...
*Roberta*...
...*Otávio*...
Roberta e Otávio eram um casal unido e apaixonado, juntos há cinco anos. Eles acreditavam que nada poderia abalar a relação que construíram. No entanto, esse amor e essa confiança seria colocada à prova após um inesperado desmaio de Roberta. Preocupados, decidiram procurar ajuda médica imediatamente.
■ No Posto de Saúde
Dr.: O que aconteceu? – Perguntou, analisando Roberta com atenção.
Roberta: Doutor, nos estávamos preparando o jantar e de repente eu comecei a sentir um mal-estar horrível... e antes que percebesse, apaguei. – Relatou, ainda visivelmente abalada.
Otávio: Ficamos assustados, já que isso nunca aconteceu antes.
Achamos melhor vir aqui pra investigar o que pode ter acontecido. – Completou, segurando a mão dela para tranquilizá-la.
Dr.: Certo, Roberta você disse que nunca aconteceu antes... Mas me conta, você passou por algum estresse ou comeu algo diferente? Ou até mesmo fez alguma atividade diferente do habitual?
Roberta: Não, Doutor.
Dr.: O que você sentiu antes de desmaiar?
Roberta: Não sei explicar, eu fiquei bem tonta, vi tudo ao meu redor negro embaçado.
Dr.: Tem sentido algo anormal nos dias anteriores?
Roberta: Na verdade, sim!
Enjoo e tontura, como a de hoje.
Mais não ao ponto de desmaiar como a de hoje.
Otávio: Isso você não me contou!
Dr.: Certo, já tenho uma suspeita do que pode ser. Quero que você faça um exame de sangue amanhã cedo, às 8:00. Pode ser?
Roberta: Claro, Doutor!
Mas o que eu tenho pode ser grave?
Dr.: Não, não se preocupe!
De for o que eu estou pensando é algo comum.
Otávio: Alguma indicação, doutor?
Dr.: Repouso. Somente isso.
Roberta: Muito obrigada, doutor! Boa noite!
Eles saem e vão em direção ao carro de Otávio.
Otávio: Por que não me disse que estava se sentindo mal nos últimos dias?
Roberta: Não pensei que fosse importante!
Otávio: Roberta, pra mim tudo o que acontece com você é importante.
Roberta: Jura?
Otávio: Claro, você é o amor da minha vida!
Roberta: E você é o amor da minha!
Otávio: Promete que não vai mais me esconder nada por mais insignificante que seja?
Roberta: Prometo! — Levanta a mão.
Otávio: Ótimo! Vamos?
Roberta: Sim! Aliás, você vai poder vim comigo amanhã? — Pergunta enquanto entra no carro.
Otávio: Bem que eu queria, amor!
Mas amanhã tenho que tá bem cedinho na mecânica, temos um carro para entregar e já sabe como é o meu chefe.
Roberta: Sem problemas, amor!
Eu vou ligar pra Lívia, talvez ela possa.
Otávio: Boa ideia!
📱Roberta: Lívia? Oie amiga!
📱Lívia: Beta! Já te disse como eu amo quando você me liga?
E aí, qual a novidade?
📱Roberta: Nenhuma boa...
Acabei se sair daqui do postinho, tive um desmaio!
📱Lívia: Como assim? Mas você tá bem, né?
📱Roberta: Sim, não se preocupa.
O médico só pediu pra eu ficar de repouso e passou um exame se sangue pra amanhã de manhã.
O Otávio não vai poder me acompanhar, ele vai trabalhar. Será que você pode ir comigo?
📱Lívia: Aí, Beta! Pelo amor de Deus, né!
Nem precisava pedir, se dependesse de mim, nos ficaríamos madrugando na porta do posto.
Passo pra te buscar aos 7h30m, tá bom?
📱Roberta: Tá perfeito, obrigada amiga!
📱Lívia: Que nada! Se cuida em!
I Love You♡
📱Roberta: Me too, baby!♡
Otávio: Desde quando vocês falam inglês? — Ri.
Roberta: Desde a 6° Série, quando a professora nos ensinou "Eu te amo" em inglês. — Relembra.
Aliás, foram as únicas palavras que aprendemos.
Otávio: Sem dúvidas, vocês dividem o mesmo neurônio.
