Capítulo 1: O Novo Começo

O sol nascia timidamente no horizonte quando Clara desembarcou na estação de trem mais próxima da Academia Elite. O ar estava fresco, carregando o aroma doce das flores de cerejeira que floresciam ao redor. Clara respirou fundo, tentando acalmar o turbilhão de emoções que sentia. Tudo era novo para ela, desde a atmosfera sofisticada até a própria jornada que estava prestes a iniciar.

Ao sair da estação, Clara foi recebida por um motorista uniformizado segurando uma placa com seu nome. "Bem-vinda à Academia Elite, Srta. Clara," disse ele, com um sorriso educado. Clara apenas assentiu, ainda absorta em seus pensamentos. Ela mal podia acreditar que finalmente estava ali, após meses de preparação e ansiedade.

O carro deslizou suavemente pelas ruas arborizadas da cidade, revelando mansões e jardins bem cuidados que indicavam a riqueza dos moradores locais. Clara se viu maravilhada com a arquitetura imponente e o luxo que parecia transbordar de cada esquina. Ela se perguntou como alguém poderia se acostumar com tanto esplendor.

Finalmente, chegaram à entrada majestosa da Academia Elite. Portões de ferro ornamentados se abriram para revelar um campus que mais parecia um castelo encantado. Torres altas se erguiam contra o céu azul, e os jardins impecavelmente cuidados estavam cheios de estudantes vestindo uniformes elegantes. Clara saiu do carro, sentindo-se uma intrusa em um mundo que não era o seu.

Ela se dirigiu ao escritório administrativo, onde foi recebida pela Sra. Hastings, a secretária da academia. "Ah, você deve ser Clara," disse a Sra. Hastings, ajustando os óculos. "Estamos muito felizes em tê-la aqui. Aqui estão suas chaves do dormitório e o horário das suas aulas. Bem-vinda à Elite."

Clara agradeceu e seguiu para seu dormitório, carregando suas malas e seu coração cheio de expectativas. O quarto era pequeno, mas aconchegante, com uma janela que dava para os jardins. Enquanto desfazia suas malas, ouviu uma batida na porta.

"Olá, você deve ser minha nova colega de quarto. Sou Marisa," disse uma garota de cabelos cacheados e olhos brilhantes. "Bem-vinda à Elite! Se precisar de alguma coisa, estou aqui."

Clara sorriu, sentindo-se um pouco mais à vontade. "Obrigada, Marisa. Acho que vou precisar de ajuda para me ajustar a tudo isso."

Marisa riu. "Você vai se sair bem, tenho certeza. E se precisar de alguma coisa, me avise. Vamos jantar juntas hoje à noite?"

Clara aceitou o convite, agradecida por já ter feito uma amiga. A hora do jantar chegou rapidamente, e as duas desceram para o refeitório, onde uma refeição suntuosa esperava. Clara olhou em volta, absorvendo a atmosfera vibrante e os estudantes conversando animadamente.

Enquanto se serviam, Marisa apontou discretamente para um grupo de estudantes sentados na mesa central. "Aquele é o Lucas, o líder dos 'Príncipes da Academia'. Ele é muito popular aqui, e as garotas praticamente derretem por ele. E o cara ao lado dele é Rafael, seu melhor amigo. Um mistério ambulante."

Clara olhou na direção que Marisa indicava e viu Lucas, com seu cabelo impecavelmente arrumado e um sorriso que poderia derreter corações de pedra. Ao lado dele estava Rafael, com uma expressão distante e olhos que pareciam carregar segredos profundos.

Lucas pareceu notar o olhar de Clara e sorriu de volta, acenando de leve. Clara sentiu suas bochechas corarem e desviou o olhar rapidamente. Marisa soltou uma risadinha. "Parece que alguém já chamou a atenção de Lucas."

Depois do jantar, enquanto caminhavam de volta para o dormitório, Clara não conseguia tirar Lucas e Rafael da cabeça. Eles representavam dois mundos diferentes, e ela se perguntava o que o destino reservava para ela ali.

Os dias seguintes foram uma correria de aulas, atividades extracurriculares e novas amizades. Clara se esforçava para acompanhar o ritmo acelerado da Academia Elite, mas sempre encontrava um momento para admirar o lugar e refletir sobre tudo o que estava acontecendo.

