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Vencendo o Medo de Amar

01– Motivos

 Apesar da pouca idade, Felipe Mello, com quase 25 anos completos, já era preparado por seu pai para assumir os negócios, uma rede de hotéis de luxo.

 Gostava da vida corrida, cheia de reuniões e decisões importantes e, no seu tempo livre, treinava. Ele mantinha o corpo sempre informa, apreciava sentir sobre si os olhares de cobiça das mulheres, mesmo o das comprometidas. Trocava de ficante, assim como trocava de roupa.

Carolina ou Carol como ele tratava a sua irmã de 15 anos, repetia essa frase constantemente:

 — Um dia você se apaixonará...

 — Meu coração é blindado. — ele respondia, bagunçando cabelos da sua doce irmã.

 Agora estava ele ali, no casamento da única mulher que quase perfurou a sua "blindagem". Sorriu ao vê-la ir ao encontro do babaca do Brian Romero. Tudo certo... ver o sorriso bobo no rosto do "Homem de Gelo", era impagável.

 Suellen Marques era a mais doce mulher que ele já havia conhecido, diferente das modelos da sua interminável lista, inclusive a loira exuberante que o acompanhava.

 Estava sempre acompanhado por loiras e nunca repetia, depois que as levava para cama, as dispensava. Não queria criar vínculos ou falça ilusão. Afinal, ele tinha uma irmã e não gostaria que algum palhaço ferisse o seu coração.

 Quando o buquê da noiva foi arremessado, caiu nas mãos de uma jovem à sua frente, mas ela não pensou e rapidamente jogou em cima dele. Ele sabia como as garotas gostavam daquilo e todo o seu significado, mas aquela jovem ou era casada ou tinha aversão ao casamento. Sendi assim, ele entregou o arranjo para uma menininha ao seu lado, sabendo que a loira que o acompanhava ficaria decepcionada.

    CINCO ANOS ANTES...

     Helena Velásquez

 No dia seguinte, Helena completaria 15 anos, ela esperou por esse dia, sonhava com uma festa linda...um belo vestido cor-de-rosa... dançar uma valsa com seu pai, havia até ensaiado alguns passos, tebdo o travesseiro como parceiro.

 Mas nada era como ela sonhava ...

 Sua mãe havia falecido há cinco anos, o seu pai, Antônio Velasquez de 50 anos casou-se com a sua secretária que trouxe uma filha de 16 anos e um filho na barriga.

 A sua madrasta não era bondosa, mas seu pai não enxergava, estava cego pelo amor.

 Glaucia, a sua madrasta tinha 36 anos, a sua filha de 16 anos, Kelly, que começou a usar o nome do meu pai tornando-se legalmente a filha mais velha do empresário. Benito era seu irmão, fruto do casamento de seu pai com a secretária, mas não podia ficar com ele ou interagir, Gláucia não aceitava e ela reinava na casa onde antes sua mãe era a rainha.

 Helena aprendeu calar-se e assim não ter os seus dias de castigo. Aprendeu a não esperar nada e muito menos o amor, não se decepcionava mais com o afastamento do seu pai ou as intrigas da madrasta e de sua filha.

 Mas, sair para uma viagem em família justo no fim de semana do seu aniversário, era triste. Gláucia ainda deu folga para os quatro empregados da casa.

 Lá ela andando pela casa sozinha, tendo comida congelada para o seu jantar. Entrou no quarto de seu pai, mas lá não tinha nada que lembrasse a sua mãe, nenhuma foto.

 Pegou o batom vermelho da Madrasta e passou nos lábios. Gostou ! Acabou por tentar a sua primeira maquiagem, usando as coisas da madrasta.

 Ela faria a sua própria festa naquele sábado, pegou um vestido no armário de Gláucia. Ficou um pouco largo, ela não tinha curvas e o seu seio ainda despontava, ela via tudo como uma brincadeira...

 Desceu as escadas descalça e toda produzida. Estava sozinha e faria o que bem quisesse. Fui até onde o pai guardava as bebidas, uma bela taça e encheu daquele líquido amarelo ....era horrível, mas ela já tinha 15 anos e era quase adulta.

 Depois de beber várias doses de garrafas diferentes, a música alta em sua cabeça enquanto dançava, achando que estava feliz. Foi quando a porta abriu e ela correu em direção a pessoa que chegava.

