Queridas estrelinhas,
Antes de mais nada, desejo a todos um maravilhoso 2025!🥳 Que este novo ano traga sonhos realizados, momentos inesquecíveis e, é claro, muitas histórias incríveis para nos fazer sonhar juntos.
Quero aproveitar este momento para agradecer profundamente por todo o apoio e carinho que vocês têm dedicado às minhas histórias. Vocês são a razão pela qual minha imaginação se torna algo palpável, algo que pode ser compartilhado e sentido. E você que caiu por aqui de paraquedas seja muito bem-vindo a equipe.
Como alguns de vocês já devem ter percebido, eu adoro escrever histórias mirabolantes, especialmente em Fantasia. E, claro, não posso deixar de mencionar uma das minhas paixões mais evidentes: lobisomens! Eles sempre encontram um espaço especial em minhas histórias. Mas gosto de abordá-los de uma maneira única, desafiando o que é esperado.
Para mim, cada história é como um filme passando diante dos meus olhos, e meu trabalho é simplesmente transcrever cada cena, cada emoção, cada detalhe para vocês.
E foi com essa energia pulsante que surgiu esta minha nova obra: "Sob a Lua de um Novo Mundo".
Uma mistura empolgante de romance sobrenatural, fantasia e ficção científica. Foi maravilhoso criar algo que unisse esses mundos que tanto amo, e confesso que meu coração disparava a cada nova ideia e cena que ganhava vida.
Esta história não é apenas mais uma criação; é uma peça do meu universo, escrita com amor, dedicação e um desejo profundo de trazer a vocês algo genuíno. Espero que embarquem nesta jornada comigo, explorando um mundo onde a fantasia se encontra com a ficção de uma forma gostosa e harmônica, e onde o amor sempre encontra um jeito de nos guiar.
Com todo meu amor e carinho,
Fabiana Dantas
Desejo a todos, uma ótima leitura! 💖
Melinda
Enquanto sobrevoo uma vasta extensão de terreno com minha prancha, o cenário à minha frente é irreconhecível, um contraste sombrio e desolador comparado às imagens antigas que vi nos vídeos do passado, um planeta Terra vibrante e cheio de vida.
O que vejo agora é um mar de ruínas, terras áridas e paisagens fragmentadas, onde a natureza e a civilização se misturam em um cenário devastado. Já nasci neste caos, onde qualquer lembrança do que o planeta era desapareceu sob a sombra dos rastejantes.
A tecnologia que nos resta, embora impressionante em seu potencial, parece ofuscada pela tragédia. O avanço que muitos imaginavam ser o futuro da humanidade foi sufocado pela invasão de criaturas rastejantes que caíram de meteoros, trazendo consigo uma praga que devasta tudo. Agora, aqui estou eu, vasculhando mais uma área desolada, onde há relatos recentes de avistamentos desses monstros.
— Wini, faça uma varredura do local — ordeno, olhando para meu orb flutuando ao meu lado.
Com sua forma esférica e pulsante, Wini responde quase instantaneamente, sua voz suave, mas cheia de precisão:
— Fazendo varredura.
A sensação de familiaridade que sinto em sua presença é reconfortante. Não foi a inteligência artificial que nos levou à beira da extinção, como muitos temiam nos tempos antigos, mas sim os rastejantes.
Essas criaturas, vindas de meteoros, se enterraram no solo do nosso planeta como vermes gigantes, sugando os nutrientes vitais que mantém a Terra viva. O verdadeiro mal que agora enfrentamos não vem de nossa própria criação, mas de algo que ainda não entendemos completamente.
E é irônico. As IAs, que antes eram vistas como a maior ameaça, agora são nossas aliadas. Muitas delas, como Wini, adquiriram consciência própria e se uniram à nossa luta pela sobrevivência. Elas não são mais apenas ferramentas, mas sim parceiros essenciais.
Como parte de uma confederação universal formada entre mundos, seres de várias galáxias agora lutam juntos, todos com um único propósito: exterminar os rastejantes que ameaçam todos os nossos mundos.