Uma tarde, enquanto estudava na biblioteca, Clara sentiu uma presença ao seu lado. Era Lucas, com seu sorriso encantador. "Oi, Clara. Precisa de ajuda com algo?" perguntou ele, puxando uma cadeira para sentar ao lado dela.

Clara ficou surpresa, mas tentou não demonstrar. "Ah, oi, Lucas. Eu estava só revisando algumas anotações. Mas obrigada pela oferta."

Lucas olhou para os livros espalhados na mesa e riu. "Você é muito dedicada. Isso é ótimo. Mas a vida na Elite não é só sobre estudos, sabe? Devíamos sair e aproveitar um pouco."

Clara ficou dividida. Embora achasse Lucas incrivelmente atraente, algo nela a impedia de se render completamente ao seu charme. "Eu adoraria, mas tenho muitas coisas para fazer," respondeu ela, tentando ser educada.

Lucas parecia entender. "Tudo bem, mas o convite está sempre de pé. Se mudar de ideia, me avise."

Enquanto Lucas se levantava para sair, Rafael apareceu, com sua expressão séria de sempre. "Ei, Lucas, temos uma reunião do clube de xadrez em cinco minutos. Vamos," disse ele, sem sequer olhar para Clara.

Lucas assentiu e se despediu de Clara com um sorriso. Rafael deu uma última olhada para Clara antes de seguir seu amigo. Havia algo nos olhos dele, um brilho de curiosidade que Clara não conseguia decifrar.

Os dias se transformaram em semanas, e Clara se viu cada vez mais imersa na vida da Academia Elite. Entre as aulas e os eventos sociais, ela começou a conhecer melhor Lucas e Rafael. Enquanto Lucas era a estrela brilhante que todos adoravam, Rafael era a sombra misteriosa que intrigava Clara cada vez mais.

Um dia, enquanto passeava pelos jardins, Clara encontrou Rafael sozinho, sentado em um banco, observando o horizonte. Ela hesitou, mas decidiu se aproximar. "Oi, Rafael. Tudo bem?" disse ela, sentando-se ao lado dele.

Rafael olhou para ela, surpreso, mas logo sua expressão suavizou. "Oi, Clara. Só estava pensando. Às vezes gosto de ficar aqui, longe de tudo."

Clara sorriu. "Entendo. Este lugar é tão bonito e tranquilo. Difícil acreditar que estamos cercados por tanta competição e rivalidade."

Rafael assentiu. "Às vezes, parece que estamos todos presos em uma espécie de teatro, desempenhando papéis que nem sempre escolhemos."

Clara se sentiu conectada com Rafael de uma forma que nunca havia sentido com Lucas. Havia algo genuíno e profundo nele, algo que a atraía irresistivelmente. Ela queria conhecê-lo melhor, entender seus mistérios e descobrir o que escondia por trás daquela fachada indiferente.

Nos dias seguintes, Clara e Rafael começaram a passar mais tempo juntos, compartilhando histórias e confidências. Lucas continuava a cortejá-la, mas Clara sentia que seu coração estava dividido. Lucas era encantador e carismático, mas Rafael tocava algo mais profundo em sua alma.

Finalmente, em uma noite estrelada, Clara e Rafael estavam sentados no jardim, conversando sobre a vida e o futuro. Rafael olhou nos olhos de Clara e disse: "Sabe, Clara, desde que você chegou, algo mudou em mim. Nunca pensei que pudesse me sentir assim, tão conectado com alguém."

Clara sentiu seu coração acelerar. "Eu também, Rafael. Você me faz ver o mundo de uma forma diferente. Mais real, mais profunda."

Antes que pudesse pensar em suas palavras, Rafael inclinou-se e a beijou suavemente. Foi um beijo terno, mas cheio de emoção. Quando se separaram, Clara sabia que estava em um caminho sem volta. Ela tinha que escolher entre seguir seu coração com Rafael ou ceder ao encanto de Lucas e ao que a sociedade esperava dela.

E assim, o primeiro capítulo de "acadêmia Elite" terminou, deixando Clara no limiar de uma decisão que mudaria sua vida para sempre.

Capítulo 2: Sussurros na Noite

O segundo semestre na Academia Elite começou com a mesma pompa e circunstância de sempre. Clara já tinha se habituado ao ritmo frenético das aulas e aos olhares curiosos que sempre a seguiam pelos corredores. No entanto, algo estava prestes a mudar.

