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Sombras da Máfia: Ela É Minha

Capítulo 1: A Noite da Virada

O salão principal do Hotel Imperial estava repleto de luzes cintilantes e vozes animadas que ecoavam em um tom elegante. O ambiente luxuoso parecia retirado de um conto de fadas moderno. Lustres de cristal pendiam do teto alto, enquanto a passarela de vidro reluzia sob o foco dos holofotes. Era a noite mais importante do ano para Lara Martins.

Como designer de moda, ela havia trabalhado meses sem descanso na sua nova coleção intitulada **"Essência"**, e o evento reunia os nomes mais influentes da indústria. Jornalistas, influenciadores, investidores e figuras de poder ocupavam seus assentos enquanto aguardavam o desfile.

Lara respirou fundo atrás das cortinas, as mãos segurando a prancheta com força. Seu coração batia acelerado, mas não era medo. Era antecipação. Sua assistente, Júlia, aproximou-se com um sorriso encorajador.

— Você vai arrasar, Lara. As peças estão perfeitas — disse Júlia, ajustando um dos vestidos que uma das modelos usaria.

Lara olhou em direção à passarela.

— Espero que sim, Júlia. Depois de tudo que passei, preciso que esta noite seja inesquecível.

— Vai ser, confia. Já viu quantos magnatas estão lá fora? Todo mundo quer ver o seu trabalho.

Lara sorriu, embora uma pequena tensão permanecesse em seus olhos. Ela precisava que a coleção fosse um sucesso. Não apenas por sua carreira, mas também para provar que sua criatividade e determinação eram maiores do que qualquer obstáculo que enfrentara no passado.

— Está na hora — anunciou o coordenador de palco.

Com um sinal, as luzes do salão começaram a diminuir e um murmúrio percorreu a plateia. Lara se afastou para observar de longe. A música suave começou a tocar, marcando o início do desfile.

A primeira modelo surgiu, usando um vestido preto longo, fluido, com aplicações em pedrarias que brilhavam como estrelas. O tecido se movia graciosamente com cada passo, arrancando suspiros e cochichos de admiração do público. A segunda e a terceira modelos seguiram, cada uma trazendo uma peça única que destacava a personalidade da coleção: elegância, força e ousadia.

Lara sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao ouvir o eco de aplausos suaves. Ela sabia que estava funcionando. Sua visão estava ganhando vida diante dos olhos atentos da elite presente.

Entre os convidados, um homem sentado na primeira fila chamou a atenção dela. Ele era difícil de ignorar. Alto, vestindo um terno preto impecável que parecia feito sob medida para destacar seus ombros largos, ele exalava poder e confiança. O rosto sério, com os olhos frios como gelo, não deixava espaço para sorrisos. Seus olhos, no entanto, seguiam cada modelo na passarela como se ele estivesse avaliando cada peça.

Lara franziu o cenho. **Quem é ele?** Não se lembrava de tê-lo visto em outros eventos de moda. Homens como ele não passavam despercebidos.

— Quem é aquele? — perguntou baixinho para Júlia, sem tirar os olhos dele.

Júlia seguiu o olhar de Lara e sorriu.

— Miguel Salvatore.

— Salvatore? — repetiu Lara, surpresa. — O empresário?

— Sim. Dizem que ele é o homem mais rico da cidade. Dono de várias empresas no setor imobiliário e financeiro. Mas nunca o vi em eventos assim.

— O que ele faz aqui? — murmurou Lara, mais para si mesma.

— Quem sabe ele veio especialmente para te ver — provocou Júlia, com um riso baixo.

Lara apenas balançou a cabeça, ignorando a brincadeira. Porém, o olhar firme e atento de Miguel Salvatore a deixou desconfortável, como se ele pudesse enxergar além do tecido das roupas e ver algo que ela mesma escondia.

O desfile seguiu seu curso, e as peças finais entraram na passarela sob uma salva de palmas calorosa. Quando a última modelo fez seu retorno, Lara soube que era sua vez. Ela ajustou o vestido simples que usava, respirou fundo e saiu de trás das cortinas.

