Glace uma advogada recentemente formada, com vinte e sete anos, namora a dois anos com Arthur, também advogado.

Glace não estava se sentindo bem, resolveu ir a um

ginecologista pois estava com todos os sintomas de uma gravidez.

Ela queria ter certeza primeiro, antes de falar com o namorado.

Depois de ser examinada, Glace teve a confirmação.

— Senhora, seu exame deu positivo, realmente você está grávida, agora é só escolher o médico que irá acompanhar seu pré natal.

— Obrigado doutor! — Glace estava muito feliz, até o médico percebeu.

— Pelo que estou podendo mi perceber, esta criança estava sendo muito esperada.

— Sim doutor, me tornar mãe é um sonho, estou radiante, muito feliz mesmo.

— Então, boa sorte mamãe, felicidades para você e seu bebê.

Ela saiu do consultório com o teste de gravidez positivo nas mãos, sentindo uma mistura avassaladora de felicidade e ansiedade. Ela estava certa de que quando contasse a notícia para Arthur, seu namorado, ele ficaria tão entusiasmado quanto ela.

Glace ligou para Arthur marcando para encontrar ele na praça que ficava em frente ao escritório de advocacia que ambos trabalhavam.

Ela sabia que o expediente no escritório estava terminando, e logo Arthur iria sair do trabalho.

Caminhando em direção ao local onde tinham combinado de se encontrar, Glace não conseguia conter o sorriso que tomava conta de seu rosto. Ela acreditava que esse momento marcaria suas vidas, um passo em direção à construção de uma família. Estava pronta para compartilhar essa alegria.

Ao ver o namorado, Glace percebeu que o semblante de Arthur estava diferente. Sua expressão era tensa, os olhos evitavam o contato direto com ela. Um nó de preocupação apertou o coração da jovem advogada, mas ela decidiu ignorar temporariamente suas suspeitas e puxou Arthur para um abraço apertado.

— Amor, tenho uma notícia incrível para te contar! — Glace começou, a voz transbordando de entusiasmo. "Estou grávida! Vamos ter um filho!"

O semblante de Arthur se contorceu, e uma expressão de pânico tomou conta do seu rosto. Ele afastou-se ligeiramente de Glace, gaguejando ao responder.

— Glace... Eu... Não podemos... Eu não estou pronto para ser pai... Somos jovens demais e temos tantos planos...

As palavras de Arthur caíram como pedras sobre o coração de Glace.

— Amor, eu entendo o que você está sentindo, está assustado, mais logo você vai ver que um filho agora será ótimo para nós.

— Você só pode estar de brincadeira, estamos no início da nossa carreira, um filho agora só vai atrapalhar nossos planos.

— Vou deixar você se acalmar, sei que vai acabar entendendo, e ficar feliz como eu fiquei com a notícia.

— Glace eu não estou nervoso, acho que a melhor solução é você procurar uma clínica especializada em abortos, nós dois erramos, deveríamos ter evitado que isso acontecesse.

Entre soluços contidos, ela tentou articular sua decepção.

—Como você pode dizer isso, Arthur? Eu pensei que estaríamos juntos nessa jornada, enfrentando as dificuldades e celebrando as vitórias juntos. Eu quero esse bebê, é uma parte de nós, um presente!

Arthur, perdendo um pouco da coragem defensiva, aproximou-se de Glace e segurou suas mãos trêmulas.

— Eu só estou pensando no melhor para nós, Glace. Eu queria poder dar tudo o que você merece, e agora... não sei se consigo. Eu estou com medo, medo de falhar, um filho agora não está nos meus planos.

As lágrimas escorriam pelo rosto de Glace enquanto ela olhava nos olhos do homem que amava.

Ela não acreditava que Arthur estivesse falando sério, quando diz para ela abortar o bebê.

