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Sombras do Passado

Primeiro dia de aula

/Segundo ano do Ensino médio/

Aoki, a caminho do colégio, resmunga para si mesmo:

“Mais um ano… Não vejo a hora disso acabar.”

Ishida, rindo um pouco, concorda:

“Eu também, mano. E, olha, você não vai acreditar, mas mudou um pessoal novo pra casa no final da minha rua esse final de semana.”

Aoki dá uma olhada para ele, ainda desinteressado.

“É? Nenhuma gatinha no meio?”

Aoki brinca, dando uma risada baixa, mas Ishida parece mais animado.

“Não, mas são dois irmãos. Mas pelo o que eu ouvi, eles já moraram aqui antes. Deve ser interessante.”

Eles chegam ao genkan do colégio, trocando os sapatos e se preparando para entrar na sala. O clima é leve e descontraído.

Logo na entrada, Takahashi aparece, e os três se cumprimentam com um soquinho de mãos. Os 3 são melhores amigos desde o primário.

Quando estão prestes a entrar, Hayashi passa por eles. Ele é calado, com a expressão séria, trocando os sapatos sem dar muita atenção aos outros. Aoki observa, mas não mostra muito interesse.

Ishida, sussurrando para Aoki, e diz:

“É ele… aquele de quem eu falei.”

Aoki olha para Hayashi, fixando o olhar por um momento, mas não diz nada. Ele mantém um semblante curioso, mas não se atreve a fazer mais comentários.

Já na sala, os três percebem que Hayashi está sentado no fundo, olhando pela janela com um olhar distante.

Aoki, com aquele sorriso confiante de quem adora interagir com as pessoas, diz para os amigos:

“Ele está na nossa classe. Vou dar um oi nele.”

Aoki, se aproximando com um jeito animado, diz:

“E aí, novato! Eu sou Aoki Haruki e esses são Ishida Yuta e Takahashi Taichi. Bem\-vindo à nossa classe! Eu preferia que você fosse uma gatinha, mas… podemos ser amigos assim mesmo.”

Hayashi não reage. Ele apenas olha de canto de olho, sem nem se virar completamente.

“Hayashi Itsuki.”

Ele diz o nome sem emoção, voltando a olhar pela janela como se nada tivesse acontecido.

Aoki e os outros trocam olhares, e Aoki, um pouco irritado com a indiferença, senta\-se no banco ao lado de Hayashi. Ele fica encarando o garoto, tentando entender o que está acontecendo.

Aoki \(pensando, mas não dizendo em voz alta\):

“Qual é a desse cara? Metido…”

Logo, o professor chega, e todos se acomodam, começando a aula. O ambiente se acalma, mas o ar de curiosidade sobre Hayashi ainda paira na sala.

Quando o professor apresenta Hayashi como o aluno novo, as meninas ao redor começam a cochichar e rir, não escondendo a atração pelo novo garoto. Hayashi Itsuki tem um ar sério e misterioso, e, ao olhar para ele, Aoki sente um leve ciúmes da sua popularidade, embora não entenda exatamente o porquê.

Hora do almoço

O sinal do intervalo toca, mas Hayashi não se move. Ele continua no mesmo lugar, com os fones de ouvido, aparentemente decidido a ignorar o resto do mundo. Sem se importar com os olhares curiosos, ele simplesmente fecha os olhos e relaxa, como se a escola fosse apenas um detalhe em sua rotina.

Aoki, ainda intrigado, olha de canto de olho para Hayashi, mas não diz nada. Ele se vira, se espreguiçando, e diz para os amigos:

“Vamos ao refeitório. Vou morrer de fome aqui.”

Takahashi e Ishida concordam e seguem Aoki, mas a imagem de Hayashi no fundo da sala continua na mente de Aoki. Algo nele o faz pensar mais sobre aquele garoto.

Sentados no refeitório

Aoki, mastigando e com a boca cheia, diz:

“Qual é a daquele cara? Fui tentar ser gente boa e ele praticamente me ignorou. Não gostei disso, não.”

Ishida concorda, com uma risada sarcástica:

“Verdade, mano. Achei meio sem noção da parte dele, parece que tá querendo causar alguma confusão.”

Takahashi, sempre mais calmo e sensato, intervém:

“Talvez ele só seja mais reservado. Eu também sou assim. Foi praticamente a mesma coisa quando vocês me conheceram, lembra?”

