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A Filha dos Deuses

A profecia.

Há muitos séculos, quando a humanidade foi abandonada pelos deuses, surgiu uma profecia:um deus caminhara novamente sobre a terra, cuidando dos povos, pois grandes eventos estavam por vir. Anos se passaram, e a esperança de salvação da fome, das guerras e das doenças persistia, mas o deus prometido não aparecia. O povo questionava, mas o tempo continuava seu curso.

Eventualmente, o cansaço e a descrença se instalaram. A profecia, vinda de uma sacerdotisa idosa, talvez fosse apenas um sonho ou uma fantasia. Contudo, a sacerdotisa permanecia firme, afirmando que Zeus lhe revelara a vinda da divindade e de eventos terríveis.

Com o tempo, a profecia e os deuses foram esquecidos, tornando-se lendas. A humanidade seguiu em frente, adotando novas crenças e costumes.

No entanto, em meio ao esquecimento, Zeus desceu à terra e escolheu um casal para criar uma menina destinada a proteger a humanidade até o fim dos tempos. Ninguém imaginava que uma menina indefesa teria tal responsabilidade, pois naquela época, o papel de guerreiro e guardião era reservado aos homens.

Espero guiá-lo em uma aventura extraordinária.

Tempos Atuais

"Bom dia, Ronny! Como você está se sentindo hoje?", perguntou a Dra. Eliza.

"Muito bem, doutora! Quero ir para casa comer a comida da minha mãe. É deliciosa, muito melhor do que a do hospital", respondeu Ronny.

"Espero experimentar um dia, Ronny, para ver se é verdade", disse a Dra. Eliza, olhando para a mãe do menino, que estava com o rosto corado.

Anelyse, a jovem mãe, sentiu-se envergonhada pelo comentário do filho sobre suas habilidades culinárias na frente da doutora. Apesar de ser uma mulher bonita e atraente, nutria uma paixão secreta pela médica.

Ronny, um menino de 12 anos cheio de entusiasmo, não deixava sua condição de saúde apagar sua alegria e vontade de viver.

Em poucos dias, ele havia perdido o apetite e piorado. Uma doença mortal o consumia lentamente, e os médicos já haviam tentado de tudo sem sucesso. A Dra. Eliza assumiu o caso, determinada a descobrir o que estava acontecendo, pois sua especialidade eram casos considerados perdidos.

Ronny estava internado há uma semana no Hospital Central da Espanha, e sua mãe aguardava ansiosamente o diagnóstico da Dra. Eliza e a possibilidade de uma cura.

Após uma longa conversa com Ronny, a Dra. Eliza chamou Anelyse ao seu consultório para conversar.

"Infelizmente, Ronny precisará ficar mais alguns dias em observação para novos exames, mas logo poderá voltar para casa", informou a médica.

"Tenho fé que está tudo bem, doutora", afirmou Anelyse, embora não tivesse tanta esperança.

A Dra. Eliza, apesar de sua vasta experiência médica, já havia enfrentado situações semelhantes e estava preparada para o melhor, pois sentia o amor profundo da mãe pelo filho e, por algum motivo, acreditava que ela não deveria sofrer com a perda. A médica não conseguia dar notícias tristes àquela mãe; seu coração não permitia.

Embora a Dra. Eliza não soubesse, seus destinos estavam entrelaçados há séculos.

Anelyse, mãe de Ronny, era uma mulher de 28 anos, com longos cabelos loiros e olhos verdes como esmeraldas. Apesar de sua beleza, seu coração estava totalmente dedicado ao filho. Tentava ser forte, mas no fundo era frágil, e não demonstrava isso a ninguém.

Antes de dormir, Anelyse sempre contava uma história para Ronny. Naquela noite, em seu novo quarto, após abraçá-lo e beijá-lo, sentou-se em uma poltrona ao lado dele e segurou sua mão.

"Vou te contar uma história muito antiga, passada de geração em geração, uma lenda", disse Anelyse.

"Vai me contar uma história?", perguntou Ronny, animado.

"Sim, uma história muito interessante que envolve a Filha dos Deuses, uma menina deixada pelos deuses para se tornar uma guerreira e proteger a Terra por toda a sua vida. Dizem que ela se tornou uma caçadora implacável de criaturas terríveis", contou a mãe com ternura.

