Bem-vindos ao universo da máfia Salvatore!
Você está prestes a mergulhar no terceiro livro da série que revela os segredos e intrigas do império Salvatore. Aqui, você vai conhecer mais profundamente Nathalie Salvatore, a princesa da máfia, e sua tensa — e intrigante — relação com Leonardo, o melhor amigo de seu irmão. Prepare-se para uma história de conflitos, alianças inesperadas e emoções à flor da pele.
Antes de seguir em frente, é importante saber que esse livro faz parte de uma série. Para compreender totalmente os eventos, as relações e os segredos que moldam os personagens, recomendamos que você leia os dois primeiros livros: O mafioso e a modelo e Doutor da máfia. Embora não seja obrigatório, eles fornecem o contexto essencial para uma experiência mais rica e envolvente nesta história.
Agora, respire fundo e entre no perigoso e sedutor mundo da máfia de Chicago!
...CAST:...
...Nathalie Salvatore:...
...👑...
...Leonardo Gallanis ...
...👑...
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..."Os maiores estrategistas não vencem pela força, mas pela mente. E no jogo da máfia, o coração é a maior vulnerabilidade."...
Ela era linda.
Victória tinha apenas uma semana de vida. Era loirinha, com olhos incrivelmente azuis. Desde que soube que teria uma irmã, fiquei animada. Sempre quis uma amiga. Fabrízio, meu irmão, era meu melhor amigo, mas nunca gostava de brincar comigo, e Julian, meu pai, jamais me deixava ter bonecas Barbie. Ele sempre dava livros ou jogos de aprendizado de presente para mim e para os outros irmãos.
Até então, eu só tinha uma boneca de pano, que Dominic fez para mim. Eu a escondia de Julian com cuidado, com medo de que ele a encontrasse e a tirasse de mim.
Sentada no chão da sala, com as pernas dobradas, eu brincava com Victória. Ela estava no bebê conforto, fazendo caretas engraçadas enquanto me olhava com seus olhos azuis — os mesmos que eu e meus irmãos herdamos.
A campainha tocou, e a empregada atravessou a sala para atender. Não dei importância. Continuei brincando com a bebê loirinha, até que minha mãe desceu as escadas e foi até a porta. Ouvi sua voz conversando com alguém.
Dominic e Michel estavam na escola, então, além de mim, estavam em casa apenas Fabrízio, mamãe, Victória e um monte de empregados.
— Ai, Doni, ela é tão linda! — comentou uma mulher alta, se aproximando de mim e de Victória.
— Ela realmente é uma gracinha. Trouxemos presentes para ela — acrescentou um homem que acompanhava a mulher.
— Ah, vocês sabem que não precisava, né? — respondeu mamãe, sorrindo.
Olhei para eles com curiosidade. Já tinha visto esses adultos antes, mas não conseguia lembrar onde. Me levantei, posicionando as mãos na cintura, desconfiada.
— Oi, Nathalie — disse a mulher, abaixando-se para ficar na minha altura. — Também trouxemos presentes para você.
— Eu não sou uma criança — retruquei, batendo o pé no chão e afastando a franja dos olhos.
— Este é o nosso filho, Leo — continuou a mulher, colocando a mão no ombro de um garoto que eu só então percebi estar ali. — Leo, essa é a Nathalie. Ela tem seis anos, é filha da Doni.
Fitei o menino com o olhar mais superior que consegui, mesmo sabendo que ele era mais alto e provavelmente mais velho que eu. Ele era loiro, magro e usava uma camisa com um avião estampado na frente.
Eu estava de pijama, com um short velho e uma camiseta cheia de florzinhas, mas não me importei. Desde o primeiro momento, não gostei dele.
— Cumprimente o Léo, filha — mamãe pediu com um sorriso encorajador.
Para não parecer mal-educada, dei um passo à frente e estendi a mão para o garoto. Ele segurou minha mão com firmeza, cobrindo-a completamente com a dele. No mesmo instante, senti um friozinho estranho na barriga, como se fossem cócegas. Retirei minha mão depressa e revirei os olhos, fingindo indiferença.
Vi papai fazer isso uma vez e imitei, embora mamãe dissesse que era falta de educação. Tenho certeza de que ela só dizia isso porque era algo que papai fazia.
De repente, Fabrízio desceu as escadas segurando o controle remoto do seu carrinho. Ele estava tão entretido que nem percebeu os visitantes.
— Ah, esse deve ser o Fabrízio! — exclamou a mulher, notando a semelhança entre nós. — Ele é o irmão gêmeo da Nathalie, Leo — explicou ao filho.
— Sim, ele é meu irmão gêmeo — acrescentei rapidamente, levantando o queixo com orgulho. — Mas eu sou mais velha.
— Apenas três minutos! — Fabrízio rebateu, sem nem me olhar, já concentrado em seu carrinho.
