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O PRINCIPE E A MERETRIZ

∆ Avisos e Personagens ∆

Sejam bem-vindos a mais uma história de amor! Desta vez, voltaremos alguns séculos no tempo para mergulhar na era medieval. Vamos conhecer a emocionante história de amor entre Alys e Henry, um romance proibido e cheio de desafios.

Espero que vocês, leitores, se apaixonem por esta nova história e embarquem nessa aventura comigo!

Avisos importantes:

Fico muito feliz quando os leitores interagem com minha obra, comentando, curtindo e avaliando.

Eu costumo escrever 5 capítulos por dia, mas, em caso de imprevistos, posso deixar de postar.

Estou desenvolvendo uma coleção de romances, e, nas minhas histórias, não há cenas de sexo explícitas. Algumas situações podem ser mais pesadas, mas sempre evito partes sexuais.

Agradeço por estarem aqui e espero que aproveitem a leitura!

∆ Apresentação dos Personagens ∆

Henry é o filho mais novo do rei Godric, um jovem de alma delicada e coração sonhador, que destoa dos padrões de sua família. Enquanto seu pai e irmão possuem posturas firmes e pragmáticas, Henry destaca-se por sua sensibilidade. Ele se encanta com histórias de amor, poemas e melodias, preferindo o refúgio dos jardins reais aos eventos grandiosos da corte. Apesar de sua ternura, vive sob o peso das expectativas de seu pai, que insiste para que "aja como um príncipe", algo que desafia sua verdadeira essência.

Alys foi abandonada ainda bebê na porta de um bordel e criada por Evelina, uma meretriz antiga que lhe ensinou a seduzir os homens e sobreviver nesse ambiente cruel. Com o tempo, Alys se tornou uma mulher dura, acreditando que seu destino seria sempre ser um objeto para os homens, sem amor verdadeiro. No entanto, ainda guarda uma pequena esperança de escapar desse destino.

Eadric é o irmão mais velho de Henry, e sua personalidade é completamente oposta à do irmão. Grosseiro, ambicioso e cruel, ele vê as mulheres como objetos a serem usadas para alcançar seus objetivos. Seu desejo de poder é insaciável, e ele acredita que ser rei é seu destino, considerando-o mais importante do que qualquer valor moral. Eadric está predestinado a se casar com Amabel, filha de um nobre influente, como parte de uma aliança estratégica para garantir sua ascensão ao trono. Sua visão de mundo é guiada pela busca incessante de poder e controle, sem espaço para afetos genuínos.

Amabel sempre foi uma jovem sensível e amorosa, a filha mais nova do rei, cujo coração é cheio de compaixão e sonhos de um amor verdadeiro. Desde pequena, foi escolhida para se casar com Eadric, como parte de uma aliança política, mas ela nunca foi capaz de aceitar esse destino. Amabel não suporta a ideia de se casar com ele, pois o considera cruel, arrogante e sem qualquer empatia. Ela sofre profundamente por ser forçada a seguir um caminho que vai contra seus sentimentos e seus próprios desejos, vivendo com a constante angústia de que seu futuro será selado ao lado de um homem que não ama e que a trata como um prêmio a ser conquistado.

Adelina é a irmã mais velha de Amabel, filha de um renomado nobre, e sempre teve o sonho de entrar na família real, conquistando uma posição de poder e prestígio. Desde jovem, ela nutriu um amor profundo por Henry, o príncipe romântico e sensível, mas ele nunca demonstrou interesse por ela. Essa falta de reciprocidade só intensificou a obsessão de Adelina por ele. Ela está convencida de que, com o tempo, conseguirá conquistá-lo, e não poupa esforços para perseguir seu objetivo, ignorando os sinais de desinteresse de Henry.

Wulfric é um homem misterioso, conhecido por sua natureza enigmática e por viver vagando. Pouco se sabe sobre seu passado, e há rumores que o cercam, dizendo que ele é cheio de segredos sombrios. Sua presença é rara e, quando aparece, faz com que todos se questionem sobre sua origem e intenções. Wulfric vive isolado em uma montanha remota, onde busca refúgio e solitude. Sua aparência é imponente, com cabelos escuros e olhos penetrantes, refletindo a profundidade de sua alma atormentada. Ele é o tipo de homem que inspira medo e fascinação, com uma aura de mistério que nunca deixa de intrigar aqueles que cruzam seu caminho.

Hebert é um soldado leal e grande amigo de Henry desde a infância. Cresceram juntos, compartilhando brincadeiras e sonhos, e desde sempre Hebert sonhou, assim como Henry, em encontrar um amor verdadeiro. No entanto, sua missão como soldado o limita, já que ele passa a maior parte do tempo em guerras, protegendo o reino e seus habitantes. Hebert é um homem de coragem e honra, mas seu coração anseia por algo mais do que a vida de batalha. Ele admira a busca de Henry por um amor puro e, em segredo, também deseja experimentar esse tipo de conexão, embora saiba que suas responsabilidades o impedem de seguir esse caminho.

