Em um lugar qualquer...
___ Esse será o seu trabalho, está claro?
___ Sim, senhor.
....
Na Itália..
___ Trouxe provas?
Pergunta Klaus.
___ Claro que trouxe, não sou idiota.
Respondo.
___ Tá bom. Victor, hoje terá uma festa em um dos nossos casinos, o Mikael está muito ocupado e eu terei que ir até um lugar, então preciso que você vá até essa festa.
Diz e eu sento na cadeira e fico girando.
___ Eu detesto ir lá.
Digo.
___ Eu sei, mas é só por algumas horas, a presença de um de nós é muito importante.
Diz e eu fico pensativo.
___ Tudo bem, eu irei.
___ Ótimo.
___ Agora saia da minha sala.
Digo pegando o meu computador.
___ Educação existe, sabia?
Pergunta me olhando sério.
____ Tá, agora sai.
Ele sai e eu começo a investigar um homem para o Mikael, demoro horas, tanto que já estava escuro quando terminei, então resolvi que entregarei a ele amanhã.
Saio da empresa e vou para casa, tomo um banho, visto minhas roupas, pego a minha máscara e saio, rumo ao cassino.
Subo para a área vip e fico olhando o movimento pelo lugar.
Várias mulheres dançando, os homens jogando, outros bebendo.
___ Demon, que bom que o senhor veio, estávamos lhe esperando para apresentar o show principal da noite.
Diz o dono do cassino. Nós somos invisíveis nesse mundo, ninguém sabe nossos verdadeiros nomes e rostos.
___ Então comece.
Digo me sentando melhor na poltrona. Logo várias mulheres vem dançando na minha direção, uma delas se destacava, não sei porque, mas eu fiquei vidrado no seu corpo.
___ Escolha qualquer uma, senhor.
Diz o homem e eu escolho ela, que vem sentar no meu colo.
___ Qual o seu nome?
Pergunto.
___ Aysha.
Responde, mas pelo seu tom de voz e pela sua respiração, ela está mentindo. Fingo acreditar, durante a conversa com o suposto dono do cassino eu passava a minha mão por seu corpo, ela também não era tímida, mas eu percebi que ela queria a minha carteira e sempre passava a mão por perto.
Eu disfarçava o sorriso, o dono do lugar olhava para ela como se não a reconhecesse e ela o tempo todo evitava contato visual com ele. Ao perceber tudo o que estava acontecendo resolvo brincar.
___ Algum problema?
Pergunto para o homem que encarava ela.
___ Sim..
___ O que foi?
Pergunto..
___ Ela não é uma das nossas garotas.
Assim que ele diz isso ela puxa a minha carteira e sai correndo do lugar, eu dou um sorriso de canto e chamo os meus homens para irmos atrás dela.
O cassino é clandestino, para não ser notado pela polícia, o meu irmão Klaus resolveu deixar ele afastado, no meio de uma floresta, essa vadia é muito burra em querer me roubar.
___ Senhor, perdemos ela de vista, ela não está sozinha, alguém ajudou ela.
Diz um dos meus homens.
___ Ninguém escapa das minhas garras, Éric. Eu vou encontrar essa vadia, nem que eu vá até o inferno atrás dela.
Digo e nós vamos para a minha casa, tomo um banho visto uma calça moletom e vou para a minha sala de computadores, onde eu passo a maior parte do tempo.
Pego um bom uísque e um cigarro enquanto procuro por aquela vadia.
A vantagem de ser um hacker é essa, eu encontro qualquer pessoa em qualquer lugar e não será diferente com essa ragazza, ela irá se arrepender de cruzar o meu caminho.
Victor.
Fui dormir pela madrugada, depois de finalmente descobrir algumas coisas sobre ela, mesmo sem saber nada, eu descobri tudo.
Nome: Zaya Moore.
Idade: 26 anos.
Ela nasceu nas favelas dos Estados Unidos, não tem a ficha limpa e veio para a Itália foragida.
___ Achei você, ratinha.
Digo dando um sorriso para a tela do computador quando consigo as informações de onde ela está morando.
.....
Pela manhã eu fui até a casa do meu irmão Mikael, ele estava distraído fazendo o seu café da manhã, quando entro para lhe perturbar.
Depois de tomar café com ele, eu lhe entrego os resultados da pesquisa que ele tanto queria e descubro que ele vai viajar para Los Angeles, porque têm um policialzinho idiota na cola da nossa única irmã, a Estela.