"Seu pai veio para dançar a valsa dos seus 15 anos"! Foiu o que imaginou a mente entorpecida pelo álcool.

 Mas, para sua surpresa, era Marcelo, irmão de Gláucia que insistia em dizer que era o seu tio. Helena parou no mesmo instante, com a cabeça "pesada" pelo álcool, não tinha muita noção do que acontecia.

 — Olá princesa do tio! Soube hoje é o seu aniversário ...Vim trazer um belo bolo para você.

 Em suas mãos carregava uma pequena caixa de bolo e os seus olhos estavam no decote do vestido, que deixava a mostra os pequenos seios.

 Helena que nunca gostou daquelas mãos pegajosas e dos olhares do irmão de sua madrasta sobre ela, recuou alguns passos.

 — Quem te deu a chave ?

 — Gláucia acho melhor eu ver como você estava. — ele deixou o bolo sobre o aparador — Está bonita , minha Helena...

 Helena sentiu medo. Talvez o álcool fizesse isso.

 — Venha dar um abraço no tio...

 Algo no olhar dele fez Helena pensar em correr, mas ele rapidamente a agarrou. Com o barulho da taça caindo de suas mãos, soube que tinha perdido...

 A única coisa que se lembrava era da dor de ter o rosto pressionado nas almofadas do sofá e das mãos apertando os seus pequenos seios.

 Quando acordou, a casa estava escura, a música ainda tocava, mas agora parecia que zombava dela.A sua cabeça doía.

 Encolhida no sofá, tentava entender como isso aconteceu. Sentia-se suja!

 Acendeu a luz e para o seu desespero viu toda a bagunça, o seu reflexo na vidraça deixava claro como foi a sua comemoração.

 Os seus cabelos negros e ondulados estavam uma bagunça, a maquiagem borrada a fazia parecer um palhaço do circo de horrores. O Vestido rasgado... Olhou a sua volta e viu o bolo de aniversário caído no tapete da sala foi até ele e, usou os seus dedos trêmulos para comer.

 — Feliz aniversário para mim...

 Lágrimas amargas saíram dos seus olhos, misturando-se com o doce do bolo.

 Naquele momento ela teve um vislumbre do que era a sua vida e o que ela significava para sua família de merd@.

 Passou um bom tempo deitada perto daquele bolo, chorando de dor e tristeza, sabendo que Gláucia não a escutaria e o seu pai não acreditaria, Kelly simplesmente zombaria dela.

 Ao entardecer, tomou uma decisão.

 Agora ela tinha 15 anos e descobriu que contos de fadas não existiam e ela deveria viver por si só. Limpou a bagunça depois subiu para o seu quarto e tomou um banho por horas, tentando limpar o seu corpo e a sua alma. Pediria para o seu pai manda-la para o internato. Isso era o que Gláucia mais queria e ali, seria a sua liberdade...

   💥💥💥OLÁ AMADINHAS

  INICIANDO A CONTINUAÇÃO DE casamento sem amor...

 MAS JÁ AVISANDO: ENTREAREI 4 CAPÍTULO POR SEMANA, TENHO TRABALHO DE 10HS POR DIA OU MAIS. FILHOS, MARIDO, CASA...

A OBRA ESTÁ SENDO CRIADA E PRETENDO QUE CHEGAR ATÉ O CAPÍTULO 50 NO MÍNIMO. TENHAM PACIÊNCIA...

   Beijos de Luz 💓💓💓

02– Dias difíceis

 DIAS ATUAIS...

 Helena chegou no apartamento e sentiu pela primeira vez um vazio enorme. Estava feliz por sua única amiga ter encontrado o amor, mas ela não tinha mais ninguém e aquele apartamento que antes parecia pequeno, agora era enorme.

 Tirou a sandália de saltos e soltou o cabelo...

 Suellen insistiu para ela ficar ali, que era um presente. Ela teve que aceitar, não tinha para aonde ir e o pouco dinheiro que sobrou da herança da sua mãe não era o suficiente para se manter. Precisava de um emprego.

 Jogou-se no sofá. Não ficou para a festa de casamento. Saiu sem se despedir queria ficar no seu canto.

 Estava inquieta, aquela maquiagem irritava, fazia muitos anos que não usava nada assim… traziam péssimas lembranças.

