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Destinos Cruzados: as Armadilhas do Amor

Capítulo 1

Franciele LeBlanc…

Olá, sou Francielle LeBlanc, tenho 23 anos, solteira, poliglota e formada em direito. Sou brasileira, mas cresci em Miami. Lugar que adoro, com um clima agradável, cultura diversificada. A cidade é um verdadeiro caldeirão cultural, com uma mistura rica de influências latino-americanas, caribenhas e norte-americanas. Isso se reflete na comida, festivais, arte e música, tornando a vida em Miami vibrante e cheia de experiências únicas, praias lindas, vida noturna agitada, oportunidades de trabalho, educação de qualidade, culinária variada e é um ambiente multicultural. Viver em um lugar com pessoas de diferentes nacionalidades e culturas enriquece a experiência diária e promove uma maior compreensão global.

Tenho 1,72 de altura, olhos verdes azulados, cabelos loiros com mechas mais claras onduladas na altura da minha cintura com movimento natural. Magra, de cintura definida, com busto e quadris aproximadamente do mesmo tamanho, com curvas acentuadas e abdômen trincado. Sempre cuidei do meu corpo, gosto de me exercitar, pois me faz sentir bem comigo mesmo.

Sou uma mulher determinada, comunicativa, analítica, crítica, organizada, resiliente e tenho empatia, entendo as emoções e necessidades dos outros.

Sempre me esforcei muito para ser advogada. Um sonho que compartilhava com o meu pai e meu melhor amigo. Fui uma das mais jovens a se formar em advocacia com um QI bem alto. Sempre amei ler, me dedicar aos estudos e ser a melhor da sala de aula. Enquanto outras crianças brincavam de boneca, eu estava na biblioteca lendo livros.

Sou o oposto da minha irmã gêmea Gisele, a qual é uma pessoa egocêntrica, falando sempre de si própria, de suas conquistas, aparência e status como se isso fosse o que mais importa na vida. Ela passa horas se importando e investindo em sua aparência, últimas tendências da moda, sem se importar com os outros à sua volta. No último ano, suas conversas são apenas voltadas para os seus planos de casamento glamoroso com Luidi, sempre dando ênfase em como esse evento poderá significar na sociedade, em seu status e imagem pessoal. Não acredito que esteja se casando por amor, para mim parece mais algo de convivência ou uma forma de alcançar uma conexão profunda.

Não compreendo em que momento do caminho deixamos a nossa amizade e irmandade se acabar. Éramos melhores amigas, de repente tudo ficou estranho, ela se fechou e passou a ser essa pessoa superficial e egocêntrica. Nesse período, teve uma aproximação maior com a nossa mãe, a qual faz todos os seus gostos e insistiu muito para que esse casamento acontecesse.

Vou contar um pouco da nossa história para vocês, eu e Gisele, nascemos no Brasil, mas fomos adotados por Elias e Cassandra. Nosso pai é brasileiro e a nossa mãe italiana. Quando se casaram, descobriram que ela não poderia ter filhos, então eles nos adotaram. Eles não explicam ao certo como tudo aconteceu, mas uma vez a minha mãe deixou escapar que fomos vendidas pela nossa mãe biológica.

Gisele é revoltada com toda essa história, já eu, queria muito conhecer as minhas origens, saber o que realmente aconteceu, o que levou a nossa mãe a fazer o que fez. No entanto, minha mãe não suporta falar disso e toda vez que toco no assunto, faz o mair drama e Gisele fica do seu lado.

Nossos pais são incríveis, mas sou mais apegada ao meu pai, que sempre me apoia em tudo, ao contrário da nossa mãe, que parece querer estar no controle de nossas vidas.

Meu pai, seu Elias, é um homem charmoso, bonito, simpático, carinhoso e o melhor pai do mundo. Ele é empresário, dono de uma das maiores empresas de veículos automotores do país. Meu pai fala mais abertamente sobre a adoção, ao contrário da nossa mãe. Cassandra é uma mulher carinhosa, bonita, mas arrogante e perfeccionista. Ela é dona de uma famosa agência de modelos, herdada pelos seus pais.