Nós fazemos de tudo para mantê-la segura, afinal no seu leito de morte, o nosso pai nos fez jurar que iríamos proteger ela enquanto estivéssemos vivos.
Saio da casa do Mikael e vou para um galpão abandonado que usamos para torturar alguns delinquentes.
___ Arg! Que fedor.
Digo entrando, apesar de estar usando a minha máscara o cheiro está insuportável, mas eu gosto, é sinal de que eu fiz um bom trabalho.
___ Acorda, cinderela.
Digo jogando um balde com água fria no homem que já estava quase morto, as suas pernas já estavam sendo comidas por larvas, fazem três semanas que ele está aqui, o desgraçado é resistente até.
___ Quem te pagou para me matar?
Pergunto jogando uma substância nas suas pernas, fazendo ele gritar.
___ Cala a porra da boca! Você não quer que eu termine de arrancar os seus dentes, quer?
Ele nega várias vezes.
___ Sabe, eu sei que você tem um filho, pelo bem dele é melhor você falar, cansei de brincar com você.
Digo.
___ Vo... cê.. não faria...nada...com ele..
Diz.
___ Ah, não? Hahaha, está pensando que eu sou o quê? Um herói?
Pego o meu celular e seguro nos seus cab fazendo ele enxergar bem de perto.
___ Tá vendo? Só estão esperando eu dar uma ordem para explodirem a cabeça do seu filhinho.
Empurro ele e ligo para Eric.
___ Mata o garoto!
Digo e o homem começa a gritar.
___ Não! Não! Não! Por favor, eu falo..
___ Espere um minuto, Eric.
Digo com um sorriso e olho para o homem esperando uma resposta.
___ Wallace Score, ele disse que eu não teria problemas em matar você. Ele tá armando algo grande pra cima de você, o meu filho não tem nada a ver com isso, por favor...
Diz desesperado.
___ Deixe o garoto em paz, Eric.
Digo desligando o celular. Ando até o homem que estava caído, pego uma serra elétrica e fico parado olhando as suas pernas, que já estavam cheias de larvas se alimentando.
___ Vamos terminar com isso logo.
Ao terminar a frase eu serro ele ao meio, o sangue espirrou por toda a minha roupa.
___ Dêem os órgãos dele aos meus bebês.
Digo para os meus homens.
___ Sim, senhor.
Eles me reverenciam e eu saio da sala. Fui para casa tomar um banho e trocar de roupa. Almocei e depois decidir ir até a casa da minha mãe.
Dona Adélia, é a razão da minha vida, ela sempre fez de tudo por mim e meus irmãos.
___ Boa tarde, mama!
Digo entrando na cozinha, onde ela se encontrava conversando com uma empregada.
___ Filhinho, vem aqui, vem.
Diz me chamando com os braços abertos, eu vou até ela lhe dar um beijo na sua testa.
___ Venha, sente-se comigo. Vamos tomar um chá?
Pergunta feliz.
___ Não sou viado para tomar chá.
Digo e logo sinto uma ardência na minha orelha.
___ Ai, ai, mamãe..
Digo sentindo ela puxar a minha orelha.
___ Vai tomar um chá comigo?
Pergunta.
___ Sim, sim, eu tomo.
Ela solta a minha orelha feliz.
___ Credo, mamãe!
Digo passando a mão no lugar.
___ Tenho muitas fofocas para lhe contar, filho.
Diz empolgada.
___ Então conte-me, mamãe, não me deixe curioso.
Digo e ela fica séria ao perceber que eu estou usando lente.
___ Por que está usando essa lente, filho?
Pergunta me fazendo suspirar.
___ Mãe, eu não quero que as pessoas fiquem me perguntando como isso aconteceu, já basta as perguntas sobre a minha cicatriz.
Digo bebendo um pouco de chá que tava quente pra desgraça, queimei até a minha língua.
___ Você tem razão.
Diz com uma certa culpa na voz.
___ Mamãe, isso não é culpa sua.
Digo.
___ Mas foi por minha causa.
___ Claro que não, a culpa foi naquele filho da p ta, que agora está no inferno queimando.
Digo e logo ela começa a contar sobre a vida das amigas velhas dela.
Sobre o que aconteceu? Bom, quando eu tinha 13 anos fui pego por alguns inimigos do meu pai, fui torturado por um mês, a minha mãe se culpa, porque eu estava com ela e ela não pôde me proteger.
Durante um mês fizeram coisas horríveis comigo, tenho várias cicatrizes por todo o meu corpo, fiz várias tatuagens para disfarçar, mas mesmo assim elas são visíveis.
