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O CEO e a Filha da Babá

Ethan

Ethan: Não importa onde você parou,

em que momento da vida você cansou,

o que importa é que sempre é possível

e necessário "Recomeçar".

Recomeçar é dar uma nova

chance a si mesmo.

É renovar as esperanças na vida

e o mais importante:

acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?

Foi aprendizado.

Chorou muito?

Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas?

Foi para perdoá-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes?

É por que fechaste a porta até para os outros.

Acreditou que tudo estava perdido?

Era o início da tua melhora.

Pois é!

Agora é hora de iniciar,

de pensar na luz,

de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal um novo emprego?

Uma nova profissão?

Um corte de cabelo arrojado, diferente?

Um novo curso,

ou aquele velho desejo de aprender a pintar,

desenhar,

dominar o computador,

ou qualquer outra coisa?

Olha quanto desafio.

Quanta coisa nova nesse mundão.

Tá se sentindo sozinho?

Besteira!

Tem tanta gente que você afastou

com o seu "período de isolamento",

tem tanta gente esperando apenas um

sorriso teu para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza nem

nós mesmos nos suportamos.

Ficamos horríveis.

O mau humor vai comendo nosso fígado,

até a boca ficar amarga.

Recomeçar!

Hoje é um bom dia para começar

novos desafios.

Onde você quer chegar?

Ir alto.

Sonhe alto,

queira o melhor do melhor,

queira coisas boas para a vida.

pensamentos assim trazem para nós

aquilo que desejamos.

Se pensarmos pequeno,

coisas pequenas teremos.

Já se desejarmos fortemente o melhor

e principalmente lutarmos pelo melhor,

o melhor vai se instalar na nossa vida.

E é hoje o dia da Faxina Mental.

Joga fora tudo que te prende ao passado,

ao mundinho de coisas tristes,

fotos,

peças de roupa,

papel de bala,

ingressos de cinema,

bilhetes de viagens,

e toda aquela tranqueira que guardamos

quando nos julgamos apaixonados.

Jogue tudo fora.

Mas, principalmente,

esvazie seu coração.

Fique pronto para a vida,

para um novo amor.

Lembre-se somos apaixonáveis,

somos sempre capazes de amar

muitas e muitas vezes.

Afinal de contas,

nós somos o "Amor".

Um brinde a esse novo ciclo. — assim que eu levanto a taça, todos batem palmas e o meu pai, logo vem na minha direção.

Chris: Sábias palavras, Ethan.

-

Mesmo que o hoje te dê um não, lembre-se de que há um amanhã melhor. A certeza de que os nossos caminhos devemos traçar ao lado de quem nos ama, com amor, paz, confiança e felicidade, é a base para se recomeçar.

Um recomeço, pra pensar no que fazer agora, acreditando em si mesmo, na busca do que será prioridade daqui pra frente. PLANOS? Pra que os fizemos, já que o amanhã é mistério? A qualquer momento pode ser tempo de revisar os conceitos e ações e concluir que tudo aquilo que você viveu marcou, porém, não foi suficiente pra que continuasse.

As lembranças passadas ficam, tudo que vivemos era pra ser vivido, o destino é como um livro do qual nós somos os autores, ele não vem pronto, antes de nascermos ele está em branco, ao nascermos introduzimos as primeiras passagens, um começo. Com o tempo, através das escolhas vamos escrevendo-o página por página, rabiscadas, rasgadas ou marcadas, onde encontramos obstáculos onde indicarão a melhor hora pra recomeçar, nos últimos dias de vida concluiremos, e no final deixamos nossas histórias marcadas no coração daqueles, que sempre farão parte de nossa história, onde quer que estejam.

-

Eu não sei explicar, mesmo o amor tendo resignificado a minha história, parece que o passado me assombra, sinto que para o resto da minha vida eu serei apenas o Ethan, aquele mesmo Ethan que sofria na mão do agressor, aquele mesmo Ethan que viu a mãe Sofia ser morta, aquele mesmo Ethan que chorou durante uma noite inteira achando que o cara legal não voltaria nunca mais.