Certa manhã, enquanto se dirigia para a aula de literatura, Clara encontrou Marisa no corredor, parecendo agitada. "Clara, você não vai acreditar no que eu acabei de ouvir. Dizem que houve um roubo na Academia. Algo valioso desapareceu da sala dos professores", disse Marisa, os olhos arregalados de excitação.

Clara franziu a testa. "Um roubo? Na Academia Elite? Isso é inacreditável. Você sabe o que foi roubado?"

Marisa balançou a cabeça. "Ainda não sabemos, mas dizem que era algo muito valioso. E há rumores de que os professores estão escondendo mais informações."

Intrigada, Clara não conseguiu tirar esse pensamento da cabeça durante toda a aula. A Academia Elite sempre pareceu um lugar seguro e impenetrável, mas agora, um mistério se desenrolava diante dela.

Naquela noite, Clara estava na biblioteca estudando quando Lucas apareceu. "Oi, Clara. Ouviu sobre o roubo? É o assunto mais comentado na escola", disse ele, sentando-se ao lado dela.

Clara assentiu. "Sim, ouvi. Estou muito curiosa para saber o que aconteceu. Você tem alguma ideia?"

Lucas sorriu enigmaticamente. "Bom, ouvi algumas coisas. Dizem que era um artefato antigo, algo que a Academia guardava com muito cuidado. Mas quem faria algo assim?"

Clara ponderou sobre isso enquanto Lucas continuava a falar. "Sabia que Rafael tem interesse em antiguidades? Ele pode saber mais sobre o que foi roubado."

A menção de Rafael fez o coração de Clara saltar. Desde o beijo deles nos jardins, ela vinha se sentindo cada vez mais atraída por ele. Decidiu que precisava falar com Rafael e descobrir o que ele sabia sobre o roubo.

No dia seguinte, durante o intervalo, Clara encontrou Rafael sentado sob uma árvore, com um livro antigo em mãos. "Oi, Rafael. Posso sentar?" perguntou ela.

Rafael olhou para ela e sorriu levemente. "Claro, Clara. Sente-se."

Clara hesitou antes de continuar. "Ouvi falar sobre o roubo na Academia. Lucas mencionou que você entende de antiguidades. Sabe algo sobre o que foi levado?"

Rafael fechou o livro e olhou para Clara com olhos sérios. "Sim, ouvi sobre o roubo. Era um artefato muito antigo, uma relíquia da fundação da Academia. Algo com grande valor histórico e talvez até místico."

Clara ficou surpresa. "Místico? O que quer dizer com isso?"

Rafael suspirou. "Há histórias sobre a fundação da Academia, lendas que dizem que esse artefato tem poderes especiais. Sempre achei que fossem apenas mitos, mas agora... quem sabe?"

A menção de poderes místicos fez Clara sentir um calafrio. A Academia Elite parecia cada vez mais misteriosa. "Você acha que alguém de dentro da Academia poderia ter feito isso?"

Rafael deu de ombros. "É difícil dizer. Mas se alguém soubesse do valor real do artefato, poderia ter motivos. Precisamos ter cuidado em quem confiamos."

As palavras de Rafael ficaram gravadas na mente de Clara. Quem poderia ter roubado o artefato e por quê? E qual seria o papel de Rafael nesse mistério?

Naquela noite, Clara teve dificuldade para dormir. Sua mente estava cheia de perguntas sem resposta. Decidiu que precisava investigar mais sobre o artefato e entender o que estava acontecendo.

No dia seguinte, Clara se dirigiu à biblioteca e começou a procurar livros sobre a história da Academia. Encontrou um volume antigo e empoeirado, intitulado "Lendas e Mistérios da Academia Elite". Enquanto folheava as páginas, encontrou uma seção sobre o artefato roubado.

"O Amuleto de Aeternum," leu Clara em voz alta. "Uma relíquia da fundação da Academia, disse-se que foi criada pelo fundador como um símbolo de proteção e sabedoria. Há rumores de que possui poderes místicos, capaz de conceder ao seu portador grande conhecimento e poder."

Clara sentiu um arrepio ao ler sobre o artefato. Se o amuleto realmente tinha poderes místicos, isso poderia explicar por que alguém o roubaria. Mas quem teria conhecimento suficiente para entender seu verdadeiro valor?

