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Don Mateo

capítulo 1

Olá meus amores espero que gostem da história, tenham paciência vou estar postando dois capítulos por dia.

Talvez tenha erro ortográfico, como é meu primeiro livro possa ser que os hot não sejam detalhados como vcs estão a acostumados(as).

aceito elogios, críticas sem xingamento, sugestões.

Espero que gostem e não deuxem te curtir e comenta assim vcs me ajudam muito

BOA LEITURA

Capítulo 1

Sentado em minha poltrona de couro, com um charuto entre os dedos, observo o rato à

minha frente.

Ele treme, suado, os olhos arregalados. Acha mesmo que poderia me

trair e sair ileso? Ou é louco ou tem pressa para ir ao inferno. Dou uma tragada longa e

solto a fumaça devagar, saboreando sua dor.

Mateo: — Então é assim que você me paga depois de eu ter estendido a mão para

você? — minha voz sai fria, calculada.

Homem: — Tenha misericórdia, Don! Eu não tive escolha! — ele se contorce, a voz

embargada pelo medo.

Sempre a mesma história. Ameaçaram minha família. Sequestraram minha filha. Será

que esses vermes nunca tentam ser criativos? Talvez eu seja muito mole.

Talvez a idade esteja me deixando fraco.

Caminho até a mesa de mogno e pego um pequeno alicate. O brilho do metal sob a luz

baixa me agrada. Volto-me para o traidor e, sem pressa, agarro sua mão.

O primeiro estalo ecoa pela sala, seguido de um grito de dor. Um dedo. Depois outro. E outro. A cada berro, meu sangue ferve em satisfação.

O mundo ao meu redor parece parar. O monstro dentro de mim acorda, faminto.

Quando todos os dedos se transformam em tocos ensanguentados, despejo álcool e

sal grosso na carne exposta. Ele se debate, implora, grita. Um som quase como música

para mim.

Mateo: — Já está pedindo a morte? Que decepção. Na hora de roubar, mentir, você

não implorou, não é? — meu tom é de pura ironia.

Levanto a navalha para cortar sua pele quando a porta se abre. Respiro fundo. Todos

sabem como eu odeio ser interrompido quando estou no meio de um serviço.

Xavier: — Mateo, sua mãe no telefone. — diz, me entregando o aparelho.

Seguro o celular, irritado. Sei que Dona Silva não vai parar de ligar até que eu atenda.

Para ela, continuo sendo um bambino de cinco anos.

Um longo suspiro escapa antes

que eu fale, tentando soar o mais calmo possível.

Mateo: — Oi, mama.

Silva: — Que horas meu bambino vem para casa? — sua voz é tão calma que me irrita.

Mateo: — Mama, estou ocupado. Acho que esqueceu que sou o Don e tenho

responsabilidades. Neste exato momento, estou tentando cumprir com elas.

Silva: — Olha como fala com sua mama, bambino. Você pode ser até o rei da

Inglaterra, mas se eu ligo, você atende sorrindo! Só porque tem meia dúzia de

pentelhos acha que pode me desrespeitar? Tem dez minutos para estar em casa, ou eu

mesma vou aí e te dou um corretivo! Ouviu isso, Francisco? Seu filho está me

desafiando agora!

O som da voz dela se afasta quando grita com meu pai. Antes que eu possa responder,

ela desliga na minha cara.

Paciência.

Nenhum mafioso no mundo pode vencer uma mãe brasileira.

Entrego o celular para Xavier e volto minha atenção ao traidor, que agora soluça

baixinho.

Mateo: — Você teve sorte. Infelizmente, tenho um compromisso. — E disparo,

esvaziando minha arma contra sua cara imunda.

Xavier: — Problemas no paraíso? — ele ri.

Mateo: — Dona Silva querendo me enlouquecer. — sorrio de canto.

Xavier: — Melhor ir logo antes que sua mama venha pessoalmente te buscar.

Deixo Xavier encarregado de limpar a bagunça e sigo para a casa dos meus pais. Você

deve estar se perguntando como um homem feito ainda obedece a mãe, não é?

Simples. Ninguém vence Dona Silva. Uma baiana de sangue quente que veio passar

férias na Itália e acabou se apaixonando pelo maior e mais temido mafioso do país.

Nunca mais voltou ao Brasil. Dessa paixão, nascemos eu, Juan e Sofia.

Assim que chego, sou recebido por uma visão estonteante. Uma morena de olhos

castanhos, cabelos cacheados e curvas de tirar o fôlego me encara. Meu coração

acelera por um instante. Morri e um anjo veio me buscar? Ou será que o diabo enviou

um de seus melhores soldados?

Mateo: desculpa, acho que errei de casa — digo, me virando para sair, quando minha

mãe grita:

Silva: meu bebê chegou! Já vi que conheceu minha afilhada. Ela veio do Rio de Janeiro

para estudar aqui. Isso não é incrível? — diz minha mãe, sem respirar um segundo

sequer.

capítulo 2

Sério, olho para minha mãe com um olhar mortal. Como ela tem coragem de me

chamar de bebê na frente dessa deusa? Isso chega a ser patético!