Roberta: Para! Somos apenas adolescentes de 29 anos, o que tem de mal nisso? — Ri.
...
*Lívia*...
No outro dia, às 7:30 da manhã, Lívia chegou buzinando com seu Pálio simples em frente à casa de Roberta. Pouco depois, ela desceu, carregando um misto de ansiedade e nervosismo.
Lívia: Pronta para o exame?
Roberta: Pronta? Não mesmo. — Respondeu, entrando no carro.
Estou com o coração na boca.
Lívia: Calma, vai dar tudo certo.
Pensamento positivo!
O restante do caminho foi silencioso. Ao chegarem, Roberta entrou na sala de coleta enquanto Lívia esperava do lado de fora, sentada em um banco próximo à lanchonete. Após uma hora, Roberta saiu com os olhos marejados, mas com um sorriso no rosto. Lívia correu ao encontro dela.
Lívia: Roberta, o que foi? O que aconteceu?
É grave? Por que você está chorando?
Roberta: Lívia... eu... eu estou grávida!
Lívia: O quê?
Roberta: Eu vou ter um bebê! Eu vou ser mãe!
Lívia: Bom... meus parabéns!
As duas se abraçaram, compartilhando lágrimas de alegria. Antes que pudessem se acalmar, o celular de Roberta tocou.
Roberta: É o Otávio! O que eu faço?
Lívia: Atende ué.
📱Roberta: Oi, amor.
📱Otávio: Beta, como foi o exame?
O médico falou algo?
📱Roberta: Ele disse que tá tudo normal.
Meu desmaio foi algo natural.
📱Otávio: Natural? Como assim, Roberta?
Desde quando desmaiar é natural?
Esse médico tá precisando de aposentar!
📱Roberta: Calma, amor. Quando você chegar em casa, eu explico melhor. Agora vou comer algo com a Lívia, estou morrendo de fome!
📱Otávio: Tá, eu vou pra casa na hora do almoço, qualquer coisa me liga.
Te amo!
📱Roberta: Eu te amo mais!
Lívia: Ué, por quê você não contou pra ele?
Roberta: Aí, Lívia! Esse tipo de notícia não se dá por telefone, né!
Lívia: Enfim, vamos comer?
Tô azul de fome.
Roberta: Imagina eu que agora vou ter que comer por dois. — Brinca.
Lívia: Não queria estar na sua pele. — Ri enquanto caminham pela lanchonete.
Mais tarde, Otávio saiu da mecânica e foi buscar Roberta na casa de Lívia. Assim que ela entrou no carro, o abraçou com entusiasmo, um sorriso radiante estampado em seu rosto.
Otávio: Oi, meu amor. – Retribuiu o abraço, ainda que sem entender a euforia dela.
Cadê o exame? Deixa eu ver! Como assim um desmaio natural? Nunca ouvi isso na vida!
Roberta: Otávio...
Otávio: O que foi, Roberta? Você tá me deixando preocupado. Fala logo!
Roberta: É uma grande notícia. — Ela respirou fundo, tentando segurar a emoção.
E com certeza as nossas vidas nunca mais serão as mesmas.
Otávio: Roberta, vai direto ao ponto.
Roberta: Nós... vamos ter um bebê. Eu estou grávida. – Contou, com os olhos brilhando, esperando uma explosão de felicidade dele.
Mas Otávio não reagiu. Ele congelou, com os dedos segurando o volante com força, e o olhar se perdeu no para-brisa. Após alguns segundos de silêncio pesado, ele suspirou profundamente e balançou a cabeça.
Roberta: Não vai falar nada?
Otávio: Grávida? Como assim, Roberta?
Roberta: Como assim? Nós estamos juntos há cinco anos, Otávio. Eu achei que você ficaria feliz...
Otávio: Não é questão de estar feliz ou não. É só que... – Ele pausou, buscando as palavras certas.
Não era o que eu planejava, não agora.
O sorriso de Roberta se desfez.
Roberta: Não era o que você planejava?
O que isso significa?
Otávio: Significa que eu não estava preparado para isso, Roberta... Nós mal conseguimos lidar com nossas contas, às vezes terminamos o mês no vermelho. Como vamos cuidar de um bebê?
Ela sentiu um nó se formar em sua garganta.
