E a vida… Ela é sempre cheia de surpresas.
Laura Garcia acordou cedo naquele dia. Ao olhar pela janela e viu que o dia seria ensolarado, do jeito que ela.gostava contrastando com a chuva intensa do dia anterior.
_Ah, São Paulo, chuva, sol e garoa, tudo no mesmo dia … Disse, enquanto se preparava para sair.
Laura teria um dia corrido. Primeiro, passaria na casa onde moraria com o noivo, Daniel, após o casamento. Ela estava ansiosa para ver como tudo estava depois que a arquiteta ligou informando que parte dos móveis já haviam chegado. À tarde, Laura tinha horário marcado na boutique de noiva para fazer a última prova do seu vestido.
_ Falta pouco... Laura estava ansiosa, não via a hora de se casar com Daniel quem ela pensava ser o amor da sua vida.
Antes de sair, Laura ligou para Daniel. O telefone tocou duas vezes antes dele atender.
_ Bom dia amor.
_ Bom dia Laura, tudo bem? Daniel atendeu com sua voz habitual, firme e direta.
_Tudo, amor! Estou saindo agora. Vou passar na nossa casa para ver como esta ficando agora depois que os móveis chegaram e, à tarde, vou na butique para fazer a última prova do vestido. Contou animada.
Do outro lado da linha, Daniel fez uma pausa breve, quase imperceptível, antes de responder.
_E quando você vai ao médico? Perguntou, em um tom mais prático do que preocupado.
_Já marquei a consulta com a ginecologista, ainda essa semana. Respondeu Laura pensando que ele estava preocupado. _ Está tudo sob controle.
_ Não está, precisa descobrir porque tem sentido tantas dores no seu período menstrual. Lembra, eu quero ter filhos, por isso têm que investigar o que está acontecendo.
_ Eu sei amor…
_ Era só isso? Eu preciso trabalhar. Daniel a cortou um tanto impaciente.
Laura fez uma pausa, esperando alguma reação mais calorosa, mas Daniel não era esse tipo de homem.
_Não vou te atrabalha. Te amo, Dan. Declarou Laura com ternura, esperando que ele correspondesse.
_ Certo. Até mais tarde. A resposta de Daniel foi seca antes de ele desligar.
Laura encarou o celular por alguns segundos, tentando afastar a sensação incômoda que o tom dele deixou.
_ Ele deve estar ocupado… Disse antes de seguir com seu dia.
Ao chegar na casa onde morariam depois di casamento, Laura ficou encantada. Tudo estava perfeito, e ela não via a hora de se casar com Daniel. Cada detalhe parecia se encaixar com o sonho que ela sempre teve.
A sala de estar, grande e confortável, ja estava mobiliada com os moveis que ela tinha escolhido. O tapete de fibras naturais, em um tom bege, trazia aconchego ao espaço. Ela olhos para a mesa de centro imaginando um vaso com flores brancas trazendo um toque especial.
Passando pela sala de jantar ela chegou a cozinha, moderna e funcional, exibia armários planejados brancos com puxadores dourados que adicionavam um toque sofisticado. A bancada de mármore contrastava com o revestimento hexagonal na parede, criando um visual harmônico e acolhedor. Um lustre minimalista pendia sobre a ilha central, onde Laura já imaginava preparar refeições para a família que estavam construindo juntos. Sobre a pia, uma janela ampla deixava a luz natural entrar, destacando cada detalhe cuidadosamente escolhido. Ela suspirou ansiosa para o dia em que ela e Daniel se casariam e mudariam para a casa.
Mais tarde, quando Laura chegou a boutique ficou encantada ao ver o seu vestido de noiva pendurado no cabide. A luz suave do fim de tarde iluminava o tecido branco com detalhes rendados.
Laura se trocou e o vestido ficou perfeito em seu corpo. Tudo parecia pronto para o próximo passo em sua vida.
_ Quem diria que eu vou me casar com ele… Disse Laura pensando em Daniel.
