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Maya - Livro 2: O Preço do Desejo

Avisos

1 - Esse livro contém traição, agressões, problemas psicológicos e conteúdo sexual; caso não goste desse conteúdo, por gentileza, aguarde o próximo livro da saga que será mais leve.

2 - As postagens serão de um capítulo de segunda a sexta, então sintam se à vontade para ler nos fins de semana onde terá capítulos acumulados para ler.

3 - Todo o cenário, história e personagens apresentados são fictícios.

4 - Não se esqueçam de curtir e comentar nos capítulos, isso ajuda o livro a ter visibilidade e vocês contribuem para o meu sonho de ser uma autora reconhecida.

Sem mais, sejam bem-vindos a mais uma parte da história de Maya. Peço desculpas pela demora, mas precisava de um tempo para terminar o roteiro desse livro e dos demais que estão a caminho. Se preparem para se apaixonar e odiar alguns personagens, e espero que sintam tudo o que senti ao escrever cada palavra para vocês.

Desde já agradeço o apoio. Boa Leitura!

Autora: Taís Bispo

1. Primeiro erro

A mente dela estava em branco; as línguas se entrelaçavam em uma dança erótica, fazendo uma onda de prazer tomar conta do seu corpo. Ela só poderia estar enlouquecendo por fazer aquilo; por mais que tentasse reagir, o seu corpo, negligenciado por meses, não obedecia. Apenas queria mais.

Os lábios dele se afastaram dos dela, e Maya pode contemplar o olhar repleto de desejo de Max:

— Me perdoe… — A voz de Max saiu como um sussurro, sem desviar dos olhos âmbar de Maya.

— Tudo bem. — Maya sentiu a cabeça girar como se tivesse tomado uma bebida forte.

Max a ajudou a ficar de pé, mas não se afastou. O perfume dele parecia tomar todo o comodo e estava sendo difícil para Maya raciocinar:

— Maya, me perdoe mesmo. Não sei o que passou na minha cabeça…

— Tudo bem, Max. Isso não vai mais ocorrer.

— Não pode ocorrer. — A expressão de Max estava carregada de culpa. — Melhor eu ir.

— Sim, é melhor.

As respirações estavam sincronizadas e novamente os rostos se aproximaram, os lábios se tocaram iniciando um beijo mais leve e tranquilo. Max enlaçou a cintura dela e Maya levou suas mãos até a nuca dele, acariciando os fios finos e loiros que nasciam naquele local. No fundo, Maya sabia que o que estava fazendo era errado, muito errado, mas como se estivesse sob um feitiço, não conseguia parar; sentia falta de ser tocada e desejada, e ter um homem tão lindo e poderoso quanto Max demonstrando interesse por ela, após ela ser praticamente rejeitada pelo homem que amava, era um evento único que não poderia deixar passar.

Os lábios de Max desceram para o pescoço alvo de Maya, onde ele se deliciou com o perfume que a pele dela exalava. Os cabelos longos e negros eram um convite ao toque, assim como o corpo, que se encaixava perfeitamente ao dele. Desde que havia visto Maya na festa, ele tinha se encantado por aquela mulher; ela era perfeita demais, despertando sentimentos que ele havia feito questão de esquecer durante um período da sua vida.

Com cuidado, ele se afastou para contemplar os olhos que tanto o encantavam:

— Maya. — A voz dele saiu profunda como um pedido de socorro.

Maya deslizou as mãos pequenas pelo peito dele, parando próximo do volume da calça alva, feita de um tecido caro:

— Não pense. — Maya falou mais para si mesma do que para o homem a sua frente.

Ela o encaminhou até o sofá e o fez se sentar ali, se ajoelhando entre as pernas dele em seguida. Sua curiosidade para saber se até na intimidade aquele homem poderia ser bonito a consumia. Provavelmente Max deveria ter uma infinidade de amantes, com aquele rosto bonito e físico másculo, ele provavelmente seria apenas a diversão de um dia e bem, se agora ela não tinha mais laço algum, poderia aproveitar como quisesse.

