Presa a um Mafioso
~sempre o obedeço~
~apresentação~
Olá, caros leitores! Chamo-me Érika Mayumi Themer, mas prefiro que me chamem pelo meu querido apelido, Akire. Desde nova, sempre gostei de romances duvidosos; sentir a adrenalina e o prazer através dos livros são sentimentos que me consomem por inteira! E o medo de alguém te pegar lendo traz uma adrenalina que deixa tudo mais excitante e prazeroso! Quem nunca leu um livro proibido escondido? Se você nunca leu, considero-te uma pessoa muito doce e ingênua de minha parte, só aquelas pessoas que sabem o prazer das palavras entendem como é viver esperando encontrar seu Lobo Mau e nunca um mocinho. Qual é a graça do herói sendo que há o vilão? Os mocinhos não têm nenhuma graça, sempre procuram o bem de todos, mas já o vilão é diferente... eles não se importam com ninguém a não ser com eles mesmos e com seu amado. Imagine ter a atenção só para você e mais ninguém! O vilão mataria qualquer um para proteger seu amado a qualquer custo; os mocinhos já tiraram muita coisa dele e ele nunca deixaria alguém tirar o bem mais precioso dele. Por isso, eu dedico este livro a todos os leitores que buscam seu vilão e a adrenalina do medo e prazer. Boa leitura para vocês, meus amores.
1~A Igreja
Nunca pensei que iria acabar assim... estando presa a um rapaz que mal conheço, mas devo admitir, não é tão ruim... bem, no início foi ruim, mas é só seguir as regras e fazer sua vontade, e assim você ganha presentinhos. Mas, sendo sincera, eu odeio seguir ordens e preferiria morrer a segui-las; ter alguém que não segue as regras dele parece que o desagradou e o agradou, é difícil de dizer. Ele sempre está com a cara fechada, eu nunca o entendi muito. Porém, chega de enrolação.
- Mas que saco! Eu já disse que não quero pai!!!
Eu me enrolo nos cobertores, não querendo sair de lá nem fudendo. É dia de ir para a igreja, mas eu odeio ir para lá; é tão chato que eu durmo só de sentar-se no banco.
- Agora, Emily! Tô mandando, garota! Se você não descer em cinco minutos, eu juro que arranco sua mãe do túmulo e faço ela vir te buscar.
Ele saiu do quarto batendo minha porta com força enquanto grito de raiva em meu travesseiro. Levanto da cama na força do ódio e vou para o meu guarda-roupa me trocar para ir nessa bendita igreja.
- Mas que porra, qual é o sentido de eu ir para a igreja? Papai nem gosta de ir lá, que ódio...
Eu pego um vestido creme com a estampa de girassóis na saia do vestido e um salto agulha baixo creme. Troco-me rapidamente, arrumo meus cabelos castanhos ondulados em um belo penteado. Eu poderia estar indo para a igreja na força do ódio, mas pelo menos devo ficar bonita. Após me arrumar, desço as escadas com uma cara de cu e vou até a sala onde papai está.
Tô pronta, pai, vamos logo antes que eu perca ainda mais a cabeça com essa baboseira.
Papai revira os olhos para mim e observa como estou arrumada, mesmo estando puta da vida.
- Tá muito arrumada pra quê? Se vai pra igreja e não a um encontro.
- Pelo menos eu tô arrumada e não cafona como o senhor.
- Você me respeita, Emilly. Eu não sou seus amiguinhos pra você falar assim comigo. Vai pro carro, garota.
- Que saco, viu...
Eu vou caminhando para o carro com o sangue fervendo. Pra que igreja? Papai nem gosta. Eu me sento no banco do passageiro, coloco meu cinto e olho pra fora da janela, observando as outras casas e o céu que está muito bonito nessa manhã. Papai entra no carro e liga o motor, indo direto para a igreja onde a mamãe ia. O carro está muito silencioso e eu amo isso. É que quando meu pai abre a boca, ele só fala merda, então o silêncio é ótimo pra mim. Após um tempo, nós chegamos à igreja. Eu saio do carro ainda com uma cara de cu, meu pai se aproxima de mim e coloca um véu na minha cabeça.