Antes que eu pudesse retrucar, a porta de casa se abriu, e Dominic e Michel entraram com suas mochilas e uniformes escolares. O barulho da entrada deles preencheu a sala, e a dinâmica familiar ganhou um novo tom com a chegada dos meus irmãos mais velhos.
— Então, crianças, esta é a Emma e o Jacob Gallanis, e este é o filho deles, Leonardo. Eles são nossos novos vizinhos, e a Emma é minha amiga de longa data — disse mamãe com um sorriso caloroso.
Dominic e Michel cumprimentaram o casal educadamente, e até Fabrízio, ainda com o controle do carrinho nas mãos, acenou com a cabeça, murmurando um tímido "olá".
Eu, por outro lado, aproveitei a oportunidade para lançar um olhar desafiador para o tal Leonardo. Quando ele cruzou os braços, sem dizer nada, não resisti: coloquei a língua para fora, numa provocação infantil.
Mamãe percebeu imediatamente e me lançou um olhar de reprovação tão intenso que senti meu rosto esquentar. Cruzei os braços, emburrada, mas decidi me comportar — pelo menos por enquanto.
Mais tarde, enquanto todos estavam no jardim conversando depois do almoço, aproveitei para tentar pegar a caixa de cereal no armário mais alto. Mamãe sempre a colocava lá, dizendo que eu não podia comer por causa da minha alergia e que era dos meus irmãos, mas eu queria mesmo assim. Subi em uma cadeira e me estiquei o máximo que pude, determinada a alcançar.
— Te peguei! — disse o garoto de repente, aparecendo do nada e me assustando.
Perdi o equilíbrio e caí da cadeira, batendo no chão com um baque.
— Seu indiota! Olha o que você fez! — gritei, olhando para ele com raiva enquanto esfregava o cotovelo machucado.
— Blá-blá-blá — ele respondeu com desdém. — Você não devia estar se pendurando, sabia? Podia ter se machucado bem mais feio.
— Essa é a minha casa. E o meu cereal! — retruquei, apontando para o armário aberto. — Agora sai daqui, eu não gosto de você!
Ele ficou parado, me olhando com uma expressão estranha, como se estivesse me analisando.
— O que foi? O que você quer? — perguntei irritada, mas ele apenas continuou calado, com um sorriso de lado no rosto.
Finalmente, ele limpou a garganta e disse:
— Você fala pra caramba para uma coisinha tão pequena.
Bufei, levantei e pisei com força no pé dele.
— Ai! — ele gritou, recuando. — Por que você fez isso?
— Porque você me chamou de... de talagera! E eu tô na minha casa! Isso é falta de educação!
Ele levou a mão ao rosto, claramente segurando o riso.
— Então... — ele falou tentando disfarçar. — É tagarela, não talagera. E é idiota, não indiota.
— Não tô nem aí! Eu não gosto de você! — Cruzei os braços, revirando os olhos em desafio.
Ele deu de ombros, ainda sorrindo de forma convencida.
— Vai gostar. Te dou uma semana para aprender a gostar de mim.
Avancei um passo, levantando o rosto para encará-lo.
— Nunca vou gostar de você. Nunca! — declarei com firmeza antes de sair batendo os pés, como se quisesse esmagar a terra inteira com cada passo.
...👑...
Meu jatinho pousou em solo chicagoense há uma hora, e ainda estou esperando meu carro ou, no mínimo, alguém para me buscar. Meus seguranças estão comigo, mas, assim como eu, sem transporte. Os outros ficaram de trazer os veículos, mas nada até agora.
Já recebi várias notificações avisando que o trânsito está insuportável. Estou quase entrando no jatinho de novo e voltando para Nova York. Decidi que era hora de me aquietar em um lugar só e voltar a morar em Chicago. Só que, honestamente, esperava pelo menos uma recepção decente.
Cruzo as pernas, impaciente, enquanto espero na sala VIP, pela qual paguei um valor extra para ficar sozinha. Tudo o que eu queria agora era um banho, minha casa, e abraçar meus sobrinhos. Só isso.
Meu celular vibra com uma mensagem.
itsfabriziosalvatore: Calma, irmãzinha, estamos parados num trânsito de merda.
^^^itsnathaliesalvatore: Não dá pra vir de moto, pelo menos?^^^
itsfabriziosalvatore: Chegamos em vinte minutos, Lua.
Revirei os olhos e reagi à mensagem com um joinha. Virei mais um pouco do champanhe que haviam me servido. Minutos depois, a porta da sala VIP se abriu.
E lá estava ele. O diabo em pessoa.
Leonardo Gallanis entrou como se fosse dono do lugar, usando um uniforme branco impecável da companhia aérea, exibindo a pose de piloto que só alimentava o ego dele.
— Fui informado de que uma dama foi abandonada no aeroporto — disse, com aquele sorriso irritante que ele sempre usava para me provocar.
— Você não tem mais o que fazer, não? — perguntei, já irritada.