Max viu Maya desafivelar o cinto que prendia a sua calça com um olhar tão sensual que ele pensou que poderia ter um orgasmo naquele momento. Aquela mulher era realmente uma deusa, não havia outra definição para ela. Logo a sensação de prazer invadiu seu corpo, enquanto ela o chupava com vontade. Aquela era a primeira vez que recebia aquele tipo de sexo e sua mente estava prestes a explodir, mas antes que chegasse ao clímax, ele a parou sendo negado com o sorriso mais safado que ele poderia ter visto em toda sua vida.

Maya se deliciou com a visão de Max se derretendo em sua boca. Ela sorriu satisfeita com a sua vitória, afinal, aquela foi a primeira vez que havia dominado um homem até o fim. Aquele seria o marco de que nunca mais ela se submeteria a homem algum:

— Gostou, alteza? — O tom dela fez Max desejar mais.

— Adorei. — Ele sorriu e a puxou para si. — Quero te recompensar.

— Isso já foi o suficiente. — Maya acariciou os longos cabelos loiros. — Melhor ir, sei que tem alguém esperando por você.

— Sim, tem, mas agora você é mais importante. — Ele a deitou no sofá e ficou sobre ela. — Eu não sei ao certo como lhe dar prazer da mesma forma que me deu, mas se me guiar…

Maya o encarou com curiosidade; como assim aquele homem não sabia como agir com uma mulher:

— Max, você não é casado?

— Sim, eu sou.

Maya sentiu um peso sobre a sua mente. Naquele momento ela pensou em como Scar a tratava e como ele parecia tratar Ísis. Ela encarou os olhos esverdeados de Max por alguns segundos, ponderando no que deveria fazer:

— Maya?

— Isso aqui não vai se repetir mais. — Ela falou séria. — Mas vou te ensinar como você deve tratar a sua esposa.

Aquele comentário fez Max rir:

— Eu e minha esposa só nos deitamos uma única vez, Maya. Por mais que eu fosse um bom marido, ela nunca me olhou como um amante e eu respeitei isso, bem, até te conhecer.

— Espere! Respeitou até me conhecer?

Max saiu de cima dela e sentou, Maya fez o mesmo enquanto o encarava com curiosidade:

— Por favor, não conte a ninguém o que estou te contando. — Ele suspirou. — Eu e Scarlet fomos prometidos desde crianças, e sempre fomos soldados, lutando juntos pela paz, pelo principado… enfim, quando chegou a idade, nos casamos; nem faz tanto tempo assim, acho que tem uns dois ou três anos que nos casamos e bem, logo após o casamento, ela me abandonou para ir em uma missão. Eu também tenho a minha parcela de culpa, tentei insistir muito nos primeiros meses, eu queria estar com ela, afinal, minha amiga de infância havia se tornado minha esposa, só que no fim ela nunca olhou para mim.

— Acha que ela teria outra pessoa?

— Cheguei a pensar nisso e até investiguei, mas nunca encontrei nada. Até gostaria que fosse isso, assim eu me sentiria mais tranquilo.

— Talvez ela também não saiba lidar com o casamento. Pelo jeito você ainda quer esse relacionamento, por que não tenta?

— Eu não sei como tentar, Maya. — Ele confessou. — Tive os melhores professores em todas as áreas que possa imaginar, mas nenhum deles nunca me ensinou a como me relacionar romanticamente com ninguém e eu também nunca cheguei a me interessar.

— Pelo jeito, até nos conhecemos, correto?

— É. — Max ficou vermelho, o que encantou Maya.

— Max, eu já fui a esposa traída e por isso não quero que faça o mesmo com a sua esposa.

— Você tem razão e eu também não quero que se sinta como uma amante.