A morena me olha com vontade de rir... ótimo, agora virei palhaço de circo, só pode.

Mateo: Que bom, mama. Agora a senhora me deixa em paz – digo, tentando manter a

dignidade, mas acabo levando um tapa no ombro.

Silva: Olha como você fala comigo! Onde foi que eu errei, meu Deus? Logo eu, uma

mãe tão boa para esses meninos e eles só me maltratam! – diz ela, iniciando seu

drama teatral e misturando português com italiano mais rápido que bandido fugindo da

polícia.

Juan: Mama, eu jamais te trataria assim. A senhora é a rainha da minha vida, minha

coroa – fala ele, antes de sair correndo como se estivesse fugindo de uma bomba relógio, porque sabe exatamente como dona Silva fica louca quando chamamos ela de

"coroa".

Silva: Francisco, você está ouvindo isso? Seu filho ingrato me desrespeitando na frente

da visita! – ela se vira para meu pai, que calmamente lê o jornal, fingindo que não

escuta. – E não é só ele, não! Esse Juan aí, que agora faz papel de bom moço, foi o

mesmo que quebrou minha porcelana italiana mês passado e botou a culpa no

cachorro! Eu deveria ter ido embora para o Brasil quando tive chance, mas não... fiquei

aqui para ser maltratada dentro da própria casa!

Francisco suspira, abaixa o jornal e me lança a um olhar que diz claramente "Por que

você não ficou na sua?".

Francisco: Mateo, Juan, venham cá agora! – sua voz firme ressoa pela sala, e sei que

estamos encrencados. – Desde quando vocês acham que podem falar assim com sua mãe? Eu ensinei vocês a serem homens de respeito, não um bando de moleques

mimados!

Juan: Mas, papa, eu só estava brincando...

Francisco: Brincando nada! Desde quando chamar sua mãe de "coroa" é brincadeira?

E você, Mateo, acha bonito ser grosso com ela? Quem foi que te deu comida quando

você era um pirralho e não sabia nem amarrar os sapatos? Hein? Aposto que não era

um dos seus capangas!

Eu e Juan trocamos olhares como dois soldados esperando a sentença de um general impiedoso. Minha mãe, ao fundo, cruza os braços e lança um olhar vitorioso. Sabíamos que estávamos derrotados.

Mateo: Desculpa, mama...

Juan: Foi mal, mama...

Silva: É assim que eu gosto! – ela sorri, satisfeita, e nos dá um beijo na testa, como se nada tivesse acontecido. – Agora vão lavar as mãos, que o jantar já está quase pronto!

Eu olho para Juan e ele olha para mim. Esse é o preço de crescer numa casa governada

por dona Silva.

Todos nós nos dirigimos à sala de jantar, o som dos nossos passos ecoando pela casa silenciosa. A mesa estava posta com cuidado, como sempre, e Sofia estava sentada à cabeceira, com um olhar curioso, como se já soubesse que algo estava prestes a acontecer.

Ela nos observava, mas seu olhar se fixou em nossa mãe assim que Silva entrou na sala com aquele sorriso vitorioso no rosto.

Como se tivesse acabado de ganhar uma guerra era essa nossa mama, uma mulher de gênio forte.

Silva: Mateo e Juan como vocês eram os únicos que ainda não sabem essa é a Mariana, minha afilhada ela vai ficar um tempo conosco --- espero que vocês se comporte é a tratem como uma pessoa importante para a família

Todos na mesa ficam em silêncio por um momento, até Juan quebra o silêncio.

Juan : Mariana? a mesma Mariana que ...--- ele começa, mas a interrupção de nossa mãe é imediata.

Silva: A mesma Juan -- diz mama, com um brilho nos olhos.

Eu só penso do que eles estão falando? como eu sou o único que não sei de nada logo eu o Don dessa família.

Não estou dizendo estou ficando um frouxo mesmo.

capítulo 3

Olá meus amores, gostaria de avisar que se você está esperando uma história onde o homem traí, bate e humilha a mulher essa não é para vc, aqui vou tratar de um amor a primeira vista é um homem capaz de tudo pela mulher que ele ama...

voltando ....

Meu olhar vai direto para meu papa, e arqueio uma sobrancelha. Se algo está acontecendo, eu deveria saber. Por mais linda que essa deusa seja, preciso ter certeza de que é confiável.

Mateo: Do que vocês estão falando? – Indago, com a voz mais fria do que deveria.

Francisco: Vamos ao escritório, filho. – Diz meu pai, levantando-se e depositando um beijo na testa da minha mãe e de minha irmã.

Quando estou saindo da mesa, escuto minha mãe dizendo algo para Mariana: “Vai ficar tudo bem, querida.”

