A cidade pulsava com a energia vibrante de um dia ensolarado. O sol brilhava alto no céu, tingindo a praça central com um dourado radiante que refletia o entusiasmo das pessoas que se moviam apressadas, cada uma em sua própria jornada. Entre elas, Wellington se destacava. Com seu sorriso largo e um brilho nos olhos, ele caminhava com um propósito claro: hoje, ele iria mudar sua vida para sempre.
Rosa, a mulher que havia capturado seu coração, estava ao seu lado. Seus cabelos longos e ondulados dançavam suavemente ao vento, enquanto seu vestido azul realçava sua beleza de maneira quase etérea. Para Wellington, ela era uma visão de perfeição. Ele a olhava com admiração, sentindo seu coração acelerar a cada passo. O amor que sentia por Rosa era profundo, quase palpável, como um laço invisível que os unia. Ele sabia que era hora de dar um passo decisivo.
À medida que se aproximavam do centro da praça, o burburinho da multidão se tornava mais intenso. Crianças riam, casais conversavam animadamente, e artistas de rua entretiam os passantes. Wellington parou por um momento para absorver a atmosfera. “É aqui”, pensou, seu coração batendo em uníssono com a animação ao seu redor. Ele tinha planejado cada detalhe. Queria que aquele momento fosse perfeito.
Com um movimento suave, ele segurou a mão de Rosa, olhando em seus olhos castanhos cheios de vida. Ela sorriu para ele, e naquele instante, Wellington sentiu que o mundo ao seu redor desaparecia. Ele puxou-a levemente, conduzindo-a para o centro da praça, onde um pequeno grupo de pessoas se havia reunido, atraídas por um artista que tocava violão.
“Wellington, o que você está fazendo?” Rosa perguntou, um misto de curiosidade e apreensão em sua voz.
“Confie em mim”, respondeu ele, com um brilho travesso nos olhos. Ele se virou e, com um gesto dramático, pediu a atenção da multidão. “Oi, pessoal! Eu gostaria de compartilhar algo especial hoje!”
As pessoas ao redor pararam e começaram a prestar atenção. Rosa olhou para ele, surpresa, mas também intrigada. O coração de Wellington batia mais rápido, mas ele sentia a adrenalina correr por suas veias. Era agora ou nunca.
“Rosa”, ele começou, a voz um pouco trêmula, mas firme. “Desde o dia em que te conheci, você iluminou minha vida de uma maneira que eu nunca pensei ser possível. Você é a razão do meu sorriso, da minha felicidade. Cada momento ao seu lado é um tesouro que guardo com carinho.”
Ele se ajoelhou, seus joelhos tocando o chão de pedra fria, e a multidão se inclinou para frente, ansiosa. O violão parou de tocar, e o silêncio tomou conta, exceto pelo leve sopro do vento. Wellington puxou uma pequena caixa do bolso. Ele a abriu, revelando um anel de noivado que brilhava sob a luz do sol.
“Rosa, você aceita ser minha esposa?” A pergunta ressoou no ar, e os olhos de todos se voltaram para a mulher que ele amava. Uma onda de emoção atravessou a praça.
Rosa ficou paralisada por um momento, a surpresa estampada em seu rosto. As lágrimas começaram a se formar em seus olhos. Wellington segurava a respiração, esperando ansiosamente pela resposta. Ele viu a luta interna em seu olhar, e seu coração apertou. O que se passava em sua mente? Estaria ela tão surpresa que não soubesse o que dizer?
Finalmente, um sorriso radiante se espalhou por seu rosto. “Sim! Sim, eu aceito!” Ela exclamou, a voz alta e clara. A multidão explodiu em aplausos e gritos de alegria, enquanto Rosa se abaixava e o abraçava com força, como se nunca quisesse soltá-lo. A conexão entre eles era palpável, e o mundo ao redor desapareceu mais uma vez.
Wellington colocou o anel em seu dedo, e Rosa admirou a joia, seus olhos brilhando com amor e felicidade. Os dois se levantaram e, em meio à multidão animada, se beijaram, selando aquele momento com um gesto de carinho que parecia durar uma eternidade.
No entanto, no fundo de sua mente, Rosa sentia uma sombra de insegurança. Ela havia escondido sua verdadeira identidade, vivendo como uma simples mulher comum enquanto testava o amor de Wellington. O medo de que ele não a aceitasse se soubesse quem realmente era a atormentava. Mas, naquele instante, ela decidiu deixar as preocupações de lado e aproveitar a alegria do momento.