Roberta: Otávio, eu também não esperava. Mas aconteceu, e eu achei que... esquece! Vamos para a casa.
Otávio: Beta...
Roberta: Otávio, vamos! — Desviou o olhar.
O silêncio no carro se tornou insuportável, tão pesado que parecia sufocar. Roberta com o rosto virado para a janela, lutava para não chorar. O caminho até a casa foi feito sem mais nenhuma palavra. Quando chegaram, ela mal esperou ele parar o carro e já saiu em direção à casa.
Otávio: Amor, por favor...
Roberta: Otávio, eu tô cansada não quero comversar... Ah, e por conta exame eu não fiz o almoço. É melhor você almoçar na pensão da dona Marta.
Otávio: Vamos juntos?
Roberta: Não, obrigada! Não tô com fome.
Ele saiu cabisbaixo para a pensão da dona Marta, Roberta se deitou na cama chorando, relembrando a péssima reação do namorado.
O telefone toca.
📱Roberta: Oi... — Respondeu tentando disfarçar o choro.
📱Lívia: Oi, Beta! Iai? Contou pro Otávio?
📱Roberta: Contei e foi a pior coisa que eu fiz!
📱Lívia: Você tá chorando? O que aconteceu?
📱Roberta: A reação dele foi péssima, amiga!
Prefiro nem lembrar.
📱Lívia: Eu tô no trânsito, indo pra empresa.
Quer eu passei aí? Tô perto da rua da sua casa.
📱Roberta: Você vai se atrasar, Lívia...
📱Lívia: Eu explico pro Thales, sei que ele vai intender.
📱Roberta: Então vem, por favor!
Preciso de um abraço seu.
📱Lívia: Tô aí em 5 minutos!
📱Roberta: Obrigada, amiga!
Lívia desligou e assim que parou no sinal, aproveitou pra ligar para Thales, seu amigo e chefe.
📱Thales: Lívia? Já está vindo?
📱Lívia: Thales, você vai querer me matar!
📱Thales: O que houve?
📱Lívia: É sei que já abusei de mais, não fui trabalhar cedo, mas...
📱Thales: Aconteceu alguma coisa?
📱Lívia: É que a minha amiga, a que eu acompanhei hoje, tá com problemas e eu quero passar na casa dela, coisa de 10 minutos.
📱Thales: Sem problemas, Lívia.
Tá tudo sobre controle aqui.
📱Lívia: Thales, o que seria da minha vida sem a sua compreensão, obrigada, sério.
📱Thales: Não precisa agradecer, vai lá ajudar sua amiga.
Lívia desliga e vai para casa de Roberta. Chegando, ela olha diretamente para a janela do quarto que estava aberta, lá ela viu Roberta sentada pensativa. Ela se aproxima sem dizer nada, pula a janela como uma menina travessa e se senta ao lado da amiga, envolvendo os seus braços nas costas dela.
Roberta: Ele disse que não gostou, sem dizer que não gostou.
Lívia: Eu nem sei o que dizer...
Aliás, sei sim! Manda ele pro inferno se for preciso. Seu bebê tem que ser sua prioridade agora e você não pode estar triste.
A minha avó sempre dizia que tudo o que sentimos passa para os bebês... Então trate de abrir o seu melhor sorriso!
Roberta: Até você que detesta criança reagiu melhor! — Tenta sorrir.
Lívia: Aí não exagera. — Levanta da cama e para em pé na janela.
Eu não detesto crianças, eu só não levo jeito com elas, e sempre que tento interagir elas correm chorando.
Roberta: Você pode até dizer que não detesta crianças, mas... lembra do que aconteceu na festa de aniversário do irmão da Mayara, nossa colega do fundamental?
Lívia: O quê?
Roberta: Você roubou o pirulito da mão dele porque disse que ele não precisava de mais açúcar!
Lívia: Ele já tinha comido três pedaços de bolo! Eu estava fazendo um favor à saúde dele. — Se defende.
Onde já viu entupirem de açúcar um menino de 4 anos!
Roberta: Ah, claro. Porque gritar “me dá isso aqui, moleque” enquanto ele chorava foi um grande gesto de cuidado.
Lívia: Tá bom, tá bom. — Tentou segurar o riso.
