Sou Davi, tenho 23 anos, me formei em direito no ano passado. Meu irmão gêmeo Noah e eu viemos estudar nos Estados Unidos assim como nosso pai, que é um conceituado advogado criminalista do escritório Alencar, que pertence a nossa família.
Após a formatura, meu pai disse que nós poderíamos ficar mais uns meses morando aqui para tirar umas férias e descansar, o que de fato foi muito bom, pois na nossa família se tem algo que levamos a sério são nossos estudos. Nossos pais sempre fizeram questão de nos dar a melhor educação. E meu irmão e eu estudamos feito loucos e nos formamos com honra.
Além de estudar, deu tempo de ficar com algumas mulheres, óbvio, afinal a vida não resume-se apenas em obrigações, também tem que haver diversão.
Agora de volta ao Brasil as obrigações vão falar mais alto, já que meu pai quer se aposentar definitivamente para curtir com minha mãe. Meu pai está com 62 anos, mas em plena forma, dá até inveja do velho, minha mãe também não fica atrás, está com 56 e como ele está em plena forma. Os dois se exercitam todos os dias.
Meu pai pega só alguns casos específicos do escritório, mas quer se aposentar de vez. Ele merece esse descanso, pois já trabalhou muito nessa vida, temos o que temos graças a ele e à minha mãe. Ela trabalha desde que era muito nova, os dois merecem descansar e curtir os seus anos dourados.
Ele vai continuar como dono e sócio do escritório, juntamente com meu tio Alex e meu tio Fabrício. Há tempo que os três assumiram o escritório, desde que meu avô Fernando resolveu se aposentar. Inclusive sinto falta dos meus avô Fernando e do meu avôdrasto José, os dois já não estão mais entre nós, mas foram muito bons com os netos e nos proporcionaram momentos incríveis. Minhas avós ainda continuam aqui conosco, graças a Deus e espero que fiquem por muito tempo ainda, minha avó Marisol está com 87 anos e minha avó Maria com 78, elas são muito lindinhas, as amo demais.
Meu pai e meus tios vão se aposentar e deixar o comando para a nova geração de advogados da família, que são muitos, acho que mais da metade da nossa família se formou em direito.
Meu primo mais velho, Ruan, é o primeiro da nova geração, faz tempo que se formou e trabalha com meu pai e meus tios, ele é bem mais velho que eu, tem 38 anos e é casado com minha irmã Luíza, que também é advogada criminalista, os dois são.
Minha outra irmã Cecília, também é advogada, assim como minha prima Eduarda, filha da tia Beatriz, irmã do meio de Ruan, Théo, Luna e Aurora, que são filhos do tio Alex, também são advogados, tio Alex se enche de orgulho pelos três filhos terem seguido sua carreira. E por fim, Beatrice, filha do tio Fabrício, meu irmão gêmeo Noah e eu.
Essa é a nova geração de advogados da família Alencar, a maioria de nós criminalistas. Minha mãe se preocupa muito conosco, mas é inevitável. Essa paixão está no sangue, vem de berço.
Nossa família é composta basicamente por advogados, os que não são advogados, são médicos e os que não são médicos, trabalham com tecnologia e tem a tia Liz que trabalha com moda.
Voltar para o Brasil depois de uns meses descansando é muito bom, mas ao mesmo tempo sei que terei muito trabalho pela frente, pois assumiremos o comando do escritório.
Ir embora daqui significa deixar Mia que é uma garota fantástica, fora de série, ela é um doce de pessoa, muito humilde e se preocupa com todos.
Mia
— Preciso ir agora, Mia. — digo para ela em inglês.
— Vou sentir saudade baby. — ela diz também em inglês.
Ensinei um pouco de português para ela, ela até compreende bem, mas se atrapalha para falar.
Mia é uma pessoa incrível, mas infelizmente tenho que ir.
— Deveria ficar baby.
— Não posso baby girl, meu pai precisa de mim.