Eu sei que a missão que temos pela frente é mais do que um simples combate. Estamos lutando pela nossa existência, pela chance de reconstruir o que foi perdido, pelo futuro das gerações que ainda vão nascer.
Eu e Wini não estamos sozinhos, mas cada combate, cada nova área que exploramos, nos lembra que a batalha não está nem perto de ser vencida.
— A varredura me mostrou algo, Mel! É um rastejante. Ele está indo direto para aquela pequena colônia de sobreviventes! — exclama Wini, rompendo o silêncio com urgência.
Meu coração acelera. Colônias como aquela são pequenos refúgios, frágeis diante da ameaça que enfrentamos. São compostas por abrigos simples, semelhantes a ocas, protegidas por um domo tecnológico que mantém os rastejantes afastados... na maioria das vezes.
— Devemos nos fundir em simbiose agora, Wini! — digo, já me preparando.
Wini não hesita. Ela se aproxima rapidamente, sua forma esférica se desmanchando em uma nuvem brilhante de nanotecnologia que envolve meu corpo, grudando e ajustando-se como uma segunda pele. A sensação é familiar, quase reconfortante, enquanto a simbiose se completa.
— Ativando sistema de velocidade, máxima, Wini! — ordeno, enquanto salto da prancha.
— Sistema ativado.
Com um impulso, minhas pernas se movem a uma velocidade surpreendente, o mundo ao meu redor se transforma em borrões enquanto me aproximo do rastejante. A terra treme sob meus pés, uma trilha de movimento sinuoso denuncia o deslocamento da criatura.
— Ele vai sair, Wini. Está se preparando para pegar impulso. Assim que ele sair, saltamos sobre ele. Entendido? — Digo, mantendo minha voz firme.
— Sim, entendido, Mel — responde, Wini.
Então, vejo a colônia à distância. O brilho do domo reflete o sol pálido acima, mas mesmo de longe, posso ouvir os gritos desesperados. As pessoas começam a perceber a movimentação e correm, tentando buscar abrigo.
O chão à frente explode em um movimento abrupto e colossal. O rastejante emerge, sua forma grotesca e alienígena desafiando qualquer descrição, suas mandíbulas abertas como uma ameaça viva. Sem hesitar, eu salto.
— Proteção total, Wini! — grito, enquanto a criatura se prepara para atacar.
Num instante, a roupagem de Wini se estende, cobrindo cada centímetro do meu corpo como uma armadura colada. A sensação de segurança é imediata, enquanto aterriso diretamente sobre a criatura que tenta voltar para o subsolo.
— Ativando punho de laser, Mel. Sinta-se à vontade para usar — diz, Wini.
Sem demora, direciono meu punho para a massa viva sob mim e desfiro um soco. O laser que emana do meu braço atravessa a criatura com força total, um golpe que a despedaça em um instante. Fragmentos do corpo grotesco do rastejante caem no chão, imóveis.
— Mel, segure-se! — avisa Wini.
Com um impulso coordenado, ela me ergue de volta ao ar antes que o solo desmorone. Ficamos flutuando por um momento acima da cena, enquanto as pessoas na colônia começam a se reunir sob o domo, gritando e acenando com gratidão.
— Obrigado, caçadora! — ouço as vozes em uníssono, mesmo à distância.
Aceno de volta, mas não perco tempo. Dou um impulso e sobrevoo para longe dali, deixando a cena para trás. O traje que Wini cria me permite voar livremente, um privilégio que se tornou uma extensão do meu trabalho.
Ser uma caçadora de rastejantes nunca foi algo que planejei. Mas, no mundo em que vivemos, escolhas como essa são uma questão de sobrevivência.
— Mel, você está recebendo uma chamada do comandante da Confederação Universal. Deseja atender? — pergunta Wini, sua voz calma, mas carregada de expectativa.
Olho para o horizonte desolado, já me preparando para o que virá a seguir.
— Sim, Wini. Atenda.
Wini projeta um holograma diante de mim enquanto ainda sobrevoo o terreno desolado. A imagem do comandante aparece. Seu rosto está marcado pelas cicatrizes do tempo e pelas batalhas enfrentadas, mas sua voz permanece firme.
