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Paixão no Celeiro

Capítulo 01

Ana Maria Narrando

Meu nome é Ana Maria Pereira, tenho 26 anos e sou veterinária. Mas na fazenda todos me chamam de Aninha. Nasci e cresci em uma fazenda no coração do Pantanal, no Mato Grosso, lugar onde a natureza reina absoluta e o som dos pássaros se mistura com o mugir do gado ao amanhecer. Essa fazenda é mais do que minha casa; é minha alma, meu refúgio e o lugar onde aprendi tudo o que sei sobre a vida. Meus pais são funcionários de confiança do seu Leonel, o dono da fazenda. Minha mãe, Dona Rosa, é a cozinheira. O patrão não come nada que não tenha passado pelas mãos dela, tamanho é o carinho e a confiança que ele tem por sua comida. Já meu pai, Seu Inácio, é o administrador. Ele conhece cada pedaço de terra como a palma da mão e cuida para que tudo funcione perfeitamente.

A fazenda é um lugar abençoado. Plantamos de tudo um pouco no solo fértil que Deus nos deu: milho, mandioca, feijão, frutas variadas. Mas o que realmente sustenta tudo por aqui é o gado de corte. Também temos um bom número de vacas leiteiras, que garantem leite fresco todos os dias. Além do Queijo que o patrão vende na cidade, requeijão e Coalhada, Vivo com meus pais numa casa simples, mas aconchegante, situada um pouco afastada da casa grande. Apesar disso, fazemos todas as nossas refeições na casa principal, já que minha mãe passa o dia cozinhando lá e o patrão não gosta de comer sozinho. Ele é um homem solitário, especialmente desde que o filho dele, Leonardo, foi embora para estudar no exterior e nunca mais voltou.

Leonardo e eu crescemos juntos, mesmo que de mundos diferentes. Ele, filho único do patrão, eu, filha de funcionários, corria descalça pelo terreiro. A distância social nunca foi barreira para nossa amizade na infância, mas as diferenças se tornaram mais evidentes conforme fomos crescendo. Quando ele foi embora, eu ainda era uma menina, mas sentia um vazio pela ausência dele. Nunca entendi bem o porquê de ele nunca ter voltado. Acho que a vida lá fora foi mais atrativa do que o calor do Pantanal.

Seu Leonel, morre de tristeza, e nós sempre fazemos o papel de família dele. Ele é um homem muito bom, e não merecia passar por isso.

Por aqui, terminei os estudos no colégio local, mas desde cedo sabia que meu destino ia além. Sempre fui apaixonada pelos animais e sonhava em ser veterinária. Assim, com o apoio dos meus pais e do próprio seu Leonel, me mudei para a capital para estudar. Foi uma fase de muito aprendizado, mas também de muitas saudades. Durante os anos de faculdade, só voltava à fazenda nas férias. Era difícil ficar longe de casa, longe do cheiro de terra molhada, do som do rio correndo e do calor da minha família.

Na capital, vivi uma realidade completamente diferente. A correria, o barulho, os prédios altos... Tudo isso era fascinante no começo, mas eu sabia que aquilo não era para mim. Meu lugar era aqui, no meio da natureza, cuidando dos bichos e ajudando minha comunidade. Assim que terminei a faculdade, voltei para o Pantanal. No dia da minha chegada, seu Leonel organizou uma festa para a peãozada, com direito a churrasco, música e muita alegria. Foi emocionante ver o orgulho nos olhos dos meus pais e sentir que todo o esforço tinha valido a pena.

Hoje, minha rotina é uma mistura de trabalho e paixão. Cuido dos animais da fazenda, desde o gado até os cachorros que protegem o território. Também atendo fazendas vizinhas, ajudando os pequenos criadores com consultas, vacinas e partos. A vida de veterinária no Pantanal é cheia de desafios, mas é exatamente como sempre sonhei. Não trocaria essa rotina por nada. Além disso, ajudo minha mãe na horta quando posso. O cheiro da terra mexida, a textura das folhas frescas... Tudo isso me conecta ainda mais ao lugar de onde vim.