— E precisa terminar comigo?
— É melhor não nos prendermos, um namoro à distância é difícil, ainda mais agora que eu vou ter que trabalhar bastante e você também.
— Vai vir me ver?
— Não, Mia, estamos terminando, tente ser feliz.
— Não, quero você baby. — ela diz e algumas lágrimas escorrem pelo seu rosto.
— Não faz assim baby girl.
— Posso ir te visitar no Brasil?
— Claro que pode, as portas sempre estarão abertas para você, meus pais e as crianças gostam muito de você.
— E eu deles.
Meus pais e meus irmãos mais novos conhecem Mia, a conheceram da última vez que vieram passar férias aqui.
— Se cuida Mia. — dou um beijo casto em seus lábios e me afasto.
— I love you baby. — ela diz e eu lhe dou outro beijo e um abraço bem apertado.
A verdade é que gosto muito dela, ela é incrível, mas amar, eu só amei a Rubi.
Mia é incrível, mas não vou ficar em um relacionamento à distância, essas coisas são muito desgastantes e raramente funcionam.
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Descemos do jato e já sinto o calor característico do Brasil, apesar de nossa cidade não ser tão quente, mas ainda sim em Nova York faz muito frio.
— Que saudade que eu tava daqui! Olha essas mulheres! — meu irmão Noah exclama. — Olha o tamanho desses rabos, meu irmão! — sorrio e nego com a cabeça.
Meu irmão é terrível, acho que ele pegou metade das mulheres de Nova York, era uma, duas, três ou mais que isso por noite. Noah é adepto daquelas casas de swing e de troca de casais. Se meus pais sonham com isso, acabam com ele, ninguém da nossa família curte essas coisas, só esse cretino.
Até fui uma vez com ele, mas não curti, não acho legal tr*nsar com outras pessoas me olhando e também gosto de uma coisa mais íntima, tipo só a pessoa e eu. Não vou negar, no dia que visitei a tal casa eu tr*nsei, mas apenas com uma, só que não me senti a vontade de ser observado no ato.
Meu irmão só namorou uma vez na vida e foi ainda na adolescência, com a loirinha, Safira, um das gêmeas Adams, mas terminaram o namoro assim que terminamos o ensino médio e decidimos estudar fora e ela e sua irmã Rubi foram estudar medicina no Sul do Brasil.
Rubi... Noah namorava a Safira e eu a Rubi. Inclusive dei meu primeiro beijo nela, aos onze anos, na verdade ela me beijou, ela sempre foi bem ousada e muito mais corajosa que eu, eu sempre fui um cagão.
Foram namoros bem inocentes, coisa de criança mesmo, na adolescência teve uma mão boba aqui e outra ali, mas nunca passamos dos limites com elas, pois nossos pais sempre bateram nessa tecla conosco, que poderíamos namorar com elas, mas não deveríamos passar dos limites. O pai delas também era bem rigoroso, namorávamos sempre em casa e nada de entrar nos quartos.
Noah não sentiu tanto terminar com Safira, pois aquele sempre foi desapegado, mas eu fiquei bem triste por ter que deixar minha loirinha para trás.
Ainda continuamos nos falando por um tempo, por mensagens e chamadas de vídeo, mas depois que ela arrumou um namorado parou de falar comigo e eu segui minha vida.
Namorei também, o primeiro namoro durou um ano, quando tinha dezenove e foi até eu fazer vinte anos, o segundo e último durou dois anos, comecei a namorar com ela aos vinte e um e terminei agora, pois tive que voltar para o Brasil.
Mia queria que eu ficasse morando com ela e trabalhando no escritório de seu pai, mas meu pai quer se aposentar e precisa de nós para ficar à frente de tudo.
De longe vejo meus pais e meus irmãos nos esperando, minha família é assim, sempre andam juntos.
