...Capítulo 1...
Oliver Browsing tentou não escutar o que sua mãe dizia sobre casamento. Seu irmão mais novo acabava de se casar com uma amiga de infância, e só fazia uma hora e meia que seu irmão havia se casado e sua mãe já estava olhando para ele como se quisesse dizer há ele que agora só faltava ele. Ficava feliz por saber que sua mãe pelo menos se importava com ele, mas não queria se casar, pelo menos não agora. Não que estivesse ficando para trás, já que entre os quatros ele era o único que não havia se enroscado com ninguém, afinal não era o único homem solteiro da família e muito menos da cidade.
Morava na cidade de Teton Village em Jackson no estado de Wyoming. Era uma região bem visitada na época do inverno, o prazer de conhecer a melhor montanha para ski da América do Norte. Lá fica a estação de ski Jackson Hole Mountain Resort. Mesmo se não quiser se aventurar nos esportes de neve, ainda assim conseguiria aproveitar a vila, pois há diversas lojas, cafés, bares e até um passeio de teleférico que te levará até o topo da montanha, onde avistará todo o vale de Jackson Hole.
Ah, e se estiver indo no verão, ainda assim dá pra curtir Teton Village. Você pode fazer trilhas, mountain bike ou apenas curtir um dos decks ao ar livre.
Oliver olhou mais uma vez para o a porta da cozinha quando viu que sua mãe apareceu vindo atrás dele. Tentará fugir dela o casamento todo para não ter que ouvir -lá dizer que precisava se casar e seguir a tradição da família.
- Querido, por que fugiu de mim?
- Eu não fugi, vim só pegar... – ele olhou para a garrafa de bebida e prosseguiu. – Vim pegar uma bebida.
Sua mãe franziu as sobrancelhas confusa e sorriu.
- Está na hora de parar de fugir. Vamos, a festa é lá fora e não aqui... – Ela disse já pegando no braço dele e conduziu-o para o jardim onde estava os convidados bebendo, comendo e conversando. – Quero meus filhos todos juntos.
Oliver fez careta e só então conseguiu se soltar de sua mãe e disse.
- Mãe, para. Eu não vou ficar andando atrás da senhora. – Ele emburrou. – Posso muito bem ficar... sozinho.
- Oliver...
- Eu sei me cuidar. Para de ficar me apresentando para essas... moças. – Ele disse. – Todas me conhecem.
Era óbvio que a maioria das moças da cidade conhecia ele, afinal a família tinha um hotel muito famoso ali em Teton Village, e como era da família todos cooperavam fazendo seus serviços por lá. Ele mesmo ficava na parte administrativa, e adorava fazer aquilo todos os dias.
Assim que escapou de sua mãe deixando-a no vácuo tentou fugir novamente para algum lugar sossegado, mas não deu muito certo, seu irmão George veio ao seu encontro.
- Ei, a mamãe está lhe enchendo o saco de novo?
George era o mais velho dos irmãos e foi o primeiro a se casar, já fazia sete anos que estava casado e era o único que entendia o lado dele.
- Está. Acho que vou me mudar daqui, assim ela para com isso.
George sorriu.
- Não é tão ruim.
- É sim, a mamãe tem que parar com isso.
- Eu quis dizer que não é tão ruim estar casado.
- Que bom para você.
- Mas acredito que um dia você vá fazer o mesmo. Tudo tem seu tempo.
Oliver hesitou e assentiu.
- Não quero falar sobre isso. Estou feliz pela vida que tenho.
-Ah sim, tenho certeza de que deve estar muito feliz.
Ao ouvi-lo concorda com o assunto, sorriu e só então percebeu que seu irmão lhe deu um tapa nas costas antes de se afastar deixando o sozinho com seus próprios pensamentos. Pelo menos podia ficar ali sem que ninguém lhe perguntasse absolutamente nada sobre o que estava achando de seus irmãos casados.
Curtiu o resto da festa com seus amigos por um bom tempo, até que sua mãe resolveu vir atrás dele de novo, fugiu de toda maneira até que ele cansou de tudo e disse que ia embora. Estava quase infartando quando resolveu que era hora de dar um basta naquela história toda de casamento.