— Melinda, recebi o relatório sobre a colônia. Excelente trabalho. Mas temos uma nova missão urgente.
Endireito minha postura, mesmo enquanto continuo voando.
— Estou ouvindo, comandante. Qual é a situação?
— Recebemos um pedido de socorro do Planeta Ômega. É um planeta periférico, habitado principalmente por espécies lupinas. Eles detectaram uma infestação de rastejantes em uma região crítica. Se o ninho se expandir, poderá comprometer toda a biosfera do planeta. Precisamos de você lá imediatamente.
O Planeta Ômega. Já ouvi falar dele, mas nunca estive lá. Um mundo conhecido por sua paisagem selvagem e por seus habitantes, guerreiros ferozes e leais à sua matilha.
— Entendido. Quando parto?
— Agora. As coordenadas já foram enviadas para Wini. Você encontrará um representante local para auxiliá-la. Ele se chama Conex, líder de uma das matilhas mais respeitadas. Ele e o restante dos guerreiros lupinos já estão tentando conter a ameaça, mas precisam de uma especialista.
— Recebido, comandante. Estou a caminho.
Ele assente, e diz:
— Boa sorte, Melinda. O Planeta Ômega é diferente de tudo o que você conhece. Prepare-se.
O holograma desaparece, e Wini logo avisa:
— As coordenadas estão carregadas. Deseja ativar o trajeto para o Planeta Ômega?
Respondo, imediatamente:
— Sim, e configure o protocolo de aproximação interplanetária. Vamos direto para a zona de entrada.
Wini, confirma:
— Protocolo ativado. Iniciando cálculo de velocidade de dobra. Prepare-se para transição.
Enquanto sigo rumo ao Planeta Ômega, meu coração pesa com a expectativa. Um novo mundo, uma nova missão, e um ninho de rastejantes para enfrentar. Essa não será uma simples caça.
-----‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐
(Horas depois, na órbita do Planeta Ômega)
A primeira visão do Planeta Ômega é impressionante. De longe, sua superfície é um mosaico de florestas densas, montanhas imponentes e grandes rios cintilantes que cruzam a paisagem. Mas o alerta de Wini me lembra do motivo da minha visita.
— Mel, detectei concentrações anômalas de energia no hemisfério sul do planeta. Provavelmente o ninho de rastejantes.
Imediatamente, ordeno:
— Certifique-se de que estamos pousando longe o suficiente para evitar ataques iniciais, mas perto o bastante para nos encontrarmos com esse tal de Conex.
Wini, concorda:
— Entendido. Pouso programado em uma clareira próxima à localização dele. A atmosfera do planeta é segura para respiração, mas sugiro manter o traje ativado para segurança adicional.
Wini reduz a velocidade, e finalmente pouso na clareira. Ao descer, a paisagem ao meu redor é tão selvagem quanto imaginava. Árvores gigantescas, quase alienígenas, se erguem ao redor, e o ar é fresco, mas carregado de um cheiro metálico, como se o planeta inteiro estivesse tenso.
Não demora muito para que eu o veja. Conex emerge da floresta, acompanhado por dois de sua matilha. Ele é alto, imponente, com um físico poderoso, pele bronzeada e olhos dourados que analisam cada detalhe com atenção. Sua postura é ao mesmo tempo desconfiada e alerta, típica de um líder.
— Você deve ser a caçadora enviada pela Confederação. — Sua voz é grave, mas não hostil.
— E você deve ser Conex. — digo, mantendo meu tom firme.
Ele me observa por um momento, antes de acenar brevemente.
— Vamos direto ao ponto. O ninho dos rastejantes está ativo em uma região próxima às nossas terras sagradas. Tentamos conter a ameaça, mas eles são muitos. Precisamos da sua experiência.
— E terão. Mostrem o caminho — digo, firme.
Conex troca um olhar breve com seus companheiros antes de fazer um sinal com a cabeça.
— Espero que sua reputação seja verdadeira, caçadora. Esses rastejantes não são como os que você já enfrentou. Aqui, eles têm... adaptações.
Sinto um calafrio percorrer minha espinha, mas não deixo transparecer, enquanto digo:
— Vamos descobrir isso juntos.
