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A Flor da Máfia

Capítulo 1

Acordo sentindo muita fome e me lembro que não me deixaram jantar ontem, me levanto e saio bem devagar pra não acordar ninguém e vou pra cozinha encontrando a dona Carmem preparando o café

Carmem: Já acordou minha pequena

Ela me da um sorriso, ela é a razão por eu ainda esta viva literalmente

Carmem: Vem comigo?

Ela pega minha mão desliga o fogão e vai bem devagar até o seu quartinho nos fundos do orfanato, ela sempre me esconde aqui quando estou muito mal ou quando tentam me machucar

Carmem: Eu tenho algo pra você

- Pra mim ?

Carmem: E o seu aniversário se esqueceu ?

- Não gosto de comemorar a senhora sabe

Carmem: Eu sei meu amor mais esse é especial eu tenho um presente

- Um presente pra mim ?

Carmem: E uma caixa da sua mãe ela me pediu pra que a entregasse hoje

- Serio? Mais...

Carmem: Eu sempre quis te entregar antes mais tive que respeitar o último pedido dela

Ela limpa uma lágrima do rosto e mesmo com o meu coração a mil eu não consigo chorar simplesmente as lágrimas não caem

Carmem: Eu vou sair, tranque a porta e fique a vontade minha pequena

Ela me da um beijo na testa e sai, tranco a porta e seguro a caixa forte com medo de que algo possa acontecer então respiro fundo e me sento no chão não quero sujar a cama dela, abro a caixa e tem uma carta e um cordão com um pequeno pingente de coração e tão brilhante a coisa mais linda que vi na minha vida

Filha, minha amada filhinha eu espero que esteja saudável e feliz sei que tem muitas perguntas e dúvidas e eu queria muito poder está aí para respondê-las ...

Peço desculpas por não ser a mãe que você precisa e mesmo que seja egoísta da minha parte espero que possa me perdoar assim como quero que se um dia encontrar o seu pai o perdoe também.... quero que saiba que mesmo que esteja difícil eu estou com você eu vejo você lá de cima e nunca vou te abandonar então lute minha filha lute pela sua felicidade, eu te amo por favor viva uma vida feliz e seja saudável.

Tem um cartão com um número de um telefone do seu tio se caso quiser falar com alguém da família

Com amor mamãe.

Respiro fundo colocando a carta no peito abraçando tentando me sentir perto dela, pego o cartão e o cordão escondendo dentro do meu sutiã seguro a carta mais um pouco e dou um beijo nela antes de guarda junto com os outros, me levanto e vejo se não bagunçei nada e então abro a porta e saio já encontrando todos acordados

A dona Carmem me vê e chama a atenção da diretora me dando cobertura então passo por eles e entro na diretoria pego o cartão e disco o número tremendo e implorando que alguém me atenda

- Quem fala ?

Seguro o telefone com as duas mãos e respiro antes de falar

- Eu eu sou filha da Elise...

- OQUE !?

O homem grita do outro lado e tomo um susto, mas depois ele da um risada

- Então você é minha sobrinha? Qual seu nome? De onde você está falando?

- Meu nome é Maria, Do orfanato luz brilhante eu moro aqui

- E onde fica isso ?

- São Paulo

- No Brasil! Então é aí que minha irmã estava esse tempo todo

A porta se abre e a diretora entra junto do quarteto infernal

Carla: Oque está fazendo garota?

- Eu disse que ela estava aprontando

Ela avança pra cima de mim tomando o telefone e me empurrando no chão

Carla: Criança maldita va pro seu quarto agora

- Espera eu eu ....

Carla: Va agora

Ela pega uma régua e bate na minha cabeça com força, dona Carmem aparece e me levanta levando até o seu quarto

Carmem: Sente-se vou buscar água

Vou me sentar no chão mais ela segura meu braço e me senta na cama

- Eu não quero sujar suas coisas

Carmem: Fica ai

Ela busca um copo de água e volta me entregando enquanto me encara

- Eu falei com o meu tio, não deu pra falar muito nem conseguir pedir que viesse

Carmem: E uma pena

- Por um instante achei que conseguiria viver longe desse inferno

Carmem: Calma meu amor a gente vai conseguir

- Você ainda acredita nisso eu parei de acreditar aos 10 anos

Ela se senta ao meu lado e me abraça

Carmem: Eu acredito e tenho certeza que um dia você vai ser muito feliz e ter uma família linda