Quando se aproximou do seu irmão mais novo Edward para se despedir, uma amiga de infância veio de encontro com ele.
- Ollie... como está?
- Oi, Becca. Estou muito bem, e você? – ele cumprimentou a com um beijo no rosto.
Era uma moça muito bonita, e era uma pena já ter namorado ela na adolescência e sabia que ambos sempre mantinham uma amizade duradora ao longo dos anos. Apesar de ele não ter aceitado o fim do relacionamento de ambos no começo, mas viu que não era para ser mesmo.
- Estou ótima. E aí, deve estar feliz por ser o único Browsing a não se casar?
Ele ficou sério de repente e deu de ombros, brincou.
- Ninguém me pega.
Rebecca riu sem graça.
- Engraçadinho.
- É melhor assim.
- O que acha dá gente sair qualquer dia desses?
Oliver franziu o cenho, indignado. Só então notou que sua mãe sorria para ele.
- Melhor não. Minha mãe lhe mandou aqui não foi?
- Ah... não. Por que ela me pediria para vir até aqui?
Ele balançou a cabeça e sorriu.
- Desculpa, mas não vai rolar.
Oliver se afastou indo até o irmão e se despedindo dele e da mulher, assim que conseguiu finalmente fazer isso, foi até o seu carro, mas seu pai veio ao seu encontro.
- Ollie... já está indo?
- Sim, pai. Precisa de alguma coisa?
- Sim. Tem como passar no hotel e verificar se está tudo bem por lá... sabe como é o Hector.
Oliver assentiu.
- Certo. Eu vou dar uma passada por lá.
Assim que seu pai se afastou, tirou o terno e afrouxou a gravata. Não via a hora de tirar aquela roupa e era uma pena ter que ir ao hotel antes de ir para casa. Estava tão cansado e a primeira coisa que faria era tomar um banho.
Por sua sorte que o hotel da família não ficava tão longe dali, afinal a festa de casamento do seu irmão tinha sido na casa de seus pais como era a tradição. Ele riu sarcástico ao lembrar que todos os seus irmãos foram obrigados a fazer as festas de seus casamentos no mesmo lugar querendo ou não tinham que fazer lá. Pois ele faria diferente, queria ver a cara da sua mãe se soubesse o que ele achava da casa dela.
Claro que não diria há ela o que pensava só para não magoar ela mais ainda, já que não pretendia arrumar ninguém por enquanto.
Quando ia parar o carro na vaga reservada um carro entrou na sua frente o que lhe casou um impacto inesperado. Quando percebeu já havia batido na lateral do carro.
- Mas que droga!
Oliver resmungou e desceu do carro para tirar satisfação com o motorista imprudente que teve a santa capacidade de entrar na sua frente e querer lhe roubar a vaga reservada.
Ao se aproximar do outro carro, notou que o motorista era uma mulher. Era só o que lhe faltava agora.
- Você é doida...
Ele esbravejou, mas parou assim que pôs os olhos nela e viu que era uma bela mulher, tinha cabelo castanhos e cacheados, grandes olhos castanhos. Talvez fosse por causa de sua estatura, pois tinha na cerca de um metro e sessenta em contraste ao um e oitenta e cinco dele. Ou talvez sua compleição, pois era esguia e delicada.
- Me desculpe.
Ela parecia estar a quilómetros de distância mesmo enquanto o fitava. Ela destacava uma pele alva, perfeita, e os lábios pintados de vermelhos, lábios... provocantes.
Oliver permaneceu imóvel por um longo momento, observando-a lentamente. Até que ela fez careta ao ver o estrago na lateral do carro.
- Sinto muito, eu não vi o seu carro.
- Como não?
Ela forçou um sorriso torto e sem graça.
- Estava com pressa. Não fiz por mal, ė que eu tenho um jantar e... não posso me atrasar.
- Mas essa vaga é reservada.
Ela olhou para a vaga do carro que agora estava meio que dois carros disputando o caminho.
- Mas eu estou nessa vaga.
- Não está não.
- Estou hospedada aqui, então isso me dá o direito de estacionar onde bem entender. – Ela disse cruzando os braços há cima do peito e empinar o nariz.
