Olá, sou Diana, tenho 18 anos, estou terminando o ensino médio, tenho uma irmã mais velha de 25 anos, somos muito parecidas, vivo com meus pais que são donos de uma empresa de tecnologia, nunca nos faltou nada, eles nos deram tudo, agora estou no meu quarto estudando para a minha prova e assim poder entrar na universidade.
"Filha, por que você muda de ideia agora? É que eu não entendo como."
Meu pai grita.
"Você aceitou."
"Pois eu não quero mais", diz ela.
"Você não tem outra opção, será só um ano, já está planejado, sentimos muito, é isso ou vamos tirar tudo de você."
"Bem, saiam que eu quero ficar sozinha."
Escuta-se como meus pais saem do quarto dela fechando a porta, passam pelo meu quarto e eu sorrio para eles.
"Descansa", meu pai me diz, "amanhã temos que estar cedo no casamento."
"Igualmente e sim, já vou dormir", digo.
Minha mãe não diz nada, caminhando com ele, vou ao quarto da minha irmã e a encontro com o celular e uma mala ao lado.
"O que você está fazendo?", digo.
Ela salta assustada como se eu a tivesse descoberto, não somos tão próximas, mas é minha irmã, ela é a que sempre mantém distância de mim.
"Sinto muito", digo, "não quis te assustar."
"Estou empacotando, saia do meu quarto", ela grita.
Saio rápido, trancando-me no meu pelo resto da noite, nunca fomos tão próximas apesar de sermos irmãs, sempre me dediquei aos meus estudos e ela aos seus assuntos igualmente, então guardo meus livros e me deito para dormir, escuto que batem na minha porta e é minha babá que me diz que tenho que me arrumar, meus pais já foram para ter os papéis em ordem.
Vou ao meu closet buscar meu vestido e o visto, enquanto me arrumo entra uma maquiadora para me pintar, estou pronta e desço as escadas.
"Babá, e minha irmã?", pergunto quando a vejo.
"Já saiu", ela me diz.
Assinto, saindo também, entro no carro com meu motorista designado, não vejo o motorista da minha irmã.
"Minha irmã já foi?", pergunto ao meu motorista.
"Não sei, senhorita", ele me diz, "mas o carro não está, imagino que já tenha ido."
Não falo mais em todo o caminho, chego a uma enorme casa que mais parece um castelo, passamos os enormes portões e vejo muitos carros, desço quando vejo minha mãe que caminha em minha direção, agarrando-me pelos ombros.
"Sua irmã Tiana, onde está?"
"Não sei", digo sem saber o que acontece.
Vejo meu pai que fala ao celular no pátio, desesperado.
"O que acontece?", pergunto.
"Era para ela ter vindo há uma hora e não chegou, já a procuramos e ela não aparece, ela te disse algo?", ele me pergunta, sacudindo meus ombros.
"Não, só a vi empacotando ontem à noite."
"Como assim empacotando?", meu pai grita quando me ouve caminhando em minha direção, "por que você não nos disse?"
"O que era para eu dizer a vocês?", digo, "que ela estava empacotando para ir morar com o marido dela?"
"Filha, ela não levaria nada, se empacotou é porque fugiu."
"Eu não sei, e o motorista dela?", digo, "ele não estava, ele deve saber."
"Ele também não aparece", diz afastando-se, "estamos arruinados, eles estão perguntando e me deram meia hora para resolver, vou pagar caro por isso, é como uma zombaria para eles."
"Mas não é sua culpa", digo.
"Diana!"
Meu pai me diz, pegando no meu rosto enquanto minha mãe não para de chorar.
"Eles não entendem isso, só existe o simples fato de que sua irmã escapou e eles nos deixarão na ruína e eu não sei o que farão comigo."
"Mas podemos explicar a eles", digo entrando na enorme casa que é super luxuosa enquanto meu pai me segue, vejo um casal já idoso parado em uns janelões enormes.
"Tania?"
A mãe dela me diz e todos se viram para me olhar.
"Temos que terminar com isso."
Alguém fala que eu não tinha notado que estava sentado fumando, levanta-se assinando uma folha e posso ver que tem um olhar frio, é super alto e usa um terno sob medida. Deixa a caneta indicando que eu assine.
"Eu não, eu não sou."
Digo gaguejando e vejo que a porta se abre e meus pais entram.
"Desculpem, mas ela não é Tania."
Ele não termina de falar porque vejo como o pegam pelo pescoço, encostando-o na parede, um segurança com óculos escuros.