É difícil se permitir amar, se permitir ser feliz. Olho para a minha mãe Laura e só consigo pensar no quão injusto a vida foi com a minha mãe Sofia.

Olho para a Alice e só consigo pensar no quão injusto a vida foi comigo.

Eu tive medo, tive muito medo de que esse conto de fadas acabasse em algum momento. Foi assim com o agressor.

Após o cara que me fez ter agredido a minha mãe até a morte, a nossa vida virou um conto de fadas, eu me lembro. Me lembro dele chegando em casa com lanches, com presentes, me lembro dele dizendo "viu como sem ela estamos melhores?" Eu me obrigava a acreditar que sim. Até tudo acabar e tudo oque ele fazia com ela começar a ser comigo.

Fui adotado aos 9 anos de idade. Como pode isso, justamente no dia em que u cheguei no orfanato, um cara rico estava indo atrás de um menino do meu perfil? Isso não era possível.

Eu fui entender de fato quem eu era, quem os meus pais e a Alice eram quando eu estava quase com quinze anos e, foi nesse período que me vieram muitos questionamentos na mente.

O meu quarto virou um cativeiro onde eu tranquei a minha alma. Eu via o meu pai segurando a mão da minha mãe e desejada que a Laura fosse a Sofia. Quando eu via o meu pai, a minha mãe e a Alice brincando juntos, eu desejava que ali fosse a minha família verdadeira. Mesmo que eu não devesse, ver eles felizes me causava ódio, eu não sei explicar. E foi então que passei a me isolar.

Eu amava os meus pais, meus tios e os meus avós. Os meus irmão então, eu nem sei explicar. Alice tem um cuidado, um carinho surreal comigo. Helena e Miguel são tão companheiros e calmos. Sofia chegava perto com a sua inocência e me livrava de todos os pensamentos que tanto me atormentava.

Vendo que tudo isso um dia poderia acabar, por não julgar ser real, decidi ter um refúgio.

Todo o dinheiro que eu ganhava como mesada, guardava em uma caixa. Nunca mexi em nenhuma nota se quer. Meus pais já me davam tudo mesmo. Na escola eu levava lanche então não precisava comprar, quando eu raramente saia com o Gustavo, eu sempre dizia que não levei a carteira e ele sempre pagava (hoje em dia me sinto mau por isso, e por isso eu sempre pago a conta).

Um dia, minha mãe arrumando o meu quarto com as coisas novas que havia comprado, encontrou a caixa encima do guarda roupas e quando abriu se assustou com a quantidade de dinheiro que tinha nela.

Depois do jantar, quando as crianças já estavam dormindo, eles me levaram até o escritório e assim que entrei dei de cara com a caixa encima da mesa.

Obviamente dê início pensaram que eu estava fazendo alguma coisa de errado, mas não eu só disse que não tinha com oque gastar e por isso eu deixava guardado lá.

Minha mãe pediu que o meu pai pusesse um cofre no meu quarto e assim eu continue juntando todo o dinheiro.

Depois de uns anos, quando eu conheci dois amigos do meu pai, Rafael e Jheffter, os irmãos Castellani, senti a liberdade de conversar com o Jheffter sobre algumas coisas sobre mim. Mesmo sendo bem mais velho do que eu, eu sentia como se fossemos muito amigos. Pedi ajuda a ele e ele comprou um apartamento para mim em nome dele e depois passou para o meu nome.

Meus pais nunca descobriram, desconfiaram apenas quando eu pedi dinheiro para sair com uma menina. Meu pai perguntou sobre todo o dinheiro que eu guardava e eu não tinha oque dizer, então eu disse que comprei um video game novo e um celular e o restante gastei com besteira.

Quando descobriram sobre o apartamento, eu me dei muito mau, muito mesmo, mas jamais eu disse a eles que foi com a ajuda de Jheffter.

Em um momento de discussão, eu acabei gritando com a minha mãe pela primeira vez, dizendo que não era ela quem devia estar ali mais sim a minha mãe Sofia e que a vida foi injusta com ela. Eu me senti mau, vi a mágoa estampada nos olhos dela e na hora lágrimas desceram sobre o rosto dela.