Solteira, mas já tive alguns namorados, nunca fui para cama com nenhum. Minha mãe briga comigo, dizendo que tenho que me respeitar, me valorizar, por acreditar que já dei a minha xarolaine para qualquer um. No entanto, ainda sou virgem e estou à procura de alguém para amar e ser amada. Só irei me entregar para o homem que fizer o meu coração errar as batidas. Acredito que quando a pessoa certa chegar, haverá sinais.

Meu último namorado foi arranjado pela minha mãe, no início ele era legal, gentil, carinhoso, mas depois foi se tornando pegajoso e ciumento. Quando terminei com ele, ele se revelou, além de me agredir fisicamente, ficou por meses me perseguindo. Fiz a denúncia, mas não o encontraram, deve ter ido para outro país se esconder.

Após esse fato, me fechei para relacionamentos, continuo traumatizada e foquei apenas no meu trabalho.

Acordei, fiz a minha higiene pessoal, me troquei e desci para tomar café da manhã.

Meus pais e Gisele aguardavam na sala de estar, deixo um beijo na testa de cada um deles e me sento numa das cadeiras, ao lado de Gisele.

Nem começou o dia direito e já está falando do seu casamento e do novo buffet que contratou. Reviro os olhos e começo a tomar o meu café…

Como sempre, a minha mãe expõe as suas ideias e ela aceita todas, como se não tivesse opinião própria.

— Por que não faz do seu jeito, Gi? Não é porque a mamãe achou simples demais que tem que fazer os gostos dela! O casamento é seu e do Luigi…

— Longe de mim, querer intrometer, só estou querendo ajudar! — diz mamãe.

— Nós sabemos, mãe e eu gostei da sua ideia! — afirma Gisele.

Reviro os olhos e continuo tomando o meu café.

— Ansiosa para a sua audiência de hoje, filha? — pergunta papai.

— Muito! Passei a noite toda estudando e repassando o caso!

— Novidade! — diz Gisele com ironia. — A única coisa que sabe fazer é ficar com a cara enterrada nesses casos e nesses livros…

— Melhor do que ser uma pessoa superficial e sem opinião própria!

— Gisele tem razão, Fran… devia sair um pouco mais e se divertir! Como planeja encontrar um marido rico e importante, se fica presa no trabalho?

— Pelo que sei, o papai não era rico quando se conheceram!

— Mas ele tinha potencial! — diz mamãe pousando a mão sobre a dele.

Uma coisa de que tenho certeza é do amor que nossa mãe sente por ele, chega a idolatrá-lo.

— Por favor, vamos parar! — repreende papai. — Franciele tem todo o direito de viver da maneira que quiser, assim como você, Gisele! E por favor, Cassandra, respeite as escolhas e opiniões das nossas filhas!

Terminamos o café em silêncio.

Me despeço deles e sigo para o fórum.

Capítulo 2

Franciele…

Cheguei ao tribunal e, no corredor, me encontro com a esposa e irmão do meu cliente. Cumprimenta-os e nos dirigimos à sala de audiência e nos posicionamos em nossos respectivos lugares.

O tribunal está cheio, o juiz, um homem de olhar firme, entra e senta-se em sua cadeira. Do outro lado, está o advogado de acusação, coincidentemente meu ex-namorado. Ele sempre foi o preferido da minha mãe, porém, somos muito diferentes. O mesmo sempre gostou de defender bandidos da pesada, um advogado criminalista de merda, um advogado porta de cadeia. Ele apresenta suas evidências com confiança, com aquele olhar arrogante. 

A esposa da vítima me procurou para ser a advogada de acusação, oferecendo uma fortuna. Obviamente, me recusei, por acreditar na inocência do meu cliente. 

No banco dos réus, está José, um homem simples de aparência sofrida com um semblante angustiado. A todo momento, olha para a sua esposa com tristeza, pareci pedir perdão com o olhar por estarem passando por isso. Estava sentada ao lado do homem com um olhar confiante, deixando transparecer a minha determinação e persuasão. 

O juiz Dr. Leonardo bateu o martelo, pedindo ordem no tribunal. 

— Estamos aqui reunidos para o julgamento do réu José Silva, acusado de assassinato em primeiro grau! A acusação tem a palavra!

O advogado de acusação se levanta e caminha em direção ao júri.