"Você está se retratando, bem, atenha-se às consequências."
Escuto que fala da mesa o mesmo tipo que assinou a folha.
"Não é isso, senhor Fabián", diz meu pai.
Agora entendo, é com ele que minha irmã se casaria, minha mãe me vê desesperada e não entendo o que quer me dizer.
"Você não quer mais casar sua filha, isso é desleal, confiei em você."
Um senhor mais velho fala.
"Deixa pra lá, pai."
O senhor Fabián diz.
"Saiam daqui", ele grita.
"Senhores, não haverá casamento, desculpem", digo.
"Por que você está dizendo isso?"
Escuto como Fabián ri, soltando a fumaça do cigarro.
"Não se faça de rogada", ele me diz com uma familiaridade, se aproxima e sem dar tempo para que ele continue falando, dou-lhe um tapa.
Meus olhos estão na pessoa que acabei de golpear e ele me vê com ódio, de repente me pega pelo pescoço e eu tento me soltar, ele me solta virando as costas.
"Sumam da minha frente."
Grita fazendo com que meu pai me pegue pelo braço, tirando-me da casa.
"Mas o que você fez?"
Minha mãe me diz estando do lado de fora.
"Temos que tirar você daqui."
Meu pai diz com o telefone no ouvido.
"Por quê?"
"Parece pouco ter dado um tapa no homem que estava chateado porque sua irmã não chegou ao casamento?"
"Leve-a para a casa."
Meu pai diz ao meu motorista.
"Mas já!"
Grita, e eu subo no carro e meus pais entram no deles.
Chegamos em casa quase ao mesmo tempo, subo rápido para empacotar e meu pai sobe para o escritório, empacoto o que posso até que escuto um forte golpe embaixo como se quebrassem algo e espreito com cuidado.
"Você acha que eu cheguei aqui deixando gente como você ver minha cara?"
Escuto que falam e me aproximo mais das escadas vendo como meu pai está rodeado de homens com armas visíveis.
"Senhor Fabián, minha filha, a que se casaria com você, fugiu", diz.
"Você não sabe dirigir uma família que deixa sua filha fugir, e a outra você não educou bem."
"Senhor, peço desculpas em nome das minhas duas filhas."
Escuto que falam e é minha mãe que está em um canto chorando, há muitos homens armados nas portas e janelas.
"Você achou que não haveria consequências, esconde uma e querem fazê-la passar pela irmã, você me prometeu uma filha, então você me dará uma", diz.
E eu tapo a boca para que meu choro não seja escutado quando o medo me toma.
"Senhor, minha filha Diana acabou de completar 18 anos."
"Claro, você só aceitou o dinheiro, escondeu uma, não queira ser o bom pai agora."
"Não é isso, senhor, só que minha filha Tiana já tinha 25 anos, e o acordo foi por ela."
"Ou é porque Tiana não é sua."
Diz e minha mãe chora mais forte.
"Que tipo de pai você é, sabia que queria mais uma, mas não a tal ponto, por isso protege mais a que é sua."
"Eu amo as duas igualmente."
Meu pai diz, e não sei de onde ele tira isso.
"Então me dê a outra, se tanto faz, porque eu como um idiota não ficarei."
"Senhor, há muitas famílias que matariam para que eu escolhesse suas filhas, não pode simplesmente deixar isso passar, eu assim que conseguir o dinheiro devolverei a você."
"Eu já te disse que eu como um idiota não ficarei, você cumpre ou cumpre, você dirá se quer estar velando sua filha ou saber que a tem casada, que em qualquer dos casos será o mesmo."
____ Só me permita subir para vê-la\, diz meu pai\,
Entro no meu quarto rápido, sentando na cama e vejo meu pai entrar,
____ Tiana não é sua filha? pergunto.
____ Sua mãe já estava grávida da sua irmã quando a conheci\, mas amo as duas\, diz ele.
____ Não acredito\, digo\, não se faz a uma filha o que você fez com ela.
____ Filha.
Fala, mas sem terminar.
____ Já sei\, digo\,
____ Será só por um ano\, não nos deixou outra opção\, diz ele.
____ Você podia não aceitar a ajuda dela\, mas não escolheu isso\, digo\, levantando.
Saio do quarto descendo e ele está de costas, caminho até minha mãe.