— Ah, eu tinha, né? Mas aí soube que você estava aqui, então decidi dar uma passada — respondeu, com o tom mais casual e irritante possível.
Suspirei profundamente, me recostando na cadeira.
— Inacreditável — murmurei, tentando ignorá-lo.
— O que foi? Não ouvi.
Levantei o olhar, já perdendo a paciência.
— Vai se ferrar, Gallanis.
Ele apenas riu, como sempre, adorando a minha raiva.
— Você fica tão linda quando está com raiva — provocou Leonardo, com aquele sorriso de quem adorava me tirar do sério.
Sem pensar duas vezes, peguei a primeira coisa ao meu alcance — que, infelizmente, era uma almofada — e joguei nele com toda a força. Ele, claro, aparou no ar com a mesma tranquilidade de sempre, como se estivesse esperando por isso.
Eu realmente não gostava de Leonardo. Nunca gostei. Mas parecia que ele me adorava, considerando o tempo que ele tirava do nada para aparecer e infernizar minha vida. Tudo o que eu queria era paz, mas ele insistia em ser a minha tormenta.
Meu celular vibrou, me trazendo de volta à realidade. Era uma mensagem de Fabrizio, meu irmão gêmeo, avisando que tinha chegado. Dei um pulo da cadeira tão rápido que bati meus joelhos na mesa, deixando escapar um xingamento baixo. Ignorei a dor e corri para fora da sala VIP, meus seguranças logo atrás, carregando minhas malas.
Assim que vi Fabrizio, fui direto abraçá-lo.
— Senti sua falta, hermanito — murmurei contra seu peito, sentindo um alívio genuíno por finalmente estar em casa.
— Eu tô aqui agora, minha Lua — respondeu ele, passando os braços pelo meu pescoço e me apertando em um abraço reconfortante.
Seguimos juntos até o carro dele, e eu entrei no banco do carona enquanto ele assumia o volante. O carro com meus motoristas e as malas nos seguia de perto.
— Quer ir pro seu apartamento ou pra mansão? — ele perguntou, ligando o motor.
— Mansão. Quero ver meus sobrinhos.
Fabrizio sorriu, assentindo, e acelerou, me levando para o lugar onde eu sabia que, pelo menos por um momento, encontraria o conforto que tanto precisava.
...👑...
Assim que pus os pés na sala de estar da mansão da minha família, um sorriso involuntário tomou conta de mim. Mavie estava concentrada em sua tela, pintando com a dedicação de sempre. Já Nicolas e Olivia brincavam tranquilamente em seus cercadinhos.
Os gêmeos tinham apenas um ano e seis meses, mas já eram pequenas fontes de alegria na casa. A primeira a notar minha presença foi Mavie. Assim que me viu, ela largou os pincéis e correu até mim, envolvendo meus braços em um abraço apertado.
— Você está pesada! — brinquei, beijando sua bochecha rosada.
— Eu tô forte, igual ao papai! — respondeu com orgulho, me fazendo rir.
— Exatamente, igual ao seu pai — concordei, colocando-a de volta no chão e observando como ela estava cada vez mais parecida com ele.
— Como foi sua viagem? Não teve turbolentica? – ela perguntou.
Eu adorava essa fase em que as crianças começam a explorar palavras difíceis e tropeçam nelas. Era tentador deixar passar só para ouvir mais vezes, mas sabia que precisava ensinar.
— Não seria turbulência?
— Foi o que eu disse! Teve?
— Não, meu amor, não teve.
Caminhei até o cercadinho onde os gêmeos estavam. Olivia era a cópia do Michel, só os olhos verdes destoavam. Nicolas, por outro lado, era a cara da Elisa, desde os cabelos loiros até a pequena pinta na bochecha. Abaixei-me para brincar com eles, mas a voz familiar do meu irmão mais velho me fez erguer a cabeça.
— Olha só quem decidiu voltar! — Dominic descia as escadas ao lado de Camille, sua esposa.
Levantei-me e fui até ele, abraçando-o com carinho.
— Oi, Dom.
— Bem-vinda de volta, Nathi — Camille disse com seu habitual sorriso acolhedor.
— Obrigada, Cami — respondi, sentindo uma calorosa sensação de pertencimento ao estar de volta à minha casa e rodeada pela minha família.
— Onde está Victtoria? — perguntei, sentindo falta da minha irmã mais nova.
— No escritório — respondeu Michel, saindo do banheiro social com Elisa ao seu lado.
O jeito casual dele não me enganava nem por um segundo. Cruzei os braços e ergui uma sobrancelha, lançando um sorriso sacana para ele.
— Bem-vinda, irmãzinha — ele disse, tentando disfarçar.
— Obrigada — respondi com um tom levemente irônico, enquanto ele desviava o olhar, provavelmente ciente de que eu sabia exatamente o que eles estavam fazendo ali.
Elisa, por sua vez, apenas riu discretamente, ajeitando os cabelos com a calma de quem não tem absolutamente nada a esconder.
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