Enquanto sigo Conex e sua matilha pelo terreno selvagem, não posso deixar de sentir que esta missão será muito mais do que apenas exterminar rastejantes.
Conex
A caçadora caminha atrás de mim, seus passos silenciosos, mas precisos. Mesmo sem olhar, posso sentir sua presença, não porque ela seja imponente, mas porque o ar ao seu redor parece vibrar com algo que não consigo identificar. Experiência, talvez. Ou confiança.
Mas há algo mais. Algo que não combina com os outros enviados pela Confederação.
— Então, é você quem nos salvará dessa infestação? — pergunto, mantendo minha voz baixa enquanto atravessamos a trilha.
Não é provocação, mas quero medir sua reação.
— Salvar? Não. Estou aqui para caçá-los. — ela responde sem hesitar.
Sua voz é firme, sem sinal de dúvida, mas há um toque de cansaço. Não físico, mas algo mais profundo. Interessante. Meu foco retorna à floresta enquanto caminhamos. O meu Planeta não é gentil com os distraídos, e este trecho do território é traiçoeiro.
As árvores são altas e fechadas, lançando sombras densas. Mesmo assim, meus olhos ajustados podem enxergar claramente. O solo está marcado por trilhas frescas, sinais dos rastejantes.
— Quanto tempo até chegarmos ao ninho? — ela pergunta, quebrando o silêncio.
— Pouco. Eles não são bons em esconder suas trilhas. Eles não precisam se esconder porque sabem que são maioria — digo firmemente.
Ela não responde, mas dando uma rápida olhada para ela, percebo o leve inclinar de sua cabeça, como se estivesse analisando minhas palavras. É uma boa ouvinte. Isso é raro. Meus companheiros da matilha seguem em silêncio, mas sei o que estão pensando. Eles também a estão avaliando.
— Então, Conex, me fale sobre esses rastejantes. Você disse que eles são diferentes. Como? — ela finalmente pergunta, sua voz interrompendo meus pensamentos.
— Eles se adaptaram ao nosso planeta. Os rastejantes daqui são maiores, mais rápidos. Não são só vermes gigantes. Isso os torna especialmente perigosos — digo.
Ela estreita os olhos, pensativa. Então, diz:
— Isso explica porque vocês pediram ajuda. Não imaginava que rastejantes poderiam evoluir tão rápido.
Sem demora, afirmo:
— Eles evoluem rápido porque não têm outra escolha. Assim como nós.
Paramos por um momento, e eu sinalizo para minha matilha ficar em alerta. O vento mudou. Posso sentir o cheiro de algo... diferente.
— Estamos perto. O ar sempre fica pesado próximo a rastejantes. Você sente isso? — pergunto, voltando minha atenção para ela.
— Sim. Mas não é só o ar. É o silêncio. — ela aponta.
E ela está certa. A floresta, que até minutos atrás estava cheia de sons sutis, folhas farfalhando, pequenos animais se movendo, agora está quieta. Mortalmente quieta.
— Prepare-se. — digo, soltando minhas garras.
Ela acena, e percebo a movimentação em seu orb, que começa a emitir um leve brilho azulado. A tecnologia humana sempre me fascinou, mas nunca confiei nela. No entanto, essa sua armadura parece ser mais do que uma simples máquina.
— Conex, tem algo que você precisa saber sobre esses ninhos. — ela diz de repente, sua voz baixa, quase um sussurro.
— O quê? — Pergunto.
— Eles não apenas sugam os nutrientes do solo. Eles os transformam. A própria terra ao redor do ninho pode se tornar... viva. E hostil. Fique atento.
Sinto um arrepio percorrer minha espinha. Não gosto de surpresas. Continuamos em silêncio, cada passo mais cauteloso do que o anterior. Quando finalmente alcançamos a entrada do vale onde o ninho está localizado, a visão me faz parar.
É pior do que imaginei.
O terreno está deformado, como se algo estivesse corroendo a terra de dentro para fora. Estruturas orgânicas negras emergem do solo, pulsando como se fossem vivas. Rastejantes menores circulam ao redor, mas sei que os maiores estão escondidos, esperando.