- Esse dia podia chegar logo

Carmem: Quem sabe, não esqueça que ele la em cima tem controle de tudo e tem seus motivos

- Eu sei

Ela fica fazendo um carinho no meu cabelo por mais um tempo então se levanta

Carmem: Preciso começar o almoço eu volto depois

Assim que ela sai eu vejo o quarteto vindo e corro trancando a porta e a janela

- Vai se esconder

- E quando ela não se esconde? Kkkk

Eles batem na porta tentando entrar e eu me escondo no canto do quarto

- Vai abre a porta, vamos brincar um pouquinho mariazinha

- Acho que ela ficou brava com a última brincadeira haha

Me encolho sentindo meu corpo todo reagir ao lembrar de semana passada

- Será? Não acredito que está chateada por causa de um biscoitinho envenenado

Eles ficam rindo de forma nojenta que me faz vomitar se passa alguns minutos então ouço a dona Carmem mandando eles embora

Carmem: Pode abrir eles já foram

Abro a porta e ela tenta me abraçar mas me afasto mostrando que estou suja, ela segura minha mão e me leva até um pequeno banheiro no quarto

Carmem: Tome um banho eu vou pegar uma toalha e roupas limpas

Ela sempre me ajudou e nos últimos 5 meses quando as maldades começaram a ficar pior ela tem me ajudado ainda mais, sempre me esconde no seu quarto me da comida e me protege como pode

- Obrigado

Eu não consigo chorar fico pensando que se talvez eu conseguisse me sentiria mais leve, tomo um banho e me enrolo na toalha e quando saio vejo ela limpando meu vômito

Carmem: Você sabe que não tenho dinheiro pra comprar um novo então peguei um meu e costurei pra você

Vou até o banheiro e visto o vestido, com mangas delicadas com estampas de flores brancas em um fundo amarelo que vai até meu joelho dou uma volta e acho graça da forma como ele roda

Carmem: Não é nada especial mais ficou lindo, você é tão linda pequena

- Eu amei demais obrigado, obrigado mesmo dona Carmem

Dou um abraço nela que me afasta com cuidado tirando algo do bolso do seu avental

Carmem: Fiz essa marmitinha pra você, coma tudo você está bem magrinha

Dou um sorriso e confirmo com a cabeça pegando o pote e me sentando pra comer fazendo ela da um sorriso meio triste

Carmem: Esse lugar não te merece criança, quando você tiver a oportunidade de ser feliz deve agarrá-la e não soltar mais entendeu

Confirmo com a cabeça sem parar de comer ela me traz um copo de água e fica me observando por um tempo

Carmem: Quando crescer vai se parecer muito com sua mãe

- Como ela era ?

Carmem: Eu ja te disse tão linda como uma rainha

- E oque mais ?

Carmem: E ela mesmo sem te ver já te amava muito

- Dona Carmem a senhora me disse que quando eu ficasse mais velha ia me contar como vim parar aqui lembra?

Carmem: Verdade eu disse, nossa nem parece que você já tem 15 anos pequena

- Pode me contar agora

Ela se senta na cama e me chama pra sentar ao seu lado

Carmem: Sua mãe chegou aqui grávida de três meses pediu um emprego e começou a trabalhar, ela era uma mulher trabalhadora sempre cumpria suas tarefas e chegava na hora então logo viramos amigas e ela me contou que fugiu do seu pai para poder te proteger e veio para cá

- Meu pai era um homem mal ?

Carmem: Não, ela sempre dizia coisas boas sobre ele e dava pra ver que o amava muito e ela nunca disse o real motivo de fugir

- Entendo

Carmem: Quando ela completou 7 meses começou a ficar muito doente e mal conseguia trabalhar mas mesmo assim ela nunca desistiu veio morar aqui comigo pra economizar e fazia roupas para vender

- Igual você ?

Carmem: Isso mesmo foi ela quem me ensinou a costurar, ela nunca desistia e por mais difícil que era ela sempre continuava sorrindo e lutando ainda mais, ela te amava muito e nos seus primeiros dias de vida ela não saia do seu lado

- Dona Carmem por que ela teve que morrer ?

Carmem: Coisas da vida pequena

Ela me abraça e depois me deita na cama me fazendo um carrinho que me faz dormi.

( .... )

Tenho um pesadelo horrível e acordo assustada e vejo a dona Carmem dormindo na cadeira enquanto costura

- Eii ?