Os moleques que eles adotaram estão grandes já, eles adotaram cinco irmãos, Anna Julia e Anna Carolina, que são gêmeas, até quando não são filhos de sangue meus pais conseguem gêmeos e sempre tiveram isso de Anna, todas as minhas irmãs são Annas, e com essas não foi diferente, as meninas estão agora com quinze anos, e tem os outros dois que também são gêmeos, Yuri e João Pedro que estão com treze anos e tem mais uma Anna que não é gêmea, nossa caçulinha Anna Gabriela que está com onze anos.
Meus pais são tão incríveis que mesmo com sete filhos ainda adotaram mais cinco, a mãe deles passou a guarda para minha mãe.
A mãe deles estava junto com as crianças em uma das ONGs que minha mãe tem. As meninas mais velhas tinham cinco anos na época, os meninos três anos e a mais nova tinha apenas um ano e a mãe dele estava grávida novamente e já havia dado a criança que estava na barriga para um casal.
Estão aqui só os mais novos, já que minhas irmãs mais velhas estão trabalhando.
— Davi! — Anna Gabriela corre e se pendura em meu pescoço.
— Oi meu amor! — digo a abraçando, a levanto e rodopio com ela.
— Estava com tanta saudade. — ela diz.
— Eu também estava. — digo beijando sua bochecha.
A caçulinha é muito apegada a mim, foi assim desde que ela chegou em nossa casa, quando tinha apenas um ano.
— Você está muito alta Gabi, assim daqui a pouco vai está mais alta que eu. — digo e ela sorri.
— Da última vez estava com 1,40.
— Você só tem onze anos, menina! — digo e ela sorri.
— Quase doze. — ela reforça.
— É! Inclusive trouxe seu presente de aniversário.
— Oba! Já quero.
Meus outros irmãos também me abraçam, estão todos maiores do que eu me lembrava, a última vez que vim aqui, foi ano passado.
— Meu amor, como você está lindo. — minha mãe diz e me abraça.
— E a senhora nem se fala, está malhando pesado, não é dona Raquel?
— Estou.
— Está a maior gata.
Minha mãe está esbanjando saúde e boa forma.
— É bom te ter de volta filho. — meu pai diz e me abraça.
— É bom estar de volta pai.
É isso... É bom estar de volta!
Sou Rubi, tenho 23 anos e uma irmã gêmea que é mais velha que eu alguns minutos. Não somos gêmeas idênticas, já que somos de bolsas diferentes, mas somos muito parecidas.
Sou uma dos sete filhos de Christopher e Melissa Adams. Meu pai é dono de várias empresas de tecnologia e minha mãe uma renomada médica pediatra.
Acabei de me formar em medicina, assim como minha mãe e meu avô e agora é só fazer residência e atuar na área que eu quero, que é a da cirurgia plástica.
Minha irmã Safira e eu fomos estudar medicina no Sul do país e agora estamos de volta e faremos nossas especializações aqui em nossa cidade.
É bom estar de volta em casa, poder ficar perto dos meus irmãos e dos meus pais, eu sinto muita falta desse caos, desse barulho e de tantas pessoas na mesma casa, afinal somos sete e ainda tem meus primos, filhos dos meus tios por parte de mãe e os filhos do meu tio por parte de pai.
Inclusive, tio Bernardo é casado com a Liz Medeiros, irmã da mãe do meu ex amor, Davi Alencar.
Davi e eu namoramos durante toda a infância e adolescência e só terminando porque decidimos seguir rumos diferentes, ele foi para Nova York estudar direito e eu fui para o sul do Brasil estudar medicina.
Ele foi uma pessoa muito importante para mim, tanto que passei um bom tempo falando com ele depois que terminamos, mas logo conheci alguém e infelizmente deixei minha amizade com Davi de lado.
Eu sofri horrores por ter que deixar meu amorzinho, eu amei muito Davi, ele foi a pessoa que eu mais amei na vida, se duvidar a única.