- Escuta, estacionamento dos clientes e ali... – ele apontou para o outro lado. – Será que não passaram as instruções correta para você quando hospedou.
- Eu não sei. Acabei de chegar aqui, não está vendo.
Ele balançou a cabeça, incrédulo.
- Então não está hospedada aqui?
- Claro que estou. É que estou atrasada... meus... deixa para lá. Agora você vai arrumar o meu carro.
- Eu? Foi você que entrou na minha frente, por tanto é você que vai consertar o meu carro.
- Você é muito grosseiro.
- E você é uma completa idiota.
- Vou fazer uma reclamação aqui. – Ela disse. – E vou descobrir quem é você para arrumar o meu carro.
- Fique à vontade.
Ela deu de ombros e foi dar uma olhada nos dois carros, só então a viu tirar o celular do bolso e começar a tirar fotos.
- O que está fazendo?
- Estou tirando provas.
- Para com isso. Podemos conversa civilizadamente lá dentro, vai começar a esfriar e não estou a fim de congelar aqui. – Ele comentou ao se aproximar dela.
- Não falo com estranhos.
Oliver bufou.
- Olha, eu não tenho tempo para ficar aqui discutindo com você. Será que pode me dar o seu contato para resolver o problema do meu carro... depois.
- Meu pai vai processar você por isso.
- Se está de brincadeira né. Você entra na minha frente, tenta pegar uma vaga que não é sua e ainda diz que vai me processar. – Ele zombou e resmungou. – Estou tendo um péssimo dia hoje.
- Problema seu. – Ela respondeu emburrada ao olhar mais uma vez para o seu SUV vermelho e depois para o Hummer H2 preto dele, para só então ir até dentro do carro e tirar algo e lhe entregar um cartão. – Estou atrasada, se quiser pode me ligar amanhã e resolveremos isso.
Oliver assentiu ao pegar o cartão, deu uma olhada e jogou no chão, fazendo com que ela sorrisse.
- Problema seu.
- Jogou o meu cartão no chão.
- Problema seu. – Ele disse e se virou indo até o seu carro, manobrou e a viu ali observando -o se afastar e estacionar mais para frente numa outra vaga reservada.
Sabia que não poderia ter agido daquela maneira e muito menos ter dito o que disse, ainda mais sabendo que ela era uma cliente do hotel. Imagine quando ela souber que ele era filho do dono dali e que ele que administrava a parte dos negócios.
Suspirou antes de descer do carro e ir para dentro do hotel. Era novembro e a neve já estava começando a tomar conta do lugar, era a época que mais lucrava no hotel, afinal muita gente vinha para passar as férias de fim de ano para esquiar com a família.
Ele adorava quando nevava, adorava esquiar e praticar snowboard quando tinha tempo livre. Mas agora seria difícil fazer isso já que sua mãe iria querer convencer -ló a arrumar uma nova nora para ela.
Bufou ao imaginar o que sua mãe estava aprontando há uma hora dessa. Não deveria pensar nessas coisas, tinha mais e que se preocupar com o seu carro agora que estava batido.
Iria fazer aquela moça pagar pelo conserto nem que tivesse que esganá-la. Era muito louca, porém bonita demais da conta. Nunca perderá a razão ao conhecer mulher nenhuma aos longos anos de sua vida. Havia tido inúmeros relacionamentos passageiros ou melhor... relâmpagos e nenhuma mulher havia o deixado tão desconcertado.
Oliver cumprimentou o bellboy e depois foi até a recepção onde ficou conversando um pouco para saber se estava tudo ok.
- Se acontecer alguma coisa Hector, me liga. – Ele disse pegando no seu celular, quando viu a mulher de lábios provocantes aparecer acompanhada de um casal.
Ele observou-a e quando ela passou por ele deu uma fuzilada e mostrou o dedo do meio para ele. Além de muito bonita ainda era bem arrogante.
...Capítulo 2...
Evelyn McCarthy olhou mais uma vez para o cara que batera no seu carro e ficou pensando se ele realmente sabia que era o cara mais escroto que já conhecera. Nunca em sua vida havia encontrado um cara com toda aquela arrogância toda, tinha pena de quem se envolve-se com ele, afinal do que adiantava ter um rosto bonito se não sabia ser educado. Quando passará na frente dele com o carro, não tinha tido noção que ele bateria no carro e outra nem um “Tudo bem" ele perguntará há ela. Caras como ele só podia ser extremamente difícil de lidar, não que isso fosse impossível de resolver.
