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Nos Campos De Uma Fada

CAPÍTULO 1

✧⁠* Arthur Carter ∘⁠˚⁠˳⁠°

Arthur é um rapaz de 19 anos que não ver motivos para ser tão responsável. Ele acredita que deve fazer o que muitos jovens fazem, diga-se de passagem, irresponsáveis, que usam o dinheiro de seus pais para supostamente se divertir. Vamos concordar que falta um pouco de senso na cabeça desse rapaz. Mas todos os seus pensamentos não impedem dele ser alguém, digamos obediente.

Já faz um tempo que tenho-me escondido das emboscadas do meu pai e lá vem ele e consegue o que quer, eu já havia dito-lhe que não queria viajar para tão longe só para estudar mais ele insiste em mandar-me para o Canadá, já não basta ele obrigar-me a estudar em escolas militares, isso é mesmo um saco.

O Canadá é minha terra Natal, nasci e fui criado lá até os sete anos. Mais lá a minha família é muito rígida, não posso fazer o que faço aqui nos Estados Unidos. Mas cá estou eu, prestes a ir para o Canadá, estou tão animado que chega a dar-me sono. Lá vem o meu pai, todo sorridente, o que será que ele vai me dizer, mal posso esperar pela despedida.

— Aí está você meu filho, quem diria que voltaria para estudar no Canadá, a sua avó o aguarda ansiosamente. Não a deixe esperar, quando chegar lá vá direto à casa dela.

— Tudo bem pai. Não vou parar em nenhum bar, eu não sou como o senhor.

— O respeito pelo seu velho ficou em casa, tudo bem vou relevar, já que você vai para onde te quero agora.

É, para onde ele quer, como sempre, o meu pai quer estar no controle dos seus herdeiros, e eu o mais novo não tenho escolha se não fizer o que o meu pai pedir, já que meus irmãos fizeram o mesmo. Porém, a diferença entre mim e eles é que eu não quero isso, nunca quis fazer parte dos negócios da família e o meu pai quer que eu me case logo. Pelo menos a vovó é um pouco carinhosa e faz comidas deliciosas só que meu avô pega muito no meu pé, do jeito que o meu pai gosta, para que eu não perca o foco. Deve ser por isso que ele é desse jeito com os filhos, o vovô também foi muito rígido nos estudos com ele.

— Vá esta na hora de ir mande notícias assim que chegar lá.

A minha mãe sempre me dá um beijo na testa como despedida. Acredito que ela faz isso para dizer o quanto se preocupa e quer-me bem.

Ser o filho mais novo chega a ter muita pressão quando os seus irmãos são a cópia exata do seu pai. Eles sempre foram bons exemplos para mim, e seguiram os passos do papai, ou até mais que isso. Os seus estudos são de um nível extremamente elevado e eu nem mesmo chego aos pés deles. Deve ser por isso que papai pega tanto no meu pé, ele não quer que eu fique para trás.

Enfim, vou passar o resto da viagem dormindo, e comendo como sempre, sempre acho essas viagens demoradas demais, não importa o quanto esse comboio possa ser rápido. Olhar pelas janelas não é mais tão divertido quanto quando era criança, agora só me deixa entediado. Não gosto de ler, apesar da minha mãe sempre me presentear com livros e incentivar-me a ler desde de muito novo, por isso o melhor a fazer é dormir até chegar lá.

CAPÍTULO 2

✧⁠*∘⁠˚⁠° Arthur ∘⁠˚⁠°✧⁠*

 Finalmente cheguei, parece que não dormi o suficiente, estou mais exausto do que quando embarquei, espero que a vovó tenha feito aquele cozido de boi que só ela sabe deixar o mais delicioso que possa ser.

  Nossa como está frio, bem que a mamãe avisou-me mais eu nem quis saber, suponho que coloquei poucos casacos. Mas não tem com que se preocupar não é como se eu precisasse de um diferente a cada dia, muita bagagem só iria atrasar-me.

 Arthur como muitos homens tentava simplificar o máximo a sua bagagem, um jovem rapaz que só queria curtir a vida, mas tinha algumas coisas que o impediam de se soltar por aí, ele não via motivo para ser tão sério tão novo quanto era. A sua vida tornou-se monótona demais após os seus quatorze anos.

 Será que cheguei muito cedo, as luzes ainda estão apagadas. Mas a vovó e vovô levantam bem cedo.

  Era DUAS HORA da MADRUGADA de uma QUARTA-FEIRA.

 Acho que devia tocar a campainha, ou será que espero que as luzes se acenderem... Mas aí eu ia ter que ficar no frio, ia ficar congelado. Não deve ser incómodo já que eles estavam a esperar.

 Uma leve brisa passou naquele momento o deixando calafrios.

Vou tocar a campainha, para não morrer de uma tuberculose.

Ding Dong

Parece que não escutaram.Ah! não, estão a abrir a porta.

— Hora quem é essa hora da madrugada, oh! céus. Senhor Arthur, o senhor já chegou.

O mordomo da minha avó tinha um sotaque tão engraçado, dizem ser francês.

— Olá, cheguei muito cedo? A minha mãe preferiu que eu pegasse um dos primeiros comboios para chegar o mais cedo possível. A minha avó está a descansar ainda?