Tenho meu namorado, Freddy, ele é incrível, me ama e faz tudo por mim e para me ver feliz, gosto muito dele, de verdade, mas não sinto o mesmo que sentia por Davi.
Muitos disseram que era um amor de criança e que logo ia passar, mas a verdade é que ele sempre vai ser especial na minha vida.
Namoro com Fred desde que eu tinha dezoito anos, já estamos juntos faz cinco anos e ele tem planos de nos casarmos logo após nossas especializações, ele também estuda medicina, mas ele vai se especializar em neurologia.
Decidimos fazer uma surpresa para nossos pais e chegamos antes da data prevista em casa.
Freddy vai se organizar e logo vem também, já que ele mora no sul do país.
— Acho que nessa hora estão todos no jardim, tomando café da tarde. — digo para Safira.
— Com certeza estão. — ela diz.
De longe vejo meus pais, meus cinco irmãos, tio Bê, tia Liz e meus primos todos em volta da mesa e sorrio.
Automaticamente me sinto em casa e cheia de vida, eu amo estar com eles.
— Surpresa! — nós duas falamos juntas e meu pai engasga com o suco e minha mãe corre para nos abraçar.
— Meu Deus! Que surpresa boa filhas! — minha mãe diz nos abraçando forte e nos beijando. — Como vocês estão? Fizeram uma boa viagem?
— Estão bem. — digo.
— E fizemos uma boa viagem. — Safira diz.
Meu pai vem até nós e nos abraça com lágrimas nos olhos, ele sempre foi mais emotivo do que minha mãe quando se trata dos filhos.
Meu pai está agora com 62 anos, mas continua muito bonito. Ele foi pai aos 39, se casou aos 35 com minha mãe, que era bem mais nova que ele, tinha 19 anos e estão juntos até hoje, 27 anos depois.
— Deveriam ter dito que estavam vindo princesas. — ele diz secando as lágrimas.
— Aí não seria surpresa. — digo e vejo tio Bê e tia Liz trocar um olhar e fico sem entender.
Logo os dois vêm nos abraçar também, seguidos dos meus irmãos e dos meus primos, que estão enormes.
Ayla e Lara, as gêmeas idênticas deles, estão com 17 anos e muito lindas e Igor está com 14 anos e a cara do tio Bê.
— Vão ficar quantos dias? — minha irmã Esther pergunta.
Esther é gêmea idêntica de Sophia, que são quadrigêmeos de Felipe e Lucas, os dois são gêmeos idênticos, os quatro têm 17 anos, a mesma idade das minhas primas Ayla e Lara.
Nossa família é bem grande, pois ainda tem meus quatro tios por parte de mãe, meus primos filhos deles, meus avós, que não estão mais aqui, inclusive sinto falta deles.
Quando junta todo mundo a bagunça é grande.
Isso me lembra os almoços de domingo na casa dos Alencar, lá também é super animado e eles tem uma família ainda maior do que a nossa.
— Viemos para ficar, só vamos voltar lá para a festa de formatura que vai ser daqui há um mês.
— E porque já vieram agora? Mamãe disse que vocês só iam vir depois da formatura. — Sophia diz.
— Sim, mas, voltamos antes para ajudar Olívia com os últimos detalhes do casamento.
Olivia é nossa amiga de infância, ela vai casar com nosso outro amigo de infância, Henry. Safira e eu, juntamente com os gêmeos Alencar éramos inseparáveis com Henry e Olívia, que namoram desde a infância, assim como minha irmã e eu com Davi e Noah, mas a diferença é que terminamos os namoros quando fomos para a faculdade e Olívia e Henry estão juntos desde então e agora vão se casar e óbvio que nós não poderíamos deixar de estar presentes em um dia tão especial para ela, tanto que seremos madrinhas.
— Que bom que agora vão ficar minhas princesas. — meu pai diz nos abraçando outra vez e eu sorrio.