Me levanto e toco devagar em seu ombro, ela abre os olhos e quando me ver sorrir muito feliz

Carmem: Aí mds que horas são? Você precisa se arrumar rápido

- Me arrumar

Carmem: Ontem seu tio ligou de volta ele está vindo hoje ao Brasil para te buscar

- Oque? Ele vem atrás de mim

Carmem: Sim

Ela levanta e olha o relógio ficando assustada

Carmem: Ele deve estar chegando vá tomar banho logo

Entro no chuveiro ainda sem acreditar que alguém vem me salvar, não posso acreditar que eu vou sair daqui e ter uma vida feliz, tomo banho rápido e saio vendo a dona Carmem segurando uma sacola de presente e um vestido vermelho claro no braço

Carmem: Quando soube da notícia assim que o dia clareou eu saí e comprei tecido pra fazer esse vestido e comprei um laço pra você

Pisco algumas vezes observando o vestido e básico com alças finas e pouco volume na saia e um grampo de cabelo com um laço da mesma cor

Carmem: Deixa eu te ajudar

Ela me ajuda colocar o vestido e penteia meu cabelo colocando o laço e me gira me olhando com os olhos brilhando

Carmem: Você está parecendo uma verdadeira princesa

- Não precisava gastar dinheiro comigo e o tratamento do seu irmão

Carmem: Não se preocupe com isso, olha só você minha pequena princesa

Ela abre o guarda roupa me colocando de frente pra um espelho e realmente estou parecendo uma princesa, vou até a caixa da minha mãe e pego o colar colocando na mão dela que me vira querendo colocar em mim

- Não, eu quero que fique com ele

Carmem: Minha pequena eu não posso aceitar

- Pode sim eu não preciso dele, quando for embora quero que tenho algo pra se lembrar de mim

Carmem: Obrigado pequena

Ela me abraça e logo me entrega minha escova de dente

Carmem: Peguei lá no seu quarto e o seu sapato também

Calço os únicos sapatos que eu tenho e vou pro banheiro e antes que pudesse terminar ouço a diretora gritando no pátio por mim e saio correndo

Carmem: Espera

Ela limpa a minha boca e arruma meu cabelo me abraçando forte por um tempo e depois segura minha mão indo lá pra fora, vejo a diretora e atrás dela um homem mais velho que sorri ao me ver seguro firme a mão dela mais ela solta

Carmem: Vai ser feliz minha pequena

Ela me entrega a caixa da minha mãe e me empurra na direção deles, eu vou caminhado devagar e quando percebo que é real dou um sorriso que não dura muito pois tropeço em alguma ou melhor me fazem tropeçar e caio de cara no chão sintindo alguém se aproxima

- Não se esqueça você nunca vai ser feliz, você não tem esse direito verme maldito

Vejo uma sombra enorme sobre mim e olho o homem me levantar e limpar minha roupa

- Você está bem, se machucou ?

- Estou bem

- Mds você se parece tanto com sua mãe

Ele me abraça rápido e segura minha mão

- Se não tenho mais nada pra resolver nos já vamos, minha passagem de volta para Itália e hoje a noite

Carla: Eu entendo podem ir

- Cadê suas coisas Maria ?

Me abaixo e pego a caixa da minha mãe olho pra trás e dou um tchau pra dona Carmem

- Eu só tenho isso e estou pronta para ir

Eu realmente estou pronta pra ir viver uma nova vida, eu vou sentir saudades da dona Carmem mais tudo bem um dia eu volto pra vê-la.

Capítulo 2

Anos depois ...

Faz quatro anos que vim morar com meu tio, nos três primeiros anos eu ia pra escola e ele trabalhava cedo e voltava tarde da noite e no fim de semana ele ainda fazia horas extras pra ajudar nas despesas a gente nunca teve a oportunidade de se aproxima um do outro e foi por esse motivo que comecei a trabalhar em uma floricultura que fica ao lado da nossa casa pra ajudar nas despesas no início trabalhava só meio período mais depois que formei comecei a trabalhar em tempo integral

- Eii no que você tanto pensa meu lírio

- A nona tô pensando na minha vida

- E falando nela, o seu tio já apareceu em casa?

- Não, depois que dei a minha parte pra despesas ele saiu e não voltou

Ela pega uma margarida ajeita meu cabelo colocando na minha orelha, alguém entra na floricultura

- Olá sabe se seu vizinho está em casa ?

- Oii eu moro ali com meu tio por que ?