Havia aceitado numa boa que precisava resolverem sobre a batida, mas não imaginara que ele iria simplesmente ignorá-la e tentar agir como um escroto. Por sua sorte é que seu pai ainda não vira o carro batido e estava aliviada por saber que aquele sujeito ainda estava no hotel.
Ela estava ali só de passagem, quero dizer por enquanto. Seu pai estava apenas fazendo negócios por ali e aproveitar para tirar alguns dias de férias com ele, já que quase não fazia isso. Era incrível de como as coisas eram, ela só estava ali por causa dos pais, se não ainda estaria em Denver fazendo sabe lá o quê. Odiaria em ter que ficar em casa, enquanto seus pais viajavam deixando-a sozinha. Ela precisava tomar um rumo na sua vida sem ter que precisar dos seus pais para tudo, vivia na casa dos pais ainda e nem se quer havia arrumado um emprego. Seus amigos ainda a chamava filhinha do papai e isso há irritava demais, porém, quando falava sobre trabalhar seu pai dizia que não precisava disso.
Então por que se importar com isso se podia ter o que quisesse. E esperava ter umas ótimas férias, mas pelo jeito começará com o pé esquerdo.
Ao lembrar do sujeito arrogante sorriu. Ele era mesmo muito bonito com seu um metro e oitenta e pouco, cabelo castanhos claros curto, olhos azuis, boca extremamente sexy e o queixo quadrado composta por uma barba e as roupas formais que usava é que a deixou fascinada, nunca vira trajes ficar tão bem em algum homem, e apostava que deveria ter um corpo perfeito.
Estava bem sossegada agora que poderia ficar ali e descobrir quem era aquele cara, não deixaria o carro do seu pai ficar naquele estado.
- Evelyn, querida. Venha...
Seu pai a chamava para se juntar na mesa. Sabia que aquele jantar era a negócios e não queria ter que ficar ali escutando seus pais falarem sobre negócios. Gostaria de estar mais é conhecendo o local, e não via hora de poder esquiar já que a neve agora estava começando a preencher o local. Sabia que ali era um lugar muito conhecido e muito bom para passar as férias. E desejou poder sair dali feliz da vida e poder curtir bem a viagem.
O hotel era lindo e muito bem requintado, até agora ela tinha sido muito bem tratada e atendida, recomendaria com certeza para os seus amigos.
A área do restaurante tinha uma arquitetura contemporânea, possui um ambiente intimista proporcionado pela iluminação indireta, pelo veludo aplicado desde as paredes até o teto e até pelas mesas reservadas entre as telas trançadas usadas na maioria das cadeiras de antigamente. Já o piso negro de mármore e a cobertura metálica móvel exibem sofisticação por si só.
Ainda não havia conhecido o local, e com certeza amanhã ela teria o prazer de poder sair e conhecer o lugar. Havia chegado naquela tarde de sexta-feira e tinha resolvido dar uma volta nas lojas enquanto seus pais resolvia o negócio do hotel, mas havia esquecido do tempo e quando voltará para o hotel tivera aquele pequeno problema com o cara arrogante.
O jantar foi totalmente estressante e ficou pensando se não poderia se retirar, não tinha noção do que estavam falando.
Estava bebendo um gole do vinho quando o viu entrando no restaurante, e seus olhares se encontraram. O olhar dele era direto, franco. E sua simples presença a fazia sentir-se segura e desconfortável como a muito tempo não sentia. Não pôde deixar de notar que realmente ele era bonito com aquela barba quando se entreolharam, seu rosto másculo e marcante, os olhos intensos e azuis. E viril, sem dúvida, com um corpo atlético que devia ser de tirar o fôlego por baixo daquela roupa.
Ela apressou -se a desviar o olhar e então disse aos seus pais.
- Será que posso me retirar?
- Está se sentindo bem, querida? – Sua mãe perguntou.
- Na verdade estou cansada.
- Pode ir se deitar então...