Nos momentos de folga, adoro tomar banho de rio. A água fresca lavando meu corpo e alma é uma sensação que não tem preço. O rio sempre foi meu refúgio, um lugar onde posso ser eu mesma, sem preocupações. Gosto também de montar a cavalo e explorar os cantos mais distantes da fazenda. Cada pedaço desse lugar conta uma história, e eu me sinto parte de cada uma delas.

Apesar da rotina cheia, a vida por aqui tem seus momentos de reflexão. Às vezes, me pego pensando no seu Leonel. Ele é um homem forte, mas a solidão pesa sobre ele. Vejo no olhar dele a saudade do filho que nunca voltou. Tento, de alguma forma, preencher esse vazio, sendo para ele uma espécie de filha postiça. Não é a mesma coisa, eu sei, mas gosto de pensar que minha presença e a dos meus pais tornam os dias dele menos solitários.

E então tem o Leonardo... Por mais que o tempo passe, ainda me pego pensando nele. Será que ele está feliz lá fora? Será que não sente falta da fazenda? Às vezes, imagino como seria se ele voltasse, se pudesse ver o quanto tudo por aqui ainda é bonito, se pudesse sentir o mesmo amor que eu sinto por esse lugar. Mas talvez isso seja só uma ilusão. Nem todos são feitos para viver no campo. Alguns têm sonhos que só podem ser realizados longe daqui.

No entanto, eu sei exatamente onde está o meu lugar. Minha vida no Pantanal é simples, mas cheia de significado. Cada nascer do sol é uma bênção, cada animal que curo é uma vitória, cada refeição compartilhada na casa grande é um momento de conexão. Sou grata por tudo que tenho e por tudo que vivi até aqui. Essa fazenda é mais do que meu lar; é minha essência, meu destino, o lugar que pedi a Deus para viver. E enquanto eu puder, vou cuidar dela, dos meus pais e de tudo que faz desse lugar o paraíso que ele é.

Capítulo 02

Leonardo Narrando

Me chamo Leonardo Barcelos, tenho 30 anos e Nasci no coração do Pantanal, no Mato Grosso, numa fazenda que parece ter sido esculpida pela própria natureza. Desde pequeno, eu via o mundo ao meu redor como uma mistura de contrastes. Meu pai sempre foi um homem admirável. Ele construiu uma vida digna para todos que viviam e trabalhavam na fazenda. Cada funcionário têm uma casa de alvenaria com água potável encanada, energia elétrica, e tudo que era necessário para uma vida confortável. Ele sempre dizia que "uma fazenda só prospera quando todos prosperam juntos." Eu o admirava profundamente por isso, mas confesso que, enquanto ele via aquele lugar como o paraíso, eu o enxergava como o fim do mundo.

Minha mãe era uma mulher doce, mas muito doente. Quase não tenho lembranças dela saudável. Quando eu tinha apenas dez anos, ela faleceu. Foi um golpe duro, mas não estávamos sozinhos. Rosa, a cozinheira da casa, assumiu um papel quase maternal na minha vida. Além de cuidar de mim, ela cuidava do meu pai, e fazia isso com tanto carinho que a casa parecia menos vazia. Rosa é uma mulher incrível, mas quem realmente iluminava os meus dias era sua filha, Ana, ou Aninha, como eu gostava de chamá-la.

Aninha era minha companheira de brincadeiras, a única criança na fazenda com quem eu me dava bem. Enquanto as outras crianças eram, para mim, "apenas filhos de peões e empregados", Aninha era diferente. Inteligente, doce e engraçada, ela fazia o tempo passar mais rápido. Me lembro das tardes que passávamos assistindo TV na sala enquanto Rosa preparava lanches deliciosos para nós. Era a única parte da vida na fazenda que eu realmente amava.