Laura tinha acabado de completar 24 anos. Sua beleza era marcante, os cabelos castanhos escuros e longos, adornavam seu rosto, de traços delicados e olhar marcante. Sempre de bom humorador, adorava brincar, sorrir e ajudar o próximo.
Formada em Direito, Laura sempre teve o desejo de construir uma família. Embora tivesse excelentes perspectivas na carreira, aceitou depois de muita insistência, a sugestão de Daniel de abandonar tudo. O noivo queria que ela se dedicasse exclusivamente à casa e a família que estavam construindo juntos.
"Não precisamos do seu salário, amor. Você sabe que eu sou rico, e o seu tempo será mais valioso comigo e com nossos filhos".
Daniel costumava dizer com um sorriso gentil, fazendo Laura acreditar nele. Além disso, Laura tinha bons investimentos em fundos imobiliários que ela havia herdado dos pais depois que eles se separaram e decidiram seguir suas vida com outros parceiros, o que fez com que ela aceitasse a proposta dele, pois não dependeria apenas do dinheiro do futuro marido.
Laura sempre sonhou em ser mãe, e imaginava como seria estar grávida e ter o primeiro filho em seus braços, dando a ele todo o amor que tinha em seu coração.
Porém, havia algo que perturbava a tranquilidade de Laura. Nos últimos meses, as cólicas menstruais haviam se tornado quase insuportáveis. Por vezes, ela precisou cancelar compromissos ou interromper tarefas por causa da dor. Incentivada por uma amiga e também pela insistência de Daniel que queria que ela engravidasse assim que se casassem, Laura marcou uma consulta com sua ginecologista para verificar o que poderia estar acontecendo.
No dia da consulta, Laura relatou a sua médica tudo que estava acontecendo nos últimos meses, pensando que a ansiedade e o estresse que aumentaram com a proximidade do seu casamento, poderia estar afetando o seu ciclo menstrual. Depois de ouvir todos sintomas que Laura estava sentindo, a médica pediu para ela fazer alguns exames específicos antes de dar um diagnóstico definitivo.
Laura sentia que os dias estavam cada vez mais curtos enquanto a data casamento parecia se aproximar cada vez mais rápido.
Determinada a não deixar pendências antes da lua de mel, Laura fez todos os exames pedidos pela médica. Assim que os resultados ficaram prontos, agendou o retorno, esperando ouvir boas notícias e tirar qualquer preocupação da cabeça.
No dia que Laura voltou a médica com resultados dos exames, o consultório parecia mais silencioso que o normal. Laura entregou os resultados dos exames com a sensação estranha, sentindo o coração acelerar, enquanto observava a médica, que tinha um olhar mais sério do que o habitual.
_Laura, eu preciso ser honesta com você… A médica começou a falar aumentando a expectativa de Laura. _ Os seus exames mostram que, além de uma endometriose, o motivo do fluxo alterado e cólicas, você tem uma condição rara no útero...
Conforme a médica explicava, Laura parecia não acreditar.
_É a endometriose e essa condicao rara, podem afetar não apenas sua saúde, mas também sua capacidade de engravidar. Concluiu a médica.
_ E o que eu tenho que fazer agora? Quais tratamentos tenho que fazer, e quando eu posso engravidar? Perguntou Laura em busca de uma resposta positiva, sentindo as lágrimas pesar seus olhos.
_ Você precisa começar a tratar a sua endometriose, e quanto a ter filhos, mesmo com tratamentos modernos, as chances de você engravidar naturalmente são praticamente zero diante da sua condição. E mesmo procedimentos como a fertilização in vitro são ineficazes em casos semelhantes ao seu. Eu sinto muito por ter que te dar essa noticia.
Laura ouviu as palavras ecoarem como se viessem de muito longe. Quando saiu do consultório, o mundo parecia ter perdido a cor. As ruas de São Paulo estavam lotadas, mas ela se sentia invisível, flutuando entre as pessoas, sem rumo. Acabou entrando em um café qualquer e ficou ali por horas, olhando para o telefone, tentando organizar os pensamentos precisava falar com o noivo.
E somente no início da noite, ela reuniu coragem e ligou para Daniel.
