta ao presente, afastando as lembranças de seu pai e da dor de deixar sua casa quando o carro se afastou lentamente da rua, ela não olhou para trás.
Dentro de casa, Pedro e Julia ainda estavam na sala o silêncio que se seguiu à saída de Ana foi denso, pesado, como se o ar tivesse ficado irrespirável, Julia sentou-se novamente no sofá, as mãos cobrindo o rosto, enquanto as lágrimas começaram a cair livremente ela queria ter feito algo mais, mas o que poderia fazer se a filha já estava decidida?
Pedro, por sua vez, estava mais distante do que nunca ele olhou pela janela, observando o carro de Ana desaparecer na esquina, e uma raiva silenciosa tomou conta de seu peito ele não entendia como ela podia fazer isso com ele, com a família ele a amava, mas a dor da perda de controle sobre ela era mais do que ele conseguia suportar.
— Ela vai se arrepender... — Pedro murmurou para si mesmo, mais para acalmar a própria raiva do que para qualquer outra coisa.
Julia olhou para o marido, seus olhos cheios de tristeza, e sem dizer uma palavra, se aproximou dele ela queria falar, mas as palavras não saíam o que poderiam fazer agora? Eles haviam dado tudo o que podiam à filha, e agora ela os estava deixando para trás.
— Talvez ela não se arrependa, Pedro... Talvez ela só precise encontrar o caminho dela — ela falou suavemente, com uma tristeza mansa, mas um toque de esperança em sua voz.
Pedro se virou para ela, seus olhos endurecidos pela frustração ele não conseguia ver nada além da dor da perda era difícil aceitar, difícil admitir que Ana estava certa, mas no fundo, ele sabia que não poderia mudar nada.
Enquanto isso, Ana dirigia pela estrada, sem olhar para trás as ruas de sua cidade iam ficando cada vez mais distantes, até se tornarem apenas um borrão no retrovisor ela olhou para frente, para o futuro, onde os desafios a aguardavam ela estava indo para Roma, a cidade dos seus sonhos, onde a moda a esperava mas, em seu coração, sabia que a estrada à frente não seria fácil mas ela estava pronta para enfrentar tudo.
Ela teria que lutar por cada oportunidade, por cada chance de mostrar quem realmente era a dor da despedida dos pais ainda a consumia, mas ela não deixaria que isso a impedisse Ana estava disposta a ser a protagonista de sua própria história, por mais difícil que fosse.
O telefone vibrou, interrompendo seus pensamentos. Era uma mensagem de Carla.
“Bom, Ana, espero que você já esteja a caminho temos muito o que fazer por aqui a primeira missão será um pouco difícil, mas tenho certeza que você está pronta para ela nos vemos em breve.”
O sorriso apareceu no rosto de Ana, um sorriso discreto, mas cheio de determinação a sensação de estar em movimento, de estar se aproximando da realização de seu sonho, a fazia sentir-se mais forte do que nunca ela estava longe de casa, longe de tudo o que a prendia, mas agora era ela quem guiava sua vida e, embora o caminho fosse incerto, ela não tinha medo de seguir em frente.
Ana estacionou o carro no aeroporto para um amigo pegar, pegando sua mala e respirando fundo seu coração estava acelerado, e a adrenalina pulsava em seu peito esse era o momento que mudaria sua vida para sempre sem olhar para trás, caminhou apressada para o terminal, pois já estavam chamando seu voo.
No portão de embarque, entregou seu bilhete e, ao cruzar a ponte até o avião, sentiu um frio na barriga não era medo, mas sim a empolgação de quem estava prestes a mergulhar no desconhecido, assim que encontrou seu assento, acomodou-se e colocou os fones de ouvido, tentando se acalmar enquanto o avião ganhava altitude, ela fechou os olhos e pensou em tudo o que deixou para trás sua casa, seus pais… A dor ainda estava ali, mas agora misturada com a expectativa do que estava por vir.
Horas depois, o avião finalmente pousou em Roma,o sol iluminava a pista, e quando Ana desceu, a brisa morna da cidade a envolveu, ela parou por um instante, fechou os olhos e sorriu ali começava sua nova vida.
Ao sair do portão de desembarque, avistou uma moça segurando um pequeno cartaz com seu nome, ela tinha cabelos escuros presos em um rabo de cavalo e um sorriso simpático.
— Você deve ser Ana — disse a mulher ao se aproximar. — Meu nome é Valentina, Carla me enviou para buscá-la e levá-la ao seu apartamento depois, vamos direto para o escritório ela quer falar com você antes de tudo.
— Obrigada, Valentina — Ana respondeu, aliviada por ter alguém para guiá-la nesse início.
Valentina pegou uma das malas de Ana e juntas seguiram para o carro no caminho, Ana observava pela janela, maravilhada com a arquitetura, as ruas de paralelepípedo e o charme único de Roma o sonho que parecia tão distante agora era real.
