A história do nascimento da Clarice...
[...] (Resumo)
Era uma noite de grande tempestade, em um humilde povoado, uma mulher muito simples e completamente sozinha, lutava para dar à luz, sem nenhuma companhia e esperança, sentindo fortes dores e muito fraca, mesmo sem condições físicas e mentais para tomar qualquer decisão, resolveu sair da sua casa, enfrentando a devasta tempestade para pedir ajuda.
Mas as condições climáticas não estavam favoráveis, a mulher que necessitava de ajuda, não conseguiu encontrar a ajuda que buscava, ali mesmo, no meio do caminho ela caiu, aos prantos gritava por ajuda, mas não foi possível ser atendida, com forte dores, a mesma não suportava mais aquela situação, desmaiou.
Tempo depois a tempestade foi embora e um senhor que estava ali passando, percebeu que havia algo estranho no meio da estrada, logo ele pegou a sua lanterna e ficou no rosto da mulher caída.
Imediatamente ele tentou reanimá-la, mas não teve êxito. Logo ele correu para algumas casas próximas e pediu ajuda.
Mais a diante, a mulher foi socorrida, levada à cada de uma senhora que era conhecida como a parteira do povoado, logo ela percebeu a gravidade.
Dona Tita/Parteira: Coloquem ela na cama, a criança vai nascer, ela não pode esperar mais tempo.
Belchior: ela vai sobreviver?
Dona Tita: só Deus poderá responder isso, eu vou fazer o que posso, mas só Deus vai poder salvá-la.
Belchior coloca a mulher na cama como é ordenado e vai para o quintal, enquanto isso a dona Tita lava as mãos, troca as roupas molhadas da mulher e num pedaço de algodão, ela umedece com álcool para tentar acordar a grávida.
Berenice acorda atordoada e muito fraca. Dona Tita explica como ela foi encontrada, mas as contratações foram aumentando intensamente…
Dona Tita preparou a Berenice para o parto, as complicações só foram aumentando e intensificando, seria impossível chamar um médico.
A cada instante as dores intensificava, o bebê estava difícil de sair e a Berenice estava perdendo muito sangue. A dona Tita pela sua experiência, entendeu que não ia ser tão fácil, mesmo assim ela insiste para salvar o bebê.
O Belchior ouvindo tudo que estava acontecendo, decidiu sair pela estrada e procurar o médico da cidade.
Depois de muitos esforços, Berenice da a luz a uma linda menina, mas a sua vida está por um fio.
Berenice: dona Tita, posso te fazer um pedido?
Dona Tita: por favor, não se esforce muito!
Berenice: me deixa falar, a minha filha vai se chamar Clarice, e eu quero te pedir para cuidar dela como se fosse a sua filha, promete? (muito fraca)
Dona Tita fica em silêncio, mas logo em seguida ela concorda com o pedido da Berenice, ela não podia ficar falando mais, ela está cada vez mais fraca.
Dona Tita tira a bebê dos braços da Berenice e leva para limpeza e aconchegar, enquanto isso deixa a Berenice no quarto descansando.
Tempo depois, ao voltar para o quarto, Dona Tita percebe que algo está errado, ela foi até a Berenice e a mesma não estava mais respirando, infelizmente ela não estava mais entre os vivos.
[...] (atualidade)
... 18 anos após o nascimento da Clarice.
Clarice cresceu saudável, amando a sua mãe de criação, seus vizinhos, amigos, as flores, os animais e tudo que lhe fazia sorrir com amor e carinho.
As suas oportunidades eram mínimas, não teve condições de terminar os estudos, a sua vida no campo era muito simples, mas seus pensamentos e sonhos eram riquíssimos de imaginação, esperança, amor, inteligência e não semeava a maldade e maus sentimentos.
Numa manhã ensolarada, Clarice pegou o seu velho livro de contos e foi até ao roseiral ler e tomar um banho de sol, enquanto lia o seu livro preferido, ouvia os cantos dos pássaros que ali rodeavam e ouvia o barulho da água do rio escorrendo.
Ao fechar o livro, ela percebeu que os pássaros pararam de cantar e voaram desesperadamente, ela logo ouviu barulho de folhas secas sendo pisadas no meio do mato.
O barulho das pisadas foram se aproximando cada vez mais, assim deixando a mesma com o coração acelerado. Até que apareceu alguém no meio do roseiral, o velho Belchior.
Belchior: menina o que esta fazendo aí sozinha?
Clarice: aí Belchior, você me assustou! (passa a mão no rosto)
Belchior: desculpa por ter assustado, mas os pássaros estão apavorados, lá na beira do rio tem dois caçadores que estão atirando e por isso os passarinhos estão indo embora.
Clarice: ahhh então é isso?! E quem são eles? Por aqui não costuma ter caçadores!
Belchior: parece que os filhos do dono da fazenda grande estão por aqui, acabaram de chegar e resolveram sair por aí atirando em tudo que ver pela frente! (ressalta)
Clarice: só podia ser essa gente metida, ah mais eles vão se ver comigo, ninguém se atreva a matar os passarinhos, eles não fazem mal a ninguém! (cheia de tristeza)
Belchior: não filha, não vá, eles podem querer fazer mal a você, é melhor deixar eles irem embora sem nenhum aborrecimento, essa gente não é de confiança.