— Vocês costumam acordar tão cedo, meu senhor? A sua vó ainda está a dormir.

— Já levantei, Afonso pode voltar a se deitar, deixe que eu recebo o meu neto.

A senhora Morgan Carter, apesar dos seus cabelos grisalhos, emanava elegância no seu andar, falar e até mesmo em como demonstrava carinho, tudo nela transpirava elegância. Mesmo com a sua cafona camisola que agora a véstia.

— Os seus pais não querem perder tempo mesmo em meu amor, venha dê-me um abraço. Deve estar exausto e com frio, olha como estar gelado.

Apesar da minha avó não ser mãe da minha mãe, elas se parecem muito, as pessoas sempre pensam que as duas são mãe e filha. E sempre tem que corrigir as pessoas, a vovó Dora não gostou nada disso, na última vez, acredito que ela tenha ciúmes da filha.

— Pensei que já estivessem acordados, suponho que confundir as horas que vocês acordam.

— Ah querido, antes seu avô já estava levantado essas horas revendo papéis e contratos, mas agora ele costuma ficar muito exausto facilmente a idade não tem feito bem para ele, nem para mim. Vou preparar algo para você comer.

— Não precisa vovó, não estou com fome. Vá apenas descansar enquanto amanhece, eu acredito que preciso esticar-me.

— Tudo bem, vamos subir e mostrar-te onde será o seu quarto dessa vez.

A enorme mansão, possuía uma grande escada onde encontrava-se acesso a uma pequena biblioteca que a senhora Morgan amava ficar, e belo escrito de trabalho e no mínimo sete quartos, um lindo jardim se estabelecia do lado do pôr do sol , uma bela vista para o entardecer. Tudo na casa emanava não somente riquezas ou luxos, mais também conforto e boas histórias de uma feliz família. Mas Arthur não ligava pra nada disso, tudo era monótono, ele não via nada de mais naquelas escadas que ele passava correndo quando mais novo. As lembranças se instalavam em cada canto dele, mas nenhuma parecia surtir nenhum efeito .

CAPÍTULO 3

✧⁠*∘⁠˚⁠˳⁠° Arthur ✧⁠*

Arthur logo após amanhece já teve todas as suas esperanças de ter um lindo dia pela cidade da sua infância com uma notícia que para ele seria a pior da sua vida.

— Como assim vovô? O senhor só pode estar brincando.

— Querido, olhe o respeito pelo seu avô, deixe que eu lhe explico, se acalme. Os seus pais disseram que queriam você na melhor academia de ensino da nossa região e eu e seu avô só conseguimos achar essa. Eu como sempre apoio os bons estudos achei que seria a melhor para você, já que o seu pai quer que avance na área da economia, para ajudar nos negócios da família. É uma academia de prestígio, poderá ter um bom desempenho em apenas um ano.

— Mais vovó eu terei que passar um ano lá, preso entre aqueles muros e grades como que vocês podem fazer isso comigo?

— Já chega meu neto, chega de tanta moleza, você já é um homem e precisa aceitar as suas responsabilidades, olhe para seu pai e irmãos, tios e primos. Não tem escolha se não tentar dar algum orgulho e continuar o legado da nossa família. O senhor vai para essa academia e não tem discussão. As roupas que devem usar sapatos livros chegam amanhã. E depois disso apenas vai colocar na mala e ir para essa escola. Só poderá visitar-nos nos fins de semana e feriados.

O avô de Arthur era o mais rígido, não era à toa que o seu patriarquismoera muito respeitado.

— Sim, senhor vovô...

Antes de voltar para seus aposentos, Arthur teve que assinar alguns papéis a respeito dos seus estudos, em que não fez nada feliz. Ao voltar para seu quarto ele se pôs a olhar pela janela o movimento dos carros e carroças que passavam. Na sua alma só podia-se ouvir o silencioso berro de aceitação.

— Aí está você, não devia ficar no quarto, aproveite o dia lá fora até amanhã, as semanas vão parecer intermináveis quando começar a estudar. E quanto mais quiser que chegue o fim de semana, menos ele irá passar.

— Sei bem disso... Já tive algumas experiências parecidas, vovó. diga-me, será mesmo somente um ano?

— Sim, será. Eu vou visitar-te sempre que poder para levar-te docinhos, para não ter que comer somente a comida que eles dão. O seu pai só quer o melhor para você assim como o seu avô. Não fique chateado, eu sei que não gosta de nada disso, mas quando for mais velho vai ver que foi o melhor.

— Sim, claro.

Ah ele sempre concordava, já era costume ouvir esse discurso de "vai ver que foi o melhor", ele não via motivos para discordar, só não deixava de lado a hipótese de pensar que ele podia viver amargurado por tudo aquilo que se passava.

— É uma academia somente de homens, não terá tempo para se preocupar com outras distrações. O seu avô fez questão de não lhe colocar em quarto com outros colegas, para conseguir se concentrar ao máximo. Não tem com o que se preocupar, apenas se torne o homem que precisa ser.

— Vai me desculpar vovó mais esse homem que querem que me torne, não é quem eu preciso ser, e sim quem todos querem que eu seja.

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