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A Sem Teto

A Sem Teto v

Capítulo 1

Fotos feitas por AI, inteiramente fictícias, são só para vocês terem uma ideia dos personagens.

Aila

Suane

Paula

Paul

Scott

Gisela

Aila, uma jovem doce e encantadora, levava uma vida de princesa. Sempre teve acesso ao melhor, mas seu coração era nobre. Desde pequena, acompanhava seus pais em atividades de caridade e eventos da igreja que ofereciam sopa para os desabrigados. Ela se sentia imensamente feliz por participar dessas ações, embora achasse que estava fazendo pouco.

Sua prima Suane a considerava estranha por se dedicar a essas causas, já que era rica e deveria aproveitar a vida com amigos, festas e baladas. No entanto, Aila não se interessava por nada disso. Suane costumava dizer que um dia Aila acabaria gastando todo o dinheiro dos tios apenas fazendo caridade.

Aila respondeu que, se isso acontecesse, se sentiria realizada, pois estava fazendo o bem, algo que, para ela, não tinha preço. A sensação que experimentava ao entregar sopa a quem precisava era indescritível.

Suane a chamava de louca e sempre contava para seus pais sobre o comportamento peculiar da prima. O pai de Suane, Scott, lamentava a situação, dizendo que Aila levaria seu irmão à ruína, já que sempre teve interesse na fortuna dele. Paul, por sua vez, nunca se deixou enganar, sabendo que Scott não era uma pessoa de confiança.

Scott levava uma vida confortável ao lado de Gisela, pois, mesmo que Paul não lhe desse muitas oportunidades, ofereceu um bom cargo em sua empresa, onde ele ganhava bem.

No dia do aniversário de Aila, que completava 20 anos, ela pediu aos pais para que fossem juntos a uma ação de caridade na igreja. Tudo estava pronto, mas seus pais receberam uma ligação informando que a avó de Aila, Dona Cida, havia passado mal e estava no hospital. Paula e Paul disseram à filha que ela deveria ficar em casa, mesmo com Aila insistindo que queria acompanhá-los.

Os pais de Aila disseram que era melhor que ela ficasse em casa. Paul comentou:

— Filha, me desculpe, sei que é seu aniversário e que não vamos mais sair, mas sua mãe vai fazer um bolo para você no dia seguinte.

Aila respondeu:

— Pai, mãe, não quero festa de aniversário, quero ver se a vovó está bem.

Paula disse:

— Então, filha, fique em casa que nós te ligamos para informar sobre a saúde da vovó.

Aila parecia já saber o que estava por vir. Quando viu seus pais entrando no carro, sentiu uma sensação estranha, uma vontade de chorar, uma angústia, e seus olhos se encheram de lágrimas. Infelizmente, a notícia que recebeu foi da polícia, informando que seus pais haviam sofrido um acidente e que ela deveria ir até a delegacia.

Ao chegar na delegacia, um policial informou que seus pais haviam falecido. Aila chorou muito. Ela ligou para seu tio Scott, que disse que cuidaria de tudo.

No necrotério, Scott reconheceu seu irmão e sua cunhada, e um leve sorriso surgiu em seu rosto. Aila estava tão abalada que não conseguia pensar em nada, estava em estado de depressão.

Um mês se passou, e Aila deixou tudo nas mãos do tio, sem imaginar que ele já estava tramando seus planos.

Chegou o dia da leitura do testamento e, como Scott havia previsto, Paul deixou tudo para Aila. Mais dois meses se passaram, e seu tio ia todos os dias à casa dela para levar papéis para ela assinar. Ela nem os lia, pois ainda estava mal.

Até que um dia, Scott chegou acompanhado da polícia e disse:

— Podem tirar essa louca da minha casa.

A Sem Teto v

Capítulo 2

Fotos feitas por AI, inteiramente fictícias, são só para vocês terem uma ideia dos personagens.

Fausta

Aila ficou completamente confusa. Ela exclamou:

— Esta casa é minha. Um policial respondeu: — Senhorita, nos documentos está registrado que esta casa foi transferida para este senhor, e ele possui uma procuração assinada pela senhorita, além de laudos que indicam que a senhorita não está bem.