O público aplaudiu enquanto ela caminhava pela passarela, cumprimentando os convidados com um leve sorriso no rosto. A luz dos holofotes a cegava parcialmente, mas ela conseguia ver rostos importantes observando-a com interesse.

Então, seus olhos cruzaram novamente com os de Miguel Salvatore. O olhar dele era intenso, quase dominador, e fez com que seu coração falhasse uma batida. Lara desviou o olhar rapidamente, mas sentiu o peso daquele momento. Algo sobre aquele homem era perturbador.

Ao chegar ao final da passarela, ela fez uma leve reverência e retornou. O som das palmas ecoava em seus ouvidos, mas dentro dela, uma inquietação permanecia.

Após o desfile, o coquetel foi servido no salão anexo. Convidados se aproximavam de Lara para elogiá-la e tecer comentários sobre a coleção.

— Sua visão é impressionante, Lara. Tenho certeza de que vamos ouvir muito sobre você — disse uma crítica de moda renomada.

— Obrigada, isso significa muito para mim — respondeu Lara, sorrindo educadamente.

Ela continuou conversando com investidores e jornalistas, mas seus olhos procuravam, mesmo contra sua vontade, por Miguel Salvatore. **Por que ele está me afetando assim?** Ela nem o conhecia, mas sua presença parecia absorver todo o ar do ambiente.

Foi então que ele apareceu. Miguel se aproximou calmamente, segurando uma taça de champanhe, o olhar fixo nela. Lara se virou lentamente, sentindo como se o tempo parasse ao seu redor.

— Lara Martins? — A voz dele era grave, envolvente, como um sussurro carregado de poder.

Ela forçou um sorriso profissional.

— Sim, sou eu. Obrigada por prestigiar meu desfile, senhor...

— Salvatore. Miguel Salvatore — completou ele, estendendo a mão.

Lara hesitou por uma fração de segundo antes de apertá-la. A mão dele era firme, quente e enviou uma onda de eletricidade por sua pele.

— Fico feliz que tenha gostado do desfile — disse Lara, tentando soar natural.

— Mais do que gostei — respondeu ele, os olhos azuis perfurando os dela. — Sua coleção é magnífica, mas é você quem realmente me surpreendeu esta noite.

Lara sentiu as bochechas corarem, algo raro. Sua postura profissional vacilou por um momento.

— Obrigada, senhor Salvatore. É um grande elogio vindo do senhor.

— Miguel — corrigiu ele, com um pequeno sorriso nos lábios.

O coração dela disparou. Havia algo em Miguel Salvatore que a deixava à beira do desconhecido. Uma promessa de perigo e fascínio misturados.

Antes que pudesse responder, ele deu um passo para mais perto e disse em um tom baixo:

— Estou ansioso para saber mais sobre você, Lara.

Lara prendeu a respiração, sem palavras, enquanto Miguel Salvatore se afastava suavemente, deixando-a parada ali, perdida em um misto de confusão e curiosidade.

Capítulo 2: Olhos de Predador

O salão estava ainda mais vibrante após o desfile, mas Miguel Salvatore não se misturava com os demais. Ele ocupava um canto reservado, onde sua presença parecia criar uma bolha de silêncio e respeito. Seu terno impecável contrastava com o ambiente festivo, e sua expressão séria afastava qualquer tentativa de aproximação. O copo de whisky repousava em sua mão, intacto, enquanto seus olhos frios acompanhavam os movimentos de Lara Martins.

Ela estava no centro do salão, sorrindo para os convidados, sendo cumprimentada e elogiada por todos. Miguel a observava com interesse, mas também com aquela intensidade quase predatória que o acompanhava. Não era comum ele aparecer em eventos sociais como aquele, muito menos em um desfile de moda. Miguel desprezava o mundo superficial das aparências, mas algo naquela mulher havia capturado sua atenção.

— Senhor Salvatore, os contratos foram encaminhados — murmurou Antônio, seu braço direito, ao se aproximar discretamente. — O senhor deseja sair agora?

Miguel não desviou os olhos de Lara.

— Não ainda. — Sua voz foi firme, quase mecânica. — Quero conhecê-la.

Antônio arqueou a sobrancelha, surpreendido.

— A estilista?

