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O Traficante do Meu Coração ( Morro )

conhecendo o temido Lobo

Lobo narrando

"Eu sou o Lobo, o dono do Morro do Alemão. Aqui, cada passo, cada conversa, cada movimento... tudo passa por mim. Nada acontece sem que eu saiba. E quem tenta fazer diferente? Bom, não costuma repetir o erro.

Tenho 29 anos, alto 1,90 sou forte determinado . Corpo cheio de tatuagem, cabelo preto .

LK é meu braço direito, meu parceiro de confiança. Ele conhece as regras tão bem quanto eu. No nosso mundo, confiança é rara, e eu não confio em qualquer um. Mas o LK? Ele é leal. Já passou por situações comigo que muitos não teriam coragem de encarar.

O morro é meu território. Mas não se engane: manter o controle aqui não é só mandar. É observar, pensar, agir antes que os outros façam. É uma guerra que nunca termina. Não tem espaço pra distração, pra fraqueza.

Minha irmã, Marcela, não faz parte disso. Ela é tudo que esse lugar não é. Doce, dedicada, com um futuro longe desse caos. Eu a protejo do mundo que eu vivo, do que eu sou. Se eu faço o que faço, é por ela também. mais ela voltou, depois de anos longe. formada .

Aqui no morro, o que importa é respeito. Você dá, você recebe. E quem não entende isso... aprende da pior forma. Não sou bom, nunca fui, mas o que eu faço é necessário. Se você quer sobreviver no Alemão, tem que seguir as minhas regras."

hoje o dia começou como qualquer outro. O morro acorda cedo, o movimento não para. Lá embaixo, os barracos ganham vida com as vozes das crianças, os rádios tocando e o cheiro de café subindo no ar. Aqui em cima, o jogo é outro. O olhar tem que ser atento, e a cabeça sempre um passo à frente.

LK já estava me esperando na entrada do QG. Ele não precisa falar muito, só com o jeito dele dá pra saber que tem algo rolando.

— Tão achando que a gente não vê, chefe — ele disse, cruzando os braços. — Aqueles caras lá do outro lado tão se mexendo demais.

Não precisa nem dizer quem são. A facção do morro vizinho tá sempre testando a gente, achando que pode tomar espaço. Mas enquanto eu estiver aqui, ninguém atravessa a linha.

Ficamos no QG por horas, planejando. É assim que se vence a guerra: no silêncio, na cabeça. Não adianta chegar berrando e atirando pra todo lado. Quem sobrevive nesse jogo é quem pensa, quem calcula.

De tarde, quando desci pra dar uma volta no morro, senti os olhares. Não é novidade. No Alemão, eu sou o Lobo, o dono disso tudo. E eles sabem que, se eu tô andando pelas ruas, é porque tem algo importante acontecendo.

No final das contas, aqui é assim: todo mundo tem um papel. Alguns vivem, outros sobrevivem. E eu? Eu caço.

O morro nunca dorme, e eu também não. Pelo menos, não do jeito certo. Minha cabeça tá sempre a mil, calculando os próximos passos. Aqui, quem cochila, morre.

Eu tava no QG quando LK apareceu. Conheço ele desde moleque, sei quando tem coisa na mente. Ele entrou, jogou o corpo na cadeira e ficou calado por uns segundos, algo raro nele.

— Fala logo, LK. Tá com cara de quem viu coisa que não devia.

Ele riu, mas não era aquele riso solto de sempre.

— Fui no posto hoje. Marcela tá levando jeito pra parada. A doutora do Alemão.

Cruzei os braços. Minha irmã sempre foi forte, isso nunca foi novidade. O que me incomodava era ela aqui, no meio de tudo isso.

— Ela sabe o que tá fazendo.

— Sei que sabe — LK respondeu, e deu um gole no copo de uísque que tinha na mesa. — Mas tem algo nela, Lobo. Ela tá diferente. Como se estivesse carregando mais coisa do que mostra.

Fiquei quieto. Porque, no fundo, eu também sentia isso.

Marcela voltou pro morro por escolha própria, mas o que ela não entende é que aqui não tem volta. Uma vez dentro, sempre dentro. Ela pode querer mudar as coisas, salvar vidas, mas o Alemão não é um hospital. Aqui, a regra é outra.

Olhei pra LK. Ele tentava disfarçar, mas conheço esse cara bem demais.

— Não me vem com essa, LK. Eu sei que cê já teve sua fase com ela.

Ele soltou um riso fraco.

— E cê acha que isso muda alguma coisa?

— Não sei. Mas vou te dizer uma coisa: se minha irmã sofrer por sua causa, eu mesmo resolvo.

O clima pesou, mas LK não desviou o olhar. Ele sabe que, quando eu falo, eu cumpro.