- Não quero, isso é ridículo, pai.
- Para de drama, filha, você não vai morrer se usar isso por um tempo. Entra lá dentro, eu vou daqui a pouco.
- Oxi!? Por que eu tenho que entrar agora e você não?!
- Entra logo, Emilly, eu tô mandando. Se você não obedecer, eu juro que te prendo no porão.
- Nossa, como eu tô com medo.
Eu reviro os olhos e entro na igreja, mas antes eu olho pra trás e vejo o papai indo em direção a um homem que estava encostado em um muro de tijolo. Quem era aquele homem?
Ele é bem alto, tem cabelos castanhos ondulados, olhos castanhos bem escuros. Ele veste uma camiseta branca formal, uma calça social preta e sapatos sociais pretos. Ele parece ser bem musculoso, mas por que o papai está indo até ele? Eu acho estranho, mas entro na igreja. Ela está completamente vazia, nem o padre está lá! Eu me sento no banco dos fundos e fico olhando para o chão pensativa. Por que papai veio pra cá? E por que ele estava falando com aquele rapaz? É esquisito, mas às vezes é um amigo dele ou sei lá.
Eu vejo o papai entrando na igreja e rapidamente finjo estar rezando. Ele se senta ao meu lado e cutuca meu ombro.
- Emilly, vamos. Já deu o nosso horário, hoje você vai ficar na casa da sua tia Rose.
- Graças a Deus que acabou essa tortura, mas por que eu tenho que ficar lá?
Eu me levanto, me espreguiço e finalmente tiro aquele véu horroroso.
- Meus amigos vão em casa beber e assistir futebol lá. E eu não quero uma menininha ranhenta me atrapalhando.
- Ranhento é você! E eu agradeço por ficar na casa da tia Rose. Ela é uma fofa, diferente de você, que é um homem super amargurado que fica batendo punheta com revista pornô enquanto o amigo te fode por trás.
Um silêncio se instala no lugar. Um barulho de vaso quebrando é escutado. Eu e o papai olhamos para o lado e vemos o padre no canto da igreja, que antes estava segurando um vasinho de flor, mas agora ele está todo quebrado no chão. O homem fica com os olhos arregalados. Papai não sabia onde enfiar a cara e me puxa pelo braço para fora da igreja. Ele me arrasta para o carro e me joga lá dentro. Dou um pequeno grunhido de dor, ele senta no banco do motorista, mas não liga o carro. Ele me encara no fundo da minha alma, pelo olhar dele parece que ele quer me matar.
- Emilly... MAS QUE PORRA FOI AQUELA!?! EU JÁ DISSE PRA VOCÊ PARAR COM ESSE PALAVREADO!! VOCÊ É UMA DAMA E DEVE SE COMPORTAR!! VOCÊ ME ENVERG-
- EU DEVO ME COMPORTAR SÓ PORQUE EU SOU UMA GAROTA É!?! MAS VOCÊ PODE CHINGAR, NÉ!?! QUER SABER, VAI PRA CASA DO CARAL-
Papai dá um tapa na minha boca pra eu calar a boca e eu fico quietinha agora.
- VOCÊ ME RESPEITA, EMILLY!! DA PRÓXIMA VEZ QUE VOCÊ FOR SEM EDUCAÇÃO, EU JURO QUE TE MATO.
Eu fico quieta olhando pra baixo. Ele liga o carro e começa a dirigir para a casa da tia Rose. Ele aperta o volante com muita força tentando controlar a raiva. Nós finalmente chegamos à casa da tia Rose e eu desço do carro calada.
Papai rapidamente vai embora, indo direto para casa, enquanto eu caminho para a porta da casa da Rose, toco a campainha e a espero abrir.
Espero que a tia tenha feito aqueles biscoitos deliciosos....
A porta se abre rapidamente e eu vejo minha tia, que está com um sorriso gentil como sempre. Ela não é uma senhora muito velha; ela tinha cabelos castanhos curtos e cacheados, os olhos dela eram azuis como o céu e sua pele era branca como a neve. Ela é minha tia por parte de pai e sempre foi muito melhor que aquele velho capenga.