— Mas e o amor, Arthur? E a nossa capacidade de enfrentar desafios juntos? Um filho não é um obstáculo, é um presente. Eu quero esse bebê, eu desejo viver essa experiência maravilhosa com você.

Silêncio pairou entre eles por um momento, enquanto ambos tentavam digerir as palavras um do outro. Por fim, Glace se afastou de Arthur, secando as lágrimas com as costas da mão.

— Eu não posso forçar você a querer esse filho, Arthur. Mas eu não posso desistir do meu desejo de ser mãe. Eu espero que, com o tempo, você perceba a beleza disso tudo e se arrependa da sua decisão.

Ela se virou e começou a caminhar em direção a um novo rumo de sua vida, deixando Arthur para trás. As lágrimas secas na face de Glace se transformaram em um olhar determinado, pois ela sabia que, mesmo na ausência dele, ela encontraria forças para criar e amar seu filho, sozinha, se necessário.

Glace foi até seu carro e começou a dirigir sem rumo.

Ela tinha esperanças de que Arthur mudasse de ideia.

Arthur também entrou em seu carro, mais em momento algum ele se arrependeu do que disse.

Arthur estava firme em sua decisão iria tentar convencer Glace a abortar o bebê.

Arthur gostava da companhia de Glace, mais seu sentimento estava longe de ser igual o que

Glace sentia por ele .

Glace amava realmente Arthur, e sonhava em se casar e construir uma família com ele.

Eles fizeram faculdade juntos, mantinham uma bela amizade.

Depois de formados foram trabalhar nesse renomado escritório de advocacia.

A presença frequente entre eles, foi desabrochando um sentimento maior do que a amizade.

Decidiram então dar início em um relacionamento mais sério.

Arthur morava com seus pais, Sônia e Bonifácio, que tinham uma grande confecção de roupas, e uma situação financeira muito boa, podendo assim realizar todos os sonhos do filho.

Já Glace deixou os pais no interior, e veio para Campinas estado de São Paulo tentar a sorte.

Arrumou um serviço de babá, onde conseguiu pagar sua faculdade e manter um pequeno apartamento alugado.

Lutou muito, passou por várias dificuldades, mais conseguiu se formar.

Hoje ela vem se destacando muito melhor do que Arthur no escritório de advocacia.

Glace chega em seu apartamento, abre a porta e se joga no sofá.

Por um instante ela esquece as palavras duras ditas por Arthur, acaricia o seu ventre, ficando feliz imaginando o seu bebê que ali está a crescer.

Glace espera que Arthur liga para ela pedindo desculpas.

Arthur fechou a porta da casa atrás de si, sentindo o peso das palavras não ditas. Ao entrar na sala, avistou seus pais, Sônia e Bonifácio, sentados no sofá, desfrutando de um momento de relaxamento com seus drinks favoritos. O ambiente parecia sereno, mas seu nervosismo era evidente demais para passar despercebido.

Sônia, percebendo a inquietude do filho, franziu a testa preocupada.

—Arthur, meu filho, o que aconteceu? Você parece tão ansioso. Há algo que quer nos contar?

Por um instante, Arthur hesitou, debatendo-se mentalmente com o dilema de se abrir com seus pais. Ele temia que revelar a gravidez de Glace e sua proposta de aborto pudesse abalar ainda mais o equilíbrio familiar. No entanto, a angústia contida em seu peito o levou a superar essa hesitação.

— Eu preciso falar com vocês sobre algo muito importante. —Arthur começou, engolindo em seco antes de prosseguir. Glace, minha namorada, está grávida. E... eu... eu sugeri que ela fizesse um aborto, pois não me sinto preparado para ser pai.

As taças dos pais de Arthur quase caíram de suas mãos quando seus rostos mostraram incredulidade. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor e pesado, enquanto eles tentavam assimilar a revelação inesperada de seu filho.

Sônia tomou a iniciativa de quebrar o silêncio, sua voz trazia um misto de surpresa e indignação contida.