— Sim. — Miguel inclinou levemente o copo, o líquido âmbar dançando sob a luz dourada. — Ela tem algo... diferente. Quero saber quem é Lara Martins.

Antônio não fez perguntas, apenas assentiu. Trabalhar para Miguel Salvatore significava não questionar. Ele era um homem reservado, mas cada decisão dele tinha um motivo. E Lara Martins, aparentemente, havia se tornado um deles.

Lara sentia os olhos de Miguel Salvatore queimarem em sua pele, mesmo a metros de distância. Ela tentava manter o sorriso enquanto conversava com jornalistas e investidores, mas a presença dele a incomodava. Havia algo naquele homem... Um mistério que a puxava, como se ele fosse um ímã e ela não pudesse escapar.

Quando finalmente se viu sozinha, respirou fundo, aproveitando o momento para recuperar o fôlego. Pegou uma taça de champanhe de uma bandeja e levou aos lábios, sentindo o sabor doce se espalhar.

— Um brinde ao sucesso? — A voz grave soou próxima.

Lara se virou rapidamente, quase derramando a bebida. Miguel estava parado diante dela, alto, imponente, com aquele olhar penetrante que parecia atravessá-la.

— Senhor Salvatore — disse ela, recompondo-se. — Não esperava vê-lo novamente tão cedo.

Miguel sorriu de canto, um sorriso que não alcançava seus olhos.

— Sou um homem curioso, senhorita Martins. Principalmente quando algo chama minha atenção.

Lara ergueu as sobrancelhas, tentando manter a postura firme.

— Fico lisonjeada. Mas não imaginava que desfiles de moda fossem do seu interesse.

— Não são. — Miguel deu um passo mais perto, encurtando a distância entre eles. — Mas esta noite foi uma exceção.

Lara engoliu em seco. Ele era direto, sem rodeios, o que a deixava ainda mais desconfortável.

— Espero que tenha apreciado a coleção, então — respondeu ela, tentando soar casual.

— A coleção é magnífica, senhorita Martins. Mas foi você quem realmente me surpreendeu.

Ela sentiu o coração bater mais rápido. As palavras dele tinham um peso diferente, como se escondessem mais do que diziam.

— Eu... não sei o que dizer.

— Não precisa dizer nada. — Miguel inclinou ligeiramente a cabeça, os olhos fixos nos dela. — Apenas me responda: quem é Lara Martins?

Lara ficou momentaneamente sem palavras. O que ele queria dizer com aquilo?

— Sou uma designer de moda, como o senhor bem sabe.

Miguel sorriu de forma enigmática.

— Isso é o que todos veem. Mas eu sei que há muito mais. Sua presença... sua força... — Ele a olhou mais profundamente, como se estivesse tentando decifrá-la. — Você não é como as outras.

— Não entendo o que quer dizer — retrucou Lara, agora cruzando os braços.

— Não precisa entender. Ainda. — A voz dele era baixa, quase um sussurro, mas carregada de intenção.

Ela respirou fundo, sentindo uma mistura de irritação e curiosidade. Quem ele pensava que era para falar com ela daquele jeito?

— Senhor Salvatore, foi um prazer tê-lo no meu evento, mas... — Ela fez uma pausa proposital. — Não vejo o que mais podemos conversar.

Miguel inclinou-se levemente, aproximando-se apenas o suficiente para que ela sentisse seu perfume amadeirado e a intensidade de sua presença.

— Ainda vamos nos ver mais vezes, Lara. Tenho certeza disso.

Antes que ela pudesse responder, ele se afastou, caminhando com a mesma elegância e poder que exalava desde o início. As pessoas no salão abriam espaço à medida que ele passava, como se inconscientemente reconhecessem o homem que ele era.

Lara ficou parada, com os dedos apertando o caule da taça. Ela nunca havia conhecido alguém tão intimidador, tão... magnético. Um homem que podia comandar um salão inteiro com apenas um olhar.

— O que foi isso? — murmurou Júlia, aparecendo ao seu lado.

Lara piscou, voltando à realidade.

— Eu... não sei. — Ela girou a taça nos dedos. — Miguel Salvatore acabou de falar comigo.

Júlia arregalou os olhos.

