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Emaranhado Com o Ceo

Capítulo 1 – O Encontro que Mudou Tudo

Isabela Monteiro olhou para o relógio em seu pulso e sentiu o coração acelerar. O trânsito caótico de São Paulo havia transformado o trajeto para a reunião mais importante de sua carreira em um verdadeiro teste de paciência. Era o primeiro dia dela na Montenegro Engenharia, uma das maiores empresas do país, e ela não podia se atrasar.

Carregando uma pasta com seus esboços e projetos, Isabela entrou apressada no luxuoso edifício da empresa. O saguão era grandioso, com pisos de mármore impecável e lustres reluzentes que projetavam sombras elegantes nas paredes. Apesar da imponência do lugar, Isabela manteve a postura firme. Ela havia trabalhado duro para chegar ali e não deixaria que a grandiosidade do ambiente a intimidasse.

"Senhorita Monteiro?" uma voz masculina chamou sua atenção. Era o recepcionista, um homem bem vestido que apontava para os elevadores. "O Sr. Montenegro está esperando por você na sala de reuniões do 22º andar."

Ela agradeceu com um sorriso educado e entrou no elevador, tentando controlar os nervos. Gabriel Montenegro. O nome era conhecido em todos os círculos empresariais. O CEO da empresa era famoso por sua inteligência estratégica e também por sua frieza implacável. Muitos o admiravam; outros o temiam.

Quando as portas do elevador se abriram, Isabela respirou fundo antes de sair. O corredor era silencioso, as paredes decoradas com fotos de projetos impressionantes da empresa. Ela localizou a sala de reuniões e entrou, sendo imediatamente recebida por olhares curiosos.

Uma longa mesa de vidro ocupava o centro da sala, cercada por executivos e gerentes. No final da mesa, ele estava sentado: Gabriel Montenegro.

Com seus olhos intensamente azuis e um terno impecável, Gabriel era a personificação da autoridade. Ele tinha uma presença magnética que tornava difícil desviar o olhar, mas sua expressão era dura, quase indecifrável.

"Você deve ser Isabela Monteiro," ele disse, sua voz grave ecoando na sala.

"Sim, senhor," ela respondeu com firmeza, embora sentisse o coração bater descompassado.

"Estamos atrasados. Mostre-nos o que você trouxe," ele disse, sem rodeios.

Isabela avançou, conectando seu laptop ao projetor. Suas mãos estavam ligeiramente trêmulas, mas ela se concentrou no que sabia fazer de melhor. Enquanto apresentava suas ideias para o novo complexo arquitetônico da empresa, sentiu os olhares dos executivos alternando entre surpresa e aprovação.

Quando terminou, houve um breve silêncio. Gabriel permaneceu em sua postura rígida, os dedos cruzados sobre a mesa. Então, ele falou:

"É um conceito ousado. Gosto da visão moderna, mas há lacunas na viabilidade prática. Quero um relatório detalhado sobre como você planeja resolver isso até amanhã."

O tom dele era direto, quase frio, mas Isabela percebeu algo diferente em seus olhos. Um brilho de interesse que desafiava a fachada impassível.

"Eu posso fazer isso," respondeu ela, com a voz firme.

"Ótimo. E espero que esteja ciente de que, nesta empresa, só os melhores permanecem."

O recado era claro, mas Isabela ergueu o queixo. Ela não estava ali para ser intimidada.

Quando a reunião terminou, Gabriel se levantou e saiu sem mais uma palavra, deixando todos os outros executivos comentando baixinho. Isabela sentiu uma mistura de alívio e exaustão, mas também uma estranha curiosidade.

Ela não sabia ainda, mas aquele encontro era o primeiro nó de um emaranhado que transformaria suas vidas para sempre.

Capítulo 2 – Primeiras Impressões e Primeiros Desafios

Isabela entrou na pequena sala que lhe fora destinada com uma pasta cheia de anotações e uma determinação renovada. O projeto do complexo arquitetônico, que poderia definir sua carreira, já estava em suas mãos. E, apesar da postura fria de Gabriel Montenegro na reunião, ela sentia que havia causado alguma impressão.

Enquanto organizava seus papéis, o celular vibrou na mesa. Era uma mensagem de Carolina, sua melhor amiga e conselheira não oficial:

Carolina: E aí, como foi com o “Sr. Coração de Gelo”? Já te demitiu ou te promoveu?

Isabela: Ainda estou aqui, então acho que passei no teste inicial. Mas ele é pior do que dizem.

Ela deixou o celular de lado e abriu seu laptop. Precisava preparar o relatório detalhado que Gabriel havia solicitado, mas sua mente continuava voltando para ele. Algo na presença do CEO a incomodava. Não era apenas a frieza; era o contraste entre o olhar incisivo e os raros momentos em que parecia hesitar, como se carregasse algo que ninguém podia ver.

Perdida em seus pensamentos, Isabela não percebeu que alguém havia entrado na sala até ouvir uma batida na porta.

"Com licença, você deve ser a nova arquiteta."

Ela ergueu os olhos para ver um homem alto, de cabelo castanho bem penteado e sorriso confiante. Ele vestia um terno impecável, mas seu tom era mais descontraído do que o de Gabriel.

"Sou Ricardo Alencar, vice-presidente da empresa."

"Ah, claro. Muito prazer," respondeu Isabela, levantando-se para apertar sua mão.

"O prazer é meu. Fiquei impressionado com sua apresentação na reunião de hoje. Gabriel pode ser difícil, mas eu percebi que ele gostou da sua ideia, mesmo que ele nunca vá admitir."

