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Além do Horizonte

Fugindo

São Francisco, Califórnia.

Já era madrugada quando Oliver chega em casa e encontra seus dois filhos com seu sobrinho, ao qual ele o adotou como filho.

Nolan: Papai.

Austin e Tyler acabam escutando Nolam chamando por seu pai e eles acabam indo até o mesmo pulando em seu colo.

Oliver: Oi, meus meninos.

Oliver sempre se fazia presente na vida dos meninos, mesmo após uma noite trágica, onde sua amada foi morta brutalmente com seu irmão e sua cunhada.

Nolan: Não quero estudar naquela escola, não gostei de lá.

Oliver: Nós já conversamos, meu filho. Nós retornamos para ficar.

Tyler: Para de birra, Nolan.

Nolan: Cala a boca.

Eles começam a brigar, e Oliver acabava intervindo antes que as coisas começassem a sair do controle.

Nolan tinha 11 anos, uma criança esperta e bastante arteira. Já Tyler tinha 13 anos. Austin era o mais quieto, não se sentia como filho legítimo, com apenas 11 anos, era uma criança bastante quieta e sempre que podia se isolava.

Glasgow, Escócia.

Amélia estava em um quarto isolado da casa, de longe ela ouvia os gritos desesperadores de suas filhas.

Enfermeira: Calma, preciso cuidar de você.

Amélia: Não, vá olhar minhas filhas. Ele vai acabar matando-as.

Enfermeira: Minhas ordens são para que eu cuide de você.

Amélia: Cuidar para quê? Se amanhã ele vai me espancar de novo?

Enfermeira: Deixa eu cuidar dos seus ferimentos e eu vou lá, OK?

Amélia: Obrigada, Beth.

Após os cuidados, Beth sai para dar uma olhada nas meninas, chegando a ver a pequena Emma largada no chão com o rosto soado de tanto chorar, Meg deitada com uma amordaça na boca. Procura pela Leslie, não a encontrando. Sendo assim, ela sobe até o quarto da menina e a vê pelada, largada na cama, chorando muito.

Beth: Meu Deus! O que fizeram com você, pequena?

Ela leva a menina para tomar um banho, onde a mesma encontra-se se tremendo por completo.

Beth: Ele tocou em você?

Leslie: Quero morrer, tia Beth.

Ambas choram juntas.

Beth: Arrume suas coisas, somente duas roupas e o mesmo com as meninas. Quanto à sua mãe, vou arrumar para ela.

Leslie: O que você vai fazer?

Beth: Confiem em mim.

Elas arrumam tudo e Beth vai servir uma bebida ao Dom Neil, porém, ela batizou a bebida com soníferos, o mesmo que ele usava com a esposa para dopá-la e estrupá-la.

Ao entrar no quarto distante da casa onde Amélia se encontrava largada, ela ajuda Amélia a levantar e troca a roupa dela.

Beth: Vamos.

Amélia: Onde? Não vou sair se minhas filhas.

Beth: Vem, vamos ao banheiro.

A mesma ajuda-a e pinta seus cabelos para que ela passasse despercebida.

Beth: Perdão, terei que fazer o mesmo com as meninas.

Assim ela faz, ela consegue passar com elas escondido por um buraco onde as meninas usavam bastante para fugir das surras.

Amélia: Não sei nem como agradecer, minha amiga.

Beth: Vão, não olhem para trás.

Amélia: Para onde iremos?

Beth: Califórnia, o dom tem pavor de ir lá.

Amélia: Obrigada, minha amiga.

Beth: Aqui, pegue esse dinheiro.

Amélia: E essa chave? Esse endereço?

Beth: É de uma conhecida confiável, ela vai receber vocês e vocês podem ficar lá até conseguirem se estabelecer. Pode confiar.

Amélia: Obrigada.

Beth: Adeus, minha amiga. Se cuida.

Amélia: Vem conosco.

Beth: Não posso.

Leslie: Por favor.

Beth: Não posso, vão! Rápido.

