Mas uma vez estou aqui trancado em meu escritório, fugindo da presença da minha não tão adorável esposa.
Eu até hoje me arrependo de não ter escutado o conselho da minha mãe, dizendo que Hadassa não servia para ser minha esposa. Minha mãe sempre falou que Hadassa estava somente interessada em ser a primeira esposa do Sheik.
Eu havia acabado de assumir o posto do meu pai.
Como Sheik, pois meu pai infelizmente não conseguiu vencer a luta contra o câncer. Minha mãe ficou desolada, pois meu pai foi o seu grande amor.
Meu pai sempre contava como, ao ver pela primeira vez minha mãe, ele já sabia que não precisaria de outra mulher ao seu lado.
Eu sempre admirei isso, o amor que um tinha um pelo outro, mas a minha história não foi assim.
Dois anos depois que assumi o posto de Sheik, lá estava eu sendo pressionado a me casar com apenas 23 anos. Pelo conselho de Sheik, eles diziam que um Sheik tem que ser um homem com esposa e filhos.
Não concordei no começo, mas acabei tendo que aceitar. Foi quando a Hadassa entrou em minha vida, filha de um dos conselheiros. Quando a vi pela primeira vez, eu fiquei extasiado pela sua beleza.
Ali havia decidido que ela seria a minha esposa.
Minha mãe não gostou, foi quando, pela primeira vez, eu e minha mãe discutimos.
Zara — Meu filho, você está se levando somente pela beleza da jovem!
Samir — já que tenho que me casar, que ao menos a minha esposa seja bela.
Zara — casamento não tem a ver só com beleza, Samir tem que ter sentimento, amor e respeito, sem falar que essa mulher só está interessada na sua posição de primeira esposa do Sheik.
Samir — esqueça isso, mãe, a minha decisão já está tomada! Hadassa será minha esposa!
Naquele dia, vi o olhar de decepção da minha mãe, mas fui tolo em olhar só para a beleza da Hadassa.
Zara — Se é assim que você quer, não falarei mais nada, mas também não viverei com vocês.
Samir — E não quero que a senhora vá, mamãe, eu já perdi o meu pai, não quero que a senhora se afaste.
Falo triste, pois eu não queria que minha mãe vivesse longe de mim. Conhecendo a minha mãe como eu a conheço, ela não mudaria de ideia.
Zara — Será melhor, meu querido filho, eu vou viver no palácio de verão onde tenho tantas lembranças felizes com o seu pai e com você. Esse lugar só me faz lembrar que ele se foi, me deixando aqui sozinha.
Samir — A senhora não está sozinha, mãe e estou aqui com a senhora.
Falo limpando as lágrimas que caiam do seu rosto. Meu coração dói ao ver minha mãe chorando.
Um mês após discordar da minha mãe sobre o casamento, eu me casei com Hadassa, foi um casamento muito luxuoso com tudo que ela tinha direito, eu via seus olhos verdes brilhando, mas ali eu até pensei que poderia ser um casamento feliz.
A nossa festa durou três dias, quando finalmente subi para o quarto para ter agora a minha bela esposa nos meus braços. Assim que fechei a porta do quarto, eu pude a beijar, mas a mesma não deixava e a coisa só piorou quando fui a possuí. Hadassa só se deitou na cama e deixou que a penetrasse.
Ela simplesmente era como uma boneca ali parada sem demonstrar nenhum desejo ou até mesmo que estava sentindo prazer eu estava frustrado com aquilo simplesmente sai de dentro dela até mesmo sem conseguir me satisfazer, infelizmente eu havia tirado a virgindade dela não poderia a devolver para a sua família.
Me sentei na cama, ela se levantou da cama.
Hadassa — Já que terminou, agora vou para o meu quarto com licença Sheik.
A mesma saiu do meu quarto sem esperar nenhuma palavra minha. Ali, eu fiquei frustrado e com Raiva.
No dia seguinte, acordei, fiz as minhas orações, após terminar, desci as escadas, encontro a minha mãe na sala, quando ela me vê, se levanta.
Zara — Meu filho estava esperando você para me despedir de você!
Samir — Mãe, senhora não pode ficar lá sozinha!
Zara — não se preocupe, meu filho, terei muitos empregados para me fazer companhia e sempre que quiser pode ir me visitar, mesmo que tenha que levar a sua esposa.
Samir — mamãe!
Zara — Tudo bem, não direi mais nada.
Ela fala, me dando um último beijo na bochecha e ali vi a minha mãe indo embora. Hoje, completo cinco anos que ela se foi para o palácio de verão, fui algumas vezes visitar ela, mas não ficava mais de dois dias por culpa da Hadassa que vive dando chilique.