— Ele o quê? Ele nunca fala com ninguém em eventos como este! Quer dizer, dizem que ele é quase um mito.

Lara olhou para onde Miguel havia desaparecido.

— Pois é. Agora ele resolveu falar comigo. E não sei se isso é bom ou ruim.

Júlia sorriu maliciosamente.

— Isso só pode ser bom, amiga. O homem mais rico da cidade está interessado em você. Já pensou?

Lara negou com a cabeça, revirando os olhos.

— Não seja ridícula, Júlia. Homens como ele não se interessam em pessoas como eu.

— E o que isso significa?

Lara encarou o vazio por um instante. Não sabia responder. Algo no jeito que Miguel a olhava, como se pudesse ver através dela, mexia com seus instintos. Aquele homem não era comum. E algo dizia que ele poderia ser um problema.

— Lara? — Júlia cutucou o ombro dela.

— O quê?

— Cuidado com esse olhar. Vai acabar pensando nele demais — brincou Júlia.

Lara suspirou.

— Não se preocupe. Não vou vê-lo novamente.

Mas, no fundo, algo em Lara sabia que aquilo não era verdade. Miguel Salvatore não parecia o tipo de homem que aceitava um "não" como resposta.

Do outro lado do salão, Miguel observava Lara mais uma vez, desta vez à distância. Os lábios dele se curvaram em um meio sorriso.

— Quero informações sobre ela até amanhã — ordenou a Antônio, sem desviar o olhar.

— Considere feito, senhor.

Miguel tomou um gole de seu whisky, os olhos ainda fixos nela.

**“Você não tem ideia, Lara Martins. Mas você já é minha.”**

Capítulo 3: A Proposta de Negócios

Lara ajustou os óculos escuros no rosto enquanto caminhava apressada pela entrada do seu ateliê. O desfile tinha sido um sucesso, e a manhã seguinte trouxe uma enxurrada de ligações e e-mails. As encomendas haviam disparado, assim como as propostas de reuniões com investidores e lojas de renome. Tudo parecia estar finalmente se encaixando.

— Júlia, por favor, vê quem está na agenda hoje e me avisa se alguém importante estiver vindo. — Lara entrou no escritório, largando a bolsa sobre a mesa.

Júlia a seguiu, já com o tablet na mão.

— O telefone não parou desde cedo, Lara. Tem até alguns investidores internacionais interessados na coleção. Mas...

Lara ergueu a cabeça, notando a expressão de hesitação da assistente.

— Mas... o quê? — pressionou.

— Um homem agendou uma reunião hoje pela manhã. Aparentemente, ele é representante de um grupo de investimento. Insistiu que precisava falar com você pessoalmente. — Júlia coçou a nuca. — E ele pagou adiantado para garantir o horário.

— Pagou? — Lara franziu o cenho. — Que tipo de investidor faz isso?

Júlia deu de ombros.

— Um que está muito interessado, eu suponho.

Lara suspirou, abrindo o laptop.

— Ok, quem é ele?

— Ele se chama Miguel Salvatore.

O nome fez com que o ar parecesse mais pesado ao redor dela. Lara parou por um instante e encarou Júlia.

— Tem certeza?

— Absoluta. Aliás, ele já chegou. Está esperando na recepção.

Lara sentiu um frio percorrer sua espinha. **O que ele estava fazendo ali?** Por que o homem mais rico da cidade, e mais reservado, insistia em se aproximar dela?

— Certo — disse, recompondo-se. — Leve-o até a sala de reuniões. Eu já vou.

Júlia assentiu, saindo do escritório. Assim que a porta se fechou, Lara apoiou as mãos na mesa e respirou fundo.

— Mantenha a calma, Lara — murmurou para si mesma.

Ela ajeitou o cabelo, retocou o batom e endireitou os ombros. Se Miguel Salvatore queria falar sobre negócios, ela o trataria com profissionalismo.

Quando Lara entrou na sala de reuniões, Miguel estava em pé, observando as peças expostas em um manequim. Ele virou-se ao ouvir a porta, os olhos azuis pousando sobre ela com aquela mesma intensidade calculada da noite anterior.