— Vamos fazer nossas especializações aqui papai, o senhor vai ter muito tempo para matar a saudade. — digo e ele sorri.
Safira já está brincando com os cachorros, temos cinco, sendo que um deles temos faz muito tempo, ele já tem 12 anos.
Minha irmã é muito apegada a eles, na verdade minha irmã ama os animais.
— Como está tudo na clínica tio Bê? — meu tio é veterinário e tem algumas clínicas.
— Tudo bem princesa, demos início a um projeto de castração de animais em situação de rua.
— Ai que bom tio, isso é muito bom.
— Sentem, eu não sabia que vinham, mas hoje fiz red velvet. — minha mãe diz.
— Ai que delícia!
Minha mãe cozinha muito bem, mas a especialidade dela são os bolos, um mais gostoso que o outro, sem contar que ela faz o melhor brigadeiro.
— Mamãe, faz brigadeiro?
— Oh meu amor, claro que faço.
— Obrigada mamãe, a senhora é a melhor. — digo.
Olho em volta e sinto meu coração quentinho, é muito bom estar de volta.
Sou Noah, tenho 23 anos e tenho um irmão gêmeo e mais dez, ao todo somos doze.
Acabei de chegar de uma temporada morando em Nova York com meu irmão gêmeo.
Chegando em casa toda nossa família está reunida esperando por nós. Ser dessa família é saber que tudo vira uma festa.
Estão todos em peso aqui, inclusive meu amigo Henry.
Apressamos nossa volta justamente porque ele resolveu colocar a coleira, vai se casar com nossa também amiga, Olívia.
Os dois, as gêmeas Adams, Davi e eu estudamos juntos praticamente a vida inteira.
Além de amigos, nós também éramos namorados, Henry namorava Olívia, no caso namora até hoje, tanto que vão casar, Davi namorava Rubi e eu Safira.
Para falar a verdade, meu namoro com Safira era mais por pressão, por causa dos outros quatro que namoravam e nós para não ficarmos de fora acabamos namorando.
Eu não posso falar que não sentia nada por ela, porque estaria mentindo, eu gostava muito dela, afinal nos conhecemos a vida inteira, desde quando aprendi a andar já conhecia as duas e a amizade foi crescendo com o passar dos anos, até que se transformou em outra coisa, por isso não posso dizer que não senti nada nada por ela, pois antes de tudo ela sempre foi minha amiga.
A verdade é que me senti aliviado quando finalmente o namoro acabou, eu queria ter outras experiências e com ela eu não podia, pois nossos pais marcavam colado e na adolescência você só quer uma coisa, f*der e estando com ela eu não podia, não podia com ela e nem com as outras, pois eu posso ser tudo, mas infiel jamais, eu odeio infidelidade. Para mim quem trai não tem caráter, pois ninguém é obrigado a ficar com ninguém, se quer outra pessoa, termine, se não quer assumir nada sério com ninguém, fique solteiro.
E foi exatamente isso que eu fiz, depois de Safira não namorei com mais ninguém e assim que cheguei em Nova York a primeira coisa que eu fiz foi f*der, tive minha primeira vez aos dezessete anos com uma mulher bem mais velha, ela trabalha na faculdade e me deu mole logo de cara e eu que não sou bobo e nem nada aproveitei, fiquei várias vezes com ela e ela me ensinou muita coisa. Inclusive logo que diz dezoito anos ela me levou em uma casa de swing e troca de casais, ela era adepta dessas coisas e confesso que desde que entrei não sei mais. Tr*nsei feito um louco, com várias mulheres, duas ou três de vez, lá rolava de tudo.
Se meus pais sonham que frequento esses lugares, eles me matam, minha família pode dizer que são todos conservadores, mesmo sendo fogo com seus parceiros, é tipo assim, com o parceiro pode tudo, mas fazer algo desse tipo ninguém nunca fez, bom, não que eu saiba.
— Oh filho, você está tão lindo. — minha avó Marisol diz me abraçando e me beijando pela décima vez.