∆ Capítulo 1 ∆ O Destino Selado

Era uma tarde fria e nublada, no imponente salão do castelo do rei Godric, onde uma reunião importante acontecia. As grandes tapeçarias nas paredes pareciam quase viva com o peso da história que se passava sob o teto do castelo. Eadric e Henry, ainda crianças, brincavam em um canto afastado, inconscientes da gravidade da conversa que estava prestes a ocorrer entre seus pais.

O rei Godric estava sentado à cabeceira da longa mesa, olhando com seriedade para o homem diante dele, Lord Asher, um nobre de aparência imponente, mas com olhos astutos e um sorriso que não alcançava os olhos. Asher era um homem conhecido por sua habilidade de manipular os outros, e o rei sabia que ele era alguém com quem nunca se podia ser totalmente transparente. No entanto, naquela tarde, Godric sentia que precisava dessa aliança, por mais desconfortável que fosse.

— Lord Asher, como já conversamos, minhas intenções são claras. Nossos filhos devem se unir, selando nossa aliança para garantir o futuro do reino. — Godric falou, sua voz grave e decidida, mas com uma leve tensão por trás de suas palavras.

Lord Asher inclinou-se para frente, seu olhar penetrante estudando o rei antes de falar.

— O senhor sabe que esses casamentos são não apenas políticos, mas necessários para fortalecer nossos laços e manter nossa dinastia. Eadric e suas filhas têm um destino em comum, e será um grande benefício para todos, não apenas para o reino, mas para a honra de nossas famílias. — Asher disse com um sorriso enigmático, reconhecendo que tinha o rei exatamente onde queria.

O rei assentiu, mas a dúvida ainda pairava sobre ele. Sabia que havia algo em Asher que não podia ser completamente confiado, mas o que estava em jogo era grande demais para questionar demais as motivações do nobre.

— Sim, o destino de nossos filhos está predestinado. E, como príncipe, Eadric deverá escolher, mas o que importa é que ambos serão bem casados e nossa aliança será consolidada — disse o rei, tentando mostrar confiança, mas deixando transparecer o desconforto.

Lord Asher, sempre manipulado pela sua própria astúcia, notou a pequena hesitação do rei. Era o momento perfeito para agir.

— Eadric é jovem e imaturo, mas como futuro rei, ele deve ter a liberdade de decidir. Entretanto, lembro-lhe que ele pode escolher qualquer uma de minhas filhas... Mesmo a mais nova, Amabel, sendo de uma natureza mais doce, poderá proporcionar-lhe um bom casamento. A mais velha, Adelina, bem, ela é mais... vivaz, talvez até um pouco ousada para o gosto do príncipe. O senhor compreende, não é? — Lord Asher sugeriu com um sorriso de leve ironia.

O rei Godric franziu a testa. Ele conhecia as meninas de Lord Asher, sabia que Adelina era ousada e ambiciosa, mas o que o nobre estava sugerindo sobre Amabel não lhe passava despercebido. Era como se estivesse fazendo uma oferta que escondia algo. No entanto, ele não poderia refutar a escolha de Eadric.

— Eadric, como herdeiro do trono, tem o direito de escolher, é claro. — Godric disse com uma voz mais firme, agora sabendo que a decisão seria tomada por seu filho.

Mais tarde, quando as crianças estavam reunidas em um canto do castelo, o rei chamou Eadric para conversar. O pequeno príncipe estava sentado em um banco de madeira, brincando com uma espada de madeira, enquanto Henry, seu irmão mais novo, observava com olhos curiosos. A conversa seria breve, mas importante.

— Eadric, lembra-se de nossa conversa com Lord Asher? — O rei começou.

Eadric olhou para seu pai, seus olhos pequenos e desafiadores. Ele sabia que o destino o chamava, mas a ideia de ser amarrado a uma escolha como essa não lhe agradava.

— Sim, pai. — Ele respondeu de maneira evasiva, mas o rei insistiu.

— Amabel é uma boa escolha, e sua aliança com o reino será forte. Você tem o direito de escolher, mas lembre-se de que Adelina e Amabel têm qualidades diferentes. Uma mais ousada, a outra mais delicada... Escolha com sabedoria, meu filho. — Godric falou com uma leve advertência em sua voz.

Eadric balançou a cabeça, já decidido em seu próprio coração. Ele se aproximou da janela e olhou para fora, para o horizonte distante, onde seu futuro e poder estavam se formando. Depois de um momento, ele se virou para o pai.

— Eu escolho Amabel. — Ele disse, sua voz firme.

O rei Godric olhou surpreso, mas não disse nada. Sabia que o filho era teimoso e que tinha tomado sua decisão.

E assim, com o passar dos anos, os dois cresceram, predestinados a se casarem, conforme a aliança feita entre os reinos. Eadric tornou-se o príncipe arrogante e ambicioso que todos temiam, enquanto Amabel, a jovem sensível e doce, preparava-se para cumprir seu destino, embora seu coração sofresse por dentro.

Anos se passaram, e o dia do casamento de Eadric estava se aproximando, um casamento arranjado que, apesar da vontade de seu pai, não trazia alegria ao coração da jovem Amabel.