— Arthur, como você pode dizer uma coisa dessas? O aborto é crime, você estará matando uma criança inocente.

— Mamãe, mais tanto eu como Glace, não estamos preparados para começar uma família agora, temos muitos planos e sonhos para serem concretizados ainda.

Bonifácio, mesmo mantendo a postura calma, não conseguia ocultar sua preocupação.

— Meu filho, nós te criamos com amor e valores. Mas essa proposta mostra que algo em nossa educação falhou. Precisamos conversar sobre isso, entender seus medos e incertezas. Mas tenha em mente que tomar uma decisão dessas é algo sério e que afeta a vida de outras pessoas, só espero que Glace não tem este mesmo pensamento.

— Isso é que está me deixando nervoso, Glace não concorda com o aborto, ela quer ter o filho.

— Essa moça tem cabeça é responsável, e você deveria pensar assim como ela, e apoiar, pois ambos erraram não evitando que essa gravidez inesperada acontecesse.

As palavras de seus pais ecoavam em sua mente, reforçando a gravidade de suas ações e decisões precipitadas. Arthur começou a perceber como suas palavras egocêntricas e imaturas haviam ferido Glace.

— Eu acho que vocês até podem estarem certos, mais um filho agora só vai atrapalhar todos nossos planos, de abrir nosso próprio escritório de advocacia, comprar uma casa e nos casarmos, depois sim pensar em construir nossa família.

— Essa seria a decisão correta, mais vocês precipitaram tudo, e agora vão ter que assumir juntos as consequências, mais por favor filho não tire a vida do meu neto, isso vai me deixar muito triste.— Diz Sônia inconformada com a atitude do filho.

— Você precisa assumir suas responsabilidades, meu filho.

— Acrescentou Bonifácio, com certa preocupação suavizando seus traços. E nós estaremos aqui para apoiar você, tanto como pais quanto como avós.

— Eu vou subir para o meu quarto, me abri com vocês não me ajudou muito, só me fez ficar mais confuso.

— Sim, Arthur vai toma um banho, refresque a cabeça depois você, desce para jantar.

— Mamãe por favor pede para a Rebeca levar um lanche para mim, eu não vou descer para jantar, não estou me sentindo bem.

— Eu mesma levo um lanche para você meu filho, mais tenho certeza de que amanhã você vai estar com os pensamentos melhores, e tudo vai se resolver.

Assim que Arthur foi para o quarto, Bonifácio e Sônia ficaram dialogando sobre o acontecido.

— Bony, com toda esta insegurança de nosso filho eu não consegui digerir tudo o que está acontecendo, eu vou ser avó, eu sempre sonhei ter um neto.

— Verdade, sabe que eu também, não havia pensado nesse detalhe, está certo que as coisas aconteceram precipitadamente, mais estou feliz em saber que vou ser avô também.

— Aí Bony, será que Glace está com o pensamento diferente do Arthur, será que vai levar esta gravidez em frente, tenho tanto medo de que Arthur consiga convencer ela de abortar o bebê.

— Porque você não liga para ela, vocês são bem amigas, assim saberemos o que ela está pensando em fazer.

— Eu vou fazer isso mesmo, vou ligar para ela.

Sônia pegou o celular e discou o número da Glace.

Ela ainda estava deitada no sofá refletindo sobre a gravidez e a conversa com Arthur.

O celular tocou, ela ficou ansiosa pensando ser o Arthur.

Abriu a bolsa pegou o aparelho e viu que era Sônia sua sogra.

— Oi sogra, boa noite! Você me ligando, que surpresa é esta?

— Glace querida, em primeiro lugar quero parabenizar você pela gravidez, e dizer que eu e o Bony, estamos muito felizes com esta notícia.

— Então vocês já ficaram sabendo, pena que seu filho não ficou feliz, você acredita que me sugeriu que abortasse o bebê?

