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Um Presente para Nina

Conto de Natal

Olá queridos leitores,

Eu e a Andréia decidimos presentear vocês, nossos leitores queridos que nos acompanham em todas as nossas aventuras com um conto de Natal!

Esperamos de coração que gostem e se divirtam com esse casal divertido e quente!

Por favor não esqueçam de nos ajudar curtindo, comentando, votando e compartilhando essa aventura que mesmo curta promete muitas emoções!

Um bom Natal e um Próspero Ano Novo! E em 2025 voltaremos com as histórias da Antonella, Dylan, Noah e Hanna, filhos dos nossos casais queridinhos.

Um beijo a todas vocês ♡♡♡

Eu não vou! (Nina)

Para muitos o Natal é um momento de celebração, de união, de reencontros e de muita felicidade e é claro, o nascimento de Jesus!

Aquele que foi designado a vir ao mundo para salvar a humanidade de todo mal e pecado.

Mais para mim Nina Lookwood o Natal se transformou no meu pior pesadelo!

A dois anos volto para minha cidade em Denver para sofrer todo tipo de bullyng não intencional, perguntas e é óbvio, as cobranças.

Sim, meu primeiro e único namorado da vida foi um tremendo babaca. Nos conhecemos aos treze anos e com dezoito iniciamos um namoro, minha família o amava e Matt Lewis era o genro ideal para os meus pais e o namorado perfeito por um longo tempo.

Quando sua tia solteirona te chamar de lado e dizer: Querida aprenda uma coisa, quando se namora por muito tempo geralmente não dá em nada. Ele vai terminar com você e se casar com a primeira que colocar no seu lugar em menos de dois ou três anos.

Sabe do pior? Ela estava certa! Matt e eu namoramos por onze anos, fizemos planos, compramos um apartamento juntos e vivíamos felizes, a quatro anos fui transferida para a Filadélfia na Pensilvânia e meu relacionamento subiu literalmente pelo telhado, mais especificamente para o andar de cima onde minha linda e perfeita prima Nora mora.

Estava difícil sustentar o relacionamento, mais na minha área de tradutora não é muito fácil conseguir um emprego bom, e o plano era de que ele terminaria seu Nbe e viria procurar trabalho aqui e nos casariamos enfim, porém ele terminou o relacionamento comigo e oito meses depois assumiu um romance com Nora.

O que me deixou puta pra caramba é que no Natal do ano passado ele pediu ela em casamento na frente da família toda com um anel de brilhantes que daria para pagar a hipoteca do meu loft aqui e irão se casar logo depois do Ano Novo, ou seja faltam pouco menos de quatro semanas para eles subirem ao altar numa festa de arromba que vai parar a cidade e eu definitivamente não estou nada interessada em ser testemunha desse circo, digo casamento.

Abro a porta com dificuldade por conta da pilha de pastas que estou segurando e enfim estou em casa depois de uma semana exaustiva.

Coloco tudo em cima da mesa e pego uma xícara colocando água quente e um sachê do meu chá preferido.

— Que bom que chegou!

Ouço minha irmã Addison sair do banheiro com um roupão e uma toalha secando os cabelos.

— Desculpa por não estar sendo uma boa companhia, estou trabalhando duro nesses últimos dias e não vejo a hora de chegar as minhas férias.

— Você chama sete dias de férias? É por isso que não arruma ninguém, não tem tempo para relaxar.

Tomo meu chá, e a encaro.

— Eu não quero ninguém, quando vão entender isso?

— Tudo bem, desculpa! Não falei por mal.

— Ok!

— Vou comprar nossas passagens,dia dezenove está bom para você?

— Addison, eu falei sério quando disse que esse ano não irei para casa passar o Natal!

— Poxa, eu já estou aqui a seis dias e não conseguimos fazer quase nada e agora que terá uma folga não voltará para casa comigo? Quem vai me a ajudar a ganhar o concurso de decoração de casinha de gengibre esse ano?

Addison é minha irmã mais nova, ela tem vinte e quatro anos e é pintora, veio para assistir uma exposição e ficou em casa esses dias me fazendo companhia.

— Tenho certeza que encontrará uma dupla a altura, quem sabe a tia Alice?

— Não! Você tem as melhores ideias e projetos. Não vai devido a Nora e Matt? Achei que já havia superado isso! Vai fazer quase três anos.