 Tomou um banho e foi fazer algo para o seu jantar, mas descobriu que cozinhar apenas para si mesma, não era algo bom. Grelhou um bife e lavou algumas folhas para preparar uma salada, fez o seu prato, olhou para a mesa que antes dividia com Suellen, dirigiu-se até a pequena varanda. Comeu ali, em pé, olhando para o pouco movimento da rua, naquele bairro distante do centro.

Sempre que se sentia sozinha, olhava para as estrelas. Não sabia qual, mas uma delas era a sua mãe e isso a confortava.

Agora estava mais uma vez sozinha, por conta própria. A sua amiga tinha uma família para cuidar e ela agora teria que acostumar novamente com a solidão e arrumar qualquer emprego, ou logo não poderia se dar ao luxo de comer.

Acabaria por aceitar o emprego na cafeteria, o único que oferecia um bom salário e, ao mesmo tempo, ela não ficaria presa ali, reclamando do seu infortúnio, teria alguém para conversar…

Assim passaram-se algumas semanas, o seu trabalho era cansativo, mas não poderia reclamar. Sem a influência da família Velasquez, o seu diploma não valia muita coisa. Mas no fundo, Helena preferia ficar em um lugar sem muito destaque, ela não gostava de chamar a atenção sobre a sua pessoa.

Helena usava sempre o cabelo preso no alto da cabeça, num coque despretensioso e roupas largas. Não gostava de receber os olhares masculinos sobre si. Suellen ligava diariamente para saber como Helena estava. Nas ligações diárias, sempre queria saber da amiga e quando soube que trabalhava numa cafeteria, ficou inconformada.

"Helena... você desperdiça o seu talento, o seu estudo! Helena, você é capaz !"

Helena sabia da sua capacidade, era competente. Mas sabia que ninguém contrataria uma secretária do nível dela que não usasse roupas elegantes e femininas.

Ela soube disso quando um contratante deixou bem claro o que esperava de uma assistente e ela não queria isso. Não seria usada novamente.

......................

Felipe Mello estava atrasado e o seu pai não o deixava esquecer-se desse detalhe.

A loira que esteve em seus braços durante aquela noite era incansável. Poderia ser até uma boa opção, já que o seu pai queria netos herdeiros.

Abriu a porta da cafeteria que ficava a um quarteirão de distância do escritório. O pai o seguia, ainda repetindo o quão importante era a responsabilidade e a estabilidade.

Felipe dirigiu-se até uma mesa num canto. Ainda não estava bem acordado, mas daquele lugar poderia ver pela vidraça as belas pernas das mulheres que passavam na calçada, já que o piso da cafeteria era mais baixo que lá fora. Assim, as palavras de seu pai poderiam ficar vagando sem entrar em sua cabeça e o deixar estressado o restante do dia.

— Bom dia senhores. Podem fazer o seu pedido.

Felipe nem se deu ao trabalho de olhar para atendente, pediu o seu café sem desviar os olhos das pernas que destilavam lá fora.

Helena não ligou para a forma descortês do cliente. Afinal, quando ele aparecia, era sempre assim. Ele tinha uma boa aparência, chamava a atenção das mulheres no local, mas isso apenas inflamáva o seu ego e para Helena, isso já era um grande defeito.

Ela foi até o balcão para separar o pedido e ao voltar com a bandeja, fingiu não ouvir o quanto o senhor mais velho estava descontente com mais jovem. Serviu primeiro aquele senhor e quando ia entregar a xícara para o outro cliente, ouviu algo que desestabilizou.

— Felipe Mello! Pode prestar a atenção em seu pai?

Helena assustou-se. Talvez o tom ríspido daquele senhor ou talvez saber que estava diante de Felipe Mello, foi o motivo de tudo...

— Ahh...

O gemido de dor foi inevitável, Helena virou a xícara de café sobre o colo do homem. Desesperada, pegou o guardanapo e se pôs a limpar a roupa de Felipe.

— Mil desculpas... senhor…

Felipe ficou estático na cadeira. A jovem atendente estava vermelha e suas mãos deslizavam freneticamente sobre o seu colo. Era uma situação inusitada, talvez cômica até, maso que ele sentiu não foi nada disso. Ele não pensava no estrago em suas roupas ou no calor em sua pele. Ele pensava em como uma mulher sem um pingo de atrativos o deixou excitado logo pela manhã...