Minha mãe estava feliz toda vez que eu ia lá. Ela só falava da sua dama de companhia, de quanto ela é adorável e amável, mas nunca a conheci, acho que até minha mãe inventou essa mulher tão perfeita aos seus olhos.
Saio dos meus pensamentos com Hadassa entrando no meu escritório feito um furacão, dou um sorriso de lado, pois já sei o porquê dela estar tão furiosa.
Hadassa — como ousa cancelar as minhas contas e cartões Samir?
Samir — eu lhe avisei Hadassa para aprender a tratar melhor os funcionários dessa casa!
Hadassa — isso tudo por causa daquela imprestável que arruinou o meu vestido?
Samir — um vestido que você só usaria uma vez de qualquer forma. Peça desculpas para a pobre moça e lhe devolverei os cartões e o acesso à sua conta.
Hadassa — isso nunca vai acontecer!
Samir — então ficará sem dinheiro!
Ela saiu do meu escritório do mesmo jeito que entrou, furiosa. A cada dia que passa, esse casamento fica mais insuportável.
Apesar do conselho me cobrar por um herdeiro, fico aliviado por não ter nenhum filho com a Hadassa.
Meu nome é Safira, hoje estou completando 20 anos.
Há seis anos, a minha doce mãezinha faleceu, minha mãe era a única pessoa nesse mundo que me amava.
O meu pai nunca gostou de mim, só por eu ser uma mulher, ele sempre sonhou em ter um filho homem, mas isso não aconteceu.
Então, ele desprezava a mim e a minha mãezinha, minha mãe. Apesar de sofrer muito com os maus tratos do meu pai, ela sempre me ensinou haver um lado bom para tudo.
Se eu tinha um pai que não me amava, por outro lado, eu tinha uma mãe que me amava muito, assim fui levando a minha vida até os meus 14 anos.
Mas tudo mudou com a morte da minha mãe, agora só tinha o desprezo do meu pai, não tinha mais o carinho da minha mãe, me sentia desprotegida.
Quando completei 15 anos, eu estava mais uma vez trancada no quarto de castigo, só porque não havia terminado o almoço a tempo de o meu pai trabalhar na pequena loja de tecido que ele tinha.
Naquele dia, ele me bateu, me deixando toda ferida, depois me trancou em meu quarto a pão e água. Fiquei trancada naquele quarto por três longos dias, já não conseguia mais nem chorar, pois já não tinha mais lágrimas para chorar.
Estava jogada na cama quando escuto o barulho das chaves na porta. Me colocou de pé rapidamente para que o meu pai não me castigue novamente.
A porta está aberta e por ela passam o meu pai e uma mulher. Só de olhar para ela, eu posso ver que ela é muito importante. Saio dos meus pensamentos com a voz fria do meu pai.
Malik — arrume as suas roupas, você vai embora com a senhora Zara.
Olho para a mulher na minha frente que olha com um olhar terno para mim, depois olha para o meu pai, mas os seus olhos que transmitiam até pouco uma doçura agora transmitem fúria.
Zara — tem certeza? Depois que ela for comigo, não poderá nunca mais chegar perto dela novamente!
Apesar de que ela é uma estranha, eu não queria que o meu pai mudasse de ideia. Eu senti que, se fosse embora com aquela mulher, eu estaria segura para o resto da minha vida.
Olho para o meu pai esperando a sua resposta, o mesmo me olha com desprezo.
Malik — eu não quero nunca mais ver essa menina na minha frente, você pode ficar tranquila, nunca a procurarei.
Ele fala, saindo do meu quarto e me deixando a sós com aquela senhora no meu quarto, ela se aproxima de mim, por isso dou um passo para trás.
Zara — Não se preocupe, Samira, não irei lhe machucar. Meu nome é Zara, eu era uma grande amiga da sua mãe.
Samira — A senhora conheceu a minha mãe?
Pergunto curiosa, a mesma me dá um sorriso lindo e balança a cabeça concordando.
Zara — sua mãe me enviou uma carta antes de falecer, pedindo para que eu viesse te buscar se algo acontece com ela.
Agora eu realmente sei o motivo de me sentir segura com a presença dessa mulher, minha mãe tinha confiança nela.
Safira — Senhora Zara, eu só tenho que agradecer o que está fazendo por mim.
Zara — tenho certeza de que, se fosse ao contrário, sua mãe também faria o mesmo. Agora, proponho pegarmos somente o que é importante, não leve nada que esse homem lhe comprou.
