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Chamas e Segredos

Impérios

Impérios

No mundo antigo, há milhares de anos, existiam quatro grandes impérios que dominavam a terra:

O Império do Bravo

Localizado no oeste, o Império Bravo era famoso por seus guerreiros lendários e a sua economia próspera, alimentada pelas vastas minas de ouro. Lendas diziam que o ouro parecia nunca acabar, surgindo mais a cada dia. Governado pelo imperador Leo Bravo e a sua esposa Simone, o império tinha dois príncipes: Victor, o primogênito, e Sebastian, o irmão mais jovem.

O Império dos Marvels

Ao sul, o Império dos Marvels era um paraíso de terras férteis e montanhas exuberantes, conhecidas por sua abundância de ervas medicinais e produtos naturais. Era o maior fornecedor para o Império Bravo, criando uma aliança sólida e uma economia interdependente. Governado por Kael e Lia Marvels, o império tinha três filhas: Lívia, a primogênita, e as gêmeas Ana e Amanda. Lívia, inteligente e ambiciosa, esconde seu desejo de poder por trás de uma fachada de graça e gentileza.

O Império Almor

Ao sudeste, o Império Almor, comandado pela imperatriz viúva Melissa Almor, atravessava tempos difíceis desde a morte do imperador William. Conhecido por suas sedas finas e linhos maravilhosos, a economia do império começou a murchar, assim como suas esperanças de reconquistar sua antiga grandeza. As terras eram ainda lindas e férteis, com rios cristalinos que cortavam suas paisagens montanhosas, mas o império não era mais o que era. Nicolay Almor, o príncipe herdeiro, luta para recuperar o império de seu pai, enquanto seu irmão, Arthur Almor, se vê cada vez mais atraído por ambições pessoais, colocando os dois em rota de colisão.

O Império de Wonder

No norte, o Império de Wonder era conhecido por sua beleza estonteante, com montanhas imponentes e cachoeiras que cortavam paisagens de tirar o fôlego. Porém, as riquezas do império não se limitavam à sua estética. Nas praias do sul, pérolas deslumbrantes eram extraídas, e suas minas de esmeraldas faziam Wonder uma potência econômica. Governado pela imperatriz Ivy Wonder e seu marido Colin, o império se mantinha firme, mas as tensões entre os filhos da monarquia cresciam. Lily, a primogênita, Carl, o filho do meio, e Jack, o caçula.

Esses impérios não são os únicos, mas são os mais importantes. Unidos por um tratado de paz, esses reinos prosperam em um equilíbrio delicado, onde ataques diretos entre eles seriam impensáveis. Mas há algo que todos ignoram, algo por trás das cortinas da diplomacia e da riqueza que mantém a paz entre os impérios: a chama.

A Chama:

Cada um dos cinco impérios tem uma chama, um símbolo de poder e prosperidade que passa de pai para filho primogênito. No Império do Bravo, é a Chama Dourada; no sul, é a Chama Verde; no sudeste, a Chama Roxa; no norte, a Chama Vermelha. E, embora muitos digam que a chama é apenas um símbolo, uma tradição, aqueles que realmente compreendem seu significado sabem que ela sustenta o equilíbrio entre os impérios, garantindo prosperidade e paz. Quando a chama é passada corretamente, tudo permanece como deveria. Mas quando a chama não é passada...

Bom, isso nunca aconteceu. E ninguém ousa questionar o que aconteceria se isso ocorresse. Até agora.

Há rumores de que, em algum lugar, as chamas começaram a se apagar. Em lugares onde não deveriam. E o equilíbrio que os impérios há tanto tempo conheceram está começando a rachar, revelando fissuras e traições antigas, com consequências que podem ser devastadoras. Quem detém a chama tem o poder de decidir o destino de todos. Mas será que todos os herdeiros estão dispostos a cumprir o que lhes é esperado, ou algo mais sombrio se aproxima?

Lily, Entre expectativas e destino

O silêncio da arena foi quebrado apenas pelo som de nossas respirações e pelo eco das palavras de César. Ele parecia mais sério do que nunca, seu olhar fixo em mim, mas carregado de algo que só agora eu entendia: preocupação.