A multidão continuou a celebrar, mas, enquanto Wellington dançava com Rosa sob o sol, ele não sabia que uma tempestade se aproximava. Um ano de amor genuíno estava por vir, mas a verdade que Rosa guardava poderia mudar tudo. Por ora, no entanto, eles estavam juntos, e o futuro parecia brilhante.
O tempo voou desde aquele dia mágico na praça. A cidade, antes um mero cenário, agora pulsava como o coração de Wellington e Rosa. A rotina cotidiana os unia de maneiras que Wellington nunca imaginou. Eles descobriram a beleza nos pequenos momentos: um café da manhã compartilhado, risadas em meio a tarefas domésticas, e noites tranquilas em que se perdiam em conversas sobre sonhos e o futuro.
Wellington, um jovem profissional, estava em ascensão em sua carreira. Seu trabalho em uma empresa de marketing o deixava empolgado, e ele frequentemente falava sobre seus projetos com entusiasmo contagiante. Rosa, mesmo mantendo seu emprego como gari, tinha uma presença iluminadora que tornava qualquer ambiente mais vivo. Ela se vestia de maneira simples, mas sua beleza natural brilhava, e sua alegria era um bálsamo para a alma de Wellington.
Certa manhã, enquanto tomavam café, Rosa observou Wellington com um olhar terno. Ele estava absorto em seu laptop, respondendo a e-mails e planejando sua apresentação para a próxima reunião. O sol entrava pela janela, iluminando seu rosto de uma forma que a fazia sentir um calor especial no coração. Ao vê-lo tão concentrado, ela pensou em como ele era apaixonado pelo que fazia e como isso a inspirava.
“Wellington”, ela disse, interrompendo sua concentração. “Você já pensou em onde se vê em cinco anos?”
Ele levantou a cabeça, surpreso. “Bem, eu tenho algumas metas profissionais em mente, mas... e você? O que você deseja para o futuro?”
Rosa hesitou por um momento. Havia tanto que ela queria compartilhar, mas o peso de seu segredo a impedia. “Quero ser feliz, assim como agora. Quero que a nossa vida continue sendo cheia de amor e risadas.”
“E será!” ele respondeu, segurando a mão dela. “Nós vamos conquistar o mundo juntos.”
O sorriso de Rosa era genuíno, mas um leve tremor de ansiedade a acompanhava. Ela sabia que, para que isso se concretizasse, precisaria lidar com sua própria verdade.
Os dias se transformaram em semanas, e o verão se dissipou lentamente, dando lugar ao outono. O clima mais fresco trazia consigo novas cores e um ar de nostalgia. Wellington e Rosa adoravam passear pelo parque, onde as folhas caíam como um tapete dourado sob seus pés. Em um desses passeios, enquanto caminhavam de mãos dadas, Wellington parou e olhou nos olhos de Rosa.
“Eu tenho uma surpresa para você”, disse ele, com um sorriso travesso.
“Uma surpresa? O que é?” Ela perguntava, a curiosidade brilhando em seus olhos.
“Vamos fazer uma viagem de fim de semana. Apenas nós dois, longe de tudo. O que você acha?”
Rosa sentiu seu coração acelerar. “Isso soa incrível! Para onde iremos?”
“Uma pequena cidade à beira-mar. Eu reservei uma cabana. Queria que tivéssemos um tempo só nosso, para relaxar e aproveitar a companhia um do outro.”
A ideia a encantou. Rosa sempre sonhou em estar em um lugar assim, mas o que a deixava realmente animada era a oportunidade de estar sozinha com Wellington, longe das distrações do mundo.
Na noite da viagem, enquanto arrumavam as malas, Rosa sentiu uma mistura de emoção e nervosismo. O que ela poderia esconder por mais tempo? As pequenas mentiras que contara para proteger a sua identidade começaram a pesar em seu coração. Mas, ao olhar para Wellington, que estava tão empolgado e cheio de esperança, ela decidiu que, pelo menos por enquanto, tudo ficaria como estava.
Ao chegarem à cabana, o cenário era deslumbrante. O mar se estendia até onde os olhos podiam ver, e o som das ondas quebrando na areia era como uma música suave. Wellington a puxou para dançar na varanda, sob a luz das estrelas. O momento era mágico, e Rosa se sentiu completamente apaixonada.
“Olha aquelas estrelas”, disse Wellington, apontando para o céu. “Você sabia que existem mais estrelas no universo do que grãos de areia em todas as praias da Terra? Isso me faz pensar em quantas possibilidades existem para nós.”