"Já gostei! Conta desde o começo", pediu Ronny,

acomodando-se no travesseiro, ansioso por ouvir a história fascinante.

Há alguns séculos atrás os Deuses previram  grandes sofrimentos aos humanos, demônios e  monstros começaram a andar sobre a terra, perseguiam e  matavam seres humanos por pura diversão, e às vezes transformavam alguns em monstros afins de  servi-los como escravos.

Mas os deuses não poderiam intervir, pois seus adoradores o estavam deixando de acreditar neles, não os chamavam mais para resolver seus problemas, não deixavam mais suas oferendas e isso foi afastando os deuses da terra, se tornando inúteis para os seres humanos. porque agora os humanos se comportam como deuses, resolvidos seus próprios problemas e nem para as guerras os chamavam mais.

Então os deuses deram a mensagem a ser entregue a humanidade através de uma anciã uma sacerdotisa  previu como uma profecia, tudo que iria acontecer, mais o tempo foi passando e o povo acabou esquecendo o tal profecia.

mas nem todos.

Tempos depois o Todo poderoso Zeus visitou a terra e encontrou um casal de jovens em uma vila entre montanhas e florestas, um lugar humilde e acolhedor, um lugarzinho escondido em Montreal.

E os jovens casal receberam este senhor bem vestido ede boa aparência, certamente de uns cinquenta e poucos anos, que estava procurando um  abrigo em uma noite de uma terrível tempestade,  sem saber realmente quem o era, o jovem casal  não queria deixar um forasteiro em uma  tempestade, pois a hotelaria estava cheia e não  podia hospedá-lo. Então o acolheram e lhe deram  o que comer e beber, e ofereceram uma cama para  passar a noite, pois saberiam que no dia  seguinte a tempestade já teria passado.

Então Zeus como um bom hóspede se acomodou naquela noite e embora foram poucas as palavras  trocadas, sem dúvida soube que sua herdeira  seria uma verdadeira guerreira, pois não lhe  faltaria amor e cresceria com esperança de  salvar a humanidade.

Ronny; Ele saberia por que ele era um Deus né mamãe? - Perguntou o menino todo ansioso.

- Sim\, exclamou Analyse ao ver que ele estava  muito curioso e prestativo.

Continuando...

Ao se levantar pela manhã o céu estava muito  bonito e nem parecia que a noite se passou uma  tormenta, e o bom senhor sentou-se à mesa para  tomar um bom café e esclarecer algumas coisas.

Disse ZEUS: sobre a profecia e contou como  seria a vida deles depois daquele dia e como  iriam criar uma deusa e guerreira.

O jovem senhor hospedeiro disse a ZEUS. meu senhor como poderíamos criar uma filha se acabamos de nos casar, o que vão pensar de nós.

De certa forma ela foi deixada em uma tempestade. disse Zeus, e não se importa com o que as pessoas falam, pois um dia os agradecerão.

Como o jovem você será um bom pai, pois é o melhor ferreiro da  região.

Então Zeus  lhe entregou uma espada de tamanho  poder que só um herdeiro dos deuses poderia  desempenhar.

E disse- (quando esta criança crescer vai lhe  entregar esta espada, e ela vai saber o que  fazer, pois será chegada a hora de sua jornada  começar e se torna uma guerreira poderosa e  temida por toda terra.)

O jovem ferreiro pegou a espada que a segurou  e notou a leveza e muito bem-feita, diferente  das quais já teria visto.

E para a sua mulher lhe entregou uma linda bebe que estava dormindo tranquilamente bem aquecida com várias mantas lindas E depois de várias  conversas se despediu e nunca mais se viu  aquele homem.

 -Já acabou? perguntou o menino em seu leito.

-Não! agora que a história vai ficar boa e  aterrorizante!!

Brincou a mãe tentando colocar medo ao menino,  não sabendo que a Dra. Elisa estava a sua  retaguarda curiosa em ouvir um pouco da  história, mas não se fez barulho algum para  não atrapalhar o momento mãe e filho e saiu sem  ninguém a notasse.