Ishida dá uma risada e passa a mão no pescoço de Takahashi, puxando\-o para mais perto:

“É verdade! Você nem queria saber de nós no começo. Foi difícil quebrar seu gelo. Mas olha, agora estamos todos juntos e isso é o que importa.”

Takahashi, com um pequeno sorriso irônico, afasta a mão de Ishida, fazendo um gesto quase de desaprovação:

“É, você tem razão.”

Aoki, ainda intrigado, diz pensativo:

“Não sei, essa situação parece diferente. Ele… tem algo no olhar, não consigo entender. Acho que dessa vez vai ser mais difícil.”

Antes que Aoki possa continuar, mais amigos se aproximam e começam a entrar na conversa, distraindo\-o do assunto.

Enquanto isso, na sala de aula

Hayashi, com os fones de ouvido, olhos fechados, tenta se desconectar de tudo ao seu redor. O desejo de que o dia acabe logo é quase palpável. Ele só quer voltar para sua casa, se refugiar em seu quarto e, finalmente, encontrar algum alívio. Sua mente está em um turbilhão de pensamentos repetitivos sobre o passado, sem conseguir encontrar qualquer direção para o futuro. A escuridão à sua frente parece sufocante.

Ao sentir alguém se aproximando, seu corpo fica tenso. Uma mão toca sua cabeça, e por um momento, ele sente uma leve sensação de conforto. Mas, instintivamente, ele afasta a mão, irritado, como se o toque o tivesse puxado de volta para a realidade, uma realidade que ele não quer enfrentar.

Com o olhar irritado, ele diz, sem olhar diretamente:

“Qual o seu problema?”

Quando ele vê que é Aoki, a frustração aumenta. Aoki parece genuinamente confuso, mas também determinado a tentar se aproximar.

Aoki, tentando desarmar a tensão, responde:

“Foi mal, estava tentando te chamar, mas você não respondeu. Não vai comer nada? O intervalo já está quase acabando.”

Hayashi, com a voz carregada de frustração, retruca:

“Por que você se importa com isso?”

Aoki, percebendo a tensão no ar, mas tenta se manter tranquilo:

“Cara, eu tô tentando ser legal com você… Mas você já tá começando a me irritar. Só estou tentando ser… legal.”

Hayashi, agora completamente irritado, levanta\-se de maneira abrupta, o corpo tenso de raiva. Ele encara Aoki com um olhar frio e cruel:

“Ninguém te pediu para fazer isso. Para de agir como se fosse sua obrigação e começa a cuidar da sua própria vida.”

Sem mais palavras, Hayashi vira as costas e sai da sala, indo em direção ao banheiro, seu passo apressado.

Aoki, surpreso com a explosão repentina, fica parado, mais surpreso do que irritado. Ele sente algo estranho… Como se, por um momento, tivesse vislumbrado a dor profunda que Hayashi carrega dentro de si, uma escuridão que talvez Aoki compreendesse melhor do que imaginava.

Confusão

Cena no banheiro

Hayashi entra irritado no banheiro e vai direto para a primeira cabine. Tranca a porta e solta um suspiro pesado, tentando se acalmar. Sua mente, no entanto, está fervendo.

"O que esse idiota quer comigo? Não estou aqui para fazer amiguinhos. Só quero que isso acabe logo."

Enquanto isso, três garotos do terceiro ano entram no banheiro, rindo e conversando alto.

 “Ouvi umas meninas dizendo que tem um cara bonito no segundo A, mas ele é bem caladão.” — comenta o primeiro garoto.

 “Sei quem é.” — responde o segundo, abaixando a voz como se estivesse compartilhando um segredo. - “ O nome dele é Hayashi Itsuki. Pelo que minha avó disse, ele e o irmão voltaram para cá porque, onde moravam antes, tinha um boato de que o Hayashi... m#t@u os pais.”

O terceiro garoto arregala os olhos, incrédulo.

“Sério isso?

Antes que pudessem continuar, a porta da cabine se abre de forma brusca, fazendo um barulho que ecoa no banheiro. O silêncio toma conta.

Hayashi sai, mantendo a postura rígida, e vai até a pia para lavar as mãos. Ele encara os garotos pelo espelho, seu olhar frio e desafiador.

“Vocês idiotas deveriam parar de espalhar boatos sem sentido” — diz ele, sua voz carregada de desprezo.

O terceiro garoto dá um passo à frente, irritado:

“O quê? Com quem você pensa que está falando?” — Ele se aproxima de Hayashi, seus olhos cheios de hostilidade.

“Você deveria ter mais respeito pelos mais velhos.”