_ Daniel… Eu preciso falar com você. É importante. Disse Laura assim que ele atendeu.
_Claro, Laura. Estou na minha casa, quer dizer, na nossa casa. Passei para ver como tudo ficou depois que as obras foram finalizadas. Respondeu Daniel. _ Por que você não vem para cá?
Laura concordou, mesmo sabendo que a conversa seria difícil, precisava falar com ele, e principalmente precisava de apoio.
Daniel estava na cozinha quando ela chegou, abrindo uma garrafa de vinho. Quando ouviu os passos dela, virou-se com um sorriso, mas ao notar a expressão abatida de Laura, seu rosto mudou.
_O que aconteceu? Perguntou Daniel enquanto se aproximava. _Você está bem?
Laura respirou fundo, tentando manter a calma.
_Daniel… Hoje foi o meu retorno com a ginecologista...os exames... Eu… ela hesitou, sentindo as palavras pesarem. _ Eu tenho uma condição rara no útero. E eu … eu não posso ter filhos. Contou começando a chorar.
O silêncio que se seguiu foi sufocante. Daniel piscou, processando o que ela tinha dito. _Então, você está dizendo que não pode ter filhos? Daniel pensou que poderia ter escutado errado, mas Laura confirmou que sim com a cabeça, tentando conter o choro.
_ Não pode ser, e o nosso sonho de ter filhos?
_Daniel, eu sei que isso é difícil, e mesmo a médica dizendo que é quase impossível eu engravidar, e posso tentar fazer tratamentos, fertilização em vitro, buscar algum tratamento. E se não der certo, nós podemos adotar. Existem tantas crianças que precisam de amor… Ela argumentou, com os olhos suplicantes querendo encontrar uma solução para a dor que estava sentindo.
Daniel passou a mão pelos cabelos, visivelmente incomodado. Ele ficou em silêncio por alguns minutos, mas o olhar que dirigia a ela era distante, quase frio.
_Laura, eu não sei se sou capaz de ser pai de uma criança que não seja do meu sangue. Quando Daniel finalmente falou, foi como desse uma punhalada em Laura. _Você sabe o quanto eu quero ter um filho, um não, varios. Isso é muito importante para mim. Não sei se consigo abrir mão disso...
_Daniel, eu… Ela tentou argumentar, mas ele levantou a mão interrompendo.
_Acho que nós dois precisamos pensar em tudo, repensar a nossa situação. Daniel ele apontou para o ambiente ao redor, referindo-se à relação deles. _ Eu não sei se ainda quero esse casamento.
_ Daniel… não diga isso, vamos conversar… eu te amo. Suplicou Laura.
_ Por favor, vá embora, eu quero ficar sozinho, eu preciso pensar.
Laura ficou em choque. Ele não precisou dizer mais nada. Aquelas palavras haviam sido claras o suficiente. Sem se despedir, ela pegou sua bolsa e saiu. A caminhada até o carro foi um borrão. Tudo que ela conseguia ouvir era a voz de Daniel ecoando em sua mente dizendo que não sabia se queria se casar com ela.
Ao chegar em seu apartamento, Laura pegou a caixa onde estava seu vestido de noiva e sentou-se no chão da sala. As lágrimas escorriam sem controle pelo seu rosto, enquanto ela segurava o tecido branco entre os dedos, sentindo o peso de tudo que havia acontecido. A dor de saber que provavelmente nunca conseguiria engravidar, somada à reação de Daniel, parecia esmagadora.
_Ele vai pensar bem, refletir... e não vai me deixar… Disse para si mesma, olhando para o vestido como se ele fosse a única esperança que restava.
Mas Daniel não hesitou. Poucos dias depois, ele tomou a decisão de cancelar o casamento. A notícia veio como um choque para Laura, que já estava devastada com o diagnóstico sobre a sua fertilidade.
A atitude de Daniel, a deixou devastada, e Laura se trancou em casa. Contudo, a dor não parou por aí.