Enquanto Clara continuava a ler, sentiu uma presença ao seu lado. Era Rafael. "Encontrei algo sobre o amuleto," disse ela, mostrando o livro a Rafael.

Rafael examinou a página atentamente. "Sim, isso confirma o que eu sabia. O amuleto é mais do que apenas uma peça histórica. Se cair em mãos erradas, pode ser perigoso."

Clara ficou ainda mais determinada. "Precisamos descobrir quem o roubou e por quê. Isso pode ser mais sério do que imaginamos."

Rafael assentiu. "Concordo. Mas precisamos ser discretos. Não podemos confiar em todos."

Nos dias seguintes, Clara e Rafael começaram a investigar discretamente. Clara usou seu charme e novas amizades para obter informações dos colegas, enquanto Rafael pesquisava mais sobre o amuleto e possíveis suspeitos.

Certa tarde, enquanto passeavam pelo campus, Clara e Rafael foram abordados por Lucas. "Ei, o que vocês dois têm feito juntos ultimamente? Parecem estar sempre conspirando," disse ele com um sorriso brincalhão.

Clara riu nervosamente. "Estamos apenas estudando juntos. Nada de mais."

Lucas olhou para Rafael com uma expressão curiosa. "Você parece saber muito sobre o roubo, Rafael. Alguma teoria sobre quem pode estar por trás disso?"

Rafael deu de ombros. "Apenas curiosidade acadêmica, Lucas. É um mistério intrigante."

Mas Clara sabia que havia mais do que apenas curiosidade acadêmica na mente de Rafael. Ele estava determinado a descobrir a verdade, e ela estava pronta para ajudá-lo.

Uma noite, enquanto pesquisavam na biblioteca, Clara encontrou uma pista intrigante. "Olhe isso, Rafael," disse ela, mostrando um documento antigo. "Há menção de um grupo secreto dentro da Academia, os 'Guardião da Aeternum'. Pode ser que eles estejam envolvidos no roubo?"

Rafael leu o documento com atenção. "Os Guardiões da Aeternum... Eles supostamente juraram proteger o amuleto. Se ele foi roubado, pode haver traidores entre eles, ou talvez alguém externo que soube da existência do grupo."

A descoberta deixou Clara e Rafael ainda mais determinados. Agora tinham uma nova pista a seguir. Precisavam descobrir quem eram os Guardiões da Aeternum e se algum deles poderia estar envolvido no roubo.

Naquela mesma noite, enquanto Clara voltava para seu dormitório, sentiu que estava sendo seguida. Olhou ao redor, mas não viu ninguém. Apressou o passo, mas a sensação persistia. Quando finalmente chegou ao seu quarto, trancou a porta e respirou fundo.

Marisa, que estava estudando em sua cama, olhou para Clara com preocupação. "Está tudo bem, Clara? Você parece assustada."

Clara hesitou antes de responder. "Acho que alguém me seguiu até aqui. Talvez seja só minha imaginação."

Marisa franziu a testa. "Você precisa ter cuidado, Clara. Com esse roubo e tudo mais, as coisas estão estranhas por aqui."

Clara sabia que Marisa estava certa. Precisava ser cautelosa. O mistério do amuleto e a busca pelos Guardiões da Aeternum estavam se tornando perigosos, mas Clara não estava disposta a desistir.

Nos dias seguintes, Clara e Rafael continuaram sua investigação, sendo cada vez mais discretos. Encontraram pistas em documentos antigos e ouviram rumores entre os estudantes. Cada peça do quebra-cabeça os aproximava da verdade, mas também aumentava o perigo.

Certa noite, enquanto Clara se preparava para dormir, recebeu uma mensagem anônima em seu telefone. "Pare de investigar ou haverá consequências."

O coração de Clara disparou. Alguém sabia que ela e Rafael estavam investigando e estava tentando impedi-los. Mas quem? E por que?

Clara mostrou a mensagem a Rafael no dia seguinte. "Precisamos ter ainda mais cuidado," disse Rafael, a voz cheia de preocupação. "Não sei quem enviou isso, mas não podemos nos deixar intimidar."

Clara concordou. "Precisamos continuar, mas com mais cautela. Precisamos descobrir quem roubou o amuleto e por quê."