— Bem, Lily, já que esta é nossa última aula antes de você partir para o Flame Archer, eu quero te dar alguns conselhos. — Sua voz era tão firme, mas havia uma ponta de emoção que ele tentava disfarçar.

Sentados no chão da arena, frente a frente, senti que aquele momento era mais do que uma lição; era uma despedida

— O primeiro conselho é: observar. Sempre. Analise seu adversário. Encontre seus pontos fortes e fracos e use isso a seu favor. — César pausa, olhando diretamente nos meus olhos. — O segundo: nunca subestime ninguém. Mesmo o adversário mais inofensivo pode ter truques inesperados. E, por último: não se deixe provocar. Reagir com emoção pode ser fatal. Pense com a cabeça, não com o coração.

Ele faz uma pausa, como se refletisse sobre cada palavra.

— Há muitos outros conselhos, mas esses são os mais importantes

— Obrigado. De verdade, sei que esses conselhos vão me ajudar quando eu precisar — Meu tom é sincero.

César nunca foi apenas um professor. Ele foi o primeiro a olhar para mim e ver algo além do reflexo de minha mãe. Ele me ensinou a lutar, mas também me ensinou a acreditar que, dentro de mim, havia mais do que o espelho frio de um império esperando pela próxima herdeira

Ele olhou, e pela primeira vez, parecia emocionado:

— Parece que foi ontem que você era uma garotinha de quatro anos tentando segurar uma espada que era quase maior que você. E agora… você está indo para o Flame Archer, enfrentando adversários de mais alto nível. Só espero que o que eu ensinei sirva de algo.

Levantei-me junto com ele e, impulsivamente, o abracei. César ficou visivelmente surpreso, mas retribuiu o gesto.

— Mais uma vez obrigado César. Você foi mais que um professor, foi como um pai, e um grande amigo. — Digo.

Seus olhos brilharam por um momento, antes que ele respondesse:

— Lily, você também foi muito mais do que uma aluna para mim. Eu nunca tive filhos, mas considero cada aluno meu como tal, especialmente você. Quando estiver na academia, escreva para mim. Sempre que precisar de conselhos, estarei aqui.

Seus olhos brilhavam com orgulho, algo que eu desejava ver nos olhos da minha mãe, mas nunca encontrei.

— Eu vou escrever, prometo. — Disse, sorrindo.

César foi mais que um professor. Ele foi meu pilar, meu apoio, alguém que enxergava em mim algo que eu mesma não via.

A lembrança de César me defendendo de minha mãe veio à tona. Eu tinha 12 anos na época, e minha mãe havia insistido para assistir a uma luta minha com outro aprendiz. Eu ainda era inexperiente, e a luta terminou com uma derrota humilhante.

— Você treina todos os dias desde os quatro anos e ainda consegue ser péssima! Uma decepção! — disse minha mãe, sua voz cortante e os olhos cheios de frieza.

Tentei me explicar, mas minha voz falhou. César interveio:

— Com todo o respeito, Vossa Majestade, Lily não é péssima. Ela tem talento, está aprendendo. Muitos na idade dela não chegariam tão longe. Ela é uma criança. Tem tempo.

Minha mãe o encarou com um olhar de desdém, mas nada respondeu. Apenas virou as costas e saiu. Foi César quem me consolou naquela noite, com um gesto simples: um carinho nos meus cabelos

Voltei ao presente ao ouvir a voz de um guarda se aproximando:

— Sua alteza Princesa Lily, a sua majestade a imperatriz Ivy solicita a sua presença no salão de visitas — O guarda avisa.

O nome dela foi como um balde de água fria. Soltei o abraço e me virei para César.

— Tenho que ir. Prometo escrever sempre que puder.

Ele concordou, mas antes que eu pudesse me afastar, disse:

— Lembre-se, Lily: você é mais forte do que imagina. Não deixe ninguém te convencer do contrário.

Essas palavras ecoaram na minha mente enquanto seguia o guarda.

Quando chego perto, escuto algumas vozes que parecem ser do Colin,da minha mãe e do meu irmão Carl.

— O que o professor disse filho? — Colin pergunta.