— Sim querida eu e o Bony repreendemos ele por esta atitude, mais ele deve ter ficado assustado, isso vai passar, amanhã é um novo dia os pensamentos dele vai mudar eu tenho certeza.

— Espero que sim sogra, pois com ele concordando ou não eu vou ter este bebê, meu sonho é ser mãe.

— Nossa você não sabe como fico aliviada em ouvir isso, mais tenha a certeza de que eu e o Bony, estamos com você para tudo o que você precisar.

— Obrigado sogra, vocês são maravilhosos, agradeça o Bony por mim.

— Sim querida, ele está te mandando um abraço, e dizendo que está muito feliz em ser vovô.

— Beijos em vocês dois, boa noite sogra, também espero que Arthur mude de idéia.

— Ele vai mudar querida, um filho é uma benção, ele vai enxergar isso.

Na realidade Bonifácio e Sônia acreditavam que Arthur mudaria de opinião, pois não era justo deixar Glace com a responsabilidade sozinha, já que os dois erraram.

Glace amando Arthur também esperava que depois de refletir bastante Arthur fosse pensar diferente e aceitar o filho.

Naquela manhã, Glace acordou sentindo-se indisposta, mas mesmo assim, levantou-se e cuidou de sua higiene pessoal antes de se dirigir ao trabalho. Sabia que, como ela e Arthur trabalhavam juntos no mesmo escritório de advocacia, inevitavelmente teriam que se encontrar em algum momento.

Enquanto ia rumo ao trabalho, Glace carregava consigo um misto de esperança e apreensão. Ela desejava ardentemente que Arthur mudasse de opinião e aceitasse a chegada do bebê que estavam esperando .

Porém, ao chegar ao escritório, percebeu que Arthur estava evitando-a o dia todo. Suas conversas eram escassas e superficiais, como se ele estivesse tentando evitar qualquer assunto relacionado à gravidez.

Edgar, o dono do escritório, sempre simpatizou com Glace, era uma figura paterna para Glace e sentiu seu coração apertar ao vê-la tão preocupada.

Ele a chamou para uma conversa em particular, demonstrando confiança em sua capacidade e comprometimento.

— Glace, necessito falar com você. — disse Edgar com um olhar sério. Minha esposa, Catarina, descobriu que está grávida, mas infelizmente ela está passando por complicações desde o começo da gravidez, pois como você sabe sempre tentamos ter um filho, mais agora ela já está com quarenta e três anos e a idade já está um pouco avançada, deverei me ausentar por um tempo para cuidar dela e gostaria que você assumisse a liderança do escritório na minha ausência.

Glace ficou surpresa com a confiança depositada em sua capacidade, sentindo um certo alívio e empolgação ao mesmo tempo.

— Edgar, é uma honra para mim que você confie em mim para assumir essas responsabilidades. Prometo fazer o meu melhor.

Aproveitando o momento, Glace decidiu compartilhar com Edgar sua própria gravidez. Ela queria uma figura paternal para aconselhar e apoiar ela diante da decisão de Arthur.

Edgar ficou genuinamente feliz pela notícia e parabenizou Glace com um sorriso afetuoso.

— Glace, ser mãe é um presente maravilhoso e tenho certeza de que você será uma excelente mãe. Parabéns!

Sentindo-se à vontade com a confiança de Edgar, Glace optou por abrir-se sobre as dificuldades que estava enfrentando em relação à decisão de Arthur. Ela compartilhou seus medos, incertezas e a tristeza que a proposta de aborto havia causado.

A medida que Glace falava, a expressão de Edgar se tornava cada vez mais séria e indignada. Ele não conseguia compreender como alguém poderia tratar uma gravidez como algo descartável, especialmente quando sua própria esposa estava lidando com complicações em sua gestação.

— Glace, eu e Catarina estamos lutando com todas as nossas forças para segurar essa gravidez. Lutamos contra todos os obstáculos para acreditar na vida e no milagre da maternidade. Não posso compreender a atitude de Arthur, mas saiba que estou aqui para te apoiar incondicionalmente. Se precisar de qualquer coisa, conte comigo.