Mas, ao mesmo tempo que eu tinha essas lembranças boas, eu não via a hora de sair daquele lugar. Durante as férias, meu pai me mandava para São Paulo, para ficar com minha tia. Aquela cidade me fascinava. Os prédios altos, as luzes que brilhavam à noite, a energia das ruas, tudo era tão diferente do silêncio do Pantanal. Minha tia sempre fazia questão de me levar para viajar. Fomos para o Rio de Janeiro, Salvador, e até para o exterior. Conheci a Flórida, Londres e Portugal antes dos 16 anos. A cada viagem, eu me encantava mais com o mundo e voltava com um aperto no peito, sabendo que teria de retornar à fazenda.

Quando completei 16 anos, terminei o ensino médio. Meu pai queria que eu fizesse faculdade e seguisse seus passos, trabalhando com gado de corte e vacas leiteiras. Ele sonhava que eu me tornasse veterinário, mas essa nunca foi minha paixão. Eu tinha outros planos. Então, um dia, criei coragem e disse:

— Pai, eu só vou fazer faculdade se for no Canadá.

Ele ficou em silêncio por um tempo, mas acabou concordando. Ele sabia que estudar fora era um sonho para mim. Depois de pesquisar muito, junto com a minha tia, encontramos a Universidade de Guelph, uma das melhores em Engenharia Agronômica. Lá, eu poderia estudar o que gostava e, quem sabe, um dia aplicar esse conhecimento na fazenda, mas é claro que a gente viu para veterinária, mas eu já tinha todo plano em mente.

Quando completei 18 anos, Minha tia, me inscreveu na faculdade para cursar Medicina Veterinária. Meu pai ficou radiante. Era o futuro que ele sempre sonhou para mim, uma forma de honrar nossas raízes e cuidar do que ele mais prezava: os animais e a terra. No entanto, algo dentro de mim dizia que meu destino seria diferente.

No dia seguinte ao meu aniversário, me despedi de meu pai e de Ana. Foi uma despedida silenciosa, mas dolorosa. Eu sabia que aquela partida era definitiva, pelo menos por um bom tempo. Não queria voltar tão cedo para aquele lugar. Embarquei para São Paulo, onde passei pela casa da minha tia apenas para me despedir, antes de seguir rumo ao Canadá.

Quando cheguei ao Canadá, algo mudou dentro de mim. A sensação de liberdade, o novo ambiente, as possibilidades infinitas. Decidi, então, mudar o meu curso para Engenharia Agrônoma. Comecei a estudar e, aos poucos, fui me adaptando. Conheci pessoas incríveis, fiz amizades, e a ajuda financeira do meu pai garantiu que eu nunca passasse por dificuldades.

Todo mês, ele enviava dinheiro e, em troca, eu ligava para ele uma vez por mês para contar como estava. Era uma rotina tranquila, mas que me mantinha conectado às minhas raízes. O tempo passou, e foi então que conheci Marisa.

Marisa era uma mulher extraordinária. Estudava em um curso relacionado à Engenharia Agrônoma, e foi assim que nos conhecemos. Aos poucos, fomos nos aproximando, e logo eu descobri que a família dela também era brasileira, mas já vivia no Canadá há muitos anos. A família de Marisa era rica, dona de uma grande fortuna e de uma fazenda que parecia ter saído de um sonho. Quando ela me levou para conhecer o lugar, fiquei deslumbrado. Era um paraíso, com paisagens que pareciam pintadas à mão.

Nosso relacionamento se tornou cada vez mais sério, e, em pouco tempo, Marisa engravidou. Foi um choque para nós dois, mas o verdadeiro impacto veio quando o pai dela me chamou para uma conversa. Ele era um homem tradicional e não queria que a filha fosse alvo de comentários maldosos. Deixou claro que, para proteger a reputação de Marisa, eu teria três meses para me casar com ela antes que a gravidez começasse a ficar evidente. Não tive escolha. Me Casei com Marisa em menos de um mês.

Pouco depois do casamento, porém, Marisa perdeu o bebê. Foi um golpe duro para nós dois, mas a essa altura eu já estava preso ao casamento, à família dela, à fazenda. Não tive coragem de contar ao meu pai ou à minha tia sobre o que estava acontecendo. Aos poucos, cortei os laços com o Brasil. Parei de ligar, de escrever. Era como se eu tivesse decidido apagar minha antiga vida.