____ Sinto muito\, digo\,
____ Você não tem que se desculpar\, filha\, diz ela\,
Vejo que com um movimento de cabeça Fabián faz com que guardas entrem me segurando,
____ Não vão me vir com a palhaçada de que está igual foge com o chofer\, diz ele\,
Me tiram da casa me colocando em um carro e vejo meus pais pela janela do auto, escuto como sobe pela outra porta sentando ao meu lado, o carro arranca e sinto como ele me segura pelo queixo, para que o veja,
____ Menina malcriada\, diz ele apertando meu queixo ao ponto de me machucar e me solto\, tenta me segurar de novo e me afasto para trás\, me afastando dele\, mas em vão porque se aproxima\, ____ Você vai pagar o da sua maldita irmã\, diz ele.
____ Deu no seu ego que ela preferiu fugir a casar com você\, digo\, foi mais esperta.
____ Que bom para ela\, não é? diz ele\, ainda que não tanto quando a encontrar porque vai me pagar\, vou demonstrar por que as pessoas me temem.
____ Ao casar com você pago a dívida dela\, digo e ele não responde.
Noto que voltamos à mesma casa.
____ Você paga sua dívida e foi não te matar pelo tapa que me deu\, diz ele saindo e do auto caminhamos juntos à enorme casa e ao entrar estão as mesmas pessoas.
____ Assine\, diz ele e me aproximo para assinar\, vejo que já está sua assinatura\, leio que diz Fabian Adkins e estampo a minha.
Se aproxima uma senhora com um cofre e entrega um anel que ele pega e de má vontade me põe, vejo que ele já tem posto o dele.
____ Passemos à mesa\, fala uma senhora que pelo que vejo é sua mãe\, vamos querida\, diz ela\,
Caminho com eles e vejo que Fabián fica para trás com uma moça que vai muito bem vestida, lembro de tê-la visto no salão quando lhe dei o tapa, agora entendo, é sua amante, pobre da minha irmã, por isso escapou, este imbecil trouxe sua amante no dia do casamento
____ Aqui cunhada\, escuto que me falam e vejo um rapaz muito parecido com Fabian\, ____ Me chamo Damián\, diz ele\, senta ao meu lado\,
____ Olá\, digo.
____ Tiana\, verdade? me pergunta e eu nego
____ Tiana é minha irmã\, eu sou Diana\,
____ Meu irmão é um amargurado\, diz ele no ouvido e rio\, que idade você tem?
____ 18\, digo e você??
____ Tenho 20 e meu irmão já tem 30\, está velho\, diz ele fazendo com que meio que ria\, você me cai muito bem.
____ Vaza daqui\, escuto que falam atrás de nós e Damián se levanta.
____ Mãe\, grita\, estou de saída.
Chega minha sogra e o vê triste
____ Que passa? escuto que lhe diz\, fique\, é a comida do seu irmão com sua cunhada\, sabe como ele é e você se senta ao lado dela só para provocá-lo.
____ Claro que não\, eu vou embora\, diz a única que me cai bem daqui é minha cunhada e isso que mal a conheci faz 5 minutos\, melhor vou embora\, diz e vejo como sai da casa
____ Ao menos pode disfarçar\, escuto que me diz Fabián e volto a vista para a comida que estão servindo.
____ Diz isso o que traz sua amante como testemunha ao seu casamento\, digo.
____ Não se meta nos meus assuntos\, diz ele sem me ver.
____ O mesmo para você\, digo e consigo que se levante chateado da mesa caminhando à saída e as poucas pessoas que há me veem.
____ Que bonito vestido\, me diz uma menina que está sentada na frente.
____ Obrigada\, é o vestido que usei para o casamento da minha irmã\, digo e todos voltam a guardar silêncio.
____ Filha\, se aproxima minha sogra\, o chofer te levará ao apartamento do meu filho\, me diz e assinto levantando ____ Primeiro coma.
____ Não\, obrigada\, digo\, não tenho fome.
Saio e noto que já é de noite, faz muito frio, subo no carro que me leva ao apartamento desse imbecil, entro quando me abrem a porta, é uma senhora já maior,
____ Siga-me\, diz e subimos\, este é o quarto do senhor\, é proibido entrar\, este é seu\, me diz e é um quarto em frente ao dele.
____ Obrigada\, digo entrando e não está mal\, tiro o vestido entrando no banheiro\, destampo sabão novo e uma esponja nova me esfregando e uma escova nova\, me escovo pondo a bata e saio com uma toalha enrolada no cabelo\, recolho o vestido que deixei jogado e procuro meu celular em uma bolsa escondida\, quando o encontro\, dobro o vestido guardando\, me deito na cama e ao ligar há muitas chamadas perdidas e msj igual\, meu celular vibra com uma chamada e é o número do meu melhor amigo Dilan.