∆ Capítulo 2 ∆ O Conflito de Destinos

O castelo estava em silêncio naquela noite, exceto pelo suave estalar da madeira das velhas paredes e o farfalhar das cortinas que se moviam com a brisa fria que entrava pela janela. No quarto de Henry, uma pequena lamparina iluminava o ambiente, lançando sombras suaves nas paredes. O príncipe estava sentado à mesa de madeira escura, com a cabeça inclinada, mergulhado no mundo de seus poemas e melodias. Suas palavras fluíam como um rio tranquilo, suas mãos guiando a pena sobre o papel com delicadeza. Ele sempre encontrava consolo em suas palavras e nas notas que formava, cada uma delas um reflexo de seu coração sonhador e romântico.

Foi quando a porta foi aberta abruptamente, sem aviso, e Eadric entrou no quarto com seu passo impetuoso, sem sequer bater. O barulho da porta se batendo contra a parede fez Henry levantar os olhos da sua folha e observar seu irmão com um olhar cansado. Eadric, com sua postura arrogante e energia incontrolável, estava mais uma vez invadindo seu espaço.

— Pare de tanto escrever, Henry. Vamos sair essa noite, se é que você tem coragem. — Eadric disse, sua voz carregada de impaciência, enquanto se aproximava e apertava os ombros de Henry com força.

Henry sentiu o aperto, mas ao invés de se deixar abalar, desviou-se do toque rude de Eadric, levantando-se lentamente da cadeira.

— Pare com isso, Eadric. Não gosto de sair à noite, e também... — Henry fez uma pausa, sua voz suave, mas firme — ... não me interesso pelas mesmas coisas que você.

Eadric olhou para o irmão com um sorriso desdenhoso. Ele sempre se divertia em provocar Henry, em forçá-lo a se afastar do seu mundo de poesia e melancolia.

— Ah, claro, você prefere ficar aqui, com seus poemas e melancolia, como se o mundo lá fora não existisse. Você é um príncipe, Henry, não pode passar a vida escrevendo versos de amor! — Eadric disse com sarcasmo, dando um leve empurrão em seu irmão.

Henry, irritado com a provocação, virou-se para ele, seus olhos brilhando com uma raiva silenciosa, mas controlada. Ele sempre sabia que Eadric não entendia seu mundo, sua busca por algo mais profundo e verdadeiro do que o poder e a brutalidade que o irmão tanto almejava.

— Eu não sou como você, Eadric. Não quero ser um príncipe cruel, alguém que vive para agradar o pai ou a corte. Eu tenho o direito de seguir meu próprio caminho. Não todos somos feitos do mesmo barro. — Henry respondeu, sua voz firme, mas cheia de uma tristeza contida.

Eadric deu uma risada baixa e debochada, mas sua expressão logo se endureceu. Ele não entendia o irmão, e sua impaciência o fazia afastar ainda mais de Henry, como se o comportamento do irmão fosse uma fraqueza, algo que ele nunca poderia admitir.

Eadric, com seu temperamento impetuoso, não parecia disposto a deixar Henry em paz. Ele deu um passo à frente e, com um sorriso travesso, disse:

— Henry, o dia do meu casamento está quase chegando. Vai ser uma vida de obrigações e compromissos. Antes disso, quero me divertir um pouco. Descobri um lugar que tenho certeza de que você vai gostar... — Eadric fez uma pausa, observando o irmão com um brilho desafiador nos olhos. — Vamos, Henry. Vamos sair e esquecer por uma noite esse seu mundo de poesia. Só um pouco de diversão, só por hoje.

Henry olhou para o irmão, seus olhos cansados refletindo o cansaço da batalha interna. Ele sabia onde isso iria levar, mas também sabia que Eadric não desistiria facilmente.

— Mas eu não gosto dos lugares que você gosta, Eadric. — Henry respondeu, sua voz suave, mas firme, ainda relutante em ceder à pressão do irmão.

Eadric, impaciente, não deu ouvidos à resposta de Henry. Sem aviso, estendeu a mão e retirou a pena das mãos de seu irmão, colocando-a de lado com um movimento brusco.

— Vamos, Henry. Você vai gostar, vai ver. — disse ele, já começando a se dirigir para o armário onde as capas dos dois estavam penduradas. — Coloque sua capa para não perceberem que somos nós. Hebert irá conosco, ele vai te fazer companhia se você estiver tão desconfortável assim.

Henry sentiu o peso da capa sendo colocada em seus ombros, mas, sem conseguir resistir completamente, colocou a capa e se levantou da cadeira. Ele sabia que, apesar de sua relutância, não poderia mais adiar a noite. Além disso, Eadric e Hebert eram seus amigos desde a infância, e havia algo em seu coração que sentia falta de momentos simples, longe das obrigações de ser príncipe.

Sem dizer mais nada, Henry se levantou e seguiu seu irmão para fora do quarto, com um olhar distante e pensativo. Algo dentro dele ainda se agarrava à esperança de que, um dia, encontraria algo mais do que a vida imposta pelo nome e pelo reino. Mas por agora, ele teria que enfrentar a noite que Eadric insistia em fazer parte de seu destino.

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