Algumas semanas depois, Laura descobriu que Daniel estava se relacionado com Barbara, uma de suas amigas mais próximas. A traição foi um golpe cruel e inesperado. Barbara, que antes parecia solidária e confiável, revelou-se desleal.
Laura se lembrou de como a ex amiga sempre elogiava Daniel, dizendo que ela tinha tirado a sorte grande ao se casar com ele, e que Barbara nao foi visitá-la depois que contou tudo o estava acontecendo.
No entanto, o que mais feriu Laura foi saber que Barbara contou para todos do seu circulo de amizade sobre sua infertilidade, algo que era tão íntimo e doloroso. A exposição desumana a fez se sentir humilhada e vulnerável, como se sua privacidade não tivesse mais valor.
Sentindo-se traída, humilhada e consumida por um turbilhão de emoções, Laura inicialmente mergulhou num abismo de tristeza se afastando de tudo e de todos. Os dias passaram como borrões, enquanto ela tentava entender como a sua vida havia mudado tão drasticamente em tão pouco tempo. Mas, lentamente, a tristeza deu lugar à raiva. Uma raiva que não a paralisava, mas sim a impulsionava. Era uma força avassaladora que a fazia querer se levantar e reconstruir a sua vida, não por vingança, mas por si mesma.
Determinada a não deixar a traição e a humilhação definirem seu futuro, Laura começou a traçar um novo caminho. Ela revisitou seus sonhos, aqueles que não dependiam de mais ninguém. Decidiu buscar novos desafios, abraçar oportunidades que tinha deixado para tras e, acima de tudo, reconectar-se com quem realmente era.
Ao passar pela sala, Laura viu o vestido de noiva jogado em um canto. Ela percebeu que, embora o vestido de noiva simbolizasse um sonho que não se realizaria, ele também marcava o início de uma nova jornada. Uma jornada de autodescoberta, resiliência e coragem para recomeçar.
Laura encarou o vestido, agora amassado e sem o brilho que antes carregava. Por alguns instantes, sentiu a dor voltar a transbordar, mas, com um gesto decidido, enxugou as lágrimas e foi ate onde ele estava.
_Eu não preciso mais de você… Disse, com a voz firme, enquanto pegava o vestido para jogar no lixo.
Aquele ato simbólico parecia pesado, mas libertador. Era o fim de um sonho, sim, mas também o início de algo novo. E Laura sabia que não poderia mais viver à sombra de uma traição ou da decepção. Ela precisava de um propósito.
Laura decidiu fazer uma viagem. Sentia que precisava se afastar de tudo para organizar os pensamentos e aliviar o peso que carregava desde os últimos acontecimentos. Escolheu uma cidade paradisíaca, famosa por suas praias quase desertas e pela tranquilidade que proporcionava. Era o cenário perfeito para se reconectar consigo mesma.
Hospedada em uma pousada a beira mar, Laura passava os dias caminhando pela areia, ouvindo o som das ondas e apreciando o pôr do sol. Em uma dessas manhãs, enquanto tomava sol à beira-mar, uma mulher se aproximou
_ Posso me sentar? Perguntou a mulher apontando para a cadeira ao lado de Laura. _ Detesto ficar sozinha. Laura sorriu e apontomou para cadeira. _ Prazer, Marcela. Disse Marcela, uma mulher bonita e elegante, com um ar despreocupado.
_Prazer, Laura.
A conversa fluiu naturalmente. Marcela contou que estava na praia com o marido, mas ele havia saído para um passeio de barco mas que ela não gostava pois ficava enjoada.
_ Você está grávida? Perguntou Laura.
_ Não! E eu nem quero pensar nessa possibilidade. Disse Marcela horrorizada.
_ Então, você não quer ter filhos? Laura ficou curiosa reação dela.
_ Eu já tenho uma filha, do meu primeiro casamento, e ela já me basta.
_ Ah, entendi. Ela ficou com o pai durante a sua viagem.
_ Não exatamente… quando eu me separei, o pai ficou com a guarda da criança... Foi melhor assim. Eu precisava de liberdade, sabe? Dilisse, dando de ombros, como se o assunto não tivesse tanto peso.