Ela olhou para o pai que assentiu, então sem pensar duas vezes e se levantou, se despediu de todos e saiu o mais rápido possível.
Na manhã seguinte Evelyn acordou totalmente cansada e ficou pensando se realmente iria querer sair daquele quarto maravilhoso. O quarto fora projetado para que seja seu retiro perfeito para as montanhas ao lado. A luxuosa cama de plumas e os lençóis egípcios de qualidade suprema lhe garantem um sonho reparador. Dispõe de climatização individual e televisão IP interativa. O banheiro com design contemporâneo oferece uma ducha balinesa para duas pessoas ou uma generosa banheira com ducha e comodidades de categoria superior que arredondam a experiência no quarto.
Estava tão bom que não tinha vontade de sair daquela cama, mas não poderia ficar ali para sempre então, aproveitaria o máximo para sair e conhecer o lugar.
Levantou-se e foi direto ver a cidade pela janela. Estava tão bonito, aquele lugar era maravilhoso, tudo estava branco havia nevado durante a noite e agora estava do jeito que ela gostaria de ver. Aproveitando que ainda era sete e pouco foi tomar um banho, vestiu uma calça jeans preta, blusa de lã branca, bota de cano alto e um cachecol com pompom nas pontas, se maquiou cuidadosamente e pegou sua bolsa e casaco preto e desceu para se encontrar com seus pais para tomarem café da manhã juntos.
Estava chegando na recepção do hotel quando o viu novamente, estava diferente naquela manhã. Ele usava calça jeans e um suéter na cor vinho por cima da camisa azul, e por incrível que pareça estava sorrindo de algo que o recepcionista dizia, mas só então se deu conta que agora ele olhava para ela e o sorriso desapareceu.
Engoliu em seco quando notou que ele simplesmente veio ao seu encontro. Não estava a fim de discutir com ele, pelo menos não tão cedo.
Tentou sorrir quando ele ficou na sua frente.
— Bom dia!
— Bom dia!
— Dormiu bem? — ele perguntou sem tirar os olhos dela.
—Sim.
— Ótimo. Estava indo tomar o café da manhã?
Ela franziu o cenho, confusa.
- Bem, acho que isso não é da sua conta.
- Só queria saber se minha cliente está sendo bem tratada.
Evelyn fez careta e balançava a cabeça, incrédula.
- Mas vejo que educação não é o seu forte.
- Desculpa... não faço ideia do que está falando.
Ele sorriu e estendeu a mão há ela que acabou aceitando o aperto.
- Sou Oliver Browsing gerente do hotel The Revillo, espero que esteja gostando da sua estadia aqui.
- Ah... obrigada, Sr. Browsing. – Ela disse sem graça. Estava completamente ferrada, havia feito o gerente do hotel bater no seu carro por ter sido tão idiota. – Desculpa por ontem...
- Será que podemos conversar sobre isso depois que você tomar o seu café?
Evelyn assentiu, ia responder para ele quando os seus pais apareceram.
— Bom dia! minha linda. Dormiu bem?
— Muito bem! — Ela respondeu sem graça quando notou que ele estava tentando disfarçar que não ouvia a conversa. — É, mais uma vez obrigada Sr. Browsing... o hotel é maravilhoso.
- Obrigado. Se precisar de alguma coisa, estarei sempre às ordens.
Ela sorriu e observou-o se afastar com as mãos no bolso da calça. Tinha um andar tão firme e elegante ao mesmo tempo. Tentou disfarçar o olhar para que seu pai não a visse olhando para a bunda do gerente do hotel. Foi então que deu um suspiro e virou-se em direção ao restaurante.
— Quem era, querida? – a sua mãe indagou curiosa.
— É o gerente do hotel. Tive um problema ontem e... ele ajudou-me.
— Ah, que ótimo. Ele é bem jovem e charmoso para ser gerente de hotel.
Evelyn fez careta ao ouvir sua mãe dizer aquilo bem na frente do seu pai. Mas teve que concordar que achava o cara jovem demais para ser gerente de hotel.
...Capítulo 3...