A atendente em questão usava um uniforme escuro e parecia ser dois números maiores que o seu. O cabelo severamente preso no alto da cabeça coberto por uma touca também escura. Não usava maquiagem ou qualquer adorno, nem mesmo uma bijuteria. Mas ele estava ereto como um adolescente. A garota parecia não saber o que fazia e o sorriso no rosto de seu pai deixava claro que ele percebeu o seu desconforto.

Felipe levantou-se rapidamente, fazendo com que a moça se desequilibrasse e esbarrasse em outro atendente e fosse ao chão com copos e xícaras caindo em sua cabeça. Ele simplesmente saiu, deixando o seu pai e o caos atrás de si.

......................

Helena entrou no seu apartamento batendo a porta.

Era uma tola! Perdeu um bom emprego por ofender o "senhor Mello".

Não pensaram duas vezes em fazer o acerto e manda-la para a rua...

Odiava Felipe Mello!

Devia tê-lo reconhecido. Mas as poucas vezes que esteve na sua presença, não se aproximou ou olhou. Agora, por conta da sua burrice, estava novamente desempregada. Sempre soube que ele era problema, e ali estava a prova.

Por conta dele ser o" todo-poderoso da família Mello", o seu emprego foi para o ralo em menos de 30 dias. Não sabia o porquê da sua amiga Suellen admirar esse almofadinha.

Ela odiava Felipe Mello!

03— Um emprego

 Há três dias sem sair do apartamento e fingindo não observar as notificações de Suellen, não foi surpresa para Helena ver a amiga e a sua já aparente barriga parada em frente à sua porta.

 — Posso entrar?

 Helena olhou para a amiga que fazia uma cara de cão sem dono, pedindo permissão para entrar no próprio apartamento.

 — Oi...

 — Como você pôde ignorar as minhas chamadas? — Suellen a abraçou — Ainda é a minha única amiga!

 — Não é o que os sites de fofoca dizem.

 — Sua boba. Aquilo não é amizade, aquilo é conveniência.— Suellen falou com desdém — Estou aqui para comer o seu arroz perfeito. — Suellen falou, se jogando, sem cerimônias no sofá da sala.

 Helena ficou feliz com a visita. Amava Suellen como se fosse uma irmã, mas agora ela era esposa de um milionário, não comeriam mais os dogs na praça de alimentação do Shopping.

 Enquanto cozinhava para a amiga, elas conversavam e Suellen ficou enfurecida quando a amiga contou que foi despedida por conta de um cliente arrogante, mas Helena não contou que era Felipe Mello o seu algoz.

 Não queria chatear a amiga, por que já estava acostumada. Afinal, o seu próprio pai a menosprezava, tratando a enteada Kelly como filha. Fosse por Benito, o seu meio irmão, ela até entenderia ser trocada dessa forma pelo pai.

 Procurou tirar esses pensamentos da sua cabeça e forçou um sorriso para que Suellen não se preocupar. A sua amiga estava grávida e não era bom ficar com pensamentos negativos.

 Sentaram-se na cozinha e Suellen estava feliz:

 — Saudades do seu tempero…

 — Tempero com amor... aliás, eu sou toda amor.

 As duas riram. Helena gostava de ver a alegria da sua amiga, mesmo desejando tê-la ao seu lado, sabia que ela era feliz com o seu marido, que a mimava o tempo todo.

 — Irei pedir para Felipe conseguir algo para você. Ele já falou que teria uma vaga no escritório. Lá estará mais na sua área de trabalho.

 — Não precisa. — Helena não queria falar para a amiga o quanto detestava Felipe Mello.

 — Precisa sim! Lá você ganhará bem mais que na cafeteria e fará o que gosta.

 — Suelen...

  — Nada de Suellen. Está decidido. Você é minha amiga! — fazendo cara de sofrimento, continuou — Como terei paz para carregar Deise até o final da minha gravidez? Você estando bem, tudo ficará bem.

 — Chantagista!

  Helena sabia ser uma batalha perdida. A amiga se preocupava e até já havia se oferecido para ajudar financeiramente, mas isso ela não aceitaria e para a paz de Suellen, Helena resolveu aceitar que amiga falasse com Felipe Mello.