Sigo meu pai até o escritório. Assim que entramos, ele nos serve uma dose de uísque, senta-se em sua cadeira e fixa o olhar em um ponto da sala. Respira fundo antes de finalmente me encarar. Ali, não vejo mais apenas meu pai, mas sim o temido mafioso, com seu olhar negro como a noite.

Francisco: Vou ser direto com você, bambino. Sua mãe e eu conhecemos os pais da Mariana antes mesmo de você nascer. Sua mama e a mama dela criaram um vínculo tão forte que fui incapaz de quebrar. O pai de Mariana era chefe de um quartel de assassinos de aluguel nos EUA e veio para me matar na época. Só que não esperava que sua esposa e sócia criasse uma ligação tão forte com sua mãe. Deixamos as diferenças de lado e nos tornamos como uma família.

Franzo a testa. Algo nessa história não faz sentido.

Mateo: Papa, não entendo. Como eles são americanos se a mama disse que sua afilhada é brasileira?

Francisco: Bambino, deixa seu velho terminar. Mariana nasceu na Itália, durante uma das visitas dos pais. Naquele dia, Ramón decidiu ir embora para o Brasil, pois estava recebendo ameaças da máfia americana e precisava proteger sua mulher e sua filha. Eu me ofereci para ajudá-lo, mas ele é teimoso e recusou. Fomos perdendo contato, até que, anos depois, sua mãe conseguiu o endereço deles e foi visitar nossa afilhada. Ramón se tornou chefe de uma das facções mais perigosas do Brasil. Desde então, firmamos um acordo de trabalho. Só que Mariana passou a ser constantemente ameaçada. Essa menina sofreu horrores lá. Seus pais conseguiram realizar o sonho dela de estudar gastronomia aqui na Itália e nos pediram para protegê-la. E é nosso dever, como família, cuidar dos nossos.

Escuto tudo atentamente. Não sei como nunca soube disso. Mas algo me incomoda... Saber que ela sofreu tanto desperta em mim uma fúria que nunca senti antes. Uma vontade incontrolável de destruir quem quer que tenha a machucado.

Mateo: Tudo bem, papa, o senhor está certo. Devemos proteger a família. Agora, vou para minha boate ver como estão as coisas por lá. – Digo, já saindo.

Ao passar pela sala, vejo a deusa sentada, sorrindo para Sofia. Mas, ao me notar, seu sorriso desaparece, dando lugar a um olhar de medo. Sempre gostei desse olhar nos outros. Mas, nela, isso me incomodou de um jeito que não sei explicar. Sigo sem dizer nada, pego meu carro e dirijo até a boate. Preciso espairecer.

Chegando lá, lanço um olhar para Sabrina, que logo sorri, sabendo o que isso significa.

Sabrina: Oi, chefinho. Achei que não viria hoje. – Diz com aquela voz melosa que me irrita.

Mateo: Sem papo. De joelhos. – Ordeno, enquanto me encosto e deixo que ela faça seu trabalho.

Mas algo está errado. A imagem de Mariana invade minha mente. Não sei por que, mas isso me tira o controle. A frustração toma conta de mim. Termino o que comecei sem realmente estar ali e, quando tudo acaba, minha paciência já se esgotou.

Mateo: Sai daqui. Agora. – Rosno, sem olhar para trás.

Definitivamente, preciso entender o que diabos essa garota tem que está mexendo tanto comigo.

Saio da boate e vou direto para meu escritório. A raiva que estou sentindo é incontrolável. Cada pensamento sobre Mariana me consome, me faz perder o controle. Em um acesso de fúria, começo a quebrar tudo ao meu redor. O barulho dos objetos se estilhaçando no chão ecoa pela sala, mas nada alivia a angústia que cresce dentro de mim.

Pego uma garrafa de uísque e bebo sem parar, tentando afogar a confusão que essa mulher colocou em minha cabeça. Minha visão começa a ficar turva, mas a única coisa que vejo claramente é o rosto dela, aquela maldita deusa que veio para destruir meu coração.

Juan chega pouco depois, alarmado com o que aconteceu.

Juan: Mateo, que diabos você fez aqui? – Ele pergunta, olhando para os destroços espalhados pelo chão.

Mateo: Meu demônio em forma de deusa... Ela veio para me destruir, Juan. – Respondo, a voz arrastada pelo álcool.

Juan suspira e me puxa para sair dali.

Juan: Vamos, você precisa ir para casa antes que faça algo pior.

Sem forças para resistir, deixo que ele me leve, enquanto minha mente continua presa nela.

Mateo : Juan ela vai me matar sem nem usar a arma, ela parece até um anjo caído do céu ou ela é um demônio disfarçado -- falo tudo embolado

Juan : vivi para vê meu fratello bêbado por causa de uma mulher, dona Silva vai te matar se souber que você ficou dessa forma --- fala rindo -- quem é ela ?

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