— A senhora também está linda. — digo beijando seus cabelinhos brancos, ela tem um cheiro muito bom, aquele cheirinho de vó, de casa, de lar. — Sentiu minha falta?
— Senti, de você e do seu irmão.
— Agora viemos pra ficar vó.
— Que bom meu filho, seu avô ia ficar feliz por ver vocês voltando pra casa.
— É, eu sei vó.
Meu avô nos deixou faz três anos e deixou um grande vazio, principalmente para minha avó que passou a vida inteira com ele. Eles foram a base da família Alencar.
Minha família materna é diferente, basicamente era composta por minha avó Maria, minha mãe e minhas duas tias, elas viveram só as quatro por muitos anos, até minha mãe conhecer meu pai e a família dele meio que adotou a da minha mãe. Meu avô materno morreu quando minha mãe tinha doze anos e com isso minha avó teve que cuidar das três filhas sozinha, pois a família do meu avô nunca quis saber da minha mãe e das minhas tias, pois minha avó era filha da empregada da casa e meu avô largou tudo, a família, o conforto e o dinheiro da família dele para viver com minha avó e de fato eles foram muito felizes juntos. Minha avó passou muitos anos sem ninguém, até que encontrou meu avôdrasto, que a fez muito feliz por muitos anos e infelizmente também não está mais entre nós.
Henry, Davi e eu nos afastamos um pouco dos outros e nos sentamos na mesa do deque e bebemos uma cerveja enquanto conversamos.
— As Adams vão vir para o casamento. — ele diz.
— Que bom. — digo. — Faz tempo que não as vejo, vai ser bom vê-las. — digo, porque de fato é verdade, como disse, gosto muito da amizade delas.
Olho para o meu irmão e ele está com o olhar distante, como se estivesse perdido em pensamentos. Em todos esses anos e mesmo tendo tido algo bem sério com a Mia, meu irmão não deixou de gostar e de pensar em Rubi. Davi é muito emocionado, na verdade sempre foi, ele sempre foi assim, se apega fácil as pessoas.
— Já se passou muitos anos, irmão, você nunca mais nem se falaram, não deveria ficar assim.
— Pra você é fácil falar, nunca gostou de ninguém de verdade. Tenho certeza que Henry me entende.
— Eu entendo. — nosso amigo diz.
— Vocês dois são dois emocionados, esse aqui pelo menos c*meu outras b*cetas. — digo apontando para o meu irmão. — Mas esse aqui só c*meu uma na vida. — digo apontando para o meu amigo. — O lance é experimentar todas, pegar e não se apegar, vocês nem sabem como é bom ter uma mulher sentando no seu p*u, enquanto tem uma sentada na sua cara. — digo sorrindo e os dois reviram os olhos.
— Se a mamãe te ouvir dizendo isso acaba com você.
— Ela não vai saber! E você deveria fazer o mesmo meu irmão, aproveitar a vida enquanto é jovem, Henry eu não convido porque ele vai casar, mas você Davi, deveria mesmo sair e pegar umas mulheres.
— Não, estou bem assim, pode ir você.
— Pode ter certeza que na primeira oportunidade eu vou mesmo! Eu não posso ficar sem sexo.
— As vezes acho que você tem problemas! — meu diz e eu sorrio.
— Mas mudando de assunto, temos que organizar sua despedida de solteiro. — digo para Henry.
— Melhor não deixar ele responsável por essa parte, ele vai contratar um monte de strippers.
— Nem pensar! Se Olivia sonha, ela me mata e cancela o casamento.
— Mas é uma despedida de solteiro, não tem despedida de solteiro sem strippers.
— Nem pense nisso Noah, nada de strippers.
— Vocês são dois caretas sem graça! Não sabem nem aproveitar a vida.
Terminamos nosso dia conversando e eu sem perder a oportunidade de tirar uma com a cara deles.
É bom demais estar de volta!
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