Rosa riu, admirando a forma como ele sempre conseguia encontrar poesia nas coisas simples. “Eu nunca tinha pensado nisso. É como se cada estrela fosse um sonho esperando para ser realizado.”
A noite continuou com risadas e confidências. Eles exploraram a cidade, experimentaram pratos locais e até fizeram uma fogueira na praia, onde compartilharam histórias de infância e planos para o futuro. A conexão entre eles parecia se aprofundar a cada momento.
Mas, em meio à alegria, a sombra do segredo de Rosa continuava a pairar. Em uma noite calma, enquanto se aconchegavam sob um cobertor, a ansiedade dela transpareceu.
“Wellington, você já se perguntou se as pessoas são sempre o que parecem ser?” ela perguntou, sua voz quase um sussurro.
Ele a olhou intrigado. “Às vezes, sim. Mas eu prefiro acreditar que o amor é genuíno, que as pessoas têm boas intenções.”
“E se alguém estivesse escondendo algo importante de você?” Rosa indagou, seu coração apertando.
“Eu confiaria nessa pessoa. Amor é sobre honestidade e compreensão. Se você ama alguém, você aceita quem ela é, com todos os seus segredos.”
As palavras dele a tocaram profundamente. “Você acha que poderia me amar mesmo se eu fosse diferente do que você pensa?”
“Rosa, eu te amo pelo que você é, não pelo que você tem ou pelo que faz. Para mim, você é perfeita.”
As palavras dele a envolviam como um abraço caloroso, mas a verdade que ela escondia era como uma tempestade prestes a eclodir. A pressão estava aumentando, e ela sabia que, em algum momento, não poderia mais evitar a revelação.
Ao voltar para casa, a rotina se restabeleceu. O trabalho de Rosa como gari continuava, e ela se dedicava a ele como uma forma de se sentir próxima do povo, da vida simples que sempre valorizou. Enquanto isso, Wellington se destacava em sua carreira, trazendo sorrisos e orgulho para Rosa.
No entanto, as pequenas mentiras que ela contara começaram a corroer sua paz. A cada dia que passava, a ansiedade crescia, e a ideia de que precisava ser honesta com Wellington tornava-se cada vez mais urgente. Mas como poderia revelar a verdade sem destruir o que havia construído? Como ele reagiria ao descobrir que a mulher que ele amava era uma bilionária e não a simples gari que ele acreditava?
Assim, o ano de amor que parecia perfeito estava prestes a enfrentar sua primeira grande tempestade. Rosa olhou para o futuro com um misto de esperança e temor, sem saber que a verdade, quando revelada, poderia mudar tudo.
Os dias se transformaram em semanas, e a vida de Rosa e Wellington parecia fluir suavemente, como um rio tranquilo. No entanto, sob essa superfície calma, uma tempestade de emoções se formava no coração de Rosa. A alegria de estar com Wellington era constante, mas o peso de seu segredo a seguia, como uma sombra que nunca a abandonava. A ideia de revelar sua verdadeira identidade se tornava cada vez mais angustiante.
Rosa era, na verdade, uma bilionária, a CEO de uma das empresas mais renomadas do país. Sua vida antes de conhecer Wellington havia sido repleta de luxo e glamour, mas ela havia escolhido se afastar desse mundo para descobrir quem realmente era, longe das expectativas e do peso do dinheiro. O que mais a fascinava era a simplicidade da vida cotidiana. E foi assim que decidiu se disfarçar de gari, uma escolha que a levaria a uma jornada de autodescoberta e, ao mesmo tempo, a um teste inesperado para o amor que sentia por Wellington.
Certa manhã, enquanto se preparava para mais um dia de trabalho, Rosa olhou-se no espelho. O reflexo que via era de uma mulher comum: cabelo preso em um coque bagunçado, uniforme azul claro e bota de trabalho. Para o mundo, ela era apenas mais uma gari, mas dentro de si, a essência da bilionária ainda pulsava. O que ela precisava saber era se Wellington a amava pelo que realmente era ou apenas pela imagem que ele tinha dela.
No seu primeiro dia como gari, Rosa sentiu uma mistura de nervosismo e excitação. Ela se juntou a uma equipe de limpeza urbana, e logo se viu imersa na rotina. As ruas da cidade eram sua nova realidade, e cada dia era uma nova oportunidade de ver a vida de um ângulo diferente. Enquanto trabalhava, ela observava as interações das pessoas, notando a bondade e a despreocupação que muitas vezes faltavam em seu mundo anterior.