O homem olha os papéis em sua mão

- Escuta garota como não consigo falar com o seu tio terei que falar com você

- Pode falar senhor eu passo o recado

- Diga a ele que essa semana ele terá que desocupar a casa

- Oque ? O senhor não pode fazer isso

- Claro que posso, aqui está as provas que ele atrasou o aluguel por 4 meses

Fico sem reação quase caio no chão mais a senhora Eloise me segura

- Senhor deve ter algum engano o algo do tipo, eu mesma entreguei o dinheiro do aluguel pro meu tio

- O maldito do seu tio já me enrolou o suficiente e eu avisei a ele mês passado que esse mês queria a casa e os pagamentos atrasados

Eloise: O senhor pode nos dar um minuto por favor

Ela me ajuda a sentar

Eloise: Oque vai fazer querida ?

- Eu não sei

Eloise: Viu so eu digo que seu tio não é boa pessoa mais você nunca acredita

- Agora não nona preciso resolver essa situação primeiro

Vou lá fora encontrando o homem no celular

- Senhor ?

Ele me olha com um olhar muito bravo e avança na minha direção

- Escuta aqui vadia

Seguro o meu braço que começa a tremer

- Por favor irei falar com ele hoje e amanhã a gente resolve isso pode ser

O homem não me responde ele fica pálido olhando pra mim ou melhor atrás de mim quando me viro vejo um homem forte, bonito, alto e bem vestido me encarando me sinto tão pequena agora

- Amanhã eu volto

O homem sai correndo e volto a olhar o homem ou melhor os homens

- Precisam de algo senhores ?

A Eloise chega na porta e me puxa pra entrar ela parece bem aflita e nervosa, mas antes que ela fechasse a porta um dos homens a impede

- O Rick mora na casa ao lado certo ?

Ela olha pra mim

Eloise: Não sabemos

Ele solta a porta e pelo espaço antes de fechar posso ver meu tio do outro lado da rua

- E ele, pegem ele rápido

Abro a porta e vejo dois homens arrastando meu tio, eles quebram a porta da minha casa e entram começo andar mais a Eloise me para

Eloise: E melhor não ir meu lírio

- Ele é meu tio preciso saber oque está acontecendo

Entro pelos destroços da porta e vejo o meu tio no chão todo machucado com um homem chutando o seu corpo, por alguns segundos perco o ar me lembrando das inúmeras vezes que apanhei antes

Rick: Espera eu vou pagar

Ouço uma voz grossa atrás de mim

- Saia da frente

Ele dá um passo a frente e sinto um frio na espinha, não acredito que vou passar por isso tudo de novo eu não posso

- Qual é o seu problema! Por que está fazendo isso ?

Ele ri e os outros homens também e pela primeira vez ouço a voz do meu tio

Pedro: Ela é minha sobrinha

Ele faz força pra sentar me abaixo o ajudando, e ele está fedendo a álcool

Rick: Ela é sua

Olho pra ele sem entender nada, oque ele quis dizer com ela e sua

Rick: Aceite ela como pagamento das minhas dívidas, eu estava esperando ela completar 20 para vendê-la a um sheik

Caio pra trás sentada chocada com oque ouvir, ele vai me vender e me usar como pagamento oque está acontecendo aqui

- Aceito

Seguro no seu braço

- Tio do que está falando? Para de brincadeira isso não é hora

Ele não me olha tenho vontade de chorar mais não consigo, sinto alguém pegar no meu braço e me levantar

- Pronto chef

- Vamos embora

Olho pro meu tio e ele não diz nada nem mesmo olha pra mim, achei que meu dias de sofrimento ficaram no passado mais me enganei eles tinham razão uma pessoa como eu nunca vai ser feliz, o homem aperta meu braço e me arrasta pra fora de casa a dona Eloise vem correndo

Eloise: Oque estão fazendo com ela ?

Ela está chorando queria eu conseguir chorar assim ou pelo menos expressar alguma reação diante essa situação mais acho que o resto do meu coração acaba de se partir

Eloise: Não façam nada com ela, eu eu pago a divida dele por favor deixem a menina em paz

- Então pague

Eloise: Quanto ele te deve ?