Talvez eu tenha exagerado um pouquinho, mas como você mesma disse, foi no ensino fundamental, éramos crianças.
Roberta: E o que você tem a dizer sobre o dia que fomos ao parque e você ficou dizendo que todas as crianças no balanço estavam ocupando muito espaço?
Lívia: Aquilo foi porque eu queria balançar também! Não é minha culpa que eles se acham os donos do parque. — Gargalha.
Roberta: Lívia, você é a única pessoa que eu conheço que brigaria com uma criança por um balanço.
Lívia: Você tá apelando, isso foi a tipo uns 13 anos atrás? Eu tinha 16 anos, amiga.
Roberta: Não usa isso como desculpa, eu poderia ficar aqui o dia inteiro citando todas as suas aventuras com crianças, você é quase alérgica a ela.
Lívia: Tá bom, tá bom! Talvez eu não tenha o melhor histórico com crianças.
Roberta: Mas vai ter que aprender a lidar com elas, porque agora vai ter um bebê por perto o tempo todo!
Lívia: Meu Deus! Acho que vou precisar de terapia pra isso. Não sei nem cuidar de um cachorro, quem dirá de uma criaturinha tão frágil.
Já sei, vamos fazer um combinado! Eu vou ser a melhor rede de apoio do universo.
Vou lavar, passar, cozinha... mas o bebê é todo seu, no máximo eu fico olhando ele no berço pra você tomar um banho e dormir, mais se ele chorar, eu te grito.
Roberta: Fechado. E acho que nem eu confiaria em deixar o meu filho com você. — Gargalha.
Lívia: É melhor mesmo! — Ri.
Viu, ao menos eu fiz você ri.
Roberta: Você sempre faz! — Levanta é a abraça.
Lívia: Bom, agora eu tenho ir! O Thales vai ter uma reunião e eu tenho que está presente. — Pula a janela.
Roberta: Você não sabe simplesmente sair pela porta?
Lívia: Tá muito longe e eu tô atrasada, além de ter que alimentar a minha criança interior.
Roberta: Tchau! — Acena enquanto a amiga sai com o carro.
*Thales*
*Karen*
Na empresa de Thales, Karen se aproxima da mesa dele com um semblante visivelmente incomodado.
Karen: Thales, a Lívia ainda não chegou! — Disse, cruzando os braços.
Como pode, essa falta de compromisso com você, com a equipe, com a empresa! Absurdo.
Thales: Eu sei que ela não chegou, Karen. – Respondeu calmamente, sem levantar os olhos dos papéis que estava analisando.
Ela me avisou que chegaria mais tarde.
Karen: Avisou? — Sua expressão se transformou em surpresa.
Você não acha ela abusada, Thales? Sempre que dá na telha, ela chega mais tarde. E além disso, fica dando ordem no pessoal como se fosse a dona do lugar.
Thales: Karen, vamos deixar algo claro. — Levanta o olhar.
Lívia não dá ordens "como se fosse a dona do lugar". Ela é minha secretária, meu braço direito, e tem autoridade para coordenar a equipe quando necessário.
Karen: Eu só acho que talvez ela esteja exagerando.
Thales: Exagerando? Lívia é uma das pessoas mais dedicadas que trabalha comigo. Ela entende as prioridades da empresa, sabe gerenciar o time e, acima de tudo, sempre entrega resultados excepcionais. — Joga os papeis analisados na direção dela.
Karen: Mas você não acha que isso desmotiva o restante da equipe?
Thales: Não, o que desmotiva a equipe é perder tempo com fofocas e picuinhas ao invés de focar no trabalho.
Agora, se apressa por favor, esses documentos não vão ser enviados até os sócios sozinhos. — Sorri pra ela.
A Lívia chegará em breve, e espero que todos nós possamos continuar colaborando para o sucesso da empresa. Inclusive você.
Karen: Claro, Thales. — Se vira para sair.
Enquanto ela se afastava com seu sorriso forçado, a porta do escritório se abriu, e Lívia entrou com passos firmes, carregando uma pasta e uma expressão tranquila no rosto.
Lívia: Oi, Thales! Demorei mais cheguei.
Thales: Antes tarde do que nunca! E não se preocupe, sem problemas. Já sei que você compensará cada minuto, como sempre.