No fim das contas, o problema não era só minha irmã. O morro tava esquentando, os inimigos tavam se mexendo. E eu não podia me distrair com mais nada. Nem com Marcela, nem com LK, nem com qualquer outra coisa que não fosse manter tudo sob controle.

Marcela de volta

Marcela narrando

Depois de anos de estudos e noites sem dormir, finalmente alcancei o que tanto sonhei: sou médica. Mas, mais do que isso, sou filha do Alemão. Foi lá que eu nasci, cresci, e onde aprendi o que é lutar de verdade. E agora, é hora de voltar pra casa.

Sei que muita gente não entende. 'Por que voltar pro morro?' Já me perguntaram isso tantas vezes que até perdi a conta. Mas minha resposta é sempre a mesma: foi lá que meus pais deram tudo de si pra me criar, pra me dar a chance de ter um futuro. E agora é meu turno de retribuir.

Meu irmão, o Lobo, tá lá cuidando de tudo. Ele é duro, frio, mas eu sei que no fundo ele só quer proteger o que a gente tem. Ele carrega o peso de todo o morro nas costas, e eu vou estar do lado dele, do meu jeito. Não com armas, mas com o que aprendi na medicina.

Vou ser a nova médica do posto de saúde. Ajudar as mães que cuidam dos filhos sozinhas, os idosos que carregam a história do morro nas costas, e as crianças que merecem crescer com esperança. É isso que eu quero. Porque, apesar de tudo, eu amo esse lugar. Amo o Alemão, amo as pessoas, e sei que, de alguma forma, posso fazer a diferença.

Voltar pro morro foi como voltar no tempo. Cada esquina, cada viela, cada rosto conhecido. A sensação era de que nada tinha mudado, mas ao mesmo tempo, tudo parecia diferente. Talvez porque agora eu enxergasse com outros olhos, com a responsabilidade de fazer algo por essas pessoas.

Minha primeira parada foi o posto de saúde. Era simples, pequeno, mas lotado de gente precisando de atendimento. O enfermeiro, Jonas, me recebeu com um sorriso caloroso.

— Doutora Marcela, é uma honra ter você aqui. Esse lugar precisava de alguém como você faz tempo.

— É bom estar de volta, Jonas — respondi, tentando ignorar o peso da expectativa nos olhos dele.

Passei a tarde atendendo. Casos simples, outros mais complicados. Mas o que mais me marcou foi uma senhora que entrou com o neto no colo, uma criança magrinha, com os olhos fundos. Ela mal tinha forças pra falar.

— Ele tá com febre há dias, doutora. Eu tentei, mas não tinha dinheiro pro remédio... — disse, com a voz embargada.

Aquilo me atingiu como um soco. Fiz o que pude, mas saí do consultório com o coração apertado.

No fim do dia, subi pro QG pra ver o Lobo. Ele tava lá, cercado pelos homens dele, com o LK ao lado. Quando me viu, levantou e veio até mim.

— Como foi o primeiro dia? — perguntou, com aquele tom sério de sempre.

— Foi difícil, mas bom. Muito trabalho pela frente.

Ele assentiu, mas ficou em silêncio. Conheço meu irmão. Ele não gosta de mostrar, mas sei que tá orgulhoso.

De noite, olhando pela janela do meu quarto, senti aquele misto de cansaço e esperança. Voltar pro morro não ia ser fácil, mas era aqui que eu pertencia. Era aqui que eu ia fazer a diferença.

( ... )

Depois de tanto tempo fora, não esperava que o passado voltasse com tanta força. Mas foi só olhar pro LK no QG que as lembranças vieram. Ele tava lá, do lado do meu irmão, com aquele jeito despreocupado, o sorriso meio debochado que eu conhecia tão bem.

O LK foi meu primeiro beijo. Éramos só adolescentes, mas, na época, achei que aquilo significava algo. Talvez pra mim tenha significado mais do que pra ele. Não demorou muito pra ele mostrar que a vida de compromisso não era o que ele queria. LK escolheu o caminho dele, cheio de 'cachorrada', como ele mesmo gosta de dizer.

Hoje eu olho pra ele e vejo o mesmo garoto de antes, mas ao mesmo tempo tão diferente. Ele é o braço direito do meu irmão, e sei que o Lobo confia nele mais do que em qualquer outra pessoa. Mas comigo? É complicado.

Quando nossos olhares se cruzaram, senti ele me medir de cima a baixo, como se quisesse confirmar que era mesmo eu ali. E, claro, ele não perdeu a oportunidade.

— Doutora Marcela, o morro ganhou um reforço, hein? — disse, com aquele sorriso que ele sabia que mexia comigo.

— E você continua o mesmo, LK. Só espero que não arrume problemas pra mim — respondi, sem deixar transparecer nada.