— Senhores jurados, as provas apresentadas mostram claramente que José Silva estava no local do crime na noite em que a vítima foi assassinada. Testemunhas o viram entrar e sair do condomínio e há impressões digitais dele na cena do crime. 

Ele faz uma pausa dramática e reviro os olhos, sempre foi um péssimo ator.

— É inegável que ele é culpado! — afirma.

Observo atentamente, sabendo que as evidências não contam toda a real história.

Levantando-me após a acusação, o juiz permite que eu me manifeste.

— Excelência, senhores jurados, eu peço que considerem com atenção as palavras da acusação! É verdade que meu cliente estava no local, mas isso não significa que ele seja culpado.

Virei para o juiz.

— Com a permissão do tribunal, gostaria de apresentar minha primeira prova!

— Permissão concedida! — diz o juiz com seu olhar sério. 

Coloquei um vídeo na tela do tribunal. A imagem mostra José em um restaurante com amigos e sua família na mesma noite do crime.

— Este vídeo demonstra que meu cliente estava longe da cena do crime durante o horário em que a vítima foi assassinada. As testemunhas que o viram saindo do condomínio confundiram-no com outra pessoa!

O júri observa atentamente enquanto prossigo:

— Além disso, temos uma gravação da conversa entre José e sua filha naquela noite. Ele estava preocupado com sua filha mais velha, que ainda não havia chegado da faculdade! Em todas as ligações do aparelho celular dele, nenhuma menciona estar envolvido em qualquer atividade ilegal! 

Dou um passo à frente e apelo para as emoções dos jurados.

— Senhores jurados, imaginem estar no lugar de José! Um homem inocente sendo acusado de algo terrível. Ele não só perdeu sua liberdade como também sua reputação. A verdade aqui deve prevalecer!

O advogado de acusação tenta interromper.

— Isso é irrelevante! 

— Silêncio na corte! — exclama o juiz. — Prossiga! — diz fazendo sinal para eu continuar. 

— Obrigada, Excelência! Agora, gostaria de chamar a atenção para as evidências forenses apresentadas pela acusação. — digo, me dirigindo ao júri novamente. — A análise das impressões digitais foi feita sem o devido rigor científico. Não há como garantir que essas impressões pertencem exclusivamente a José!

Apresento uma pasta com documentos com uma nova prova.

— Aqui estão os laudos periciais que comprovam falhas nos procedimentos seguidos pela polícia durante a coleta das evidências. Isso é uma violação dos direitos do meu cliente! Ainda tenho aqui o horário exato em que o meu cliente chegou à propriedade e encontro o corpo, já sem vida!

O júri murmura entre si enquanto finalizo a minha argumentação.

— Em resumo, senhores jurados, não há provas concretas que liguem José ao crime. Há apenas suposições e erros cometidos pela investigação. Peço que considerem os fatos e deixem a verdade brilhar através da escuridão da dúvida!

Retorno ao meu lugar ao lado do meu cliente, que me observa com admiração e esperança.

— O júri se retirará para deliberar!

Um tenso silêncio se instala no tribunal, enquanto todos aguardam a decisão do júri sobre a inocência ou culpa de José.

Me retiro por breves minutos para realizar uma ligação importante e resolver algo pendente em meu escritório.

Volto e o tribunal está em silêncio, a tensão no ar é palpável. 

O júri retorna e senta-se, o juiz observa cada um deles antes de falar.

— O tribunal agora ouvirá o veredicto do júri. Senhoras e senhores jurados, vocês chegaram a uma decisão? — pergunta o juiz.

— Sim, Excelência, chegamos! Após todas as evidências e provas da defesa… Nós, o júri, declaramos o réu José Silva… inocente das acusações de assassinato!

Um misto de alívio e alegria toma conta da sala. As lágrimas de felicidade enchem os olhos do homem. José, que estava tenso até aquele momento, soltou um suspiro profundo e seu rosto se iluminou, mas o choro vem e chora como uma criança agradecendo simultaneamente. 

— Eu não consigo acreditar… obrigado, doutora… muito obrigado! — diz humildemente.

— Só fiz o meu trabalho! Eu sempre acreditei em você. A verdade prevaleceu!