Mal sabiam que as duas estavam conectadas,e com  o mesmo propósito. De guardar a história por  séculos e garantir que a salvadora pudesse  ressurgir algum dia.

Mas ambas não sabiam até o momento desse  grande feito, a doutora logo se tocou,  quando ouviu a história contada por Analyse e  quando viu o verdadeiro livro que assegurava.

O Começo

Tudo começou em 1340 quando a pequena  guerreira tinha apenas dez anos, uma garota  feliz e uma família amorosa, seu pai sempre na ferraria fazendo suas belas criações em armas  até ao entardecer mais sempre perto o bastante  para dar carinho e atenção, sempre me dizia:  minha pequena você tem um propósito maior, um  dia vai ter a liberdade de saber tudo sobre sua  existência e seu propósito.

Mesmo com as lições de casa, não se sentia  normal como outras garotas, pois seu pai lhe  ensinava a arte da luta e espada. enquanto outras garotas estavam começando a fazer seus enxovais para possíveis casamentos, naquela época as garotas casavam muito jovens, pois estimavam que o casamento com um bom parceiro poderia ter filhos e encher a casa.

E por isso não tinha muitos amigos pois era diferente, sua dedicação era ao contrário de suas tradições. Como o final no outono onde o fio  estava cada vez mais forte, com ventos e às vezes tempestades anunciando que em breve o  inverno chegaria e as poucas neves já se  instalaram no chão deixando branco e uma bela  paisagem com céus cinzentos e pancadas fortes  de chuvas frias.

O vento trazia suas músicas que tocavam as montanhas e assobiavam as planícies, deixando as vegetações que restavam se curvarem em quando as tocavam.

E assim chegava o inverno lentamente e a cada dia a neve cobria mais as estradas, as casas e montanhas,tudo era pura aventura como todos os invernos anteriores, então não se viam mais os  visitantes e nem comerciantes a vila só  pertencia aos moradores, com suas chaminés esquentando suas casas deixando as confortáveis.

E numa noite de inverno, naquele ano tudo  mudou, a tempestade estava rigorosa, era noite  de lua cheia, mas com as nuvens densas a lua  não brilhava no céu.

Mais cedo, alguns homens se reuniram para  providenciar lenhas e tinha que buscá-las na  floresta que estava ao lado sul da Vila antes  das montanhas altas,eram florestas densas e de difícil acesso e com muitas lendas envolvidas, onde homem algum se atreve a explorar além do limite determinado pela lei real e todos respeitam esse limite.

Um grupo de aproximadamente dez homens entraram na floresta para apanhar as lenhas  naquela tarde, considerando que nessa época o  anoitecer vem um pouco mais cedo, então teriam que apressar, pois seria impossível voltar no escuro e poderia ser surpreendidos por animais selvagens ou até mesmo apanhados por

tempestades que naquela época do ano era comum.

 E o pai da Aella, o senhor Jacob estava com  eles,pois era um homem cujo a experiência com ferramentas era respeitado por todos devido a sua posição na cidade de comerciante bem sucedido.

O tempo foi passando e a noite chegou  completamente, mas ninguém voltou da floresta e  a noite ficou sombria.

As mulheres começaram a se desesperar, e com  lanternas de lamparinas,batiam de porta em  porta pra saber se alguém teria voltado e as  horas se passavam.

Mais a tempestade começou a ficar muito forte  e ninguém mais saia de casa, pois tinha que  trancar as portas e janelas, para se aquecer e  o ruído do vento faziam as tábuas rangerem como  tanta força e de repente não apenas o vento  ruína, tudo ficou em silêncio, como se o tempo parasse naquele instante por alguns segundos,e de repente gritos de socorro vindo da floresta começou a aterrorizar os moradores da vila, alguma coisa estava atacando os homens na floresta era aterrorizante mas ninguém podia os ajudar,era uma noite de tempestade e  ninguém se arriscaria sair de casa, pois nada se conseguia ver a mais de um palmo. apenas se ouviu tocar o sino no meio da vila, anunciando que algo estava acontecendo.

Aella correu até seu irmão que era dois  anos mais novo e sua mãe disse: - Não saiam de perto um do outro!

 E sentados em  uma poltrona que ficava perto da lareira muito bem aquecida e confortável,tremiam de medo.