Ele riu, daquele jeito que só ele sabe. Eu devia ignorar, seguir em frente. Mas algo nele ainda me intriga, como se o LK fosse um pedaço do meu passado que eu ainda não consegui deixar pra trás.

No quarto, deitada, deixei os pensamentos correrem soltos. O dia tinha sido longo, mas o peso parecia ainda maior agora, no silêncio da noite. Cada detalhe voltava à minha mente. Lobo... meu irmão sempre foi fechado, duro como pedra. Nunca arrumou ninguém. Eu sei que ele carrega mais coisas do que mostra. O morro é responsabilidade dele, e isso o tornou assim: frio.

Mas não consigo deixar de me perguntar... ele vai viver assim pra sempre? No fundo, desejo que ele encontre algo ou alguém que o faça enxergar além desse mundo. Só que, conhecendo o Lobo, sei que ele nunca vai admitir que precisa de qualquer coisa.

Meus pensamentos se perdem, mas logo voltam pra criança que atendi hoje. Aquele olhar frágil, as mãos da avó tremendo enquanto falava. Não consigo esquecer. Algo dentro de mim grita que eu preciso fazer mais. Só dar a receita e os conselhos não é suficiente.

Levantei da cama, mesmo com o corpo cansado. Fui até a janela e olhei pra rua. O morro ainda tinha vida. Algumas casas com luzes acesas, vozes ao longe, um rádio tocando alguma música melancólica. Aquilo era a essência do Alemão: um lugar cheio de dor e luta, mas também cheio de vida e amor.

Voltei pra cama, mas o sono não vinha. Eu sabia que a partir de amanhã tinha que fazer algo diferente. Aquela criança precisava de ajuda, e eu ia dar um jeito, custasse o que custasse. No meu coração, eu já tinha decidido: eu não vim pra cá só pra ser médica. Eu vim pra ser uma esperança.

apresentação do LK

Capítulo 3

LK narrando

Sou LK desde moleque fui chamado assim, meu pai que colocou .

Sou sub do morro do Alemão

Tenho 29 anos, alto, forte, tatuado.

A mente sempre aberta. É oque importa. Sou moreno.

Tenho um passado , que não esqueci, com uma mina da hora. Mas a minha escolha, fez agente se perde, ela foi embora estudar. Mais tá de volta.

( ... )

O dia nunca é o mesmo no Alemão. Aqui, você acorda sabendo que qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento. Acordei cedo, como sempre, e já sabia o que me aguardava. Lobo tava com aquele olhar de quem tinha algo importante pra resolver.

Ele nunca fala muito, mas você sente quando o clima tá pesado.

Eu não sou de complicar as coisas. Pra mim, a vida sempre foi simples: se você não tiver medo de pegar a estrada e enfrentar o que vem pela frente, tudo se resolve. E no meu caso, resolver sempre envolveu uma pitada de 'cachorrada'. Não sou de amarras, nunca fui. Mas o Lobo... ele é diferente. Não só por ser meu chefe, mas por ser meu irmão de criação, alguém em quem confio, mesmo que ele nunca me peça isso em palavras.

Marcela, a irmã dele, voltou pro morro. A doutora agora. Fiquei sabendo que ela já é um nome conhecido, e isso me fez pensar. Quando ela me olhou, vi um pedaço do passado dela tentando me reconhecer. Ela nunca esqueceu de mim, mesmo com toda a vida que ela construiu longe daqui. E eu? Bom, nunca fui de prender ninguém. E ela... sempre foi mais do que eu poderia oferecer.

Mas voltando pro que interessa... o Alemão não para. O tráfico, os inimigos, a luta pelo controle. As coisas estão se complicando. Sei que Lobo tá tentando manter a paz, mas aqui, paz é luxo.

Fui até o QG mais tarde, Lobo tava lá, ainda com aquele olhar distante.

— Tá tudo certo, LK? — ele

perguntou sem me olhar, mas eu sabia que ele tava esperando algo.

— Tava passando pelos pontos... nada de novo. Mas tem gente se mexendo do lado de fora. Parece que a coisa vai esquentar.

Ele me olhou então, mais sério que nunca. Não preciso de palavras pra saber que ele já tava planejando o que fazer.

É assim com o Lobo. A guerra é constante. E ele, bem, ele é o líder. E todo mundo sabe que quem tá ao lado dele tem que estar pronto pra qualquer coisa.

Saí do QG já sabendo que o dia ia ser longo. As ruas do Alemão não deixam você relaxar, e nem eu me permito fazer isso. O morro nunca pára. Acontece que, em algum momento, o dia te surpreende. No meu caso, a surpresa foi no posto de saúde.

