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O Guardião do Abismo*

o Guardo Guardiaõ do abismo

Ascensão do Fragmento Sombrio

Capítulo 1 - O Chamado da Escuridão

A chuva torrencial desabava sobre a cidade de Mirvalis, as ruas de pedra reluzindo sob o brilho pálido dos postes alimentados por cristais de luz. Dante Vale caminhava apressado, a capa esfarrapada encharcada e pesada. Seus olhos percorriam a multidão apática à sua volta, mas ele sabia que não poderia se dar ao luxo de se distrair.

— Ei, Dante! — chamou uma voz rouca atrás dele.

Dante parou, o punho apertando o cabo da espada que carregava às costas. Virou-se apenas o suficiente para encarar o homem baixo e corpulento que vinha em sua direção. Era Bryce, um corretor de missões conhecido por trabalhar com os caçadores de menor nível.

— Bryce. Se veio me oferecer outra missão suicida, economize seu fôlego — respondeu Dante, sua voz carregada de cansaço.

Bryce deu uma risada nervosa.

— Calma, camarada. Esta é diferente. Algo simples. Dizem que um Fragmento foi avistado nas Ruínas de Lorath. Não deve ter monstros muito fortes por lá. Só precisa trazer o cristal de volta, e eu te pago.

Dante franziu o cenho. Fragmentos eram valiosos — extremamente valiosos —, mas sempre vinham acompanhados de perigo. Ainda assim, ele não tinha muitas escolhas. Seu estômago roncava em protesto, e ele sabia que o dinheiro para a próxima refeição era inexistente.

— Quanto? — perguntou, seco.

— Cinco mil ducados. Metade agora, metade quando entregar o Fragmento.

Dante fez uma pausa. Era mais do que ele ganhava em um mês inteiro de missões. Aquilo cheirava a encrenca, mas ele estava desesperado.

— Fechado — disse, estendendo a mão.

Bryce entregou uma pequena sacola de moedas e uma coordenada escrita em um pedaço de pergaminho.

— Boa sorte, Dante. Você vai precisar.

As Ruínas de Lorath ficavam a uma hora de viagem de Mirvalis, escondidas no meio de uma floresta densa e esquecida. Dante atravessou o caminho coberto por raízes retorcidas e árvores que pareciam sussurrar sob o vento. O ar ali era pesado, quase sufocante, e cada passo o fazia sentir como se estivesse sendo observado.

Ao chegar às ruínas, ele parou para avaliar o local. As construções estavam quase completamente engolidas pela vegetação, mas uma luz pulsante e azulada emanava de uma estrutura no centro do local.

— Lá está você — murmurou, ajustando sua espada.

O Fragmento estava em uma pequena plataforma, rodeado por símbolos arcanos que brilhavam de maneira irregular. Dante deu um passo hesitante em direção a ele, mas parou quando sentiu o chão tremer.

— Claro que não seria tão fácil — murmurou com um suspiro exasperado.

Das sombras, uma criatura grotesca emergiu. Era uma Sombra Eterna — um humano que havia sucumbido à corrupção de um Catalisador. A figura tinha dois metros de altura, sua carne coberta por um exoesqueleto negro como carvão, e olhos brilhando em um vermelho insano.

Dante empunhou sua espada.

— Vamos ver o que você tem.

A Sombra atacou com velocidade surpreendente, e Dante mal teve tempo de desviar. Ele girou o corpo, acertando um golpe no flanco da criatura, mas sua lâmina escorregou inofensivamente pela carapaça.

— Ótimo, mais um inimigo impossível de cortar — rosnou.

A luta foi intensa. Dante usava sua agilidade para evitar os ataques ferozes da Sombra, mas sua energia estava se esgotando rapidamente. Ele sabia que não poderia continuar por muito mais tempo.

Foi então que ele sentiu algo. Uma presença, como se o Fragmento o estivesse chamando.

— Não… Não pode ser… — murmurou, enquanto seus olhos se voltavam para o cristal brilhante na plataforma.

O Fragmento pulsava com uma luz hipnotizante, e Dante sabia que tinha uma escolha: fugir e aceitar a derrota ou tocar o Fragmento e arriscar ser consumido por sua energia sombria.

Com um grito de frustração, ele saltou para a plataforma e agarrou o cristal. Uma onda de energia percorreu seu corpo, fazendo-o cair de joelhos enquanto a Sombra avançava em sua direção.

Mas, antes que a criatura pudesse atingi-lo, Dante sentiu uma explosão de poder. Sua visão se tornou negra, e ele ouviu uma voz profunda e ressonante em sua mente:

— Você é digno?

Dante tentou responder, mas sua garganta parecia fechada. Ele apenas pensou no que tinha perdido, no que ainda queria recuperar, e na fúria que ardia em seu coração.

— Então, prove sua força.

De repente, Dante se viu de pé novamente, sua espada envolta em uma aura negra e pulsante. A Sombra hesitou, mas Dante não deu tempo para ela reagir. Ele avançou com velocidade e força impossíveis, desferindo um golpe que partiu a criatura ao meio.