- Emilly, querida!! Que saudade de você, fofa!
- Oi, tia, tudo bem com você? Eu estava com muitas saudades de você também.
Ela vem e me abraça. Eu nunca soube se sou muito baixa ou se os outros são muito altos, mas eu acredito que todo mundo que é muito alto. Eu me recuso a aceitar que eu tenho 1,54 de altura.
Titia me puxou para os braços dela, me apertando bem forte com muita saudade de mim. Ela me coloca dentro da casa com facilidade e sorri para mim.
- Emilly, eu fiz aqueles biscoitos de chocolate que você tanto ama. Vamos comer enquanto conversamos um pouco.
- Sério, tia? Que delícia, eu amo seus biscoitos!
Eu tiro meus saltos e os coloco na sapateira da entrada. Nós vamos direto para a sala, onde sempre conversávamos e comíamos biscoitos com leite quente.
Eu me sento na poltrona e observo aquele lindo lugar que sempre me trouxe muita paz. Titia se senta na poltrona dela, cruza as pernas e me olha sorrindo.
- Me conte, Emilly, como vai lá na casa do Harry? Ele continua um velho chato?
- Está tudo uma maravilha, tia. O papai continua um velho amargurado e mal-amado.
Eu pego um biscoito da mesa de centro e dou uma mordida, mas estranhei o gosto levemente.
- Tem alguma coisa diferente, tia... você trocou a receita?
- Infelizmente, eu tive que mudar, querida, mas pode comer. Eu só coloquei aveia dessa vez, faz bem para o corpo.
Eu acredito muito na minha tia e continuo comendo os biscoitos.
- Sabe de uma coisa? Seu pai sempre foi muito mal-humorado desde criança.
- Sério, tia? Pensei que ele tivesse ficado assim depois da morte da mamãe.
- Não, não, fofa, ele sempre foi assim, mas ele está piorando com o passar dos anos. Uma vez, quando éramos crianças, eu me lembro que estávamos indo para a igreja e seu pai odiava ir para lá. Então ele simplesmente colocou tarraxas em todos os bancos da igreja.
Eu arregalo os olhos e até me engasgo levemente com o biscoito de tanta surpresa.
- Eu sabia que meu pai era ruim, mas não sabia que era tanto. Coitada das pessoas, ficaram com a bunda toda furada.
- O Harry e eu acabamos sendo expulsos daquela igreja, e o padre ficou tão bravo que começou a tacar sal na gente.
- Nossa, tia, até você não saiu ilesa. Que injusto, ele que merecia ser expulso e não todo mundo da família de vocês.
- Mas foi até bom, querida, eu não gostava mesmo de ir lá. Quando seu pai chegou em casa, seu avô deu uma lição nele e não foi pequena. O Harry saiu cheio de marcas vermelhas de cinta nas costas.
- Bem, ele mereceu o castigo.
Eu continuo comendo os biscoitos um atrás do outro enquanto tomo um copo de leite morno. Eu fico surpresa com meu pai: ele me obriga a ir à igreja, mas ele nem gosta de ir. Agora achei que sei de onde eu puxei a minha raiva e o meu jeito de pestinha.
- Tia, você não sabe: hoje o papai me levou à força para a igreja, e ele nem entrou, acredita? Ele ficou do lado de fora falando com um cara esquisito que estava vestido de uma roupa toda formal, em plenas nove horas da manhã! Quem usa isso hoje em dia...
De repente, começo a me sentir estranha e com muito sono. Eu coloco meu copo de lado e esfrego meus olhos com muito sono, e deixo o biscoito que estava em minha mão cair no chão. Eu me viro para a minha tia, me apoiando no sofá.
- Q-Que estranho... eu estou me sentindo esquisita...
Rose fica parada e quieta, com uma expressão ilegível. Eu só vou fechando os olhos com muito sono e acabo caindo de sono na poltrona.
Titia se levanta e anda em minha direção. Ela pega meu rosto com uma mão e o observa atentamente enquanto pega o celular e liga para alguém.
- Alô? É a Rose. Pode vir buscá-la...
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