— Obrigado por não desistir de mim! Eu não sei como te agradecer…

— Não precisa me agradecer. Apenas viva sua vida agora. Isso é tudo que eu quero! Faça a sua família feliz, cuide e ame eles!

As pessoas na sala começam a aplaudir, e os amigos e familiares de José se levantam, celebrando a vitória do homem.

Observo os rostos felizes ao meu redor e sinto uma onda de emoção e de dever cumprido aquecendo o meu coração.

A mulher do homem se aproxima e me abraça emocionada. 

… É por momentos como este que faço o que faço!…

O juiz bate o martelo novamente para restaurar a ordem na sala.

— Ordem! Este tribunal está encerrado!

Enquanto todos começam a sair do tribunal, permanecemos ali por um momento.

— Agora posso recomeçar minha vida. Não sei o que seria de mim se não fosse a senhorita e a sua bondade!

— Você é forte, José! Lembre-se disso sempre. A luta pode ser difícil, mas você saiu vencedor hoje! Tem o meu cartão, caso precise de emprego!

Ele concordou com a cabeça. 

Saímos juntos do tribunal, rodeados pela felicidade de seus amigos e familiares, prontos para enfrentar um novo capítulo na vida de José.

Saímos para a luz do dia, cheios de esperança e gratidão pelo resultado do julgamento. Guardar cada cena dessas vitórias em minha mente, é gratificante. 

Capítulo 3

Francielle…

Não sei explicar, mas quando vi José e sua esposa abraçando seus tres filhos, todo feliz, senti uma tristeza. Não por eles, mas por minha família, nos últimos tempos estamos cada vez mais afastados, principalmente eu e Gisele.

Eramos tão unidas!

É estranho, depois que nos unimos, até mesmo a nossa ligação de gêmeas pareceu se romper!

Eu até tentei me incluir em sua vida, mas suas atitudes mesquinhas e egoístas me tiram do sério. Sem contar que seu único assunto é sobre o anel de brilhantes e presentes caros que Luidi lhe deu, outrora sobre esse casamento que não consigo encontrar sentido.

Decido cancelar toda a minha agenda do dia e ir para casa.

Chego na enorme mansão e a governanta me recebe educadamente.

— Mas já em casa minha filha?

— Sim, bá! Cancelei a minha agenda, estou precisando ficar em casa!

— Vou mandar preparar aquele chocolate quente e os biscoitinhos que adora!

— Obrigada, bá! — digo, me aproximando e a abraço. — Por isso que eu te amo! Me conhece tão bem e sabe tudo o que preciso, no momento em que eu preciso!

Dona Gláucia foi a nossa babá e agora é a governanta da casa, cuida de tudo por aqui. Ela conhece cada um de nós, mas do que a nossa mãe, que só se dedica ao trabalho.

Não que eu esteja desmerecendo a sua profissão, mas acho estranho que numa agência tenha a imensa quantidade de trabalho que ela diz ter.

Deixo um beijo no rosto da bá e subo para o meu quarto. Tomei um banho, coloquei o meu pijama favorito, uma calça larga e croped, pantufa e desci para tomar meu leite e comer os biscoitos deliciosos das cozinheiras.

Fiz a refeição, ouvindo as fofocas delas sobre os casos de amor dos funcionários, elas são hilárias e dou altas risadas.

— Então, amiga… os rumores são de que aqueles dois seguranças gostosos que ficam na guarita de que são um casal! — diz uma delas.

— To passada, amiga! — diz a outra com semblante de espanto.

— Não é, imagina eu que dei uns pegas nele!

— Séri? — pergunto curiosa. — Mas não percebeu nada, na hora H!

— Não, menina, ele é bruto na cama, mas deve ser o homem da relação, né!

A fofoca estava boa, até a bá entrar na cozinha fazendo cada uma voltar para o trabalho e eu fiquei curiosa, para mais detalhes.

Subia para o meu quarto, quando me deu uma louca vontade de ver as fotos da nossa infância, então me viro e pergunto.

— Bá, onde estão os álbuns da nossa infância e adolescência? Será que a mamãe guardou no quarto dela?

— A última vez que vi, estava no closet dela!

— Obrigada!

Subo as escadas e entro no quarto dos meus pais e vou até o closet.