No aeroporto, elas conseguiram passar despercebidas, pois Beth já vinha organizando essa fuga, sendo assim, conseguiu passaportes com nomes falsos, sendo assim, foi mais fácil elas passarem por lá sem serem reconhecidas. Quase ninguém sabia a fisionomia da mulher do dom, pois tinha um pouco de vergonha por ser mais velha.

conhecendo Judith

Assim que elas chegam à Califórnia, elas vão até o condomínio luxoso mais afastado da cidade.

Amélia: Para onde Beth nos mandou?

Leslie: Olha, mãe, está vindo uma moça ali.

Judith: Olá… (Fala ao chegar)

Fica um silêncio até que Judith resolve falar.

Judith: Você deve ser a Amélia, amiga da Beth.

Amélia: Sim, ela disse que você poderia nos ajudar.

Judith: Sim, vamos. Estão com fome?

Emma: Sim, muita fome, rs

Judith sorriu da forma que a mesma falou e elas seguem andando pelo condomínio.

Meg: Já estamos chegando?

Judith: Ainda não, moro um pouco distante da portaria. Gosto de caminhar.

Emma: Estou cansada, mamãe.

Amélia: Perdão pelas minhas filhas, elas estão cansadas.

Judith: Tudo bem, são crianças. Eu moro na penúltima casa do condomínio.

Leslie: Aqui é tão lindo.

Judith: Sim. É um ótimo lugar para ser um novo lar.

Por fim, elas chegam na casa e vê três meninos jogando bola na frente de outra casa mais distante.

Judith: Vamos.

Elas entram e Judith apresenta toda a casa.

Amélia: É linda.

Judith: Podem ficar… Esse condomínio é tranquilo.

Amélia: Não queremos incomodar por muito tempo, quero encontrar um emprego.

Judith: Primeiro, vamos esperar essas marcas saírem de você, ninguém aqui vai contratá-la dessa forma.

Amélia: Tem razão.

Oliver estava chegando em casa quando viu seus filhos correndo na rua brincando com bola.

Nolan: Vamos poder ir para a escola?

Oliver: Sim, resolvi tudo. Amanhã vocês começam, o motorista vai levar e buscar vocês todos os dias. Será com minhas regras, estamos entendidos?

Austin: Sim.

Tyler: Claro, pai.

Nolan: Pai, a vizinha doida arrumou outras doidas.

Oliver: Já mandei ter respeito com ela.

Tyler: É verdade, pai. Ela chegou com uma mulher toda machucada e com 3 garotinhas.

Oliver: Sério?

Nolan: Tinha uma menina que estava toda descabelada, coitada, rs

Oliver: Nolan! Vou dar uma olhadinha nisso depois, vamos entrar e comer?

Tyler: Podíamos pedir pizzas.

Oliver: Pode ser rs

Eles entram e ficam em um programa de pai e filhos, logo Oliver vai para o escritório e fica trancado vendo a foto da sua amada com o copo de uísque na mão.

Oliver: Matei todos eles, me vinguei. Mas a dor continua aqui. (Fala bebendo olhando a foto)

Judith: Aqui será seu quarto.

Amélia: Se não se importa, gostaria de ficar com minhas filhas.

Judith: Não precisa ter medo aqui, não quero o mal de vocês. Beth deu a vida dela por vocês, sei que são boas pessoas.

Amélia: Deu a vida?

Judith: Assim que ela deixou vocês no aeroporto, ela me ligou de um telefone público, se despedindo, pois sabia que morreria por ajudá-la a fugir.

Amélia: Então, você sabe sobre meu marido?

Judith: Sim. Preciso que não fale isso para ninguém aqui. Para ninguém mesmo, aproveite essa oportunidade que a vida te deu, que a Beth te deu. Honre a vida dela e viva. Caso alguém pergunte, diga que é minha sobrinha. Quero que passe me chamar assim.

Amélia: Por que me ajudar dessa forma?

Judith: Não sei, quem sabe um dia a gente não descobre juntos?

Amélia: É... Posso ir ao quarto das meninas?

Judith: Cada uma tem um rs

Amélia: Minha nossa, RS.

Elas sorriem juntas e saem para ver as meninas que estavam felizes em estar em um lugar claro e cheiroso.