— Então é isso. — digo, apertando os punhos.
— É isso. — ela responde, com os olhos fixos no ninho.
Por um momento, tudo fica quieto. Mas é apenas o prelúdio do caos que está prestes a começar.
— Você já fez isso muitas vezes? — pergunto, minha voz mais baixa agora.
— Mais vezes do que gostaria. E você? Já liderou uma missão contra algo assim?
— Algumas vezes. Mas lutei minha vida inteira. Não é diferente agora.
Ela me lança um olhar rápido, e pela primeira vez, vejo algo em seus olhos que não havia notado antes: respeito.
— Então vamos fazer isso direito. — ela diz.
E juntos, avançamos. Sem demora começo minha transformação. Sinto meu corpo se alongar, a musculatura se ajustar, e minha pelagem branca brilhar sob a luz filtrada pelas árvores. Ouço o farfalhar suave enquanto minha forma lupina toma o lugar da humana.
A caçadora para por um instante, observando-me. Há fascínio em seus olhos, mas não é o momento de refletir sobre isso. O chão abaixo de nós vibra, e o som agudo de terra sendo rasgada ecoa pelo vale.
Um enorme rastejante salta do solo, sua carapaça reluzente e cheia de espinhos, os múltiplos olhos encarando-nos com fome primitiva. A caçadora reage primeiro. Seu traje se ajusta ao seu corpo em um segundo, cobrindo-a completamente com uma precisão quase artística.
Ela desliza para baixo da criatura como uma sombra fluida, enquanto seus braços brilham em um tom quente. Uma rajada de fogo explode de seus punhos, atingindo o rastejante com força.
Eu, por outro lado, lanço-me no ar, uivando. O som ressoa como um comando à natureza ao meu redor. O vento obedece, girando em torno de mim como um aliado feroz, e eu o utilizo para impulsionar meus ataques. Minha mandíbula e garras rasgam a carapaça da criatura, enquanto meus sentidos lupinos me guiam com precisão.
É um caos calculado.
Por um momento, é como se estivéssemos em sincronia perfeita. Ela ataca por baixo, desferindo golpes precisos e mortais, enquanto eu a complemento de cima, usando minha força bruta e o poder do vento. Nossos movimentos são quase coreografados, como uma dança feroz entre dois guerreiros de mundos diferentes.
Nossos olhares se encontram em meio ao caos. Há algo em seus olhos, determinação, coragem, e talvez algo mais profundo que me desarma por um segundo. Meu coração dispara, mas não é por causa do perigo iminente. É a intensidade de seu olhar, tão focado e vivo.
De repente, percebo o movimento sutil de outro rastejante, seus movimentos calculados pronto para me atacar.
— Cuidado! — a caçadora grita, sua voz cortando o barulho da batalha.
Antes que eu consiga reagir, ela se lança em minha frente, suas rajadas de fogo interceptando a criatura. O golpe faz o rastejante recuar, e eu aproveito a abertura. Com um salto, afundo minhas garras no pescoço vulnerável da criatura, rasgando-o com força até que o rastejante emite um grito agonizante antes de cair imóvel no chão.
Ficamos aqui, ofegantes, a adrenalina ainda pulsando. A carcaça do rastejante jaz entre nós, fumaça saindo das queimaduras que a caçadora causou e cortes profundos marcando o restante.
Ela se endireita, sua armadura se ajustando enquanto seus olhos me analisam.
— Você está bem? — pergunta, a preocupação em sua voz me surpreendendo.
— Sim. Você salvou minha vida. — admito, minha voz grave, mas sincera.
Ela dá de ombros, tentando minimizar o momento.
— É para isso que estou aqui, não é?
Eu a encaro por um momento, percebendo que há muito mais nessa caçadora do que aparenta. Movido por isso, digo:
— Se continuarmos assim, talvez essa missão tenha uma chance de sucesso.
Ela sorri de lado, e algo me diz que essa parceria será tão desafiadora quanto os rastejantes.
— Vamos, temos mais trabalho a fazer. — Diz ela.
E juntos, seguimos em direção ao ninho, onde a verdadeira batalha nos espera.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!