— Senhorita Martins — cumprimentou ele, com um sorriso quase imperceptível. — Obrigado por me receber.

— Senhor Salvatore — respondeu Lara, mantendo a voz firme. — Minha assistente mencionou que o senhor tem uma proposta de negócios.

— Direto ao ponto. Gosto disso. — Miguel gesticulou em direção à cadeira. — Por favor, sente-se.

Lara hesitou por um segundo, mas se sentou na ponta oposta da mesa. Miguel seguiu, ocupando a cadeira à frente dela. Ele era intimidador mesmo ali, com os movimentos controlados e o olhar que parecia absorver cada detalhe dela.

— Fiquei impressionado com o seu desfile ontem — começou Miguel, calmamente. — Sua coleção não é apenas bonita. É única.

— Agradeço, senhor Salvatore. — Lara entrelaçou os dedos sobre a mesa. — Mas não entendo o que isso tem a ver com negócios.

— Quero investir na sua marca — disse ele sem rodeios. — Expandir a sua presença, nacional e internacionalmente.

Lara piscou, surpresa.

— Investir? O senhor está dizendo que quer financiar meu trabalho?

— Exatamente. — Miguel inclinou-se ligeiramente para frente, os olhos fixos nos dela. — Tenho contatos que poderiam transformar sua marca em algo muito maior do que é agora. Em troca, quero uma parceria exclusiva. Apenas os meus eventos e as minhas redes terão acesso às suas peças.

Lara franziu a testa. Aquilo não fazia sentido. Por que um homem como Miguel Salvatore, que nem parecia ligado ao mundo da moda, faria uma proposta como aquela?

— Com todo respeito, senhor Salvatore, mas... por quê? — questionou ela. — Há centenas de designers no mercado. O que o senhor realmente quer?

Miguel permaneceu em silêncio por um momento, os olhos avaliando-a.

— Quero investir no potencial que vi ontem. O seu nome pode ser o próximo a dominar a indústria da moda. E eu quero fazer parte disso.

— E o senhor não é do tipo que faz algo sem ganhar em troca — retrucou Lara, com uma pitada de desconfiança.

Miguel sorriu de canto, algo quase predatório.

— Está certa. Eu sempre ganho algo em troca, senhorita Martins. Mas neste caso, meu retorno será ver sua marca se tornar uma potência. E, naturalmente, os benefícios de ter exclusividade.

Lara inclinou-se para trás, ainda cética.

— Agradeço sua oferta, mas não sei se quero esse tipo de parceria. Prefiro manter minha liberdade criativa.

— E terá. — Miguel cruzou as mãos sobre a mesa. — Não estou aqui para tirar isso de você. Quero apenas ser o suporte que você precisa para alcançar o sucesso.

O tom dele era persuasivo, mas havia algo mais. Lara podia sentir.

— Isso tudo parece muito bom para ser verdade — murmurou ela.

— Às vezes, as melhores oportunidades surgem quando menos esperamos — disse Miguel, baixinho. — Só precisa confiar em mim.

— Confiar? — Lara riu, sem humor. — Não conheço o senhor.

— Isso pode mudar.

As palavras pairaram no ar, carregadas de uma promessa. Lara desviou o olhar por um instante, desconfortável com a forma como ele conseguia derrubar suas barreiras tão facilmente.

— Vou pensar na proposta — disse ela, finalmente.

Miguel se levantou, ajeitando o terno.

— Faça isso. — Ele caminhou até a porta, mas antes de sair, parou e virou-se. — Eu não costumo repetir ofertas, senhorita Martins. Pense com cuidado.

Lara observou enquanto ele desaparecia pelo corredor. Assim que ficou sozinha, afundou na cadeira, sentindo o peso daquela reunião.

**"O que ele realmente quer?"**

Do lado de fora do prédio, Miguel entrou em seu carro onde Antônio o esperava.

— Como foi? — perguntou Antônio, ligando o motor.

— Ela é inteligente. Desconfiada. — Miguel sorriu para si mesmo. — Mas ela vai aceitar.

— E se não aceitar?

Miguel olhou pela janela, os olhos frios.

— Ela vai aceitar. Eu sempre consigo o que quero.

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