Seu irmão estava aprendendo a ler,pois na  época, os meninos tinham privilégios de  frequentar a escola, então pegou um livro velho  da estante e começou a ler uma história, para  tentar desviar a mente dos sons que vinham de  fora e da floresta. Parecia funcionar, era o  que eles pensavam, sua mãe começou a rezar, ela  era muito apegada em sua religião, com os  joelhos ao chão com as mãos entrelaçadas,  começou pedir proteção ao seu novo Deus e a Zeus nesse dia,pedia para que os homens da vila que estavam na mata que todos voltassem com vida,tinha convicção que algum dos deus poderia atender seu pedido e poderia parar a tempestade.

Seus pais eram cristãos, mas rezavam para Zeus também, pois afinal mesmo o poderoso lhe virou as costas, eles criavam a filha do próprio.  Mas sempre estávamos na igreja cristã e a levavam a pequena Aella para a pequena paróquia  da vila, mesmo ela não gostando muito, mas estava ali ouvindo os sermões do padre, mas voltando aos homens na floresta..

De repente tudo ficou em silêncio e por alguns  segundos só o vento gemia e fazia ranger as  tábuas velhas das janelas da casa, foi quando o  silêncio se quebrou e uivos de lobos alto e  assombrador começou, era de arrepiar os ossos  do corpo. Parecem que estavam se comunicando,  nunca tivemos lobos tão perto daquela região e  estavam vindo da floresta e cada vez mais  aterrorizante, o medo fazia a alma congelar, como se o frio não bastasse naquela noite,  agora estavam vivendo um pesadelo um  verdadeiro terror, a noite foi longa e fria para quem desejava o amanhecer.

Na manhã seguinte a tempestade já havia  passado e apenas neves caiam calmamente. A dona Maria se quer dormiu, mas seguiu ao amanhecer para a pequena praça onde se reuniu com outras mulheres e lá decidiram entrar na floresta e procurar seus maridos.

A pequena praça da cidade era usada para pequenas reuniões onde era tratadas algumas coisas importantes da vila, tinha uma fonte de água e ao redor em época da primavera as flores encantavam trazendo cor e vida, com bancos e algumas árvores ao redor era encantador para os amantes na noite, pois suas pequenas lamparinas aos postes iluminavam a praça e as deixavam românticas, além das festividades que faziam ali, era o centro da pequena vila. mas agora estava repletas de mulheres e homens com suas armas, na como facões e foices instrumentos usados nas lavouras ou em  casa,mas estavam prontas para procurar seus maridos e seguiram determinadas para a  floresta, aella apenas observava em silêncio de longe,pois era apenas uma garota de 10 anos, viu quando as entraram na imensa  floresta e começaram a chamar seus maridos  pelos nomes, e ninguém respondia.

Tudo era silêncio só as folhas das árvores  faziam barulhos pois o vento assoprava,  qualquer pisada em falso galhos se quebravam e  a deixavam amedrontadas, mas elas não se  deixavam que o

medo as dominasse e a coragem  fazem seguir em frente, começaram a chamar  pelos nomes em vozes altas.

Juan, Josafá, Felipe,Jacob... e cada vez os  chamava mais alto e mesmo assim ninguém  respondia e já quase desistindo de procurar por  eles resolveram voltar mais seguiram outro  caminho e quase chegando na vila ouviram um  sussurro de socorro no meio da mata e foram  procurar e conforme elas caminhavam ao encontro  do sussurro o som da voz se tornava mais alto.

- Socorro\,socorro\,alguém me ajuda\, por favor!

Era o Sr,Jacob ele estava ensanguentado e não  conseguia se mexer, estava muito machucado e o  frio fazia bater os dentes, os ferimentos eram  profundos e pareciam ser por garras enormes ou  dentes de um animal muito grande, rapidamente  homens estavam carregando para o vilarejo,  enquanto isso alguns jovens, entraram logo em seguida com a localização de onde deveriam encontrar os corpos achados de outros e mesmo com tanto esforço infelizmente sr,Jacob o único a ser encontrado respirando e mal conseguiu chegar ao vilarejo, pois tinha um curandeiro que poderia ajudar a curar suas feridas.