Ao dar uma escapada do hotel para fumar um pouco e tentar tirar aquela mulher da sua cabeça um pouco. Estava acostumado em ver inúmeras mulheres bonitas passarem por ali, mas aquela estava o tirando do sério. Não queria se envolver com ninguém, pois sabia que aquilo seria apenas temporário e com certeza ela era filhinha do papai e nem sabia a diferença entre atração física e paixão.
A única coisa que ele gostaria no momento era que sua mãe não ficasse no seu pé para que ele arrumasse uma mulher para se casar. Até hoje sua mãe só à vera com duas mulheres, com seus vinte e seis anos nunca levará mulher a sério, apenas casos passageiros com as clientes do hotel que dava em cima dele tão descaradamente.
Seus irmãos odiavam quando o via com as clientes e sempre o chamavam de homem da única vez, claro que só ia para a cama com elas uma única vez porque não queria se envolver demais. Não queria nenhuma mulher chorando nos seus pés, por isso já sempre avisava que não haveria nenhum envolvimento emocional ali e por incrível que pareça elas aceitavam numa boa. Não era um cafajeste, mas também não negava o que elas ofereciam de bom grado.
Ao apagar o seu cigarro, viu seus pais chegarem e pelo jeito sua mãe foi a primeira a reparar no seu carro batido.
- Bom dia, Ollie. O que aconteceu com o seu carro?
- É uma longa história.
- Eu disse para não beber demais ontem.
- Não bebi demais, mãe. Foi um pequeno acidente que aconteceu ontem aqui... – ele contou enquanto entravam para dentro do hotel, e quase voltou para fora o recepcionista estava apontando para ele ao ver que os pais dela estavam ali. – MERDA!
Sua mãe olhou com desdém para ele ao ouvi-lo dizer palavrão.
O senhor de bigode e magro sorriu surpreso ao vê-los. Parecia estar vendo alguém conhecido e por incrível que pareça foi seu pai que foi ao encontro do senhor e teve que disfarçar o embaraço daquilo tudo.
- Nossa que surpresa em vê-lo Gregório. – Seu pai falou, depois cumprimentou a mulher do senhor e sorriu para lábios provocantes. – O que faz por aqui?
- Estou tirando umas férias e resolver alguns negócios.
Seu pai apresentou o amigo para sua mãe e só então se deu conta que estava sendo deixado de lado, pelo menos achou que sim.
- Querida conheci Gregório na minha infância. Depois de muito tempo nos vimos numa reunião de negócios... ainda está no ramo de hotelaria?
- Sim.
- Muito bom. Estou feliz que tenha escolhido ficar em nosso hotel.
- Ah, esse é o seu hotel?
- Sim.
O senhor olhou para ele e engoliu em seco, ao ver que estava sendo fuzilado.
- Acho que o seu gerente bateu no meu carro...
Sua mãe olhou para ele, incrédula.
- Ollie. Você fez isso?
- Foi um acidente. – Ele corrigiu olhando para a moça dos lábios provocantes. – Na verdade, foi sua filha que entrou na minha frente, ela ia estacionar numa vaga reservada.
- Está dizendo que ela foi a errada na história?
- Sim. Eu estava para estacionar quando ela apareceu. Não tive como evitar o acidente. – Ele contou. – Tentei conversar com ela sobre isso, e a única coisa que ela fez foi ser mal educada.
Gregório olhou para a filha que se encolheu e fazia careta.
- Minha filha é um excelente motorista.
- Não estou a acusando de não saber dirigir. Só estou dizendo que ela foi imprudente...
- Ollie, fica quieto. – Sua mãe esbravejou. – Sr. McCarthy meu filho vai acionar o seguro e espero que o senhor faça o mesmo e peço mil desculpas pelo ocorrido... – sua mãe deu uma fuzilada para ele e depois voltou para o senhor. – Será que podemos conversar a sós no meu escritório, por favor?
O senhor hesitou e concordou de cara amarrada. Quando seus pais e os dela se afastaram, fuzilou-a com o olhar.
- Obrigado, por me ferrar.
- Sinto muito.
- Sinto muito. – Ele a imitou fazendo deboche dela, que não gostou muito. – Não achei que iria me dedurar.
- Meu pai iria descobrir cedo ou mais tarde... é o carro dele.
- Isso não é problema meu.