Temos uma reunião importante em alguns minutos, e eu precisarei do relatório que você estava preparando.
Lívia: Tá aqui. Espero que esteja de acordo com o que você precisa. — Entrega.
Thales: Com certeza está, confio na sua capacidade.
Lívia: Vou preparar a sala de reuniões.
Thales: Certo, nos vemos em exatos 25 minutos. — Olha o relógio.
Lívia: Perfeito. — Diz saindo.
A tarde seguiu com reuniões intercaladas, onde ela acompanhava Thales. Durante os encontros, ela tomava notas rápidas, mantinha as apresentações organizadas e, ocasionalmente, intervinha com comentários precisos que impressionavam os demais.
Quando não estavam em reuniões, trabalhava ao lado dele no escritório. A dinâmica entre os dois era ágil e eficiente. Ao final do dia, Thales se recostou na cadeira, parecendo aliviado por concluir todas as tarefas importantes.
Thales: Lívia, não sei o que faria sem você aqui.
Lívia: Bom, provavelmente você teria que ter outra secretária. — Olhou para ele com um sorriso brincalhão, enquanto sentava na mesa.
Thales: Mais nenhuma seria como você! Nunca que eu poderia imaginar que aquela adolescente imatura, que estudou comigo, iria amadurecer e
se tornar a melhor secretária que eu já tive na vida. — Ri.
Lívia: Bom, eu já imaginava que o Mauricinho nerdola ia herdar a empresa da mamãe e ia ser um grande empresário... só não imaginava que eu trabalharia para ele. — Faz uma careta.
Eles riram juntos, a amizade entre eles tornava o ambiente leve e descontraído, sendo apenas os amigos que eram. A conversa, porém, foi abruptamente interrompida pelo som da porta sendo aberta com um pouco mais de força do que o normal.
*Andressa*
Andressa: O que está acontecendo aqui?
Lívia e Thales se viraram rapidamente para a entrada, e Andressa permaneceu ali, de pé, observando a cena com uma mistura de curiosidade e desconfiança.
Thales: Andressa, o que tá fazendo aqui?
Andressa: Pelo visto cheguei em um péssimo momento, estou interrompendo algo?
Parece que estão se divertindo bastante. — Fala olhando para Lívia.
Lívia: Estamos apenas resolvendo algumas pendências do trabalho. Nada de mais.
Thales: Sim. A Lívia tem razão.
Andressa ainda estava de braços cruzados, claramente desconfiada, mas não havia muito o que dizer diante da explicação deles.
Andressa: Por que não foi almoçar em casa de novo?
Thales: Trabalho, tinha muitas pendências para resolver.
Andressa: Ultimamente você tem estado com muitas pendências, não acha?
Pra isso existe a sua secretária. — Fala olhando para Lívia.
Thales: Ela tem outras obrigações.
Lívia, se quiser pode ir embora. Com a Andressa aqui vai ser difícil trabalhar.
Lívia: Eu já vou sair, então.
Com isso, Lívia se levantou rapidamente, recolhendo suas coisas para deixar o escritório. Ela lançou um sorriso rápido para Andressa, tentando suavizar a situação, e se dirigiu para a porta.
Andressa: Boa noite, querida. Vai pela sombra.
Thales: Andressa, por favor! — A repreende.
Agora que a Lívia saiu, pode me dizer o que está fazendo aqui? Por que duvido muito que veio me ver por saudades, com certeza veio bisbilhotar.
Andressa: Tem razão, vim para ver se você não anda metido com as suas funcionárias.
Thales: Eu não sou um homem desse tipo e você sabe!
Andressa: Tenho as minhas desconfianças, Thales.
Por que um homem que a meses não satisfaz a própria esposa, deve estar se aliviando em outros lugares.
Thales: São as suas atitudes que tiram o prazer de qualquer ser humano em estar perto de você.
Agora deu a minha hora, vou embora! Se quiser ficar aí bisbilhotando mais coisas, o problema é seu! — Pega a mala prestes a sair.
Andressa: Espera, amorzinho. Vamos juntos!
Thales: E o seu carro?
Andressa: Pede pro motorista pegar mais tarde.
Sem dizer mais nada, Thales apenas assente. Andressa agarrou em seu braço e saíram da empresa como se fossem o casal perfeito.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!