Terminei a faculdade e comecei a trabalhar na fazenda do tio de Marisa. Ele era um homem duro, mas justo. Me ensinou tudo o que sabia sobre a administração daquele império agrícola. Trabalhei arduamente e, de certa forma, encontrei um propósito ali. Hoje, essa é a minha vida. Trabalho na fazenda. Hoje fico pensando, eu poderia está fazendo isso na minha fazenda.

Às vezes, nas noites silenciosas, penso no Brasil. No meu pai, na Ana, na minha tia. Penso em como a vida poderia ter sido diferente se eu tivesse feito outras escolhas. Mas, ao mesmo tempo, sei que o caminho que percorri me tornou quem sou hoje. Só ainda não encontrei a paz nisso.

Autora!

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Capítulo 03

Marisa Narrando

Meu nome é Marisa Avelar, tenho 30 anos, sou formada em Ciência Ambiental e, embora seja brasileira, nasci em São Paulo, morei no Brasil até os três anos. Desde então, minha vida tem sido no Canadá, o país que considero minha verdadeira casa. Minha família é daquelas tradicionais, com valores enraizados e inquestionáveis, especialmente do lado do meu pai. Para ele, caráter é tudo. Ele sempre diz que caráter é o que mantém a pessoa firme, mas eu sempre pensei: será que caráter resolve tudo? Será que ele mantém alguém realmente feliz ou apenas preso a um padrão inatingível?

Meu pai é o caçula de três irmãos. Antes dele, vieram meus tios, Mauro e Ricardo. Cada um com sua personalidade e trajetória, mas todos mantendo uma ligação profunda com o campo e os negócios da família. Meu tio Mauro, o mais velho, é o dono de uma fazenda enorme, um verdadeiro pedaço do paraíso. A propriedade dele é tão deslumbrante que qualquer pessoa que a visite se apaixona de imediato. É daquele tipo de lugar que parece tirado de um filme, com colinas perfeitas, plantações impecáveis e um ar tão puro que parece renovar sua alma a cada respiração. Já meu pai, mesmo sendo o mais novo, seguiu a tradição familiar, mas com uma abordagem diferente. Ele não se contentou apenas com a produção rural; decidiu investir no ramo de laticínios. Hoje, ele compra a matéria-prima da fazenda do tio Mauro e transforma em produtos de altíssima qualidade.

Nossa própria fazenda, embora muito menor, é uma peça fundamental no negócio. Sempre cresci cercada por esse mundo de fazendas, vacas e o cheiro inconfundível de terra molhada depois da chuva. Mas, ao contrário do que muitos poderiam imaginar, eu nunca me senti atraída por seguir os passos da família. Meu interesse sempre foi mais amplo: eu queria entender o meio ambiente como um todo, estudar seus sistemas, descobrir como poderíamos cuidar melhor dele. Essa vontade me levou a escolher Ciência Ambiental como minha profissão.

Quando fiz 18 anos, meu pai tentou me convencer a estudar no Texas. Ele estava convencido de que uma faculdade lá seria melhor para mim, além de ser mais próximo dos valores que ele tanto preza. Pesquisou universidades, cursos e até fez questão de me mostrar como o estado era promissor para quem pretendia trabalhar com questões ambientais, especialmente ligadas à agropecuária. Mas eu não queria ir. Senti que era mais importante construir minha carreira aqui, no Canadá, o lugar que me acolheu desde tão cedo e que, de certa forma, moldou quem eu sou. Ele relutou, insistiu, tentou me convencer de várias formas, mas no final respeitou minha decisão.

Sobre o Brasil, as memórias são um misto de sentimentos. É o país dos meus pais, dos meus avós, mas não é o meu. Nunca voltei, nem mesmo para visitar. Minhas raízes estão aqui, no Canadá. Meus pais, por outro lado, ainda têm essa conexão profunda com o Brasil. Sempre visitam meus avós, já que eles, apesar dos anos, nunca tiveram coragem de embarcar em um avião para nos visitar aqui. Mesmo assim, nunca fizeram questão de insistir para que eu fosse. Talvez entendam que meu mundo é outro.