____ Olá Diana\, escuto que me diz\, não te vi ir à universidade para realizar o exame.
____ É que fiquei doente\, digo e tusso para que me acredite
____ Ando perto\, posso passar para te ver.
____ Não\, não é que por causa das férias meus pais me trouxeram onde umas amizades\, digo\, não estou na cidade.
____ Avise-me quando retornar\, te quero e se cuide\, me diz\,
____ Vale\, se cuide igualmente\, te quero\, digo desligando.
Ligo para meus pais,
____ Filha\, me contesta rápido\,
como está, nem me deixaram passar à casa, queríamos te ver, sua irmã continua sem aparecer, me perdoe filha.
____ Filha\, escuto a voz da minha mãe\, nós estamos bem\, quero que se cuide\, amanhã seu pai se reunirá com Fabián para assinar os papéis\, será só um ano minha menina.
____ Sim\, eu sei\, isso é o que me mantém sã e me impulsiona a não me render\, os quero muito\, digo\, amanhã irei vê-los.
____ Está bem\, tente descansar\, me dizem e desligam\,
A única coisa que penso é na minha irmã Tiana, mais vale que esteja desfrutando enquanto eu sofro aqui, ela concordou a primeira vez que meus pais lhe comentaram isto, não foi de um dia para o outro o do seu casamento, não entendo como ela de um dia para o outro se foi assim sem mais, escuto como se abre a porta, é Fabián quem entra.
____ Com quem fala? me diz muito sério e não respondo só o observo.
— Eu não te pergunto com quem você sai, ou sim? digo a Fabián, que está parado e caminha em minha direção, me prendendo na parede.
— Você não é ninguém para me perguntar coisas, menina, e é melhor aprender qual é o seu lugar.
— Agora pode sair do meu quarto, digo, olhando-o nos olhos.
— Se você me bater de novo, eu te educarei, já que seu pai não o fez, ele sai do quarto batendo a porta.
Tranco a porta e me deito para dormir. Ouço batidas na porta e vejo a mesma senhora que me recebeu ontem.
— Seus sogros vieram para tomar café da manhã com vocês, ela me diz.
— Já vou descer, digo.
Volto a escovar os dentes e meio que arrumo o cabelo com os dedos. Ajusto o roupão e desço. Eles se viram para me olhar e distingo Fabián sentado.
— Venha, filha, sente-se conosco, diz minha sogra.
— Bom dia, digo, sentando-me. Me servem e começo a comer.
— Seus pais já entraram em contato com você? pergunta meu sogro, e eu concordo.
— Hoje irei vê-los, digo.
— Combine com Fabián para que ele te leve.
— Para isso está o motorista, diz Fabián sem me olhar, só lembre que seus pais não têm uma terceira filha.
— Tiana! diz minha sogra, — você gostaria de ir comigo comprar roupas?
— Diana! eu a corrijo, — minha irmã é Tiana, e sim, obrigada, gostaria de ir com você.
— Sinto muito, diz minha sogra, envergonhada.
— Não se preocupe, digo, — é compreensível.
— Nos vemos, diz meu sogro à esposa, aproximando-se para lhe dar um beijo casto.
Fabián se levanta, caminhando para a saída, e meu sogro sai com ele.
— Filha, já vou, diz minha sogra, levantando-se, — me avise para sairmos juntas.
Eu concordo, ela sai, e eu subo para o meu quarto e visto o mesmo vestido de ontem. Desço e o motorista está sério.
Ele abre a porta para mim, eu entro, ele também entra e coloca o endereço, e assim ele segue até chegarmos.
— Espere aqui, digo.
— Tenho ordens para subir com você, ele me diz.
— Informe ao seu chefe que, se ele quer me vigiar, que o faça pessoalmente. Digo, descendo e entrando em casa, fechando a porta.
— Filha, minha mãe caminha em minha direção assim que me vê, — como você está?
— Bem, e meu pai?
— Foi com seu marido, ele o chamou para fechar o negócio.
— Diga senhor ou como quiser, mas não diga que é meu marido. Digo.
— Diana? ouço me chamarem e, ao olhar para trás, vejo meu amigo ali parado. Corro para abraçá-lo. — Quando você chegou? Passava por aqui e vi você entrar.
— Senti sua falta, digo, abraçando-o.