— Fico feliz que tenha entendido. — Maya sorriu e de repente foi puxada por Max.

— Só que hoje quero você.

Max a beijou novamente e Maya se deixou ser tocada por ele pelo resto da noite.

2. Encantada

Maya acordou se sentindo bem disposta após o orgasmo delicioso que Max havia lhe proporcionado na noite anterior. Não havia sido tão profundo e perfeito quanto ela tivera com Theron, mas havia chegado perto. Fora que ensinar Max foi uma experiência um tanto divertida para os dois.

Ela se arrumou e decidiu correr pelo quarteirão para se familiarizar com a vizinhança. O prédio ficava em uma rua tranquila e silenciosa. Os vizinhos nem pareciam existir, assim como os empregados que ficavam no local. Quando ela estava na terceira volta, ela viu o carro de Max parar um pouco mais a frente dela e logo a porta se abriu, onde o loiro saiu com um sorriso:

— Bom dia!

— Bom dia! — Maya parou na frente dele e fez uma leve reverência.

— Vejo que acordou disposta. Acho que eu lhe disse que no prédio tem uma academia, não?

— Sim, você disse e a arrumadeira também informou, mas eu quis conhecer os arredores. — Maya sorriu e logo percebeu o olhar dele sobre seu corpo coberto por um conjunto cinza de legging e top. — Se comporte, estamos na rua.

— Desculpe, mas você esta um tanto exposta com essa vestimenta. — Ele desviou o rosto vermelho.

— Vou dar mais algumas voltas e te encontro no apartamento, pode ser?

— Claro, até porque vim te buscar para conhecer a minha irmã.

— A rainha Elisa?

— Sim, algo errado?

— Não, mas é…

— Fique tranquila, minha irmã é mais acessível do que você pensa. — Max sorriu. — Te espero lá.

Maya observou o homem voltar para o carro e o veículo sumir da sua vista. Ela respirou fundo e voltou a correr para tentar aliviar a mente. Seus dias em Bryon estava trazendo uma paz que há tempos não tinha, só que logo ela teria que verificar como voltar a trabalhar e também teria que lidar com os cuidados póstumos da morte de Scar.

Agora que estava ali e tinha se envolvido com outra pessoa, parecia que Scar nunca havia existido em sua vida; era como se estivesse livre de todo um fardo. Talvez fosse hora dela contactar Luma e Theron, mas só de pensar nos dois, ela se lembrava do passado e não era o que queria no momento.

Ela terminou as voltas restantes e voltou para o prédio, onde o porteiro logo abriu o portão e a porta da recepção para que ela pudesse acessar o elevador. Quando entrou na moradia provisória, encontrou Max sentado no sofá, tomando, ao que parecia, ser um chá:

— Achei que iria demorar mais. — Max falou ao vê-la.

— Me dê vinte minutos que estarei pronta. Tem algum código de vestimenta para encontrar a rainha?

— Para rainha, sim, mas hoje você vai encontrar a Elisa, então fique a vontade. — Ele se levantou com a xícara e se aproximou dela. — Já tomou o desjejum?

— Tomei uma bebida proteica antes de sair. Tomarei um banho para me arrumar.

Maya passou a caminhar para o quarto seguida por Max:

— Elisa é um ano mais nova que você; ela é muito solitária e imagino que vocês possam se dar bem.

— Isso vamos ver quando nos encontrarmos, afinal, se ela souber o que houve aqui ontem a noite, é capaz dela me detestar.

— Ela não precisa saber, não ainda. E sinceramente, do jeito que ela não simpatiza com a cunhada dela, não achará tão ruim.

Max deixou a xícara de lado e seguiu Maya até o closet, onde a viu tirar o top, ficando parcialmente desnuda. Ele se aproximou, colando as costas dela em seu corpo e segurou os seios firmes, a surpreendendo:

— Posso me juntar a você?

— Já está querendo mais uma lição? — Maya brincou.