Meg: Amei meu quarto, podemos ficar aqui para sempre?

Judith: Sim, rs

Elas gritam de felicidade e vão comer algo. Judith ajuda Amélia com os ferimentos.

Judith: Amanhã mesmo vou comprar um removedor de tinta de cabelo, vamos ajeitar os cabelos das meninas e o seu.

Amélia: Não precisa.

Judith: Vamos arrumar o seu direitinho, escurecer ele mais um pouco e deixar o das meninas natural. Sei que são ruivas.

Amélia: Sabe muito sobre nós.

Judith: Sei, sim, mas quero o bem de vocês.

Amélia: Eu sinto que sim.

será meu braço direito

Os dias foram passando e Oliver mandou investigar sua mais nova vizinha que chegou de mudança para casa da Judith. Ele encontrou somente o que Judith falou para ele, que ela era sua sobrinha e que estava ali para morar definitivamente.

As crianças acabaram se conhecendo brincando na rua. Mas, sempre com tempo limitado, Judith estava ajudando na criação das meninas, precisa treinar elas para a vida e para uma possível visita dos pais.

Amélia: São crianças.

Judith: Amélia, suas filhas precisam brincar, mas precisam aprender algumas coisas. Como sobreviver.

Amélia: Leslie tem apenas 10 anos, Meg 8 e Emma 7. Aquele desgraçado me estrupou quando Meg tinha apenas alguns dias de vida.

Judith: Vou levar Leslie na consulta amanhã, como me pediu. Vou matricular elas na escola.

Amélia: Quero ser útil, preciso trabalhar.

Judith: Vou levá-la para a empresa amanhã, assim você conhece e já começa a trabalhar lá.

Amélia: Meu rosto continua marcado.

Judith: Vamos te maquiar, disfarçar mais. Podemos falar que foi assaltada.

No outro dia, elas acordam cedo e Judith leva Leslie ao médico, ele passa alguns medicamentos, faz uma transvaginal, já que o estrupo foi confirmado.

Judith: Sua mãe sabe, ela pediu para que a trouxesse.

Leslie: Ainda dói.

Judith: Oh, minha querida, nunca mais passará por isso.

Elas retornam para casa e Judith leva Amélia até a empresa.

Amélia: Acha que elas vão ficar bem?

Judith: Pode confiar na Maria, é uma boa pessoa e será uma ótima babá.

Amélia: Confio em você.

Judith: Ótimo!

Elas vão até a empresa e Amélia fica encantada em como é sofisticada, começa a compreender o porquê de uma casa tão luxuosa. Seu ex-marido tinha condições, mas fazia com que ela e suas filhas vivessem no chiqueiro.

Amélia: É linda.

Judith: Você começa amanhã comigo, tirei alguns dias só para ficar com vocês, preciso retornar. E você retorna comigo. Coloquei as meninas em uma escola com tempo integral, vão entrar pela manhã e saírem no final da tarde. Vão aprender novas línguas.

Amélia: Sei nem como agradecer.

Judith: Já disse, viva.

Ao sair da empresa, Amélia pensou que iria para casa, mas Judith a surpreendeu, levando-a ao shopping onde ela comprou diversas roupas de grifes luxuosas.

Amélia: Sempre quis um vestido assim, acho tão chique.

Judith: Agora você tem rs

Elas pegam algumas roupas para as meninas e passam na escola para pegar os uniformes e a lista de material a qual Judith já havia mandando comprar.

Amélia: Elas vão amar.

Judith: Assim espero. Quero que confie em mim, algumas pessoas vão lá na casa alguns dias da semana pela noite para ajudar as meninas com algumas coisas.

Amélia: Que coisa?

Judith: Qual delas gosta mais de tecnologia?

Amélia: Elas nunca tiveram esse luxo.

Judith: Sendo assim, Meg e Emma vão começar a ter aulas de tecnologia. Já Leslie, vou incentivá-la a viver, ela perdeu o gosto pela vida, vive cabisbaixa.

Amélia: Sim…

Judith: E você, terá que aprender como a empresa funciona, pois será meu braço direito.

Amélia: Sério?

Judith: Sim.

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