Aella, foi chamada, pois seu pai teria algo para lhe contar, então ela correu até a casa do curandeiro para ver seu pai que tanto o amava, quando o viu começou a chorar pois seu pai estava muito ferido e abraçou e disse,papai melhora logo.

Mas seu pai abraçando a disse a ela, minha pequena Aella meu dia chegou ao fim, mas o seu está para começar.

com lágrimas nos olhos a pequena Aella pergunta.

- Papai o que você diz.

 Com a voz baixa e embargada devido às dores que sentia.

- Jacob - você tem um grande propósito e logo será convocada para sua missão\,continua com os treinamentos e com as leituras\, pois o mundo precisará de ti\, mesmo eu não estando por perto para te acompanhar em suas venturas\,quando chegar a hora sua mãe te dirá tudo que você precisa saber\,foi uma honra ser o teu pai mesmo com muito pouco tempo\,adeus minha pequena guerreira\,filha dos deuses. E seu pai respirou pela última vez.

Aella chorava muito por saber que seu pai  não estaria mais presente em sua vida,ele era  tudo para ela, desde os contos histórias dos deuses antigos como Zeus o senhor todo poderoso  que sempre passeava na terra e ajudava os homens nos velhos tempos. Ele fazia as histórias serem  verdadeiras e ela adorava quando ele contava  com tanta devoção que me fazia acreditar nos  deuses mesmo ele sendo cristão.

Mas aquele dia era de dor e angústia, sua mãe ficou para ajudar a preparar o corpo. Ela voltou para casa onde estava seu irmão,o abraçou bem forte e disse:papai se foi.

Seu irmão de sete anos, mas já entendia as coisas e sempre estava na ferraria brincando e ajudando seu pai,era seu companheiro fiel e sempre tinha perguntas para seu pai, e sempre respondia suas curiosidades pois fazia parte de seu crescimento e curiosidades, além disso era apaixonado pelos contos de terrores que seu pai contava.

Dona Maria voltando para casa, para cuidar de alguns deveres e alimentar seus filhos, pois mesmo com o luto a vida tinha que continuar seguindo.

-Sentou-se em um banquinho que estava  perto do fogão a lenha e com as mãos no rosto  dizia: Mãe, como vamos seguir agora sem o papai?

E as lágrimas corriam de seus olhos,sua mãe o  abraçou e disse: Meu pequeno homenzinho não se  preocupe tudo vai dar certo, tudo vai dar certo e olhando vagamente pro nada

 Sabendo que suas vidas mudariam dali para  frente,Aella tinha apenas dez anos, mas já  entendia que sem o seu pai, a sua mãe teria que  trabalhar, mesmo tendo a ferraria o Jacob só  tinha um ajudante e agora,terão que vender ou  arrumar mais alguém para tocar o negócio da  família.

No dia seguinte fizeram o funeral com as orações pelos corpos que conseguiram achar na floresta alguns foram enterrados em sua cova no pequeno cemitério da vila,que ficava um pouco acima do vilarejo no lado norte,era um campo bem verde e cercado, tudo bem arrumado para aqueles que já foram  muito queridos.

O sr. Jacob já preferia a muito tempo que seu corpo seria cremado e seguia  navegando sobre as águas do rio que passava sobre a vila, a barca foi feita e ele foi cremado e seguiu viagem conforme sonhava quando vivia.

afinal acreditava nos antigos deuses, mesmo seguindo outra fé. sempre dizia que os deuses iriam recebê-lo, foi assim foi feito conforme sua vontade e seguiu viagem.

Os dias passavam normalmente e lentamente,  dona Maria agora tinha mais responsabilidades, além da casa tinha que fazer a contabilidade da ferraria, claro que sempre ajudava seu marido os essas tarefas, mais agora estava sozinha e com dois filhos para cuidar e alimentar. as vizinhas ajudava com que podia, pois sabia que a vida estava um pouco dura com ela e as via chorar no final da tarde porque o Jacob não entrava pela porta,os dias se tornaram ruins e amargos, mais aos poucos foram se ajustando. a vila estava voltando ao normal novamente e a gente começou a viver esquecendo aos poucos o que tinha ocorrido a primavera chegava de mansinho, deixando a neve derreter e achacar a terra dando ela vida e as pequenas gramas e vegetações voltando a vida dia após dias.