Fui lá por causa de uns recados que tinham chegado, umas queixas da comunidade. Quando entrei, a primeira coisa que vi foi Marcela. Ela tava lá, com aquele jaleco branco, atendendo um paciente. Ela sempre foi diferente, desde criança. O jeito, a postura, a forma de olhar... tudo nela é tranquilo, como se o mundo fosse menos complicado. Algo que eu nunca consegui entender.

Mas o que me chamou a atenção não foi só o fato dela estar lá, fazendo o papel de doutora. Foi a forma como ela se movia, como ela olhava pra todo mundo com uma certa confiança. Ela se adaptou rápido a esse lugar, mais rápido do que eu esperava. E ali, naquele momento, alguma coisa me pegou. Um pedaço do passado dela me atravessou como um soco no estômago.

Ela me viu e deu aquele sorriso discreto, que só ela sabe dar, mas não demorou muito pra perceber que eu não tava ali só por causa do trabalho.

— LK. O que tá fazendo aqui? — ela perguntou, sem tentar disfarçar a surpresa na voz.

Eu dei de ombros.

— Vim dar uma olhada, ver como você tava se virando com o posto.

— Eu olhei ao redor, tentando não focar nela por muito tempo. Mas não consegui. Algo tava estranho, como se tivesse algo mais naquela cena.

Ela tentou disfarçar, mas eu sei como ela é. No fundo, Marcela me conhece. E o que ela não sabe, é que eu também a conheço bem demais.

Se tem uma coisa que aprendi na vida, é que nada nesse morro acontece por acaso. Cada movimento, cada olhar, cada escolha tem um preço. E eu sabia que o Lobo tava certo. Ele me conhece tão bem quanto eu conheço ele. Só que o problema não era o passado com a Marcela. O problema era o agora.

Saí do QG com aquela conversa na cabeça. O Lobo pode até tentar bancar o frio, mas no fundo, ele se preocupa. Sempre foi assim com a irmã dele. E eu não podia negar que Marcela sempre foi diferente. Só que agora ela tava de volta, e eu não sabia dizer se isso era bom ou ruim.

Andei pelo morro sem pressa. A noite já tinha caído, mas o Alemão nunca dorme. O som das motos, as vozes, a fumaça subindo dos becos. Era meu território, onde eu me sentia em casa. Mas, dessa vez, minha mente tava longe.

Sem perceber, meus passos me levaram de novo pro posto. Lugar que eu nunca pisava, mas que, de repente, parecia estar no meu caminho. Parei na entrada e vi ela ali dentro, ainda atendendo. O posto já devia estar fechando, mas Marcela continuava. Sempre foi teimosa.

Fiquei encostado na parede, observando. Ela tava terminando de atender uma criança, e o olhar dela era o mesmo de anos atrás. Aquele olhar de quem realmente se importa. Diferente de mim.

Quando ela finalmente saiu, me viu ali e parou, surpresa.

— Tá me seguindo agora, LK?

Sorri de canto.

— Quem? Eu? Imagina. Só tava passando.

— Sei... — ela cruzou os braços. — O que você quer?

Olhei pra ela por um segundo, tentando entender porque diabos eu tava ali. Mas, no fundo, eu já sabia. Suspirei e fui direto:

— O que tá pegando com você, Marcela? Tá diferente. Vi isso no posto hoje.

Ela desviou o olhar, como se tentasse esconder algo.

— Não é nada. Só tô tentando fazer meu trabalho.

— Não mente pra mim, doutora. Te conheço.

Ela ficou quieta por um momento, depois soltou um suspiro cansado.

— Tem uma criança doente, LK. Tá mal, e a avó não tem dinheiro pra comprar os remédios. Isso me deixou mal.

— E você acha que consegue salvar todo mundo?

Ela me olhou séria.

— Se eu não tentar, quem vai?

Fiquei encarando ela, e naquele momento percebi que Marcela não era mais a garota que eu conheci. Ela tinha crescido, se transformado em alguém que realmente queria fazer a diferença. E isso mexeu comigo mais do que eu esperava.

— O que precisa? — perguntei, quebrando o silêncio.

Ela franziu a testa.

— Como assim?

— O que precisa pra ajudar essa criança? Quanto custa esse remédio?

Ela hesitou. Sabia que qualquer coisa que envolvesse dinheiro e o nome do Lobo podia ser complicado. Mas, no fim, ela respondeu.

— Uns duzentos, trezentos reais...

— Então considera resolvido. Amanhã de manhã esse remédio vai estar aqui.

Ela me olhou desconfiada.

— LK, não quero que você faça nada errado por causa disso.

Ri fraco.

— Relaxa, doutora. Só tô resolvendo do meu jeito.

Antes que ela pudesse insistir, saí andando. Eu não era santo, nunca fui. Mas, por algum motivo, naquele momento, queria ajudar. E talvez, só talvez, isso tivesse mais a ver com ela do que com qualquer outra coisa.

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