— Sou um homem curioso, que adora aprender. — Ele cheirou o pescoço dela, fazendo a pele dela se arrepiar.

— Acho que estou criando um monstro.

Maya se virou, ficando de frente para Max, o beijando em seguida.

-***-

O castelo de Bryon era uma construção ampla, parecia mais um prédio politico do que a morada da realeza. Arcos e colunas gregas adornavam a entrada luxuosa, onde soldados vigiavam constantemente. As paredes eram marfins, os adornos eram dourados, contrastando com o chão de carpete vermelho. Nas paredes havia quadros com as imagens dos governantes e colunas com flores.

Maya se sentiu como se tivesse sido transportada para outro mundo devido o luxo e perfeição do local. Ela andou atrás de Max, enquanto esse era cumprimentado por todos os guardas e empregados que surgiam. Ali ele parecia mais etéreo do que no dia que se conheceram.

Max virou em um corredor com grandes janelas de vidro que davam para o que parecia ser um jardim. Mais a frente era possível ver um grande coreto, onde parecia haver algumas pessoas. Ela seguiu o homem de longos cabelos loiros e ao se aproximar pode ver uma jovem de cabelos longos loiros acinzentados e com olhos da mesma cor dos de Max. Ela era tão bela quanto o irmão:

— Elisa! — O tom de Max era afetuoso.

— Irmão! — Elisa se levantou animada e correu para os braços do irmão mais velho.

— Como prometido, eu trouxe a Maya, para conhecê-la.

Max indicou Maya, que se aproximou e fez uma reverência:

— É uma honra conhecê-la, vossa graça.

— Sem formalidades, Maya. — Elisa se aproximou com um sorriso. — Meu irmão me falou muito de você.

— Espero que bem. — Maya se endireitou e sorriu para Elisa, que era encantadora.

— Sim, desde que você surgiu ele anda bem-falante. — A jovem rainha riu e viu o irmão ficar emburrado. — Vamos sentar, pedi para prepararem chá e alguns doces, espero que goste.

— Não precisava se incomodar.

— Claro que precisava. — Elisa sentou a mesa com o auxílio do irmão. — Max me contou que é uma piloto de caça sendo soldado da aliança.

— Sim, eu sou, mesmo que esteja afastada no momento, acredito que deva saber do motivo. — Maya aceitou o auxílio de Max para se juntar a mesa.

— Sim, eu sei e sinto muito por tudo que teve que passar.

— Não se preocupe, eu agradeço muito pela sua intervenção e da do Max para me manter em segurança.

— Não foi nada, eu realmente não poderia deixar uma mulher sofrer porque o marido errou.

— Maya também cooperou nas investigações. — Max observou e fez sinal para uma empregada servi-los. — Fora que assim que chegou na estalagem destinada a abrigar os familiares dos criminosos que estão aguardando julgamento, Maya se prontificou a auxiliar o pessoal e fez um bom trabalho com as crianças.

— Eu não fiz muita coisa. — Maya falou constrangida.

— Não foi o que fiquei sabendo. — Elisa sorriu e agradeceu a serva, que a serviu com um pouco de chá. — chegou um pedido para que eu pudesse cedê-la para trabalhar na estalagem.

— Oh, isso é verdade? — Maya estava surpresa.

— Sim, sendo sobre isso que gostaria de conversar, Maya. — Elisa sorveu um pouco do chá. — Bryon é um país muito ligado a projetos de filantropia e pelo seu histórico, sei que trabalha ativamente com isso. O que acha de se juntar a nossa academia real? Assim poderia participar ativamente de missões de resgates e também com auxílio. E então?

— Alteza, nada me faria mais feliz do que ter a oportunidade de poder trabalhar em prol das pessoas que precisam de auxílio. — Maya estava emocionada com o convite.

— Então seja bem-vinda a academia de Bryon. — Elisa sorriu amável, encantada com a doçura de Maya.

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