Pouco tempo depois, chegaram ao prédio onde Ana moraria o apartamento ficava em uma região privilegiada, com uma bela vista da cidade assim que entraram, Valentina entregou as chaves a Ana.
— Este é o seu novo lar — disse, sorrindo.
Ana percorreu o espaço com o olhar o apartamento era moderno, bem iluminado e espaçoso era pequeno, mas aconchegante, o suficiente para que se sentisse confortável.
— É perfeito — ela murmurou, emocionada.
— Fico feliz que tenha gostado mas não temos muito tempo Carla nos espera no escritório.
Mesmo cansada da viagem, Ana assentiu, sabia que não podia perder tempo, então, deixou suas malas no quarto, lavou o rosto rapidamente e seguiu com Valentina para o carro novamente.
A caminho do escritório, sentiu o coração acelerar outra vez seu sonho estava começando, e com ele, os desafios que viriam mal sabia ela que aquele dia marcaria o início de algo muito maior do que imaginava.
Assim que o carro parou em frente ao prédio elegante e moderno, Ana sentiu um frio na barriga era real ela estava ali, no coração de Roma, prestes a entrar no mundo da moda respirando fundo, seguiu Valentina para dentro do prédio, onde um ambiente sofisticado e movimentado a cercou pessoas bem-vestidas andavam de um lado para o outro, telefones tocavam, e tudo parecia funcionar com um ritmo intenso.
Elas não precisaram esperar muito assim que chegaram à recepção, a assistente de Carla apenas assentiu com a cabeça e apontou para a porta do escritório.
— Carla já está esperando — disse Valentina, segurando a porta aberta para Ana.
Ana entrou, sentindo-se um pouco tensa, mas manteve a postura, Carla estava sentada atrás de uma mesa de vidro, folheando alguns papéis assim que as viu, levantou-se, um sorriso discreto no rosto.
— Ana, finalmente! Seja bem-vinda a Roma e à nossa equipe.
— Obrigada, Carla, estou muito feliz por estar aqui.
Carla gesticulou para que Ana e Valentina se sentassem sem rodeios, pegou uma pasta e deslizou sobre a mesa em direção a Ana.
— Vamos direto ao ponto, esse é seu contrato de trabalho e assim que assinar já tenho um tenho um trabalho muito importante para você, algo que exige paciência e comprometimento.
Ana franziu o cenho, curiosa.
— Estou pronta para qualquer desafio.
Carla sorriu de lado, como se soubesse que isso mudaria tudo.
— Ótimo, você será responsável por cuidar de um dos modelos mais influentes de toda Roma, o nome dele é Bruno Ferretti.
Ana piscou, surpresa o nome não lhe era estranho já tinha ouvido falar de Bruno em revistas e sites de moda ele era um dos rostos mais requisitados da indústria, conhecido por sua beleza marcante e talento indiscutível… Mas também por seu temperamento difícil.
— Cuidar dele? O que exatamente isso significa?
Carla apoiou os braços na mesa e explicou:
— Bruno tem uma agenda lotada de compromissos e não gosta de seguir regras, ele tem um temperamento complicado e não se aproxima facilmente das pessoas seu papel será garantir que ele esteja sempre no lugar certo, na hora certa, e que sua imagem continue impecável em outras palavras, você será uma espécie de assistente pessoal e gerente de imagem dele.
Ana tentou absorver a informação isso definitivamente não era o que ela esperava, mas, ao mesmo tempo, parecia desafiador e muito promissor para ela pois cuidar de alguém tão importante.
— E tem mais um detalhe — Carla continuou. — Para facilitar seu trabalho, a empresa alugou um apartamento para vocês, você e Bruno vão morar juntos.
Ana arregalou os olhos.
— O quê?
Carla riu da reação dela.
— Eu sei que parece estranho, mas é a melhor forma de garantir que tudo corra bem assim, você poderá mantê-lo sob controle e evitar atrasos ou problemas.
Ana ainda estava assimilando aquilo quando Carla continuou:
— Sei que pode parecer uma missão difícil, mas confie em mim Bruno é de extrema confiança, ele pode ser reservado, mal-humorado e até rude no começo, mas não é um mau sujeito só teve algumas decepções na vida e prefere manter as pessoas à distância mas algo me diz que você vai conseguir lidar com ele.
Ana respirou fundo seu primeiro grande desafio em Roma já estava diante dela, ela havia deixado tudo para trás para correr atrás do seu sonho, e agora não era hora de hesitar.
— Tudo bem — ela disse, determinada. — Eu aceito o desafio.
Carla sorriu, satisfeita.
— Ótimo, você começa hoje mesmo.
Ana sentiu seu coração acelerar, o jogo estava apenas começando.
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