 Para o bem da sua afilhada, ela aceitaria a ajuda de sua amiga.

 Passaram a tarde juntas, assistindo séries e comendo pipoca, como antes. Vez ou outra Suellen mexia em seu celular.

 — Sabia!— Suellen exclamou satisfeita.

 — O que aconteceu?

 — Felipe não me decepcionou! A amiga falou sorrindo satisfeita. Ele pediu os seus dados para passar para o RH. Você começará na segunda-feira!

 Helena fingiu felicidade. Mas sabia que não daria certo aquele arranjo.

 — Que bom...

 — Será maravilhoso! — Suellen bateu palmas cheia de excitação.— Ele prometeu colocar-te para trabalhar próxima a ele e será bem remunerada!

 — Hum…

 Helena não sabia se ria ou se chorava. Felipe Mello não iria gostar nada, nada de ter a "agressora estabanada da cafeteria" trabalhando para ele. Mas ela sabia que se tentasse não ficar muito próxima, se usasse um disfarce... ele jamais a reconheceria. Um sorriso confiante brotou nos seus lábios.

 — Helena... será algo bem melhor que ser atendente na cafeteria. Você sabe do seu potencial. — a amiga sorriu docemente sem saber dos pensamentos da outra. — O seu salário será ótimo, salário de secretária executiva…

 — Mas eu não trabalho nessa área...

 — Esquece. Deixe de se preocupar. Até onde eu sei, você terá apenas que acompanhá-lo e passar a sua agenda. Será como Eduardo é para Brian, não se preocupe.

Helena procurou ficar neutra. Afinal, o salário seria ótimo, mas resumindo, ela seria como uma cachorrinha adestrada de Felipe Mello...

......................

 Felipe Mello não pôde recusar um pedido de Suellen Marques. Agora, Suellen Romero. Ter uma mulher grudada nele não era todo tão preocupante, ainda mais se fosse uma deusa, o que certamente seria. Uma amiga de Suellen só podia ser uma linda mulher. Não importava se a garota fosse sem cérebro, ele tinha a sua própria secretária e era excelente em seu trabalho. A tal de Helena seria uma peça decorativa em seu escritório.

 Felipe não se considerava um cafajeste. Ele tinha uma irmã de quase 15 anos, a doce Carol, jamais desrespeitaria uma mulher. Mesmo ele usando-as apenas para se satisfazer, sempre deixava claro que não era nada sério, não se apaixonaria, isso não estava nos seus planos.

Herdeiro de uma rede hoteleira, sabia ser disputado por várias mulheres que gostariam de ser a senhora Mello.

Ele fugia o máximo para não ser fisgado e saía com beldades variadas, a sua preferência era por loiras , desfilava a cada noite com uma diferente.

Chamava a atenção por onde passava, isso ele sabia.

O seu corpo era todo trabalhado devido a sua prática diária de exercícios e aulas de academias de luta. Os seus músculos combinavam com os seus quase 1,90 m de altura, cabelos negros e o sorriso que ele sabia, derretia corações. Tudo isso era o que a sua irmã Carolina repetia constantemente.

Mas ele não deixava que a sua vida amorosa atrapalhasse os negócios. Não flertava com funcionárias , não se relacionava com filhas de parceiros de negócios. Ele tinha preferência a mulheres ligadas ao meio artístico e modelos, que gostavam do brilho que a presença dele dava as suas carreiras.

Agora, para agradar Suellen, aceitou contratar a amiga. Inventou inclusive, um cargo extra.

A sua secretária Francisca era capaz de cuidar de tudo, mas não se negou a colocar a tal da Helena no quadro de funcionários. Colocaria uma mesa em sua sala, assim olhar para a moça lhe daria ânimo e inspiração em seus investimentos. Sabia que o seu pai o mataria se soubesse dos seus pensamentos.

E naquela noite, num Pub no final do dia, entre um drink e outro, contou os seus planos para os seus dois melhores amigos do tempo de faculdade : Bruno Satti e Diego Malta, ambos também herdeiros como Felipe.

Os dois estavam ansiosos com a nova secretária e queriam estar junto dele para recepcionar a moça, mesmo Felipe deixando claro que o seu escritório não era espetáculos.

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