- Ei, para de ficar me imitando. – Ela emburrou cruzando os braços. – Você está estragando minhas férias.
- E você vai me fazer perder o emprego.
- Mas seus pais não são... os donos do hotel?
Oliver balançou a cabeça, inconformado.
- Como se isso importasse. – Ele disse quase aos gritos, só percebeu que estava agindo como um idiota quando viu alguns clientes olhar para ambos. – Não vou ficar aqui discutindo com você. Divirta-se na neve.
Evelyn vestiu o seu casaco antes de sair daquele lugar. Estava tão decepcionada por ver que nada do que fazia dava certo. Não foi assim que imaginou suas férias e muito menos que acharia o cara mais lindo que já virá ser um ogro.
A cidade de Jackson Hole está localizada na região oeste do estado de Wyoming, Estados Unidos. É uma das comunidades de resorts de montanha mais acessíveis na América do Norte. Faz parte de um maciço das Montanhas Rochosas (Rocky Mountains) que se estende desde a Columbia Britânica (Canadá). Distante apenas alguns minutos do Aeroporto de Jackson Hole. Em outras palavras, uma vez que os viajantes chegam em Jackson Hole, eles estão a apenas 16 km da cidade de Jackson e a 35 de Teton Village, que fica na base da montanha, ou seja, acesso direto às pistas de esqui de Jackson Hole Mountain Resort.
Em Jackson, encontra-se a famosa Town Square, com seus lindos arcos feitos de chifres de animais. A praça é uma atração em qualquer época do ano e um ponto turístico obrigatório para quem visita a cidade. Apenas 19 km ao norte de Jackson está Teton Village, onde encontram-se hotéis luxuosos, bares, cafés, lojas e opções de ski e snowboard. Localizada na entrada do Grand Teton National Park, Teton Village serve como ponto de partida perfeito para excursões nos parques nacionais. Onde quer que os visitantes prefiram ficar dependendo de estilo ou orçamento, Jackson Hole tem transporte público de qualidade disponível. Tanto em Jackson quanto em Teton Village, os turistas ficam bem conectados a ambos os lugares, podendo aproveitar o que cada região tem de melhor a oferecer.
Em Jackson localizado bem próximo à famosa Town Square, no centro de Jackson, o The Wort Hotel fica a poucos metros de lojas de grife, restaurantes, galerias de arte e da vida noturna da cidade, incluindo o famoso Silver Dollar Bar. O hotel representa a herança e a essência “velho oeste” dessa comunidade. Os quartos de hóspedes e suítes confortáveis trazem o charme sofisticado do Oeste, incluindo um acervo de obras de arte originais da época do velho oeste. O novíssimo Hotel Jackson é um hotel boutique, com 58 suítes, definindo um novo conceito em hospitalidade no Oeste. Todos os detalhes do seu design foram pensados para conectar o hóspede à beleza das paisagens, além de estar convenientemente localizado em uma área central. Ambos hotéis oferecem traslado particular até as pistas de esqui.
Jackson Hole Mountain Resort - Jackson Hole continua a entregar a lendária neve “powder” (recém-caída), 4,136 pés verticais contínuos, 2500 acres do melhor esqui e snowboarding para novatos, pessoas de capacidade intermediária e especialistas, bem como uma autêntica atmosfera do “Velho Oeste”. Vizinho dos parques nacionais de Yellowstone e Grand Teton e operando na Floresta Nacional Bridger Teton, não existe um cenário mais espetacular para um resort de destino no mundo.
Estava indo até o carro do seu pai pegar alguma coisa lá dentro quando o pai do bonitão apareceu.
- Oi.
- Oi.
- Jack Browsing, meu filho foi grosseiro com você?
Ela hesitou e negou.
- Não.
- Não precisa mentir, conheço Oliver e sei do que ele é capaz. Não se subestime o poder que ele tem por aqui. – disse e viu semelhanças de pai e filho, os olhos eram azuis e enigmáticos. – Minha mulher vai conversar com ele, e seja bem-vinda ao nosso hotel e divirta-se na neve.
- Obrigada.
Evelyn fez careta e observou o se afastar. Será que as pessoas ali só sabiam dizer aquilo?
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