Eu só balanço a cabeça, concorda e, como ela disse, peguei somente as poucas coisas que eu tinha que lembravam a minha mãe, nada mais e saí daquela casa com a senhora Zara nem olhar para trás.
Assim que saí daquela casa, eu senti um alívio tão grande. Dona Zara me guiou para um carro onde um homem já com seus 50 anos me esperava.
Zara — Entre, minha querida Aparte de hoje, você não pertence a esse lugar.
Ela fala, me dando um sorriso tão acolhedor que me lembra o que minha mãe me dava. Entrei no carro, ela logo entrou também e seguimos o caminho em uma conversa agradável.
Mas quando o carro piorou, aí eu pude ver que realmente a senhora Zara era importante, pois a sua casa era enorme.
Zara — bem-vinda ao seu novo lar! Ela fala e adentramos naquele palácio, ela faz questão de me mostrar cada lugar que achei, tudo tão encantador, mas o que mais gostei foi da cabana que tinha no meio de um lago de água cristalina cheio de peixes muito coloridos.
Zara — aqui era o lugar favorito do meu filho!
Safira — Onde está o seu filho agora?
Zara — ele agora e Sheik assumiu o lugar do seu falecido pai.
Safira — a senhora não quis ficar com ele? Lá na capital?
Zara — Não, ele acabou de se casar e é bom que ele tenha esse momento a sós com a sua esposa.
Vejo ela fazer uma careta engraçada quando fala da esposa do filho dela, até dá vontade de rir um pouco, mas eu me seguro para não fazer isso, então mudo de assunto.
Safira — senhora Zara, me diga em que parte do palácio irei trabalhar.
Zara — você será minha dama de companhia, minha pequena, eu irei lhe ensinar todas as coisas que você deverá saber para um dia, quem sabe, se casar e ter a sua própria família.
Safira — acho que nunca irei me casar!
Zara — Não pense assim, minha filha, você ainda é muito nova para pensar assim. Agora vamos que ainda não te mostrei o seu quarto.
Saímos da casa do lago e voltamos para dentro do palácio, de onde seguimos para ir para o meu quarto quando ela abre a porta para me dar a visão de um quarto digno de uma princesa. Ali, fico estagnada, parada na porta do quarto, vejo ela dando um sorriso para mim, saio do meu pensamento quando escuto a sua voz.
Zara — venha conhecer o seu quarto e me diga se gosta, se quiser, podemos mudar algo que não goste.
Rapidamente, eu entro no quarto sem deixar de admirar tudo ao meu redor.
Safira — Obrigada, dona Zara, não precisa mudar nada, tudo é tão lindo que acho que nem mereço nada que está aqui.
Zara — Você merece, sim, tudo que está aqui e muito mais, minha querida. Enquanto eu estiver aqui, eu farei tudo para ver em seu sorriso que sua sempre me descrevia nas cartas que ela me enviava.
Ela fala, me abraçando com carinho. Eu já não consigo mais evitar, as lágrimas saem dos meus olhos molhados, o ombro da dona Zara. Mas a mesma não se importa, só me consola.
Depois de algum tempo chorando, ela me afasta um pouco, leva a mão no meu rosto, limpando os resquícios das lágrimas que recentemente caíram do meu rosto.
Samira — Muito obrigada, eu serei grata à senhora o resto da minha vida.
Zara — Vou deixar você descansar se precisar de mim, o meu quarto é o do final do corredor.
Ela fala, saindo do meu quarto, me deixando ali no meu quarto novo. A única coisa que eu podia fazer era agradecer à minha mãe por colocar a dona Zara em minha vida.
Os anos foram se passando, eu fui crescendo e aprendendo tudo que a minha tia Zara me ensinava. Ela me trata como da família dela, eu tinha liberdade para ir e vir e usufruir de tudo, mas eu só tinha uma regra para cumprir: eu não poderia sair do meu. Quarto quando tivesse homens aqui além do seu motorista. Que era o único homem que trabalhava nessa casa.
Eu nunca me importei com essa regra, então sempre que tinha um homem diferente na casa ou até o próprio filho dela, eu ficava no quarto trancado lendo os meus livros, só saía quando ela vinha em meu quarto e dizia que já poderia sair.
Mas confesso que, a primeira vez que o Sheik Samir veio visitar a tia Zara, fiquei curiosa em saber como o filho da tia Zara era. Então fiquei espiando pela janela, quando vi pela primeira vez seu rosto, a distância era lindo. Não consegui ver a cor dos seus olhos, mas se fosse azul cristalino igual ao da mãe dele, tenho certeza que combinaram perfeitamente com o seu rosto.