Eu disse que eu estava aproveitando aquele momento para me estabelecer porque quando tudo acabasse seria como foi com o agressor, eu iria sofrer, iria ter que me virar sozinho e talvez eu não estivesse preparado.

Minha mãe e eu ficamos sem se falar por três meses, e foram os três meses mais difíceis da minha vida. Ela é tão amorosa e carinhosa. Passar por ela e não receber o seu abraço e ver o seu sorriso apenas por me ver chegar me doída o coração.

Minha mãe não ficou sem falar comigo porque ela não queria falar, ela simplesmente fez aquilo que pedi, me deixar em paz.

Sai da casa dos meus pais com 17 anos. Fui completamente ingrato, imaturo e irresponsável.

Meu pai disse que eu poderia sair para morar sozinho somente quando eu começasse a trabalhar e não abandonasse os estudos, incluindo a faculdade. Comecei a trabalhar na empresa, inicie a faculdade e me mudei para o meu apartamento.

Eu senti falta da minha mãe Laura, muita falta dela a ponto de chorar sozinho ao vê a minha primeira foto com ela.

Quando fui até a casa dos meus pais, no dia do aniversário da Alice, minha mãe deu um meio sorriso ao me vê e na hora os meus olhos encheram de lágrimas e a única coisa que eu fiz foi correr e dá um enorme abração apertado nela, por isso eu disse que as vezes tem alguém esperando por um sorriso seu para se aproximar de você. Eu esperei.

Eu joguei sobre ela uma culpa que nunca foi dela. Eu fiz ela se sentir uma merda de pessoa.

Chorando muito ela me pedia perdão e aquilo machucava ainda mais o meu coração. Pelo oque ela me pedia perdão?

Gustavo me contou a história de vida da minha própria mãe. Ouvindo a Liz e o Luigi conversarem sobre como a minha mãe estava e ouvir eles dizendo que ela também merecia ser feliz porque a vida também não foi justamente com ela, Gustavo perguntou sobre a minha mãe e eles contaram. Depois de descobrir aonde era o meu apartamento, Gustavo foi lá e me contou tudo.

Mesmo sendo tão ferida, a minha mãe só tem amor para nos dá e saber que eu causei dor nela me fazia me sentir ainda mais um merda.

Hoje, eu tento recomeçar, mesmo morando sozinho passo todos os finais de semana com os meus pais e com os meus irmãos, me dedico mais a minha família e tento ao máximo recompensar a eles tudo o que eles fizeram por mim.

Eu sou o Ethan, de vinte e dois anos e que está tentando recomeçar pela milésima vez e hoje é mais um dia.

Ethan

Chris: Eu estou tão orgulho de você. — meu pai me abraça.

Ethan: Deu certo!

Chris: Deus muito certo. Eu sabia que você mandaria bem.

Estamos em mais um lançamento, onde esse foi 100% desenvolvido por mim, mesmo todos da mesa sendo contra.

Fico olhando por todo o canto, procurando quem eu realmente queria encontrar, mas não encontro.

Alice: Ela não vem.

Viro para trás e vejo Alice saindo andando, mas seguro no seu braço e me aproximo dela.

Ethan: Por que ela não vem?

Alice: A Paty disse que você convidou ela para ser a sua acompanhante da noite.

Ethan: Acompanhante da noite?

Gustavo vem na nossa direção e já me parabeniza pelo sucesso do lançamento.

Gustavo: Você já não aguenta mais estar aqui né?

faço que não.

Ethan: Odeio ser o centro da atenção.

Coloco a minha taça, que eu usei apenas para brindar, sobre uma mesa e meu pai vem logo na minha direção.

Ethan: Já podemos encerrar?

Chris: Vamos falar com aqueles empresários e nos despedir deles, assim já percebem que estamos encerrando.

Assim fazemos.

Clara: Estamos tão orgulhosos de você. — dou um beijo na cabeça dela.

Ethan: Mesmo todos dizendo que não daria certo, a senhora foi a única que me disse para eu me arriscar mesmo assim. Obrigada.

Clara: Vai ir daqui lá para casa?

Assim que eu iria responder, paraliso o meu olhar na porta, a pessoa que eu estava esperando a noite inteira aparece, mesmo já tendo acabado a festa.