- 500 mil

Sinto meu corpo fraquejar só de ouvir o valor

Eloise: Espere eu vou até o banco

Me solto do homem e corro até ela e seguro sua mão

- Não faça isso

Eloise: Meu lírio não se preocupe vai ficar tudo bem

Ela me abraça forte

Eloise: Eu não posso, me perdoe mais não vou deixar você sofrer assim

Ela solta o abraço faz um carinho no meu cabelo e me olha cheia de ternura

Eloise: Vai ficar tudo bem meu lírio

Eloise não tem toda essa quantia e o dinheiro que ela tem guardado é para seu tratamento, provavelmente ela vai pegar um empréstimo pra juntar o valor total, desse jeito ela vai ficar sem fazer o tratamento eu não posso deixar

Pego na mão dela e faço um carinho

- Obrigado por tudo Nona

Eu ja passei por muita coisa talvez eu mereça por ser fraca, dou um passo atrás procuro e vejo o homem parado perto de um carro olhando na nossa direção respiro fundo e vou até ele que me olha da cabeça aos pés e mesmo tremendo de medo abro a porta e entro no carro

- Podemos ir

Todos me olham sem acreditar, e a dona Eloise vem correndo até mim só abaixo a cabeça e não digo nada o homem entra no carro ao meu lado e automaticamente me encolho no canto

- Tem certeza disso ?

Confirmo com a cabeça e ele manda o motorista ir mais o homem não liga o carro

- Chef deixa a vó da garota pagar

Respiro fundo tentando juntar coragem de falar e abaixo a cabeça

- Ela não é a minha avó

O homem me olha e depois liga o carro, ouço a dona Eloise gritando por mim encosto a cabeça no vidro e fecho os olhos só imaginando oque vão fazer comigo que e Deus me ajude.

Capítulo 3

Narrado por Cobra

Estou no meu escritório verificando os pagamentos e as contas da boate

toc.. toc...

- Cobra trouxe os dados que pediu

- Entra

Pego a pasta e olho pra ele esperando por mais alguma coisa

Tony: Acho que vai querer dar uma olhada nisso aqui

Ele me entrega uma outra pasta, abro e tem várias notas promissórias

Tony: Ao total da 500 mil oque vai fazer ?

Aqui na boate deixo todos a vontade pra beber, fumar e pegar as mulheres que quiserem, faço isso pra quando a conta desses viciados nojentos estiverem alta eu cobrar como desejar

- Ainda não sei

Tony: Não precisa de ajuda pra entregar a mercadoria ?

- Não, já coloquei outro pra esse serviço

Tony: Então oque vamos fazer?

Enquanto estou pensando ouço meu celular tocar e uma ligação do meu tio

Ligação:

- Oque foi tio estou ocupado

- E o Arthur ele descobriu nosso armazém e colocou fogo no lugar

- DESGRAÇADO !!!

- O pessoal conseguiu controlar a situação e perdermos só cerca de 30 %

Desligo o celular e com raiva jogo ele na parede que quase acerta o Tony

Tony: Qual foi você tem que acerta o Arthur e não eu porra

Olho pra ele bem sério

Tony: Acho melhor voltar outra hora

- Vamos fazer uns acertos de contas 

Levanto e vamos até o carro ele entra e se senta ao meu lado

Tony: Vamos atrás de quem hoje ?

- Todos eu tô com raiva e como não posso quebrar a cara de quem eu quero vou bater em quem puder até me sentir melhor

Tony: Vamos começar pelo visto o dia vai ser longo

- Oque quer dizer com isso ?

Tony: Nada é que você sempre esta com raiva já reparou que ela nunca passa

- Cala a boca

( ... )

Já tem algumas horas desde que saímos cedo e minha raiva não passou nem um pouco talvez o Tony tenha razão

Tony: Esse e o último você precisa ir pra casa ver seu tio

- Tá vocês cuidem dele então vou só observar dessa vez

Tony: Sua raiva já passou não acredito

- Não, nem um pouco mais as minhas mãos estão começando a doer

O carro para perto de uma floricultura

Tony: A casa do Pedro

- Vamos dar um susto nele e depois pensamos em que ele vai ser útil

Saio do carro e vejo um homem mais velho ele parece discutir com uma garota então me aproximo e assim que ele me vê sai correndo e a garota vira pra mim ela pequena e tem uma flor no cabelo porra ela é tão linda que perco as palavras

- Precisam de algo senhores ?

Caralho até a voz dela é linda que merda, o Tony pergunta sobre o Rick e uma senhora diz que não sabe e antes que um dos meus homens fizesse algo o maldito aparece do outro lado da rua e os caras pegam ele e arrobam a porta da casa o jogam no chão

Rick: Eu vou pagar me de um tempo

Não respondo nada e um dos meus homens começa a bater nele, sinto um perfume doce passar por mim e quando vejo e a garota entrou e esta parada olhando a cena

- Saia da frente

Dou um passo na direção dela

- Qual é o seu problema ! Por que está fazendo isso ?