O ajudante da ferraria, o Jovem Carter  continuou a trabalhar e assim contrataram mais um ajudante para a ferraria e claro o Baltazar tornou-se seu  ajudante também afinal era um negócio da família ele deveria a aprender para seguir com o legado do

pai e assim foram passando os dias com muitos trabalhos e produzindo ferramentas e armas para os soldados do rei, com isso ajudava a sustentar a casa, e manter os trabalhadores pois a queda de produção era baixa e estávamos perdendo clientes devido as notícias que vinham de outras vilas.

Mesmo ninguém sabendo que tipo de fera teria  atacado os homens da vila,e se eram lobos  famintos que estavam passando ou se tiveram má  sorte ou ursos, que também eram comuns naquelas  áreas.

E nos fins da tarde todos da vila se recolhiam  em suas casas e fechavam bem as janelas e portas,pois temiam que o mal da floresta poderia chegar até o vilarejo.

Os dias de alegrias se tornaram de grande temor na vila e a única  taberna não funcionava mais a noite.

 Os forasteiros se afastaram e longos foram os  dias,meses até anos para que a vila  voltasse a ser como era antes do ataque aos homens.

 O medo  foi deixando de existir, mesmo assim os homens quando saíam para o campo ou para colheitas, se preveniam andavam sempre com, punhais e espadas aqueles que possuíam uma.

E se passaram cinco anos e tudo começou a voltar  ao normal, nunca receberam ajuda real,apesar de ter mandado um mensageiro ao rei levando as notícias do ocorrido,mas foram esquecidos.

A vida seguia em  frente e só alguns animais eram encontrados mortos devido alguns coiotes que às

vezes passavam por ali, mas tiveram que tomar algumas providência de construir granjas para guardar os animais pela noite, assim não teriam grandes perdas.

Começando a viver.

Aella estava crescendo e sonhos começaram a fazer parte de sua vida, mesmo que às vezes se  sentia só e com muitas saudades, lembrava sempre  das histórias de seu pai e as coisas de que falara antes da morte e ao mesmo tempo fazia muitas perguntas e não tinha as respostas que queria e começou a acreditar nos deuses, de qualquer forma seu pai acreditava fielmente.

Com seus quinze anos, estava se tornando uma jovem atraente, com sua pele um pouco levemente dourada e com suas curvas e longos cabelos negros ondulados, às vezes trancados ou apenas solto ao vento, fazia os jovens da vila, para de respirar com a sua beleza, mais isso não o chamava atenção, pois se sentia que não estava destinada a viver naquela vila e nem tal pouco construir família conforme outras jovens da sua idade se preparava para casamentos.

E sua mãe sempre apoiava em suas decisões e tentava esclarecer algumas dúvidas era cheia de

energia e muito focada em seus treinamentos solos,mesmo seu pai não estando presente sempre a motivou a seguir, pois sempre a ouvia,você tem um grande propósito, continue seus treinamentos…

Os dias se passavam e sua mãe o chamou para conversar e junto com seu irmão mais jovem, pois ele era o homenzinho da casa e deveria saber de tudo.

Dona Maria puxou uma das cadeiras que fazia parte de de outras que juntas estavam cercando a mesa de jantar,e disse:

 Dona.Maria: filha você tem quinze anos agora e em breve terá dezesseis e como todas as moças de sua  idade, tem sonhos e o enxoval quase pronto,todas as mães da vila expiravam a começar a preparar para seu futuro casamento, ou até mesmo jovens nessa idade já estão casadas,e como sabe eu nunca te preparei para tal evento pois você tem outras coisas para fazer mais importante do que se casar.

Aella: Porque eu não posso ser normal como qualquer outra garota?

 Dona Maria: Porque você tem um propósito maior, você é filha dos deuses e eu e seu pai tivemos o prazer de cuidar e preparar para o futuro, mas infelizmente aqui não tem recursos que precisa para tal preparação pelo que está por vir.

 Aella: Agora tenho mais perguntas disse a bela jovem.