— Ele disse que sou muito inteligente, e que sou um _Pródigo_ — Carl diz com um tom orgulhoso.

Ele é bem fofinho, tem 12 anos, e Jack o caçula tem 4 anos.

— Prodígio, filho, você é um prodígio — Colin o corrige.

— Que orgulho do meu neném, a mamãe está orgulhosa de você — A voz de minha mãe soava doce, quase irreconhecível.

As palavras da minha mãe, doces como mel para Carl, soaram quase como um eco distante em meus ouvidos. Eu me queria, como sempre, por que nunca me pareceram para mim

Antes que eu pudesse pensar mais, o guarda anunciou minha presença

— Sua alteza real a princesa Lily

Entrei no salão, e o ambiente mudou instantaneamente. O momento de ternura familiar distante, e o olhar frio da minha mãe se voltou para mim. Ela estava sentada no sofá de couro, Carl em seu colo, seus olhos vazios mirando algo distante. Um olhar que, por um momento, me fez perguntar se ela me via como uma ameaça a seu próprio domínio.

— Já arrumou sua mala? — Sua voz era dura, sem nenhuma gentileza.

Nem um "oi".

— Já. — Respondi, mantendo uma postura.

— Verifique se está tudo lá. Não quero surpresas.

— Já fiz isso antes da aula de esgrima. — Minha paciência estava se esgotando, mas mantive o tom firme.

— Então faça novamente. Não quero desculpas. — Ela me olhou com aqueles olhos frios.

— Sim, senhora. — Respondi, tentando esconder a frustração. —É só isso?

Ela se levanta, entregando Carl a Colin, e gesticula para um jovem no canto da sala que eu só agora percebo.

— Quero te apresentar um Lalo. Ele será responsável por cuidar de você na Flame Archer. E eu me manterei informado sobre cada passo que você der e cada erro que cometer.

Um vigia. Claro que seria um vigia.

Ele não parecia muito mais velho do que eu, talvez uns dois ou três anos a mais. Mas seus olhos tinham algo de cansado, como se não quisessem estar ali.

— Entendido. — Tento parecer indiferentemente, mas a ideia de ser monitorada constantemente me enoja.

Minha mãe se aproxima, parando tão perto que sinto seu perfume: frio e opressivo como ela mesma.

— Não me decepcione, Lily. — Suas palavras saem como uma lâmina afiada.

— Não vou te decepcionar.

— Ótimo. Agora vá. E quase no quarto.

Claro. Sempre no quarto.

Saio da sala de visitas me questionando:

_Será que toda mãe é assim?_

Talvez o problema não estava em minha mãe. Talvez fosse eu. Sempre que eu tentava me encaixar em sua visão, eu me sentia menor, como se tivesse que lutar não só com os outros, mas comigo mesma para ser 'suficiente' . Eu me perguntava: será que sou capaz de ser mais do que o reflexo do que minha mãe espera?

Enquanto me afastava, senti o peso do olhar da minha mãe ainda cravado nas minhas costas. Seus olhos sempre me lembraram de aço: duros, inquebráveis, mas também impessoais.

César costumava dizer que eu tinha uma força que não sabia considerar. Mas como eu poderia me sentir forte quando parecia que tudo ao meu redor existia para me limitar?

Eu caminhava em direção ao meu quarto, mas minha mente estava longa. A Flame Archer seria o meu primeiro passo fora das muralhas do palácio, o meu primeiro contato com o mundo real. Um mundo onde não seria a princesa Lily, apenas Lily, mais uma entre muitos jovens com habilidades profissionais. A ideia me animava, mas também me aterrorizava.

Quando cheguei ao meu quarto, encontrei uma mala exatamente como a que havia deixado, impecavelmente organizada. Revirei cada canto, mais por hábito do que por necessidade. Talvez fosse uma forma de ocupar minha mente, de adiar o resultado: enfrentar uma nova etapa sob a sombra da minha mãe e o olhar atento de Lalo.

Lalo. Por que ele parecia tão deslocado? Havia algo em seus olhos, uma mistura de curiosidade e cautela, como se ele não quisesse estar ali tanto quanto eu não queria que ele estivesse. Será que ele vai ser apenas um informante da minha mãe, ou há algo mais nele?