Enquanto Clara e Rafael avançavam em sua investigação, perceberam que estavam se aproximando de uma verdade perigosa. Havia mais em jogo do que apenas um artefato antigo. O amuleto de Aeternum guardava segredos que podiam mudar tudo.

E assim, o segundo capítulo de "Segredos da Elite" terminou, deixando Clara e Rafael no limiar de uma descoberta que poderia abalar a Academia até suas fundações.

Capítulo 3: O Jogo de Sombras

O semestre avançava rapidamente, e a atmosfera na Academia Elite estava carregada de tensão. O mistério do roubo do amuleto não havia sido resolvido, e Clara sentia que o perigo estava cada vez mais próximo. Ela e Rafael continuavam a investigar, mas as pistas eram poucas e fragmentadas.

Uma tarde, enquanto Clara estava no refeitório com Marisa, notou que os "Príncipes da Academia" estavam reunidos em um canto, falando em sussurros. Lucas parecia especialmente preocupado. Marisa, sempre antenada aos rumores, percebeu o olhar de Clara. "O que será que eles estão tramando agora?" perguntou ela, baixinho.

Clara apenas deu de ombros, mas sua mente estava a mil. Sabia que precisava falar com Rafael novamente. Mais tarde, naquele mesmo dia, encontrou Rafael nos jardins, examinando um pergaminho antigo. "Rafael, precisamos conversar. Acho que Lucas sabe mais sobre o roubo do que está dizendo," disse ela, sentando-se ao lado dele.

Rafael olhou para Clara, o semblante sério. "Eu também suspeito disso. Mas precisamos de provas, algo concreto que possamos usar."

Clara suspirou. "Eu sei. E precisamos descobrir mais sobre os Guardiões da Aeternum. Se conseguirmos encontrar um deles, talvez possamos obter algumas respostas."

Nos dias seguintes, Clara e Rafael dedicaram todo o tempo livre para investigar. Cada pista os levava a mais perguntas, e a sensação de estar sendo observada nunca deixava Clara. Uma noite, enquanto Clara estudava no dormitório, Marisa entrou apressada. "Clara, você não vai acreditar. Acabei de ouvir que Lucas e seu grupo vão se encontrar na torre norte esta noite. Talvez seja nossa chance de descobrir algo."

Clara sentiu um frio na espinha. "Tem certeza? Precisamos ir até lá, discretamente. Não podemos ser vistos."

Marisa assentiu, e as duas amigas começaram a traçar um plano. Quando a noite finalmente chegou, Clara e Marisa se dirigiram silenciosamente para a torre norte. O caminho estava escuro e silencioso, e cada passo parecia ecoar no corredor vazio.

Ao chegarem perto da torre, ouviram vozes abafadas. Clara e Marisa se esconderam atrás de uma parede, tentando ouvir a conversa. Lucas estava falando com seu grupo, a voz baixa e urgente. "Precisamos encontrar o amuleto antes que alguém mais o faça. Se descobrirem que temos algo a ver com isso, estamos acabados."

O coração de Clara acelerou. Lucas estava envolvido no roubo? E quem mais sabia disso? Enquanto tentava processar essa informação, Clara sentiu uma mão em seu ombro e quase gritou. Era Rafael, que havia seguido as duas discretamente. "Silêncio," sussurrou ele. "Vamos ouvir mais."

Clara, Marisa e Rafael se concentraram novamente na conversa. "Os Guardiões da Aeternum estão atrás de nós," continuou Lucas. "Precisamos ser rápidos. Se conseguirmos usar o amuleto, poderemos controlar tudo isso."

Clara mal podia acreditar no que estava ouvindo. Lucas e seu grupo estavam tentando usar o amuleto para seus próprios fins. Precisavam agir rápido, mas como? Enquanto pensava em um plano, ouviu passos se aproximando. "Vamos sair daqui," sussurrou Rafael. "Eles estão vindo."

Os três saíram rapidamente e voltaram para o dormitório, os corações batendo forte. "O que vamos fazer agora?" perguntou Marisa, a voz trêmula.

Clara respirou fundo. "Precisamos encontrar os Guardiões da Aeternum. Eles são nossa melhor chance de proteger o amuleto e evitar que Lucas faça algo terrível."

Rafael concordou. "Eu sei onde podemos começar a procurar. Há uma sala secreta na biblioteca, onde dizem que os Guardiões costumam se reunir. Vamos verificar amanhã."