Wellington, por outro lado, estava em seu elemento. Ele continuava a trabalhar em sua empresa de marketing, onde sua paixão pela criatividade e inovação o tornava um dos colaboradores mais valorizados. Ele frequentemente passava pela rota onde Rosa trabalhava, sem saber que a mulher que via apenas como uma funcionária qualquer era, na verdade, sua esposa. Para ele, Rosa era um amor que iluminava seus dias, e a ideia de que ela poderia estar envolvida em algo tão simples e, ao mesmo tempo, tão significativo, nunca passou por sua mente.
Durante semanas, Rosa se escondeu sob sua nova identidade, observando Wellington de longe. Ela via como ele interagia com seus colegas de trabalho, como se dedicava a seus projetos e como se preocupava com as pessoas ao seu redor. Cada sorriso que ele compartilhava a enchia de orgulho e amor, mas também de culpa. A verdade era uma carga pesada, e a dúvida começou a corroer sua confiança. Será que ele a amaria se soubesse quem ela realmente era?
Em um dia particularmente ensolarado, enquanto Rosa realizava sua rotina, viu Wellington conversando com um grupo de amigos em um café próximo. O coração dela disparou ao vê-lo tão alegre. Ele estava com uma camisa polo que realçava seus músculos e um sorriso que poderia iluminar a cidade inteira. Mas, ao mesmo tempo, ela sentiu um aperto no peito. O que aconteceria se ele a visse? E se ele reconhecesse a mulher com quem estava casado?
Determinada a não deixar que isso a impedisse, Rosa continuou sua rotina. Ela se misturava ao grupo de garis, compartilhando risadas e histórias com seus novos amigos, que não tinham ideia do seu passado. Era reconfortante e libertador, uma fuga temporária da pressão de sua vida anterior.
Certa tarde, enquanto Rosa e seus colegas limpavam um parque, Wellington passou novamente, desta vez mais perto. Ele estava em uma ligação, mas, por um momento, seus olhos se cruzaram. Rosa sentiu um frio na barriga. Ele parecia tão feliz, tão alheio ao que estava acontecendo ao seu redor. Ela sorriu timidamente, mas ele não a reconheceu, apenas acenou com a cabeça e seguiu seu caminho.
Aquele breve encontro a deixou em êxtase e desespero. Por um lado, ela se sentiu aliviada por ele não ter percebido quem ela era, mas, por outro lado, a distância emocional entre eles parecia aumentar. O amor que compartilhavam era genuíno, mas o muro que ela havia levantado entre suas identidades a impedia de se conectar completamente com ele.
Nos dias que se seguiram, Rosa decidiu que precisava de uma pausa. Ela se afastou do trabalho e passou um tempo sozinha, refletindo sobre suas escolhas. À noite, enquanto caminhava pela praia, as ondas quebrando suavemente na areia, ela se permitiu sentir a tristeza que havia escondido. O que ela estava fazendo com Wellington? Ele merecia saber a verdade. Mas o temor da rejeição era avassalador.
O mar, vasto e profundo, parecia refletir seu dilema interno. O que era mais importante: a verdade ou a felicidade que estavam vivendo? Ao olhar para as estrelas, Rosa desejou que houvesse uma maneira de unir as duas coisas, mas a realidade era complexa e cheia de nuances.
Uma noite, enquanto observava a lua refletida nas águas, ela decidiu que precisava falar com Wellington. O amor deles era forte, mas a mentira estava corroendo a fundação do relacionamento. Se ele realmente a amasse, acreditava que poderia aceitar sua verdadeira identidade. Mas como ela poderia fazer isso? Como poderia quebrar a barreira que ela mesma havia construído?
Na manhã seguinte, Rosa se levantou determinada. Ela não poderia mais viver com o peso da mentira. Precisava encontrar um jeito de revelar sua verdadeira identidade a Wellington. No entanto, em seu íntimo, uma dúvida persistia: será que ele a aceitaria? Com o coração pesado, mas confiante de que era o momento certo, Rosa decidiu que iria encontrar um jeito de se abrir para ele. A verdade seria libertadora, mesmo que dolorosa.
Assim, a vida seguiu, e Rosa se preparou para enfrentar o que seria, sem dúvida, um dos momentos mais difíceis de sua vida. A verdade estava prestes a ser revelada, e a jornada de amor e descoberta que Wellington e Rosa compartilharam estava prestes a ser testada de formas que nenhum dos dois poderia prever. O futuro era incerto, mas a determinação de Rosa em ser honesta era um primeiro passo em direção a um novo capítulo em suas vidas.
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