Uma batida na porta me tirou dos pensamentos. Era Colin.

Colin é meu padrasto, meu pai morreu antes de eu nascer.

— Posso entrar? — Disse, com a voz gentil que contrastava com o tom de comando da minha mãe.

— Claro — respondi, abrindo mais a porta.

Ele entrou e sentou-se na poltrona ao lado da janela, o olhar calmo.

— Sei que sua mãe pode ser... exigente. — Ele parecia escolher cuidadosamente as palavras.

— Exigente é uma palavra educada para descrever isso. — Respondi com um toque de sarcasmo.

Ele sorrio de canto, mas logo ficou sério.

— Lily, você sabe que Flame Archer é mais do que uma escola, certo?

— Sei que é minha das academias mais prestigiadas do reino e que mãe espera que eu me destaque.

— É mais do que isso. É um lugar onde alianças são feitas, onde pessoas como você encontra quem realmente são, além dos títulos e dos deveres. — Ele fez uma pausa, parecendo ponderar se deveria continuar. — Você tem uma força que sua mãe talvez nunca veja, mas que é real. Não é um subestime.

Suas palavras ficaram ecoando na minha mente depois que ele saiu. Pela primeira vez, senti que alguém realmente acreditava que eu poderia ser mais do que apenas a sombra da minha mãe. Talvez ele estivesse certo. Talvez a Flame Archer fosse minha chance de descobrir quem eu era de verdade.

Na manhã seguinte, eu estava pronto para partir. César veio se despedir no portão principal e, como prometido, me entregou um pequeno envelope.

— É uma lista de lembretes e conselhos. Algo para você se lembrar de mim. — Ele pediu.

Enquanto a viagem me levava para longe do palácio, eu abri o envelope. Entre as palavras de encorajamento, uma frase chamou minha atenção:

"Às vezes, para descobrir quem somos, precisamos nos afastar do que nos disseram que deveríamos ser."

Eu encarei o horizonte. A Flame Archer não seria apenas um teste de habilidades ou uma chance de fazer minha mãe se orgulhar. Seria meu campo de batalha pessoal, onde eu enfrentaria não apenas outros jovens, mas também a versão de mim mesma que minha mãe havia moldado. E, no fundo, eu sabia que estava pronto. Ou, pelo menos, tinha que estar.

Sebastian, entre ouro e sombras

Mais um dia no meu luxuoso quarto…

Tudo aqui é luxuoso, tudo contém ouro: as mesas, os talheres as paredes, as camas e até os lençóis são bordados com fios de ouro.

As paredes douradas brilhavam à luz das tochas, mas para mim, elas sempre pareciam sufocantes, como se o luxo fosse uma armadilhada disfarçada de privilégio.

Esse castelo foi construído para impressionar os representantes vindos das pequenas provincias.

Os quatro - Como são chamados os cinco importantes imperios - Sempre tendem a esbanjar tudo o que tem para quem quiser olhar.

Se eu fosse um plebeu, eu ficaria revoltado. Eles tem tudo isso, poderiam muito bem compartilhar com todos, e assim, não existiria pobreza nesse mundo.

Mas, fazer o que… Todos estão satisfeitos com a vidinha que vivem.

Muito prazer, eu sou o Sebastian.

Sou o segundo principe de Bravo.

O que deveria me deixar feliz por não ter nenhuma responsabilidade,mas, não sei.

Sempre me senti incomodado ouvindo que meu irmão era o sucessor, o próximo imperador e blá blá blá.

Eu não entendo, eu deveria estar feliz com a vida que eu tenho, um bastardo que foi criado com a família imperial e pode fazer o que quiser.

E sim, isso que você ouviu: um bastardo.

Minha mãe era de uma família nobre de viscondes, ela se envolveu com o imperador - Eu me recuso a chamá-lo de pai, porque ele nunca foi - quando eles eram jovens.

O imperador já era casado nessa época, enfim…

Não sei bem a história de como vim parar aqui nesse luxo,mas sei que devo ser grato a isso, ser grato a Simone, a Imperatriz, que me aceitou quando podia muito bem ter me jogado fora.