Ethan: Hoje não. Tenho um assunto para resolver. Amanhã estou lá para tomar café com vocês.

Dou um beijo na minha mãe e Me despeço deles.

A pessoa que eu queria ver, vai até os pais dela, conversa alguma coisa com eles e depois vem até a mim.

Jhulie: Parabéns.

Não repondo.

Jhulie: Acompanhei pelo Instagram da empresa.

Ethan: Poderia ter vindo.

Jhulie: Eu estou aqui.

Passo a mão no braço dela e digo:

Ethan: Eu te esperei a noite toda.

Jhulie: A Patrícia não veio?

Ethan: Essa comemoração foi só para os mais íntimos. — ela sorrir.

O salão da empresa vai esvaziando, eu vou cumprimentando mais algumas pessoas, até que fica apenas nós dois lá.

Jhulie: Fui a última a chegar e estou sendo a última a ir embora...

Ela se serve com um pouco de bebida, porém eu tiro da sua mão.

Jhulie: Eu já tenho vinte anos, ok? Eu posso beber.

Ethan: É, eu sei.

Ficamos nós encarando em silêncio.

Ethan: Você realmente vai ir para santa Monica amanhã?

Ela faz que sim e desencosta do balcão.

Jhulie: E por falar nisso, preciso ir, não arrumei a minha mala ainda. Vim aqui só para prestigiar você.

Ela me dá um beijo na bochecha e antes que ela saia, eu digo que irei levá-la para casa.

Seguimos todo o percurso em silêncio, interrompendo esse silêncio apenas quando chegamos na porta da casa dela.

Jhulie: Obrigada. — ela tira o cinto de segurança.

Ela sai do carro e logo em seguida eu saio também.

Ethan: Jhulie... Jhuli...

Ela olha para trás.

Ethan: Você não vai ficar a faculdade toda lá, vai?

Jhulie: Não sei oque lá tem a me oferecer. A princípio, ficarei apenas as férias. Quero conhecer Santa Monica, conhece novas pessoas, se eu gostar... talvez sim.

Desencosto do carro e me aproximo dela.

Jhulie: Ethan...

Ethan: Jhulie...

Jhulie: Você sabe que...

Ethan: É, eu sei.

Jhulie: Então se afasta...

Seguro nos dois braços dela e encosto a minha testa na dela.

Jhulie: Não faça oque você pode se arrepender depois.

Olho para a boca dela se movendo e deixo a minha meia aberta.

Jhulie: Ethan...

Ethan: Você está tão linda, tão cheirosa.

Jhulie: Não faz isso... — a respiração dela fica forte.

Ethan: Então sai, eu não consigo. A sua boca...

Jhulie: Depois vai dizer que foi insignificante como a primeira vez.

Beijo ela.

Viro ela, encostando a sua costas no carro, aliso o rosto dela e não paro de beija-la. Um beijo intenso, sem nenhuma vontade de parar.

As minhas mãos passeam apenas por lugares permitidos, como nos cabelos, pescoço, braço, cintura, rosto e barriga.

Com o farol do carro que acaba de estacionar atrás do meu, vindo no nosso rosto, interrompemos o beijo, finalizando com vários velhinhos seguidos.

Jhulie: Para... É o meu pai.

Olho para trás e vejo que ele ainda não saiu do carro, então selo os meus lábios ao dela outra vez, dessa vez sugando bem, afim de que o gosto da boca dela fique na minha.

Felipe e a Any, saem do carro, já vindo na nossa direção.

Jhulie me empurra um pouco para trás, para que eu me afaste dela.

Felipe: E aí?

Aperto a mão dele, dou um abraço na Any.

Jhulie: Como a vovó está?

Felipe: Está melhor. Estava com febre devido a garganta inflamada. Não demore a entrar, viu?

Jhulie: Estou indo agora...

Faço que não para ela.

Felipe: Perdemos alguma coisa?

Ethan: Só o beijo que eu acabei de dar nela...

Jhulie: Ethan!

Ethan: Provavelmente o farol impediu que vocês vissem.