 Dona Maria: pode perguntar o que quiser, disse sua mãe.

e começaram as perguntas uma atrás da outra, pois sempre se sentiu muito diferente de outras garotas e como seu pai sempre o cuidou e ensinou de forma não tradicional e sua mãe muito paciente lhe tirou todas as dúvidas. e no final da longa conversa disse: você é uma deusa e seu tempo está chegando de se mostrar ao mundo o quanto forte e corajosa você é.

Nessa época e os meninos ficam bonitinhos e  atraentes e como a paz reinava, novamente as  festas no verão voltaram e claro a nossa deusa aella participava das festividades, não para seduzir e mesmo assim acaba seduzindo com sua beleza e gentileza,se achava muito jovem para casar e com as responsabilidades que tinha começou a pensar que isso realmente nunca aconteceria, mais ela tinha um segredinho estava gostando do Benjamin. ele de longe com os braços cruzados observava as danças e conversas, era um jovem tímido, as vezes ele sorria e acenava com as mãos, seus cabelos bagunçados e claros lhe deixava atraente e romântico para se casar. as garotas sempre o cercava e chamava para dançar, mais seu jeito desengonçado sempre deixava a desejar. e ele tinha uma queda pela Aella e nenhum chegava um ao outro.

Depois da festa todos voltaram às suas casas felizes, pois a muito tempo não se reuniam assim, estavam completos, a vida e a vila voltou a ser feliz.

 No outro dia depois da festa Aella,selou o trovão seu cavalo como o chamava, ganhou do amigo do papai um senhor de seus setenta  anos o sábio Malaquias, ele ajudou muito sua mãe quando seu pai faleceu,nunca quis nada em troca apenas amizade e lealdade.

Ela adorava andar sozinha montada em seu trovão, era negro de pelos brilhantes sua clina era macia,sempre estava escovado e fazia algumas tranças. E quando não tinha o  que fazer cavalgava para as  campinas até a sua árvore favorita, lá se sentava nas raízes e encostava em uma  enorme pedra e conversava com ela mesmo a fim de obter respostas. E assim ficava por muito tempo observando as flores do campo que era lindo, o  vento que passava sobre as campinas e faziam  elas se curvar como se cumprimentasse um ser superior, os pássaros passavam conversando  entre eles, tudo era uma calmaria, era seu  lugar favorito e não sentia medo de estar só naquele lugar.

 e nesse dia depois da festa se sentiu que deveria ir até sua árvore favorita, sentia que ela o chamava de tal maneira que sentia sussurrar em seu ouvido , apenas não entendia o que dizia.

Montou em seu cavalo e galopou em direção ao seu lugar sagrado, quando se aproximou da árvore e tocou sua casca rugosa. De repente, uma visão surgiu em sua mente: um mundo em chamas, criaturas sombrias e uma figura encapuzada,rindo de forma maníaca. sentiu um calafrio que arrepiava suas espinhas era como se os céus se abrissem e uma voz sussurrava em seu ouvido: "O tempo está próximo".

tirou se sua mão da árvore se sentindo trêmula com tudo que viu, sua respiração ofegante, pois sempre esteve ali, e nunca aconteceu tal coisa,

realmente alguma coisa está por vir e ela já poderia sentir antecipadamente.

se recompondo de sua sanidade,se recordou que deveria voltar pra casa,as horas se passaram tão rápido, que mal pudera perceber,sua mãe se  preocupava se demorasse por muito tempo no  campo,começava a ter pensamentos ruins e às vezes ela brigava porque Aella se perdia do tempo naquele lugar encantador,e tinha toda razão de se preocupar,ela era muito jovem pra ficar andando por aí sozinha,e ainda não se encontrava preparada para tal missão.

muitas vezes se sentia atraída em entrar na floresta onde seu  pai e outros homens foram atacados, às vezes parava montada no trovão observando a densa floresta e se lembrava do conselho de sua mãe, para nunca entrar na mata,poderia encontrar animais perigosos e acabar tendo um final trágico como de seu pai, não suportaria perder um de meus filhos – dizia ela com voz trêmula. Mãe é sempre protetora,e graças aos deuses nunca aconteceu nada por longos anos,a vila estava em paz novamente, isso era o que muitos pensavam.

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