— E superei! Não é por conta deles! Mais de tudo que envolve essa época, quero passar esses dias em paz sem ter que ficar me explicando porque estou sozinha, sem ter que justificar pela milésima vez o porque não deu certo, que não tive capacidade de agarrar Matt com unhas e dentes, que já era para nos dois estarmos casados a anos e com filhos! Enfim Addison, estou farta dessa cobrança e pela primeira vez na vida, estou pensando em fazer algo por mim e para mim.

— Sabe que os nossos pais vão me matar quando chegar lá sem você né?!

— Tenho certeza que vai contornar essa situação com maestria!

Pisco para ela e vou para o banheiro tirar essa roupa e tomar um banho quente e relaxante.

Enquanto a água escorre pela minha cabeça e corpo, penso se realmente estou fazendo a coisa certa, comprando essa briga com os meus pais, eu poderia ficar apenas quatro dias e dar uma desculpa para vir embora, eu era capaz de aguentar tudo isso por eles por poucos dias certo?

Estou confusa, apesar de saber o que eu quero exatamente.

Vou para o meu quarto e coloco um pijama quente, penteio os cabelos e vou até à mesa da cozinha adiantar meu trabalho. Sou uma tradutora juramentada, ou seja, traduzo documentos oficiais, para serem reconhecidos pela justiça americana.

Ganho muito bem, mais trabalho feito camelo no deserto do saara rs!

Minha irmã se aproxima colocando uma pizza que ela comprou pelo aplicativo de peperoni na mesa, fecho minha pasta para que ela não suje nenhum papel e ela sorri!

— Hora do jantar!

Ela diz e eu dou risada.

— Olha o que eu encontrei para você!

Ela joga um jornal na minha frente com uma imagem de um chalé todo decorado de Natal.

— Lindo!

Falo colocando o jornal de lado, mais ela pega e coloco na minha frente apontando para a foto.

— É aí que você vai passar o Natal e os dias que antecedem, em um lindo chalé na Carolina do Norte em uma pequena cidade repleta de moradores que amam o Natal é fazem desses dias inesquecíveis cheios de tradições.

— Tá doida, já devem ter alugado todos a essa altura, sem contar a passagem aérea.

— Nina, sei que está cheia de milhas e eu liguei hoje mais cedo e tiveram uma desistência ontem. É o lugar perfeito para você relaxar e desestressar!

Ela coloca um pedaço de papel na minha frente com o telefone e sai me deixando sozinha, observo por um instante pesando os prós e os contras dessa pequena aventura e então só por curiosidade ligo para ter mais informações.

Nina Lookwood, 33 anos

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Férias forçadas (Alex)

Ah o Natal! Época deliciosa, cheia de esperança e vida para a maioria.

Mas para nós médicos significa PS cheio, e salas de cirurgias lotadas, onde a maioria comemora nós trabalhamos feito loucos para manter a taxa de mortalidade baixa.

Os riscos de acidente nesse período aumenta, levando em consideração a neve, álcool, as loucuras para colocar luzes em toda casa ocasionando quedas feias, imagina um combo de todas esses exemplos citados a cima.

Geralmente passo o Natal é o Ano Novo dentro do hospital e isso para mim não é um problema.

— Doutor Colemam, o Doutor Russol quer falar com você.

— Ok!

Saio da minha sala e vou pelos corredores do hospital até chegar no andar da diretoria, passo pela sua secretária que acena para mim e abre um largo sorriso, apenas aceno com a cabeça é bato na porta já abrindo.

— Pediu para me ver?

— Sim, como está Alex?

— Aproveitando os meus minutos de paz rs!

— Sente-se!

Ele diz e faço ficando na cadeira a sua frente, ele digita algumas coisas no computador e então se vira para mim.

— Alex, se lembra quando foi a última vez que tirou férias?

— Não!

Falo porque é verdade!

— É porque você não tira, vendeu as últimas seis férias ao hospital.

— E vocês ficaram muito felizes por isso pelo que me recordo.

— Tem razão, você dedicou os últimos anos aqui ensinando, curando e salvando vidas e deixou de lado a sua vida pessoal e isso não é nada bom!

— Onde está querendo chegar Peter?

Começo a ficar um pouco incomodado com essa conversa.

— Quero que tire férias Alex, que saia das paredes desse hospital e viva pelo menos alguns dias sem se preocupar com vidas que não seja a sua!