Imagino a dor que é descobrir quando está grávida que seu marido engravidou outra mulher.

Eu retribuo todo o cuidado que a imperatriz Simone teve comigo não sendo um problema.

Eu poderia muito bem sair por ai, festejar, beber até cair, transar com várias moças, e talvez até engravidar uma delas.

Bem… a parte de beber até cair eu realmente faço, mas também estudo, tiro ótimas notas, os professores particulares até me elogiam, dizem que eu sou um prodígio.

Eu só sou um mês mais nove que meu irmão.

— Vossa alteza — Alguém bate na porta — Sua majestade o imperador solicita a sua presença na sala do trono.

Uma serva do palácio informa pela porta.

O que ele quer?

— DIGA A ELE QUE ESTOU INDO — Grito

Abro a porta e la está parada a pessoa que me chamou. Assim que ela me vê, faz uma reverência.

— O imperador pediu para que o príncipe se dirija para lá com urgência — A serva fala de cabeça baixa

Bufo e saio andando até a sala do trono.

O que poderia ser urgente?

Caminho em silêncio com a serva atrás de mim.

Assim que chegamos na porta da sala, os dois guarda que estão ali para proteger a sala abrem a porta.

Lá estão eles…

Victor, meu irmão mais velho, e a Imperatriz e o imperador sentados no trono.

— O que aconteceu?! — Pergunto — Por que me chamaram aqui com tanta urgência?

O imperador me lança um olhar gélido.

Ele estende a mão, e um servo lhe entrega uma correspondência.

Ele começa a ler:

— Com muita alegria, a academia Flame Arche receberá Sebastian e Victor Bravo em nossa estimada academia…— Termina de ler e volta a me olhar com aquele olhar gélido. — Sebastian…?

É, talvez eu tenha feito escondido o exame de admissão para a academia. Meu professor me ajudou, eu não esperava que enviassem só uma carta de aprovação e que eu seria descoberto.

Eu seria descoberto de qualquer jeito,mas eu não queria que fosse agora.

Eu queria mais. Algo além das paredes douradas do castelo. Queria saber como era estar em um lugar onde eu não fosse apenas 'o bastardo' ou 'o segundo príncipe'. Queria me encontrar.

— Bom, como já deve ter deduzido, eu fiz um exame de admissão e fui aceito — Dou de ombros

— Não lembro de ouvir você me pedindo autorização! — Exclama o imperador

— Não achei que precisava — Digo mantendo minha voz indiferente.

— PORÉM PRECISAVA! — O imperador grita — Escuta aqui garoto…

Ele para de falar quando a imperatriz coloca a mão em seu braço.

— Calma, leo. O Sebastian não fez isso por mal — Ela tenta acalmar ele. — Ele é jovem, Leo. E você sabe o quanto os jovens como ele pode ser útil... se foram moldados corretamente

— Sabe o que eu acho… — O imperador diz quase em um sussurro.

— Eu sei mas… — Ela fecha os olhos, respira fundo e diz — Estou muito orgulhosa dos dois. Logo vão entrar em uma academia prestigiada.

Ela lança um sorriso que parece forçado.

Isso é estranho.

— Espero que a academia te ensine a pensar antes de agir, irmãozinho — Victor diz me olhando com desdém. — É bom que a academia ensine a você como ser mais que um acidente de percurso, irmãozinho — Victor provoca com um sorriso frio.

Eu engulo a resposta que queria dar. Victor sempre soube onde precisava para me atingir.

Victor sempre teve a habilidade de fazer minha pele arder com um simples comentário. Ele era tudo o que eu não era: legítimo, perfeito aos olhos do imperador. E Simone... Ela sempre teve um olhar calculista. Às vezes, me perguntas se ela realmente me aceitou ou se apenas viu uma utilidade em mim manter por perto.

Eu não respondi. Não porque ele estava errado, mas porque eu sabia que essa era apenas a primeira batalha. Na Flame Arche, eu não seria o bastardo, o segundo príncipe, ou o erro que todos prefeririam esquecer. Eu seria mais. Eu teria que ser.

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