— Que bonito, ouço falarem e, ao me separar do meu amigo, vejo Fabián parado com as mãos nos bolsos da calça, — minha esposa não tem nem um dia de casada e já está com um homem.
— Não senhor, ele é amigo de infância dela, diz meu pai.
E meu amigo nos olha sem entender nada.
— Imagino que isso ele disse da outra filha antes que ela fugisse com o motorista.
— Diana! diz meu amigo, — o que está acontecendo? Por que ele diz que você é esposa dele?
— Depois te conto, digo, e ele concorda.
— Com licença, senhores, diz ele, indo embora e, quando passa ao lado de Dilan.
— Se valoriza sua vida, não volte a aparecer por aqui.
Meu amigo termina de sair e eu olho para meu pai.
— Acho que esses papéis não terão validade até que sua filha se dê ao respeito e não manche meu nome se comportando como uma qualquer, e aperto meus punhos.
— Claro que não, senhor, minha filha cumprirá com o ano, mas você me deu sua palavra de que ela retomará sua vida outra vez, uma vez que essa data se cumpra.
— Ah, tá, e se ela souber se comportar, diz ele, saindo da minha casa.
— Só um ano, diz meu pai, e eu concordo, subindo para o meu quarto. Já tinha as malas arrumadas. Meu pai me ajuda a descer e, quando saio, o motorista me vê mais sério, subindo as malas. Me despeço dos meus pais que, por alguma razão, me olham com lástima. Entro no carro ao lado de Fabián.
— Já sabe o que acontecerá na próxima vez que não cumprir o que ordeno, diz Fabián sem levantar a vista.
— Sim, senhor, diz o motorista, arrancando.
— Me deixe no escritório e minha esposa com minha mãe, diz ele.
— Não sou um trapo para que me levem de um lado para o outro, eu posso decidir para onde vou, digo quase gritando, mas sou agarrada pelo queixo fortemente.
— Se voltar a levantar a voz para mim, não vai querer saber o que acontecerá, diz ele.
— Vá incomodar sua amante, digo.
— Pelo que vejo, não só é uma menina mal educada, mas também grosseira, que falta modos.
— Casou com a errada, digo.
— Isso eu já sei, diz ele, e me dá vontade de jogá-lo contra a janela do carro.
O carro para no que acho que é sua empresa, tem muitos andares. Ele desce e fecha a porta. O carro para quando chegamos onde minha sogra.
Procuro nas malas uma calça com meus tênis e uma blusa que mostra a barriga, pego-as e desço do carro. Entro na casa dos meus sogros, peço um banheiro para me trocar e assim o faço. Dobro meu vestido, guardando-o em uma mochila que trago comigo. Ao descer, minha sogra me olha surpresa.
— Parece uma menina, ela me diz.
— Cunhada? Não te reconhecia com essa roupa, diz Damián.
— Vamos, diz minha sogra, saindo. Chegamos à praça e Damián me puxa.
— Venha, vou te mostrar algo, diz ele, indo para uma máquina de bonecos. Erra duas vezes, me fazendo rir, na terceira acerta um pelúcia grande e me entrega.
— Obrigada, digo, pegando-o. Vejo minha sogra conversando com umas pessoas junto com Damián. Nos aproximamos.
— Damian, que linda sua namorada, dizem.
— Não, ela é esposa de Fabián, corrige minha sogra.
Eles se desculpam, seguimos caminhando e, em uma mesa sentados, vejo Fabián com seu pai e outras pessoas, ao seu lado a mesma mulher.
— Olá, filho, sua mãe chega para cumprimentá-lo, e cumprimenta seu esposo também.
— Olá, senhora, a amante de Fabian a cumprimenta e minha sogra meio que sorri.
— Vamos, porque temos coisas para comprar, diz ela e um dos homens fala.
— Não sabia que Damiancito tinha namorada.
— Não é linda? diz Damian, fazendo com que Fabián nos veja.
— Ela é esposa de Fabián, corrige seu pai, e os sócios se desculpam.
— Não se preocupem, diz Damián, — meu irmão também conseguiu uma esposa tão jovem.
— Eu tenho o que quero, diz Fabián, — não é minha culpa que você não consiga uma assim, ele diz.
— E se perguntarmos à minha cunhada? diz, e mais incomodada não posso me sentir.
— Bem, vamos deixá-los trabalhar, fala minha sogra.
Nos afastamos e, de soslaio, vejo como Fabián não se importou, pois segue como se nada, enquanto sua amante se aproxima mais dele.
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