Um dos homens, esquentou um ferro e riscou o meu olho esquerdo, me deixando cego de um lado. Quando o meu pai conseguiu me achar, eu quis treinar, até me tornar um assassino, o demônio que habita em mim foi despertado durante aqueles dias horríveis.
Apesar de ser um amor com a minha família, não se enganem, eu sou até pior que os meus irmãos.
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Victor Gledson Cassano.
30 anos de idade.
Hacker, assassino e empresário.
conhecido no submundo como "Demon".
___ Aonde você conseguiu tanto dinheiro, irmã?
Pergunta Stefany, a minha irmã de sete anos.
___ Não te interessa, pirralha. Agora sai do meu quarto!
Digo.
___ Vou falar tudo para a mamãe.
Diz mostrando a língua e saindo correndo.
___ Pirralha, volta aqui! Arg! Que menina irritante.
Digo me jogando na cama. Já fiz isso várias vezes, mas dessa vez é diferente, o cara é realmente alguém muito poderoso, tinha inúmeros homens atrás de mim, por um momento pensei que iriam me pegar.
Se não fosse a Jude, eu tinha me ferrado.
___ Zaya! Que história é essa de que você tem muito dinheiro? A sua irmã me disse.
Olho para a porta e vejo a minha mãe com uma cara nada boa.
___ Foi um extra do meu emprego.
Minto.
___ Querida, você pode até ser uma boa mentirosa para os seus amigos, mas eu te conheço muito bem, então não me venha com essa e diz logo.
Diz vindo até a cama, sentando na borda.
___ Mãe...a senhora não entende...
Digo.
___ Zaya Moore, eu disse para você não entrar nisso, meu amor, isso é perigoso.
___ Eu sei, mas...
Fui interrompida por Stefany que entrou no quarto.
___ Mamãe, eu tô com fominha.
Diz e eu olho para ela que abaixa a cabeça, provavelmente diria que não tem nada para comer, então eu entrego a ela 200 euros, ela arregala os olhos e nega com a cabeça.
___ Aceite, mamãe, pela Stefany, por favor.
Digo e ela aceita.
____ Se não fosse por ela, eu não aceitaria.
Diz se levantando.
___ Vem, filha, vamos comprar o jantar.
Elas saem do meu quarto e eu olho para a carteira, não tinha nada além de dinheiro e eu sei que isso é praticamente nada para aquele homem.
O dinheiro que tem aqui podemos fazer boas compras para a dispensa, já que ela está vazia.
O lugar que moramos não é grande, mas é aconchegante. Eu fui para a cozinha beber um suco e depois deitei no sofá, que não é nada confortável.
Fiquei assistindo tv até elas voltarem, a tv não era lá essas coisas não, mas pelo menos tínhamos.
___ O que compraram?
Digo vendo elas voltarem com várias sacolas.
___ Compramos muitas coisas, irmã.
Diz Stefany sorrindo, a minha mãe vai para a cozinha preparar o jantar, enquanto a Stefany entra na minha frente.
___ Saí daí, sua bruaca!
Digo.
___ Quero assistir desenho!
Diz cruzando os braços.
___ "Quero assistir desenho" Que frescura, saí logo daí.
Digo e começamos a brigar, até que a minha mãe me chama para ir lhe ajudar.
___ Filha, você não vai acreditar.
___ O que foi?
Pergunto temperando a comida.
___ Consegui um emprego, sabe aquela loja que eu falei que o salário é muito bom?
___ Sim.
___ Então, agora no mercado, a gerente me viu e veio me dar a notícia de que eu fui contratada!
Diz a minha mãe feliz.
___ Que notícia boa, mamãe!
Digo também feliz.
___ Finalmente poderei ajudar você com as despesas.
Diz.
___ Não diga como se vocês fossem um fardo.
Digo.
___ Tá bom.
___ Quando a senhora começa então?
Pergunto.
___ Amanhã mesmo!
Responde.
___ Que maravilha!
Digo sorrindo. Ficamos conversando até que finalmente o jantar estava pronto.
___ Que cheiro ótimo.
Diz Stefany sentando a mesa.
___ Vamos agradecer pelo alimento.
Diz a minha mãe e todas fechamos os olhos, a minha mãe faz a oração e depois nós jantamos. Não sei por que, mas estou com uma sensação horrível, como se alguém estivesse me observando.
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Zaya Moore.
26 anos.
Tem personalidade forte e não abaixa a cabeça para ninguém, muito menos para homens. Ela cuidou da sua mãe e irmã, depois que o seu pai as abandonou, há 5 anos.
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