Felipe: Sempre foi assim, rápido e direto. Desculpe ter saído sem se despedir de você, Mia havia me ligado, falando que a minha mãe estava com febre.

Ethan: Jhulie falou comigo. Podem indo, ela já entra.

Assim que eles viram as costas, Jhulie começa a me bater, porém, eu seguro no braço dela outra vez e começo a beija-la de novo.

Ethan: Não acredito que você vai viajar sozinha.

Jhulie: A amiguinha da sua irmãzinha cresceu.

Ethan: Não precisa me lembrar disso. — solto o braço dela.

Jhulie: Que eu cresci?

Ethan: Que você é a amiguinha de infância da minha irmã.

Jhulie: Ah, me desculpe, eu esqueci que isso sempre foi um problema para você.

Ela ameça a sair, porém eu entro na frente dela.

Ethan: Eu estou aqui, Jhulie.

Jhulie: Até você lembrar que sou a melhor amiga da sua irmã, a menina que você implicava quando éramos crianças.

Ethan: Eu só disse isso uma vez.

Jhulie: Que foi logo depois do nosso primeiro beijo. Do meu primeiro beijo. Preciso ir, ainda vou fazer as malas.

Tento segurar ela ali outra vez, porém ela sinaliza que quer sair então dou espaço a ela.

Jhulie

É complicado, quando você nutre sentimentos por uma pessoa que você não sabe de fato oque ela quer.

Eu gosto do Ethan, gosto muito do Ethan e achava que ele gostava de mim durante boa parte da minha adolescência.

Nas férias de verão, quando demos uma festa na casa de praia, rolou o jogo da garrafa e parou entre mim e ele, não foi um beijo qualquer, não foi um beijo de jogo eu sentia isso. Foi o meu primeiro beijo. O meu primeiro beijo foi com o garoto que eu sempre gostei.

Ainda no jogo da garrafa, quando parou entre eu e um amigo de Ethan, o amigo dele olhou para ele é tudo oque ele disse foi:

— Vai enfrente!

Acabando o jogo, fui atrás do Ethan, ele sempre foi um menino de poucas palavras, observador e muito direto e eu gostava disso nele.

Assim que eu fui atrás dele, esse se agarrou com uma menina, gentilmente, chamei por ele e ele pediu licença a menina.

É sempre uma merda lembrar disso com detalhes.

Ethan: Jhulie?

Jhulie: Como você faz isso?

Ethan: Isso o que?

Jhulie: Você me deu aquele beijo e...

Ethan: Ah não! Você é a amiga da Alice, lembra? Foi insignificante. Não vai se apaixonar por mim depois disso, né? Foi apenas um beijo. As meninas sempre se apaixonam pelo irmão mais velho da melhor amiga?

Foi exatamente isso que ele disse. Foi insignificante.

Sempre quando eu dormia na casa da tia Laura que ele deixava eu e a Alice na escola, os meninos falavam gracinha e talvez seja isso, talvez ele tenha vergonha, afinal, eu sou a amiguinha da irmã dele.

Passo pela sala e vejo os meus pais sentados, vendo juntos alguma coisa no celular, então coloco um sorriso no rosto e vou até eles.

Felipe: Vamos ir tomar café lá no Christian amanhã.

Jhulie: Que ótimo, papai!

Felipe: Jhuli, sobre Santa Monica... Você juntou dinheiro insuficiente? Você sabe que...

Jhulie: Eu já disse que está tudo certo e que está tudo bem.

Any: Você não fala nada, não nos atualiza de nada. Você vai viajar sozinha pela primeira vez. O meu coração acelera só de pensar nisso.

Jhulie: Vamos fazer assim, eu prometo que se eu tiver precisando de dinheiro lá, eu ligo para vocês. Pode ser?

Felipe: Você não quer levar o cartão de crédito que o papai fez...

Jhulie: Aí, que horror. Sabe que eu nunca gostei disso. Minha mãe trabalhou muito cedo, trabalhou foi muito durante muitos anos da vida dela. Sem querer ser ingrata, mas eu prefiro trabalhar.

Felipe: Mas, você já paga a sua faculdade com o seu salário...