Hayashi dá uma risada curta e sarcástica:

“Não devo respeito a idiotas como vocês.”

Sem pensar duas vezes, o garoto o empurra contra a parede. Hayashi reage instintivamente, indo para cima dele. O garoto acerta um soc@ direto no rosto de Hayashi, que se abaixa por um instante.

Quando Hayashi se levanta, pronto para revidar, a porta do banheiro se abre, e Aoki entra, sua expressão mudando ao ver a cena.

“Mas o que está acontecendo aqui? “ — grita Aoki, confuso. Ele corre até Hayashi, percebendo o sangue no canto de sua boca.

Os três garotos olham para Aoki.

 “Você conhece esse cara? “ — pergunta um deles.

 “Sim - responde Aoki, sem hesitar.” — Ele está na minha classe.

Os três trocam olhares antes de saírem,

visivelmente desconfortáveis. O garoto que acertou Hayashi olha para trás e diz:

“Aoki, você deveria ficar longe desse...

ass#ssin@.

Aoki franze as sobrancelhas, confuso, mas ignora o comentário. Ele se vira para Hayashi, preocupado.

“Deixa eu ver isso “ — diz, tentando examinar o corte no lábio de Hayashi.

Hayashi se afasta bruscamente:

 “Já falei, me deixa em paz.”

 “Cara, para de agir assim e me deixa te ajudar! Você levou um baita soc@!” — insiste Aoki, com um tom mais firme.

 “Se você não tivesse se metido, eu teria revidado” - retruca Hayashi, irritado. - “ Mas você não consegue ficar quieto, né?”

Aoki cruza os braços e solta uma risada irônica:

“Você acha que conseguiria enfrentar três alunos do terceiro ano sozinho?”

Hayashi explode, gritando:

“Você não me conhece, dr@ga!

Ele vira de costas, cospe o s@ngue na pia e começa a lavar a boca, ignorando a presença de Aoki.

Depois de alguns segundos de silêncio, Aoki fala, agora mais calmo:

“Vamos. Vou te levar à enfermaria.”

Ele estende a mão para ajudar Hayashi, mas este recua novamente.

“Quer saber? - diz Aoki, frustrado. - “ Estou tentando te ajudar, mas não vou forçar nada. Que se d@ne...”

Aoki sai do banheiro, batendo a porta.

De volta a sala de aula

Ao entrar na sala, Aoki caminha direto até sua carteira, tentando disfarçar a irritação estampada em seu rosto. Takahashi e Ishida, que estavam em pé na porta da sala, trocam olhares rápidos, percebendo de imediato que algo aconteceu.

“E aí, mano? O que foi?” — pergunta Ishida, franzindo a testa.

Aoki força um sorriso, visivelmente desconfortável, e balança a cabeça como se nada fosse importante.

“Nada, só uma besteira” — responde ele, em um tom casual, mas claramente evasivo.

Antes que Ishida possa insistir, o sinal toca, marcando o início da aula. Takahashi ajeita os materiais sobre a mesa, enquanto Aoki ocupa seu lugar. Ishida, no entanto, hesita. Quando está prestes a entrar na sala, algo chama sua atenção no corredor.

Ele olha para trás e vê Hayashi caminhando na mesma direção de onde Aoki tinha vindo. A expressão de Hayashi é indiferente, mas o corte em seu lábio chama atenção imediata de Ishida. Ele franze a sobrancelha, intrigado.

“Isso não estava aí antes…” — pensa, enquanto observa o rosto de Hayashi por mais alguns segundos.

Hayashi entra na sala sem olhar para ninguém, ocupando um lugar próximo à janela, como sempre. Ishida, ainda pensativo, caminha até sua carteira, mas não tira os olhos de Aoki e Hayashi, analisando a dinâmica entre os dois.

A atmosfera na sala está pesada. Ishida percebe que Aoki, geralmente animado, está mais quieto do que o habitual. Hayashi, por outro lado, mantém sua postura fria e distante, mas a tensão entre eles é quase palpável.

Takahashi, sentado ao lado de Ishida, inclina\-se discretamente para sussurrar:

“Tá sentindo isso? Tem algo estranho aí.”

Ishida concorda com um aceno sutil, ainda observando. Ele leva a mão até o próprio lábio, tocando na mesma área do corte de Hayashi, e cochicha:

“Olha só isso. Será que…?”

Takahashi segue o olhar de Ishida, fixando sua atenção em Hayashi por alguns instantes. Após analisar a situação, ele balança a cabeça e sussurra de volta:

“Não acho que o Aoki faria algo assim.