Sempre que ele vinha, eu ficava esperando ele chegar e, na hora dele ir embora, ver ele pela minha janela. e a cada vez que eu o via com o meu pequeno coração disparava mais e mais.
Hoje eu estava no meu lugar favorito em todo esse palácio quando a minha tia Zara vem se aproximando com seu sorriso que radiava, mas já dava para perceber o quanto ela estava cansada, coisa que tem sido recorrente esses dias.
Rapidamente largo o livro que estava lendo e vou ao seu encontro para ajudar para que não se canse.
Safira — tia Zara, sempre teimosa? Por que não mandou me chamar?
Zara — e perder a terceira visão mais maravilhosa que já vi em minha vida.
Safira — Nem vou perguntar quais seriam os outros dois porque já sei que não vai me responder.
Falo a ela a sentar na poltrona em que eu estava sentada, me sento ao seu lado.
Zara — O dia está tão lindo hoje! Não acha?
Safira — sim, realmente o dia está esplêndido.
Zara — Esses dias assim me trazem tantas lembranças dos piqueniques que fazia com meu esposo e com meu pequeno Samir ali no jardim.
Ela fala, olhando para o jardim com um leve sorriso.
Safira — a senhora sente falta dele, não é? Do seu esposo.
Zara — com todo o meu ser, quando o Zayan se foi, levou com ele uma parte do meu coração.
Vejo em seus olhos a tristeza e a dor da perda.
Safira — tia Zara! Posso te perguntar uma coisa?
Zara — Sim, minha querida.
Safira — como a senhora soube que amava o seu marido.
Zara — Eu me apaixonei pelo meu marido assim que o vi pela primeira vez, mas o amor veio da conveniência, logo percebi o quanto ele me completava.
Ela fala sorrindo, eu seguro em sua mão e ficamos ali conversando admirando a vista.
Zara — Estou cansada, você me acompanha para dentro, minha filha?
Safira — com todo prazer, tia.
Minha tia a cada dia demonstra mais cansaço, mas se recusa a procurar um médico. Já tentei conhecê-la várias vezes, mas a mesma é muito cabeça dura. Eu já até pensei em ligar para o Sheik Samir para ver se ele a conseguia a conversar, mas ela proibiu qualquer de avisar ele.
Tenho medo de que algo de aconteça com ela, acho que não estaria preparada para perder a única pessoa que cuidou de mim depois que a minha mãe se foi.
Estava tão perdida nos meus pensamentos quando escuto tia Zara rindo.
Safira — desculpe, tia, eu acabei me perdendo em meus pensamentos.
Zara — Não se preocupe, minha filha e só havia falado que iria subir para o meu quarto, descansarei.
Safira — não quer ajuda para subir as escadas?
Zara — Não precisa, eu estou bem.
Fico ali a observar ela subir as escadas e logo depois sumir pelo corredor, então depois vou em direção à cozinha para ajudar com o jantar da minha tia.
Mira — ela já foi se deitar, minha filha?
Safira — sim, ela está cada dia mais fraca! Ainda acho que devemos avisar o Sheik, eu acho que ele consegue a fazer ver um médico.
Mira — Tenho a mesma opinião, mas se fizermos isso, ela ficaria muito brava conosco.
Safira — vamos preparar algo para ela comer?
Mira me dá um sorriso e fazemos o jantar dela. Na verdade, a Mira prepara o jantar dela, eu farei a sua sobremesa, isso sempre anima.
Mira-marzipã, eu também quero safira!
Safira — Fiz bastante, pode chamar os outros para comer e irei levar um pouco com o jantar para a tia Zara, ela sempre se anima quando come marzipã.
Falo, saindo da cozinha, vejo Mira se deliciando com os marzipã que havia deixado para todos.
Saio dali rindo e vou em direção ao quarto da tia Zara, mas quando chego lá e abro a porta, a vejo caída no chão, corro até ela, meus olhos já estão embasados por lágrimas, mas ainda consigo ver que ela está respirando.
Safira — ALGUÉM AJUDA!
Grito o mais alto que posso, logo vejo algumas das servas aqui do palácio entrando rapidamente pelo quarto mira e a última a entrar no quarto.
Safira — alguém busque um médico, Mira, por favor avise o Sheik Samir.
Mira — mais, safira, a senhora Zara proibiu.
Safira — AGORA MIRA!
Eu sabia que ficaria brava por avisar o Sheik, mas ele e o seu filho deve saber o que está acontecendo com a sua mãe, se fosse eu também iria querer saber.
O meu medo de perde a tia Zara só aumentava a cada segundo que a via ali naquele chão desmaiada.
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