Na manhã seguinte, Clara, Rafael e Marisa se dirigiram à biblioteca. Rafael guiou o grupo até uma estante de livros empoeirada no canto. "Aqui está," disse ele, puxando um livro grande que revelou uma passagem secreta atrás da estante.

O grupo entrou na passagem, que os levou a uma sala iluminada por velas. No centro, uma mesa com documentos antigos e mapas detalhados. De repente, uma figura encapuzada surgiu da escuridão. "Quem são vocês e o que fazem aqui?" perguntou a figura, a voz baixa e firme.

Clara deu um passo à frente. "Somos estudantes da Academia Elite. Estamos investigando o roubo do amuleto de Aeternum. Precisamos da sua ajuda."

A figura abaixou o capuz, revelando um rosto sério e determinado. "Sou um dos Guardiões da Aeternum. Se vocês estão aqui, significa que estão prontos para enfrentar grandes perigos. O que sabem sobre o roubo?"

Clara e Rafael compartilharam tudo o que haviam descoberto, desde as suspeitas sobre Lucas até a conversa que ouviram na torre norte. O Guardião ouviu atentamente, seu semblante se tornando mais sombrio a cada detalhe.

"Lucas está tentando usar o amuleto para controlar a Academia," disse o Guardião finalmente. "Se ele conseguir, os poderes do amuleto poderão causar um grande mal. Precisamos detê-lo."

Clara sentiu um peso se levantar de seus ombros. Finalmente tinham um aliado poderoso. "Como podemos ajudá-lo?" perguntou ela.

O Guardião pensou por um momento antes de responder. "Precisamos encontrar o esconderijo de Lucas e recuperar o amuleto antes que ele possa usá-lo. Mas não podemos fazer isso sozinhos. Vamos precisar de mais ajuda."

Os próximos dias foram cheios de preparações e planos. Clara, Rafael, Marisa e o Guardião recrutaram outros estudantes dispostos a ajudar na missão. A tensão na Academia aumentava, e Clara sabia que estavam se aproximando de um confronto decisivo.

Finalmente, a noite da operação chegou. O grupo se reuniu na entrada da torre norte, onde Lucas e seu grupo supostamente escondiam o amuleto. "Vamos ser rápidos e silenciosos," sussurrou o Guardião. "Precisamos pegar Lucas de surpresa."

Clara sentiu o coração bater acelerado enquanto seguiam pelo corredor escuro. Ao chegarem à sala onde Lucas e seu grupo estavam, ouviram vozes exaltadas. "Precisamos ativar o amuleto agora," disse Lucas, a voz cheia de determinação.

Antes que pudessem entrar, Clara sentiu um arrepio. Algo estava errado. "Esperem," sussurrou ela. "Acho que eles nos esperam. Precisamos de um plano B."

Rafael olhou ao redor e viu uma janela aberta que dava para o lado de fora. "Vamos por aqui. Podemos surpreendê-los de fora."

O grupo silenciosamente saiu pela janela e contornou o prédio. Quando entraram novamente, conseguiram pegar Lucas e seu grupo de surpresa. "Pare, Lucas!" gritou o Guardião. "Devolva o amuleto!"

Lucas se virou, os olhos brilhando de raiva. "Vocês acham que podem me deter? Tenho o poder em minhas mãos!"

Antes que pudesse fazer algo, Rafael avançou e agarrou Lucas, segurando-o firme. Clara e o Guardião rapidamente recuperaram o amuleto, segurando-o com cuidado.

"Você está acabado, Lucas," disse o Guardião. "Será expulso da Academia e responderá por seus atos."

Lucas lutou, mas sabia que estava derrotado. "Isso não acabou," disse ele, com um sorriso maligno. "Vocês não têm ideia dos verdadeiros poderes do amuleto."

Com Lucas e seu grupo detidos, Clara sentiu uma onda de alívio. O amuleto estava seguro novamente, mas sabia que os desafios não haviam terminado. Precisavam descobrir mais sobre os poderes do amuleto e garantir que nunca mais caísse em mãos erradas.

E assim, o terceiro capítulo de "Segredos da Elite" terminou, deixando Clara, Rafael e seus aliados prontos para enfrentar novos mistérios e desafios que a Academia ainda guardava.