Essa a primeira vez que uma pessoa fala nesse tom comigo e eu não tenho vontade de matar ou corta a língua dela acabo rindo e os outros me acompanham mesmo sem saber o motivo

Rick: Ela é minha sobrinha

Ela ajuda ele a se sentar

Rick: Ela é sua

Oque esse maldito acabou dizer, por mais que eu esteja mesmo atraído por ela isso e absurdo

Rick: Aceite ela como pagamento das minhas dívidas, eu estava esperando ela completar 20 para vendê-la a um sheik

Vejo a garota cair pra trás sentada se eu estou chocado imagina ela, eu não posso aceitar isso essa garota não merece esse acordo mais pensando bem se eu não aceitar ele vai querer vender ela a outro pra arrumar dinheiro

- Aceito

Não posso deixar isso acontecer e também não vou deixar essa oportunidade passar afinal ela me interessou e muito

- Tio do que está falando? Para de brincadeira isso não é hora

Ela não consegue expressar tristeza ou medo mais na sua voz posso perceber o desespero, assim que saímos da casa uma senhora vem atrás da garota e até queria pagar mais não conseguiu e agora a garota esta encolhida no canto com a cabeça encostada na janela dormindo

Tony: Por que será que ela veio com a gente

- Não sei, descubra tudo sobre ela

Depois de um tempo chegamos na minha casa, Simão bate na porta e me entrega um envelope depois de encara a menina dormindo ao meu lado todos saem e eu continuo dentro do carro dependendo da informação que estiver escrito ela nem vai desce aqui

- Oque ?! Espera quem é você ?

Ela me olha depois olha pra janela acho que se lembrou de quem eu sou, ela fica em silêncio e não diz nada começo a ler seus dados

Nome: Maria Martins

Idade: 19 anos

Sem informações

Como assim sem informações, quem é essa garota ? Olho pra ela que me olha com os olhos cheios de medo

Maria: Oque vai fazer comigo ?

- Não sei ainda Maria

Maria: Como sabe meu nome ?

Viro os papéis e ela não diz nada só olha pra janela outra vez

- Escuta me fale sobre você ?

Maria: Pra que se já deve saber tudo

- Estou mandando não pedindo

Ela passa a mão pelas coxas subindo e descendo parecer está nervosa

Maria: Oque quer saber ?

- Tudo

Maria: Não tem muita coisa, morei em um orfanato até meus 15 anos depois o meu tio me trouxe pra cá e quando que me formei fui trabalhar na floricultura

Ela aperta a perna esse assunto deve ser delicado ou ela está mentindo

- Não tem mais nada pra me contar

Maria: Não tenho é mesmo que tivesse pra que te contar, você vai me fazer mal de qualquer forma não é mesmo?

Aí aí essa garota está tirando com a minha cara

- Tem razão, você vai fazer oque eu mandar

Ela suspira fundo vejo seus olhos tristes mais nenhuma lágrima desce oque e estranho qualquer um em sua situação estaria aos prantos me implorando, pego a mão dela e a puxo pra fora do carro

Maria: Me solta

- A princesa esqueceu que agora é minha

Maria: Por favor não fale como se eu fosse um objeto

- Mais foi oque apareceu quando seu tio te vendeu e você aceitou vim com um desconhecido

Ela me morde com força sinto o dente dela furar a minha pele, olho pra ela incrédulo como ela teve coragem pra fazer isso, agora essa maldita passou dos limites estou tentando ser legal e nem sei o motivo dou um passo me aproximando e ela abaixa a cabeça se encolhendo

- Irmãoo !!

Era só que me faltava ela vem correndo e me abraça apertado como sempre faz

- Oi Elisa oque faz aqui ?

Elisa: Estava te esperando não o vejo a dois dias estou com saudades poxa

Dou um sinal para meus subordinados saírem de perto não quero que vejam esse meu lado

- Também fiquei com saudades

Faço um carinho no cabelo dela e a puxo indo pra casa

Elisa: Espera, e ela irmão ?

Ela olha pra trás apontando pra Maria caramba me esqueci dela por um instante e agora oque eu faço porra

- Faz um favor pra mim leva ela pra minha casa

Elisa: OQUE ?! Pra sua casa tem certeza?

Só confirmo que sim com a cabeça ela entende e sai com a garota, então ligo pro Tony .

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