Quando chegam as férias, prefiro explorar outros países, outros lugares que considero mais evoluídos ou alinhados com minha visão de mundo. Não é que eu despreze o Brasil, mas é como se aquele lugar fosse um capítulo encerrado na minha vida. Um pedaço da história que, embora importante, não sinto necessidade de revisitar, nem me lembro na verdade.

Na faculdade, conheci Leonardo, e foi como se o mundo parasse por um instante. Ele era lindo, forte, com aquele jeito brasileiro que exalava segurança e ao mesmo tempo uma simplicidade encantadora. Me apaixonei perdidamente por ele, algo que nunca tinha sentido antes. Naquela época, eu namorava Arturo, o filho de um amigo do meu pai. Nossa relação já estava desgastada; não havia mais aquela chama, aquela paixão que me fazia querer estar ao lado dele. Decidi terminar com Arturo. Eu queria viver algo novo, algo que me tirasse o ar, e sabia que Leonardo era essa pessoa.

Depois de terminar, fui atrás de Leonardo. Começamos a conversar, e nossa amizade foi crescendo. Eu sempre investia na sedução, deixando claro, sem palavras, o quanto eu o queria. Até que, finalmente, ficamos pela primeira vez. Eu sabia que não podia deixar aquela oportunidade escapar e decidi levar Leonardo para a fazenda do meu tio Mauro. Ele cursava Engenharia Agronômica, e aquilo parecia o cenário perfeito. A fazenda, com os campos verdes e uma cachoeira escondida entre as árvores, era o lugar ideal para dar minha cartada final.

Aquele dia foi perfeito. Passeamos pelos campos, conversamos sobre os sonhos dele e, por fim, fomos até a cachoeira. Tomamos banho juntos, a água cristalina caindo sobre nossos corpos. E ali, naquele lugar paradisíaco, nos entregamos um ao outro. Transamos dentro da água, um momento tão íntimo e intenso que me fez ter certeza de que ele era o homem da minha vida. Depois disso, nossa relação se aprofundou ainda mais, e eu não via limites para o que sentia por ele.

Mas como a vida nunca é um conto de fadas, eu tive uma recaída. Em uma festa, Leonardo não quis me acompanhar. Fiquei chateada, me senti sozinha e magoada. Arturo, meu ex, estava nessa festa. Bebemos um pouco demais, e as memórias do que já tínhamos vivido juntos se misturaram com a carência daquele momento. Acabamos passando a noite juntos. Foi um erro. Um erro que eu tentei ignorar, mas que não demorou muito para cobrar o seu preço.

Cerca de um mês depois, descobri que estava grávida. Meu mundo desabou. Dentro de mim, havia uma dúvida terrível: o filho era de Leonardo ou de Arturo? Mas eu não podia arriscar perder Leonardo, então sustentei que a criança era dele. Falei com ele, enfrentei meus pais, e meu pai, furioso, disse que o único caminho era o casamento. Não houve festa, nem vestido de noiva, nem igreja. Apenas um casamento civil e um jantar simples para a família. Fomos morar em um dos apartamentos do meu pai.

Dentro de mim, a dúvida sobre a paternidade da criança não me deixava em paz. Decidi que não queria continuar com a gravidez. Fiz todo o procedimento para interrompê-la e, abortei, depois, disse a Leonardo que tinha perdido o bebê. Ele acreditou, e seguimos em frente. Tomei uma decisão naquele momento: nunca mais correria o risco de engravidar. Passei a me prevenir de todas as formas possíveis. Não quero filhos. Nunca quis. Quero apenas viver minha vida ao lado de Leonardo, o homem que se tornou minha obsessão.

Hoje, tudo que faço é por ele. Cada gesto, cada decisão. Leonardo é meu mundo, e eu não admito que nada nem ninguém ameace isso. Mesmo que às vezes eu precise tomar decisões difíceis ou carregar segredos, tudo vale a pena, desde que ele continue ao meu lado. Porque, no final, o que mais importa é tê-lo, apenas para mim.

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