Laura ficou surpresa com a indiferença com que Marcela falava sobre a filha, mas não disse nada.
_Olha, vou te dar um conselho... Marcela continuou, mudando o tom da conversa. _Nunca tenha filhos. Eles acabam com sua liberdade e, pior ainda, com seu corpo. Depois que minha filha nasceu, precisei fazer uma cirurgia plástica para voltar a ter uma barriga lisinha. Hoje, estou melhor do que antes! disse, rindo, enquanto passava a mão pela barriga chapada.
As palavras de Marcela soaram estranhas para Laura. Ela não conseguiu esconder o desconforto, mas decidiu não julgar. Afinal, cada pessoa tinha suas próprias experiências e escolhas. No entanto, aquela conversa a fez pensar profundamente. A ideia de que filhos poderiam estragar algo na vida de alguém parecia tão distante da forma como Laura via o amor e a conexão que uma criança poderia trazer.
Quando Marcela se levantou para voltar ao hotel, Laura ficou sentada, olhando para o horizonte. Seus pensamentos estavam a mil. Ela se perguntou como seria ser mãe, mesmo imaginando todas as dificuldades que muitas mães passam. Apesar de tudo, sentia que o amor de um filho não poderia ser medido ou substituído. Por mais que sua realidade fosse diferente, Laura percebeu que sua jornada não precisava ser definida pelo que perdeu, mas pelo que ainda poderia construir.
A viagem, que começou como uma forma de fuga, acabou sendo um momento de reflexão e renovação para Laura. Laura sentiu que, independentemente do que a vida lhe reservasse, estava pronta para encarar o futuro com determinação.
Ao voltar da viagem que a ajudou a refletir sobre o que realmente desejava para sua vida, Laura sabia que não queria ficar parada, mesmo tendo uma fonte de renda vinda dos fundos imobiliários, ela queria voltar trabalhar.
Com a sua formação Direito, Laura, em algum momento da vida, já havia considerado trabalhar na área ou até mesmo na polícia, uma ideia que sempre a fascinou. Quando soube que haveria um concurso público para o cargo investigador de polícia, ela decidiu que era a hora de tentar algo totalmente novo.
Por isso, Laurs fez sua inscrição para o concurso, e mergulhou de cabeça nos estudos. Durante meses, Laura se dedicou com disciplina e determinação. Estudava dia e noite, impulsionada pela vontade de provar a si mesma que podia ser mais forte do que as circunstâncias que a vida lhe impôs.
Quando finalmente foi aprovada e convocada para o treinamento, sentiu uma onda de orgulho que há muito tempo não sentia de si mesma. Durante o processo, Laura descobriu uma força interna que nunca imaginara possuir. Aprendeu técnicas de investigação, combate e, talvez o mais importante, a controlar suas emoções mesmo em situações extremas. Cada aula era um passo a mais em direção à mulher que ela estava se tornando.
Ao concluir o treinamento, Laura ingressou na polícia como investigadora. Logo nos primeiros meses, sua dedicação e inteligência começaram a chamar atenção. Laura se destacou, começando a atuar disfarçada em investigações complexas. Caso após caso, Laura se firmou como uma profissional exemplar, reconhecida pela coragem e pela determinação que pareciam inabaláveis.
E assim, quatro anos se passaram desde o término de Laura e Daniel. Agora, aos 28 anos, Laura havia se transformado em uma versão mais forte e resiliente de si mesma. A dor do passado ainda existia, é claro, especialmente sempre que ouvia notícias do ex. Há pouco tempo, ela ficou soube que Daniel havia se casado com Bárbara, e que a amiga agora estava grávida do segundo filho. Apesar do desconforto que isso ainda causava, Laura usava essa dor como combustível para continuar sua jornada.
E durante esses anos, Laura decidiu não se envolver com mais ninguém, e estava bem sozinha. Não porque não houvesse pretendentes , vários haviam cruzado o seu caminho , mas ela nunca se interessou por nenhum deles, não queria ter que falar sobre a sua infertilidade com receio de novamente ser rejeitada.
Laura, 28 anos.
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