— Sinceramente não preciso disso...

— Você acha que não, já que recebi sua autorização de venda das férias mais uma vez e a resposta será não! Nos conhecemos desde que era um residente e assisti você se tornar o melhor médico cirurgião que já tivemos e não quero que você se resuma a isso! Estou te dando um conselho e oportunidade de amigo, aproveite o final do ano e volte a ativa em janeiro.

— Não tenho o que fazer, esses dias a não ser trabalhar e você sabe o quanto o índice de acidentes aumentam e eu Peter, sou o melhor na linha de frente que você tem!

Fico um pouco alterado e ele apenas sorri.

— Sei disso, mais também sei que você, meu amigo precisa descansar pelo menos dez dias, o hospital vai sobreviver e quando voltar estará descansado para seguir essa loucura que tanto ama.

Não me lembro quando foi a última vez que teve alguém, precisa viver antes que seja tarde e você se torne um paciente!

Alex a vida voa e você sabe isso melhor do que ninguém!

— Dez dias!

Falo porque sei que ele já decidiu sobre isso.

— Vinte!

— Fala sério, quinze então!

— Vinte, já assinei os seus papéis. Está de férias a partir do dia dezenove.

— Estarei em casa, se precisar venho correndo.

— Não vou precisar, a propósito Norma e eu iriamos fazer uma pequena viagem no Natal. Porém com a gravidez da minha filha decidimos que não seria oportuno, queremos aproveitar todos os momentos.

É um chalé em Asheville, Carolina do Norte. Vá no nosso lugar e aproveite o descanso.

— Não posso aceitar Peter.

— Porque não? É um presente não pode negar rs!

É uma experiência diferente acredita em mim, quem sabe conheça alguém especial ou apenas aproveite as tradições natalinas que eles proporcionam e observe a vida e não leitos e doenças.

— Ok! Já que não está me dando escolhas.

— Falarei para ela avisar o proprietário que estamos passando a reserva para você e depois envio todas as informações necessárias.

— Tem sorte que é meu amigo, ou não aceitaria tão fácil!

— Você sabe melhor do que ninguém que está precisando relaxar! Já vai fazer quarenta anos e depois disso para o sessenta como eu é um psicar de olhos!

Ele sorri e então me levando, apertamos as mãos e saio.

Peter foi o primeiro preceptor que tive assim que vim trabalhar aqui quando iniciei a residência, nós tornamos amigos e mesmo depois que ele assumiu o hospital continuamos com a amizade.

Os meus relacionamentos não costumam dar certo, eu trabalho de mais e não tenho tempo para isso. Agora eles se resumem a sexo casual.

Depois que os meus pais faleceram a anos atrás não voltei mais para a minha cidade natal e converso com os meus irmãos poucas vezes.

Agora estou perdido tendo que me afastar de tudo que me dediquei a fazer, volto para o PS assim que meu dispositivo toca indicando que pacientes estão chegando de um acidente.

Não penso mais sobre isso pelas próximas horas.

Quando chego em casa, tomo um banho e abro uma cerveja, me sento no sofá e abro o celular pesquisando sobre a cidade que Peter me disse.

— Fala sério!

Resmungo em voz alta, ele está praticamente me enviando para a terra do papai Noel. Pelo menos tem uma estação de ski interessante que possa fazer o passeio valer a pena!

Desligo o celular e jogo na mesa de centro e fecho os meus olhos caindo num sono pesado.

Os dias passaram-se e hoje é meu último plantão, não preciso dizer o quão amargo estava por esse detalhe.

Trabalhei feito um louco, duas cirurgias pela manhã e depois do almoço visitei todos os meus pacientes deixando o médico que se responsabilizará por eles a par de tudo, foi cansativo e exaustivo mais chegou a hora de ir, vou até a minha sala trocando de roupa e no caminho da saída, meu amigo me chama e o acompanho.

— Irritou tanto Peter assim?

— Porque diz isso?

Ele sorri e então fala.

— O que fez para conseguir essas férias no final do ano?

Desanimado falo.

— Digamos que fui obrigado já que não tiro férias a algum tempo!

Ele balança a cabeça em negativa rindo.

— E de bonificação ainda ganhei uns dias de descanso em um chalé.

— Aproveite!

Ele diz e então saio do hospital para minha casa, tenho mala para arrumar já que o meu vôo é amanhã.

Alex Colemman, 39 anos.

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