Mesmo assim, a curiosidade de ambos cresce. Eles trocam olhares, mas decidem deixar o assunto de lado… por enquanto. A tensão entre Aoki e Hayashi, no entanto, continua pairando no ar, visível para quem prestar atenção.

Aoki jogado na cadeira, irritado, enquanto pensa:

“Quem esse moleque pensa que é? Tô tentando ser legal com ele, mas ele me corta como se eu fosse insignificante. Por que eu deveria me importar?”

Ele balança a cabeça, decidido, e murmura para si mesmo:

“Que se d@ne. Vou cuidar da minha vida e ignorar esse cara a partir de agora.”

Caminho

Algumas horas depois – Sinal de saída

O som do sinal ecoa, anunciando o fim das aulas. Hayashi, rapidamente se levanta para trocar os sapatos e ir embora. Na entrada, enquanto se abaixa, sente um olhar persistente sobre si.

Levantando os olhos, ele vê Aoki o observando. Por um breve segundo, seus olhares se cruzam, e Aoki vira o rosto rapidamente, como se tivesse sido pego no flagra.

Hayashi não diz nada, apenas termina de se arrumar e sai sem olhar para trás.

Na saída – Conversa entre amigos

Ishida, percebendo a inquietação de Aoki, provoca:

“E aí, mano, foi você que fez aquela corte na boca do Hayashi?”

Aoki força um sorriso, tentando parecer descontraído:

“Eu? Claro que não… mas bem que poderia.”

Takahashi, mais sério, o encara:

“Então o que aconteceu?”

Aoki, já na porta da escola, ergue os ombros como se não se importasse:

“Nada de importante. Vamos esquecer esse assunto. Na real, vamos esquecer que esse cara existe.”

Ishida troca um olhar desconfiado com Takahashi, mas decide não insistir no assunto. Os três continuam o caminho.

Caminho para casa – Hayashi

No caminho de volta, Hayashi mergulha nos próprios pensamentos.

“Eu não sei o que é pior… ir para o colégio ou voltar para aquela casa vazia.”

Ao chegar, ele abre a porta e sente o aroma familiar de comida caseira. Na cozinha, seu irmão mais velho, Shin, está preparando algo.

“Bem-vindo de volta, Itsuki. Como foi o primeiro dia?” — pergunta Shin sem tirar os olhos do fogão.

“ Normal.” — responde Hayashi, bufando, enquanto tenta passar direto em direção ao quarto, com a cabeça baixa para esconder o corte no lábio.

Shin, percebendo o comportamento estranho, insiste:

“Senta aí. Vamos comer.”

“Vou comer no quarto.” — Hayashi tenta esquivar\-se, mas Shin é firme:

“Não vai não. Senta aí.”

Relutante, Hayashi obedece e se senta à mesa, ainda evitando o olhar do irmão.

Shin começa a servir curry, a receita favorita deles, aquela que sua mãe costumava fazer. Hayashi para, surpreso, e o encara com um olhar cheio de emoção e dor.

“Fazia tempo, né? “ — diz Shin com uma voz serena.

“É… já fazia… “ — responde Hayashi, com a voz trêmula.

Eles comem em silêncio, compartilhando um momento agridoce. A alegria de saborear algo que os conecta ao passado é abafada pela tristeza de saber que nunca mais será o mesmo.

Quando terminam, Shin quebra o silêncio:

“Então… vou ter que perguntar o que aconteceu com seu rosto, ou você vai contar?”

Hayashi hesita, envergonhado:

“Eu… caí e me machuquei.”

Shin estreita os olhos e rebate, sério:

“Você acha que vou cair nessa? Se esforce mais na mentira, Itsuki.”

Hayashi suspira, se levanta para começar a limpar a mesa, e murmura:

“Você nos trouxe para cá para fugir dos boatos, mas como eu disse… eles nos encontrariam em qualquer lugar.”

Shin leva as mãos ao rosto, exausto, e solta um suspiro pesado:

“Já chegaram até aqui? Tão rápido assim…”

Hayashi olha pela janela da cozinha, que dá vista para a floresta nos fundos da casa. Sua voz sai baixa, quase um sussurro:

“É, mano. Essa será minha vida… para sempre. Não importa para onde eu corra, as sombras sempre vão me alcançar.”

Por um instante, ele fica imóvel, encarando o quintal. Um flash rápido de memórias invade sua mente: ele correndo e brincando ali, junto com os pais, quando ainda era uma criança.