O policial prosseguiu:

— Lá fora, há um carro que a levará a um lugar onde irão cuidar de você para que fique melhor. Aila arregalou os olhos e disse:

— Tio, o que é isso? Não sou louca! Então, Scott mandou entrar a equipe do manicômio. Eles a colocaram no carro, enquanto Aila chorava muito. Como ela não ofereceu muita resistência, não a amarraram.

No meio do caminho, tiveram que parar porque o pneu do carro furou. Quando um dos rapazes destravou o carro para pegar o estepe e as ferramentas, Aila viu a oportunidade de fugir e se escondeu em um lugar bem escuro.

Eles a procuraram até se cansarem e, em seguida, foram embora. Aila saiu e começou a andar chorando.

Uma mulher em situação de rua viu Aila e sentiu pena, perguntando:

— Menina, você está perdida? Aila se sentou na calçada, já exausta, e começou a contar a ela o que havia acontecido.

Fausta respondeu:

— Minha filha, se você não tem para onde ir, pode ficar comigo. Eu te protejo. As ruas não são seguras para uma garota como você. Sem mim, você será alvo de coisas ruins, então fique comigo até encontrar seu caminho. Meu nome é Fausta. Aila respondeu:

— Eu aceito, dona Fausta. Obrigada. Aliás, meu nome é Aila.

Fausta comentou:

— Seu tio não presta, ele não teve empatia pela perda do próprio irmão. Minha filha, ele nem imagina o que faria com você no manicômio, mas, depois de tudo que você me contou, acho que ele permitiria que te dessem remédios para que você ficasse maluca.

Mesmo que isso seja por causa da ganância por dinheiro, é horrível saber que não podemos confiar em nossos próprios familiares.

Aila continuou a chorar.

Naquele dia, Aila percebeu que a vida não seria fácil, pois ela e Fausta foram procurar comida nas lixeiras. Na verdade, Aila ajudou Fausta, pois, após tudo que aconteceu, ela nem sentia fome.

Um mês se passou e Aila já havia se conformado com seu destino e sua nova realidade. Ninguém a incomodava por causa de Fausta. Era uma vida muito triste; ela comia quando podia, dormia quando alguém tinha compaixão e a deixava dormir debaixo da marquise da loja. Enquanto Aila dormia, Fausta ficava acordada para vigiar, garantindo que ninguém tentasse fazer mal a ela.

Mais alguns meses se passaram. Uma senhora bem vestida observava Aila de dentro do carro, percebendo que ela estava ali devido a algo obscuro em seu passado. No entanto, Aila não parecia se encaixar naquela realidade. Não que os outros se encaixassem, mas Aila tinha algo diferente, e a senhora sentiu que deveria ajudá-la, pois algo em seu coração a movia.

No momento em que a senhora estava prestes a sair do carro, Aila falou:

—Não saia! A senhora não compreendeu, mas acabou fechando a porta do carro.

A Sem Teto v

Capítulo 3

Fotos feitas por AI, inteiramente fictícias, são só para vocês terem uma ideia dos personagens.

Carmela

Conrad

Úrsula

Três rapazes tentaram assaltar.

Mas Quando Aila, chamou a atenção de uma senhora, eles perceberam que o motorista estava armado e desistiram da tentativa.

A senhora ficou muito agradecida e disse:

— Minha filha, venha aqui, por favor.

Aila hesitou em entrar, mas Carmela insistiu:

— Venha, minha filha, por favor.

Aila entrou no carro, um pouco envergonhada.

Carmela disse:

— Minha filha, você me ajudou, então decidi que vou te ajudar também. Quero que você trabalhe na minha casa como minha dama de companhia.

Aila respondeu:

— A senhora é muito bondosa, mas não posso. Primeiro, a senhora nem me conhece, e segundo, não posso deixar minha amiga aqui na rua. Ela me ajudou e não posso deixá-la sozinha.

Isso surpreendeu ainda mais Carmela, que então sugeriu:

— Vamos fazer assim: vocês duas vão para a minha casa. Terão uma casa segurança e comida, e trabalharão para mim.

Aila ficou pensando e perguntou:

— Posso chamar a minha amiga?