Isabela sorriu levemente, sem saber exatamente o que responder. Ricardo parecia amigável, mas ela sentia que havia algo além de suas palavras gentis.

"Se precisar de algo, qualquer coisa, venha até mim," ele continuou. "Eu sempre gosto de ajudar os novos talentos."

"Obrigada, vou lembrar disso."

Ricardo deu um sorriso final e saiu, mas o breve encontro deixou Isabela com uma sensação estranha. Havia algo no olhar dele que não parecia tão genuíno quanto o tom de voz sugeria.

À noite, de volta ao seu apartamento, Isabela trabalhava no relatório enquanto bebia uma xícara de café forte. O prazo era apertado, e Gabriel havia sido muito claro sobre a qualidade que esperava.

Ela revisou cada detalhe, ajustou cálculos, pesquisou soluções técnicas e finalizou o documento. Quando terminou, já passava da meia-noite, mas ela estava satisfeita com o resultado.

Enquanto salvava o arquivo, uma notificação de e-mail surgiu na tela. Era uma mensagem da própria conta de Gabriel Montenegro:

De: Gabriel Montenegro

Para: Isabela Monteiro

Assunto: Relatório Adicional

Senhorita Monteiro, além do relatório solicitado, gostaria que revisasse os planos iniciais do projeto e destacasse possíveis soluções para o orçamento estimado. Envie até as 8h. Não aceito atrasos.

Isabela encarou a tela com um misto de exaustão e frustração. Ele queria mais. E até a manhã seguinte.

"Ótimo," murmurou, esfregando os olhos.

Ela sabia que trabalhar para Gabriel Montenegro não seria fácil, mas ele estava testando seus limites desde o primeiro dia. Ainda assim, Isabela não era do tipo que desistia.

Enquanto voltava para os documentos, não fazia ideia de que cada interação com Gabriel a puxaria ainda mais fundo no emaranhado de sentimentos e conflitos que logo surgiriam.

Capítulo 3 – Entre Conflitos e Proximidade

O despertador tocou às seis da manhã, mas Isabela já estava acordada. Passara a noite revisando o relatório adicional que Gabriel solicitara, ajustando detalhes técnicos e garantindo que tudo estivesse impecável. Ainda sonolenta, tomou um gole do café forte enquanto conferia pela última vez o e-mail antes de enviá-lo.

"Arquivo anexado. Enviado."

Suspirou, jogando-se por um momento contra a cadeira. Trabalhar para Gabriel Montenegro estava se mostrando um teste constante de paciência e resistência. Ele não apenas exigia excelência, mas também não hesitava em pressioná-la até o limite.

Antes que pudesse se permitir descansar um pouco, seu celular vibrou sobre a mesa. Uma nova mensagem.

De: Gabriel Montenegro

Assunto: Reunião às 8h

"Recebi seu relatório. Sala de conferências. Agora."

O coração de Isabela acelerou. Nem um “bom dia”, nem um pedido educado — apenas uma ordem direta, como sempre. Sem tempo para qualquer intervalo, pegou seu tablet e se dirigiu ao 22º andar. Caminhava rapidamente pelos corredores da empresa, tentando ignorar o cansaço que pesava em seus ombros.

Ao entrar na sala de reuniões, encontrou Gabriel sozinho. Ele estava sentado à cabeceira da mesa, folheando o relatório impresso, os olhos azuis fixos nos dados à sua frente. Seu terno impecável e a postura rígida davam a ele uma aura de autoridade quase inabalável.

"Feche a porta," ele ordenou, sem desviar o olhar do documento.

Isabela fez o que ele pediu e sentou-se à sua frente, mantendo a coluna reta e o olhar firme.

"Seu relatório está bem detalhado," ele começou, finalmente erguendo os olhos para ela. "Mas há pontos que precisam ser revistos."

Ela respirou fundo, controlando a irritação crescente. "Quais pontos exatamente?"

Ele virou uma página e apontou para uma parte sublinhada.

"A redução de custos que você sugeriu envolve materiais que não foram utilizados em nenhum outro projeto nosso. Você tem certeza da viabilidade dessa escolha?"

Ela pegou o tablet e abriu os gráficos. "Sim. Fiz uma análise baseada em projetos semelhantes, e os testes demonstram que os materiais atendem aos padrões de segurança exigidos. Aqui estão os dados."

Gabriel pegou o tablet e analisou as informações, o olhar atento percorrendo cada detalhe. O silêncio na sala ficou denso enquanto ele absorvia as informações. Isabela segurou a respiração por um instante, tentando decifrar sua expressão.

Depois de alguns segundos, ele inclinou-se ligeiramente para frente.

"Você confia nesses dados?"

Isabela sustentou o olhar dele. "Se não confiasse, não os teria apresentado."

Um brilho diferente passou pelos olhos de Gabriel, e por um breve instante, um sorriso quase imperceptível cruzou seus lábios. Mas ele logo voltou à sua expressão séria.

"Quero validar isso pessoalmente," disse ele, pegando o celular e digitando rapidamente. "Estamos indo ao canteiro de obras hoje."

Ela piscou, surpresa. "Hoje?"

"Sim. Você tem 15 minutos."

Antes que pudesse questioná-lo, ele já estava se levantando e saindo da sala, como se a conversa estivesse encerrada.

Isabela sentiu uma mistura de frustração e determinação crescer dentro dela. Gabriel Montenegro era um homem difícil de impressionar, mas se ele achava que podia desafiá-la dessa forma, estava enganado.

Ela soltou um suspiro longo, massageando as têmporas, e se levantou. Se ele queria que ela estivesse pronta, então que assim fosse.

Porque uma coisa era certa: ela não recuaria diante dele.

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