As palavras de Edgar ecoaram no coração de Glace, trazendo conforto e determinação. Ela agora tinha uma figura paterna e uma fonte de apoio não esperada. Com o encorajamento de Edgar, ela decidiu que iria enfrentar Arthur e lutar pelo futuro de seu filho com ainda mais força.

— Obrigado Edgar, você sempre foi tão bom comigo, pode ficar o tempo que precisar para cuidar de Catarina, eu colocarei você a par de tudo aqui no escritório.

— Sim Glace, eu quero seguir de casa, todos os andamentos dos processos, e qualquer dúvida você pode me ligar a qualquer hora.

— Está bem Edgar, farei como você quer.

Edgar promoveu uma reunião com os seis advogados que ali trabalhavam com ele, e a secretária do escritório Mariza para esclarecer a sua ausência por tempo indeterminado, e dizer a eles que Glace iria ficar em seu lugar durante a sua ausência.

Todos os advogados não gostaram muito da idéia, principalmente Arthur, sentiram inveja por Gleice ter sido a escolhida para assumir Edgar em sua ausência.

— Bom então estamos combinados, que vocês exerçam suas funções da melhor maneira possível, quero que o escritório continue como se eu estivesse aqui, qualquer dúvida conversem com a Glace.

— Edgar mais você está com algum problema que está precisando se ausentar? — perguntou Arthur.

— Arthur, minha esposa está grávida, está tendo várias complicações na gravidez, estamos lutando para que Deus faça um milagre e que está criança venha a nascer com saúde, e agradeça por Glace está tendo uma gravidez tranquila, enquanto eu e Catarina estamos a espera de um milagre.

— Então você já sabe da gravidez de Glace?

— Sim, ela me contou, você sabe do carinho paternal que sempre tive por Glace, fiquei feliz por ela estar grávida e feliz.

Arthur ficou muito nervoso, pois não queria que ninguém soubesse da gravidez de Glace, pois ainda estava com o pensamento firme de convencer Glace a abortar o bebê.

Assim que ele ficou a sós com Glace reclamou com ela

— Não gostei da ideia de você ter contado para Edgar sobre sua gravidez.

— Não sei porque, Edgar é um ótimo amigo, quiz compartilhar com ele minha felicidade.

— Você se esquece que não fez esse filho sozinha, então gostaria que mantivesse segredo, pois ainda temos que decidir se você vai continuar com essa gravidez ou se vai interromper ela.

— Você ainda não mudou de ideia a esse respeito, eu esperava sinceramente que depois de refletir iria esquecer tudo isso, essa ideia maluca.

— Não é uma ideia maluca, muitas mulheres tomam essa decisão, filhos tem que ser planejados, a família tem que estar estruturada.

— Arthur quero que me responda com sinceridade, o que você sente por mim?

— Como assim, o que eu sinto por você?

— Você me ama Arthur? Me responda com sinceridade.

— Eu gosto de você, nos damos bem, qual é a sua dúvida?

— Eu te amo Arthur! Mais sinceramente acho que não te conhecia, este seu lado egoísta eu ainda não sabia que existia.

— Essa gravidez só veio para acabar com os nossos sonhos, só você não quer enxergar isso.

— Arthur deixa eu te falar uma coisa, eu não vou fazer aborto, vou ter o meu filho, nada do que você disser vai me fazer mudar de ideia.

— Então sendo assim, não seremos mais um casal, acho melhor terminarmos por aqui, você não compartilha das minhas ideias, não daremos certo juntos.

Glace recebeu aquelas palavras como uma bomba, mais tentou se acalmar.

— A momentos antes você me disse que fizemos juntos o nosso filho, mais eu te digo eu vou criar meu filho sozinha, não preciso mais de você, acabou Arthur.