Caminho para Casa – Aoki

Aoki e Ishida se despedem de Takahashi no ponto de ônibus. Os dois continuam caminhando juntos, conversando sobre os clubes que pretendem entrar.

“ Acho que vou manter o mesmo do ano passado, atletismo. Vou focar nas corridas.” – diz Aoki com um sorriso relaxado, mas seus olhos carregando uma expressão de confiança

Ishida já sabendo a resposta pergunta:

“ Vai continuar na modalidade de fundo?”

Aoki confiante, acenando com a cabeça, o sorriso se ampliando em um gesto quase arrogante, mas sem perder o tom brincalhão:

“ Claro! Eu sou o único que pode trazer um ouro nessa modalidade. Ninguém tem a capacidade que eu tenho!”

Ele faz uma pose exagerada, colocando uma mão na cintura e se erguendo de maneira dramática, como se estivesse no centro de um palco. O sorriso se torna um pouco mais largo, e os olhos azuis brilham com humor e autoconfiança.

Ishida ri, mas admite:

“ Você se acha demais, mas pior que é verdade. Você é bom nisso.”

Aoki também pergunta ao amigo:

“ E você, mano? Vai ficar no clube de artes ainda?”

Ishida dando um leve sorriso de canto, seus olhos suavizando, uma expressão mais tímida, mas ainda confortável com Aoki, diz:

“Acho que sim… Mas o Takahashi me convidou para o clube de natação também. Ele disse que reparou que eu sou bem rápido nadando.”

Aoki encarando Ishida com um olhar curioso, os olhos ligeiramente arregalados em um misto de surpresa e interesse, levantando uma sobrancelha, sinalizando que estava processando a informação.

Ishida, percebendo, rapidamente se explica:

“ É… Ele reparou isso naquelas vezes em que íamos nadar naquele lago no meio da floresta, lembra?”

Aoki sorrindo amplamente, seus olhos se estreitando de forma divertida e um pouco afetuosa, como se estivesse apreciando a aproximação entre Ishida e Takahashi, mas ao mesmo tempo reconhecendo a habilidade de Ishida, com um tom descontraído diz:

“Boa, Ishida. Vocês dois formam uma boa dupla.”

Ishida abaixa a cabeça em um movimento sutil, um sorriso de canto presente em seu rosto, mas com os olhos focados no chão, e uma leve cor de vergonha surgindo em suas bochechas.

E os dois continuam caminhando em silêncio ao lado, os passos ecoando suavemente no silêncio da rua.

Logo em seguida, Aoki se despede de Ishida com um aceno de cabeça e continua o caminho sozinho. As ruas estão ainda mais silenciosas. Aoki mora um pouco mais adentro da floresta, que logo começa a ficar mais densa.

Enquanto caminha, Aoki não consegue evitar que sua mente divague para Hayashi. Ele se lembra do olhar distante de Hayashi, seus olhos parecendo perder-se em algum lugar muito distante, como se estivessem carregando um peso invisível.

Aoki pensando, sua expressão se tornando mais séria e confusa, com os lábios apertados e a testa franzida, tentando entender o que poderia ter ocorrido com Hayashi, mas sem conseguir encontrar uma explicação:

“ Ah… O que será que aconteceu com ele?”

A memória das palavras do aluno do terceiro ano volta à sua mente, como um eco persistente que ele não consegue ignorar.

Aoki continua pensando, ainda mais intrigado, os olhos se estreitando com desconforto, seu corpo tenso enquanto caminha, sentindo um peso crescente nos ombros, como se estivesse tentando entender algo que parecia estar além de sua compreensão:

“ E o que aquele senpai quis dizer quando chamou ele de ass@ssino?”

De repente, ele para no meio do caminho e passa as mãos pelo rosto, tentando afastar os pensamentos.

Aoki irritado consigo mesmo, seu rosto contorcendo-se em frustração, os lábios se apertando e um leve suspiro saindo por entre seus dentes:

“Ah, por que eu tô pensando nele de novo?”

Ele bate de leve no próprio rosto com as duas mãos, tentando se distrair, como se pudesse simplesmente se livrar da preocupação. Sua expressão se torna ainda mais tensa, mas depois ele diz para si mesmo, com uma voz baixa e quase imperceptível:

“Esquece!”

Com a decisão tomada, ele ergue a cabeça e segue em frente, o som de seus passos ecoando pela estrada silenciosa, cada passo parecendo mais resoluto, mas com a sensação de que a questão sobre Hayashi ainda permanecia com ele.

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