Belchior ficou conversando com a Clarice e enquanto isso, acabaram os tiros e depois de algum tempo, os pássaros voltaram e tudo ficou normal como sempre foi, na maior tranquilidade.
Depois de uma longa conversa, Belchior foi embora e Clarice ficou colhendo algumas flores para levar para sua casa.
Clarice: sabe passarinhos, eu prometo que assim que eu me encontrar com esses filhos do dono da fazenda grande, eu vou pedir para eles não fazer nada de mal com vocês, eu prometo que vai ficar tudo bem. (fala sozinha com os pássaros que ali estavam observando a Clarice colher as flores)
Enquanto colhia flores, cantava e brincava com os pássaros, parecia criança.
.
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Clarice fez os seus arranjos com flores coloridas e cheirosas, e foi para sua casa feliz e cheia de carinho. Aí entrar em casa, vai até à dona Tita e beija o seu rosto, enfeitando o seu cabelo com flores.
Tita: estava ficando preocupada, ouvi tiros de caçadores e imaginei que você estivesse sozinha por aí!
Clarice: estava lendo meu livro quando ouvi os tiros, o Belchior estava me fazendo companhia, mas quem estava atirando não eram caçadores, o Belchior me disse que eram os filhos do dono da fazenda grande, eles estão de férias e vieram passar alguns dias na fazenda.
Tita: essa gente é esquisita, e enquanto eles estiverem na fazenda, não chegue perto de lá, eu sei que você adora pegar frutas e eles são capazes de atirar em você!
Clarice: eles que não se atreva!
...
[...]
Três dias se passaram...
Clarice estava em casa, não estava conseguindo fazer nada, não se concentrava, se sentindo muito inquieta e resolveu dar uma volta nas montanhas, bem ao lado da sua casa. Ela costumava fazer esses passeios quando estava entediada.
Ao ultrapassar por uma pequena ponte, observou um homem de cavalo, para ela, aquele homem era estranho, nunca tinha avistado naquela região, ela se aproxima fazendo a sua caminhada.
O mesmo homem dispara um tiro em direção aos pássaros que pousava em uma árvore e a Clarice corre e grita assustada com o barulho. O sujeito não havia percebido a presença dela, porém, após aquela gritaria ele se assustou na mesma proporção fazendo com o que o cavalo cavalgasse rapidamente, foi uma correria para ambos os lados.
O homem consegue redear o cavalo e volta para ver se a moça estava bem.
Homem: oieee moça, está tudo bem com você?! (grita)
— ohh, não precisa ter medo, eu não vou te machucar!
Clarice fica parada perto de uma árvore com o coração acelerado e sentindo muito medo.
O homem se aproxima e desce do cavalo.
— oi, calma, não precisa ter medo, eu não vou te fazer mal. Eu não tinha visto que você estava aqui, e acabei te assustando né?!
Clarice: não se aproxime, eu posso te fazer muito mal.
Homem: olha, não parece que você seja essa pessoa ruim que possa me fazer mal, é tão inocente, indefesa... qual o seu nome e o que faz aqui?!
Clarice: eu moro aqui, e você? Por que está tentando matar os passarinhos, eles não fazem mal a ninguém, só sabem cantar e alegrar os dias.
Aquele homem fica em silêncio e olhando para Clarice, e ela fica sem graça.
Clarice: o que esta olhando?! (pergunta rapidamente)
Homem: (percebe que está hipnotizado) oi, desculpa, deixe eu me apresentar, eu sou o João Pedro, mas pode me chamar só de Pedro, é assim que todos me chamam. E... qual o seu nome?
Clarice: (desconfiada) me chamo Clarice. (se cumprimentam)
Após se conhecerem, João Pedro se interessa em fazer algumas perguntas sobre a Clarice. Ela se acalma e conversa sem receio.
...
Fazenda "San Diego"
A Fazenda San Diego, mais conhecida pelos moradores da região como a Fazenda grande, pertence a uma família muito rica, gerações já passaram por aqui, mas agora é patrimônio do grande empreendedor Luiz Hardmenn.
Luiz Hardmenn mora com a sua família na cidade grande e como de costume, sempre gostou de passar as suas férias com a família no campo, é uma ótima opção para descansar, a sua esposa Virgínia Hardmenn e os seus dois filhos, João Pedro e Guilherme sempre acompanharam o pai durante as férias, porém, há alguns anos, eles não tinham mais retornado a fazendo como de costume família.
Luiz: Valentina, você viu o João Pedro?!
Valentina/funcionaria doméstica: ele tomou café bem cedo e saiu de cavalo, mas não disse para aonde ia não!
Luiz: tudo bem, avise a Virgínia que vou sair com o pessoal da plantação para o campo e não tenho hora para voltar.
Valentina: sim, senhor!
Luiz: também não esqueça de pedir ao Sebastian para ir até a cidade, a Laura vem para a fazenda, mas não quer que o João Pedro fique sabendo, ela quer fazer surpresa!
Valentina: está certo, não vou esquecer.
Luiz sai da cozinha e Valentina volta a fazer os seus afazeres.
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