Any: O que nem isso você nos deixa fazer. Não deve sobrar nada do seu pagamento.

Jhulie: Mas vocês me dão mesada mesmo assim. Tá tudo certo, eu juro. Só confiem em mim.

Sento no meio deles e abraço eles.

Não sei dizer ao certo se foi devido a minha infância, mas eu sempre fui relutante a pedir qualquer coisa aos meus pais, sempre fui de pedir o mais necessário possível e de resto, tudo oque eu queria, juntava da minha mesada para comprar oque era bobeira.

Quando eu completei dezesseis anos, conheci uma universidade em Santa Monica, desde então sempre foi o meu sonho ir para lá, estudar lá, passar um período das minhas férias lá, ser pedida em namoro naquela roda gigante... (suspiro só de lembrar).

Eu sabia que eu nunca iria ter coragem de pedir aos meus pais, estão passei a economizar ao máximo. Quase não saia nos finais de semana com a Alice, não comprava mais roupas, maquiagens, nada. Sempre fui guardado, e depois de um episódio desconfortável entre o Ethan e a família, eu já sentei com meus pais e disse que juntava dinheiro para um dia viajar para santa Monica.

Meu pai logo disse se eu queria ir no próximo final de semana, e sim, seria a realização de um sonho, mas não seria como eu imaginei.

Conheci uma amiga na faculdade, Agnes. Ela é bolsista e trabalha em uma cafeteria, a cafeteira ao lado da The standart, a maior balada do centro de Londres, e o local onde eu trabalho atualmente, nos finais de semana.

Criamos uma amizade muito legal, oque fez gerar um pequeno conflito entre eu e Alice, que cismou que eu estava me afastando dela, mas é que, em universidades iguais mais em cursos diferentes e eu trabalhando, fica difícil nos vermos como nós nos víamos antes.

Sobre o meu trabalho, como eu disse eu trabalho na The Standart, uma das maiores baladas de Londres, isso não pelo fato do Ethan ser um dos donos, mas sim por eles realmente mandarem bem. Diferente das outras baladas, a The Standart tem uma banda a The Band, onde leva todo o público a loucura com o guitarrista gato. É uma balada diferenciada, onde só pode entrar um público onde realmente estão lá para se divertirem. É proibido drogas no lugar, cigarro e o mais importante de todos, brigas em geral. A primeira briga que a pessoa formar no lugar, fica extremamente proibida a entrada dela.

Quando eu conheci a Agnes, ela estava sofrendo alguns preconceito na nossa turma, de gente sem noção e principalmente educação. Foi quando no banheiro ela disse no telefone com alguém que ela odiava esses riquinhos. Conversei com ela e agi como se eu também fosse uma pessoa 'normal' ali. É claro que pouco tempo depois ela soube que eu era melhor amiga da Alice Mharvyn e filha do advogado do Luigi. Ela disse que eu era diferente dos outros, então continuamos sendo amigas. Quando eu queria vê-la, sempre passava na cafeteria e ficávamos horas conversando lá. Eu achei legal ela ser nova e correr atrás do dela, foi então que eu disse que também queria trabalhar. Ela me contou que ao lado estavam contratando e por Ethan ser um dos donos, eu jamais iria ir lá, mas acabei indo após muita insistência dela.

Fiz a entrevista junto com o Arthur e o Gustavo, obviamente, Gustavo não me queria lá de jeito nenhum, ele sabia que Ethan mataria ele, mas eu insisti tanto que ele disse que seria apenas aos finais de semana, que era o dia em que o Ethan não ia lá por estar com a família.

É claro que isso não deu certo, na outra semana ele descobriu e me despediu, mas eu briguei com ele e com o Gustavo. Fiquei sem falar com eles durante um tempo e ele me contratou de novo.

Eu queria mesmo era ser contratada para cantar com a The Band, mas isso ficou literalmente fora de cogitação. Quando eu toco nesse assunto, ele mesmo quem começa uma discussão, então desisti.

E agora, após uns anos vou atrás daquilo que eu quero e oque me deixa mais feliz é saber que foi com o meu esforço.

Eu sou a Jhulie, tenho 20 anos, sou apaixonada por música e sofro com romance.

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