Carmela respondeu:

— Sim, minha filha.

Aila chamou por Faustão, que veio até o carro. Essa senhora convidou nós duas para trabalhar casa dela.

Faustão disse:

— Vá, minha filha, eu vou ficar aqui.

Aila então respondeu:

— Senhora Carmela,olha muito obrigada, pode ir, mas eu vou ficar aqui com minha amiga. Ela me protegeu e não posso deixá-la sozinha.

Faustão, preocupada, disse:

— Não faça isso, minha filha. Aqui não é vida para você.

Aila, já saindo do carro, afirmou:

— Só vou se for com você.

Faustão pensou: estou preocupada com Aila, pois sei que ela impediu o assalto e temo que os rapazes possam retaliar. Embora não mexam com Aila por minha causa, sei que eles podem fazer algo por vingança.

Faustão disse:

— Tudo bem, eu vou.

Então, as duas voltaram para o carro e foram para a mansão de Dona Carmela.

Ao chegarem, Carmela chamou Úrsula, sua empregada, e pediu:

— Arrume um quarto para Faustão na ala dos empregados e outro para Aila dentro da mansão.

Úrsula olhou com surpresa.

Carmela disse:

— O que foi? Você ainda está parada aí? Vá logo fazer o que eu mandei.

Úrsula olhou para Aila e Faustão com desdém.

Aila comentou:

— Dona Carmela, não precisa disso.

Faustão acrescentou:

— Aceite, Aila. Você é a dama de companhia dela e precisa estar por perto se ela precisar.

Aila concordou:

— Tudo bem.

Úrsula arrumava o quarto, indignada com Carmela por acolher pessoas em situação de rua em sua casa.

Um mês se passou.

Aila já estava vivendo melhor. Ela e Faustão estavam mais animadas até a chegada de Conrad, o filho de Carmela.

Úrsula falou quando Conrad atendeu:

— Finalmente consegui falar com o senhor. Estou há um mês tentando te ligar.

Conrad perguntou:

— O que houve, Úrsula?

Úrsula respondeu:

— Olha, seu Conrad, sua mãe não está bem. Ela trouxe duas mulheres da rua para morar aqui.

Conrad ficou chocado com o que ouviu e disse:

— Amanhã estarei aí para resolver isso. Fique de olho nessas duas.

Úrsula respondeu:

— Ok.

Conrad então disse:

— Agora preciso desligar.

Úrsula respondeu:

— Ok.

Ele desligou. Conrad rapidamente organizou sua viagem para o dia seguinte. Passou a noite inteira acordado, preocupado com a mãe. Ao chegar à mansão, foi direto ao assunto:

— Mãe, quero que essas mulheres saiam daqui! Elas só estão interessadas no seu dinheiro!

Carmela respondeu:

— Ninguém vai sair daqui.

Nesse momento, Aila apareceu chorando e disse:

— Não é necessário brigar com ele. Ele é seu filho, eu sou apenas uma estranha, posso ir embora.

Carmela retrucou:

— Vocês não vão embora. Quem manda aqui sou eu. Gosto de você, minha filha, e de Fausta. Meu filho, você não pode expulsá-las enquanto eu estiver viva.

Conrad ficou furioso, mas ao olhar para Aila, percebeu que ela era linda e diferente do que imaginava. Ela tinha a aparência de uma menina, mas o corpo de uma mulher, e seu olhar era doce, mas também carregava muito sofrimento.

Conrad se aproximou de Aila e disse: — Estou de olho em você.

Carmela comentou:

— Conrad, vá tomar um banho e descansar. Mais tarde quero conversar com você.

Conrad subiu para o quarto, muito irritado. Mas, durante o banho, não conseguia parar de pensar na menina. Ele se questionou:

— Por que ela não sai da minha cabeça?

Lá embaixo, Carmela pediu desculpas a Aila e Fausta pela atitude do filho. Aila respondeu:

— Não precisa se desculpar, Dona Carmela. Eu entendo a reação do seu filho.

Fausta acrescentou:

— O que menos queremos é causar problemas para a senhora. Com o dinheiro que a senhora nos deu, já conseguimos alugar uma casinha.

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