Encontro alguns dos nossos álbuns, estava na última prateleira, quando mexo uma caixa de joias cai no chão.

… Que estranho! A mamãe é sempre muito organizada, por qual motivo essa caixa está aqui?...

Coloco os álbuns no chão e pego a caixinha, abro lentamente e nesse momento meu coração dispara…

Sorrio em meio a emoção de ver duas lindas pulseirinhas de ouro.

Pego a que tem a inicial do meu nome e admiro a delicadeza e cuidado, até que vejo algo grafado atrás do pingente, a letra é bem pequena, mas dá para ler.

Para sempre, minhas trigêmeas: Francielle, Gisele e Tatiane…

Meu coração erra as batidas.

— Trigêmeas… Tatiane?

Minha cabeça parece girar, meu coração disparar e minha respiração oscilar.

Ouço som de carro entrando na propriedade. Então me apresso em guardar os álbuns do jeitinho que estavam e saio do quarto levando comigo a caixinha com as pulseirinhas.

Entro no meu quarto e tranco a porta.

Abro novamente a caixa e meu coração bate em ritmo acelerado, não sei como explicar esse sentimento. Acaricio aquela joia com grande emoção e sinto que não foram dadas pelos nossos pais adotivos.

E aí vem a pergunta que não quer calar! Se nossa mãe nos vendeu, de onde tirou dinheiro para mandar fazer essas pulseiras de ouro e com tanta delicadeza?

… Eu não sei o que pensar! Será que os nossos pais mentiram?…

Nego com a cabeça, não posso pensar mal das pessoas que nos criaram, que nos deram a possibilidade de ter uma família e que não faltou amor.

Deixo as pulseiras na caixa sobre a minha cama e ando de um lado para outro.

— Se temos outra irmã, onde ela pode estar?

Só de pensar que tenho outra irmã, faz uma emoção invadir o meu ser.

Fiquei um longo tempo em meu quarto, tentando digerir e entender o que pode ter acontecido.

Ligo para o meu pai e peço para vir almoçar em casa.

Tiro uma foto das pulseiras…

Sentei-me à mesa, cercada por alguns papéis, livros e fotos de lembranças da infância. Segurei as duas pulseirinhas de bebê em minhas mãos, observando-as com um misto de nostalgia, confusão e curiosidade. As pulseirinhas, de ouro, têm detalhes que demonstram o cuidado e amor de quem mandou confeccioná-las.

Com um olhar pensativo, abri meu notebook e comecei a digitar. A tela brilha enquanto pesquiso sobre as pulseirinhas, digitando palavras-chave que imediatamente me levam a uma série de imagens e informações. Rolei para baixo em várias páginas até que algo chama a minha atenção, a foto de uma pulseira idêntica às que estavam bem na minha frente.

Intrigada, clico na imagem e sou levada a um site dedicado a pessoas desaparecidas. A página contém uma história comovente, o relato do sequestro de suas irmãs gêmeas logo após o nascimento em um hospital do Rio de Janeiro. A garota, com o mesmo nome na pulseira, descreve que as pulseirinhas eram suas marcas de identificação, um símbolo do amor e felicidade pela vida ter lhe dado três joias preciosas.

Leio atentamente cada palavra, meu coração acelera à medida que a verdade se torna mais clara. A foto da pulseira no site é exatamente como a minha, um objeto único com os mesmos detalhes únicos. Começo a imaginar o que teria acontecido com a minha irmã e mãe, pensando na dor e na luta da mulher que nos deu a vida e naquela que escreveu aquele relato.

Sentia uma mistura de empatia e determinação, meu interior dizia precisar saber mais. Peguei a minha agenda e anotei as informações da história e me perguntava se havia alguma maneira de ajudar ou me conectar com elas e se tudo isso é verdade. O ambiente ao meu redor parece silenciar ainda mais enquanto reflito sobre o significado de tudo aquilo e de toda a mentira que nos foi contada durante toda a nossa vida.

Olhava fixamente para a tela do notebook, meu rosto iluminado pela luz suave do computador e meu semblante transmitia a minha determinação em descobrir mais sobre as minhas origens e a verdadeira história, que está ligada às pulseirinhas. A busca por respostas se transforma numa jornada emocional, cheia de esperança e coragem.

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