A respiração de Dante estava pesada enquanto ele observava a Sombra desaparecer em uma nuvem de cinzas. Ele olhou para suas mãos, que agora brilhavam com a mesma energia sombria do Fragmento.

— O que diabos é isso? — perguntou a si mesmo, mas a voz em sua mente respondeu:

— É o início.

Dante retornou a Mirvalis carregado de dúvidas e medo. Ele não contou a Bryce sobre o que havia acontecido, mas percebeu rapidamente que algo havia mudado. Enquanto caminhava pelas ruas, sentia olhares fixos nele — alguns de curiosidade, outros de medo.

Naquela noite, enquanto descansava em sua pequena moradia, o sistema se manifestou pela primeira vez. Um painel translúcido surgiu diante de seus olhos, com letras brilhantes e uma mensagem simples:

[Sistema Ativado]

Parabéns, você é agora o Receptáculo do Abismo.

Missões disponíveis:

Elimine Sombras Eternas (0/10) — Recompensa: Habilidade: Véu do Abismo.

Sobreviva por 7 dias — Recompensa: +5% Resistência à Corrupção.

Dante olhou para o painel, incrédulo. Ele sabia sobre sistemas, lendas que falavam de caçadores que eram "escolhidos" por forças sobrenaturais. Mas ele nunca acreditou que poderia ser um deles.

— Isso só pode ser uma piada — murmurou, mas sabia que não havia como fugir daquilo.

O som de passos do lado de fora de sua porta o trouxe de volta à realidade. Antes que pudesse reagir, a porta foi arrombada, e dois homens armados entraram no cômodo.

— Dante Vale, você está sob custódia da Guilda da Lâmina Dourada. Entregue o Fragmento ou enfrente as consequências!

Dante olhou para eles, sua mão instintivamente indo até a espada. Ele não sabia por que haviam vindo atrás dele tão rapidamente, mas uma coisa era clara: sua vida nunca mais seria a mesma.

E ele não iria entregar nada sem lutar.

o Guardiaõ do abismo

Capítulo 2: O Fragmento Sombrio

O vento uivava através da planície desolada, trazendo consigo o cheiro de terra queimada e o eco distante das ruínas que haviam sido uma cidade próspera. Dante Vale se manteve imóvel, observando o céu escuro. O fragmento brilhava acima dele, como uma estrela distante, pulsando em uma frequência que apenas ele parecia perceber. Seu peito apertava, e a sensação de ser observado o fazia querer arrancar sua alma do corpo. Ele sabia que não estava sozinho.

O campo de batalha à sua frente era um cenário de morte e destruição. Os corpos dos monstros caídos, vítimas de sua espada, estavam espalhados pelo chão, com os olhos ainda brilhando de um vermelho doentio, como se o próprio inferno tivesse aberto suas portas para o mundo. O céu acima estava nublado, obscurecido pela presença de algo muito mais ameaçador do que qualquer inimigo físico: o Fragmento Sombrio.

"Você deveria tê-lo destruído quando teve a chance."

A voz era baixa, vinda de um ponto desconhecido. Dante girou rapidamente, a lâmina de sua espada se erguendo automaticamente, pronta para cortar. Mas nada. Apenas o vento e o som do movimento de sua própria respiração quebrando o silêncio.

"Mostre-se!" Dante gritou, sua voz cortando o ar denso.

O silêncio voltou. Mas logo, ele sentiu. Algo estava se movendo nas sombras à sua esquerda. A presença não era humana — era mais antiga, mais cruel. Algo que Dante não tinha nome, mas que sabia o que significava.

"Você já me conhece, Dante," a voz falou novamente, mais próxima desta vez. E, de repente, uma figura surgiu das sombras, como se estivesse sendo formada pelo próprio vazio. Uma mulher de olhos intensos e cabelos negros como a noite. Ela estava envolta por um manto escuro que parecia ser feito de puro éter, distorcendo a realidade ao seu redor.

Dante apertou os dentes, reconhecendo a figura. Ela não era uma desconhecida.

"Você?" Ele disse com desconfiança. "O que você quer agora, Fenix?"

Fenix, a maga exilada, sorriu de forma enigmática. "Eu sou uma sombra de seu passado, Dante. Você deveria ter me deixado para trás." Ela se aproximou, seu olhar implacável e frio. "Mas como sempre, você escolhe os caminhos mais tortuosos."

Dante a observou com desdém. Ele não entendia completamente as intenções dela, mas sabia que ela estava envolvida com as forças que o haviam forçado a carregar o peso de um poder que não queria. Fenix havia sido uma aliada, uma vez — uma aliada no treinamento. Mas as escolhas dela haviam o afastado, e ele nunca mais a vira depois de sua queda. Agora, ela estava de volta.

"Eu não escolhi nada," Dante respondeu, sua voz baixa, mas firme. "Este poder não é algo que eu quisesse. Eu sou apenas um produto das circunstâncias."

Fenix deu uma risada baixa, quase divertida, e se aproximou ainda mais, agora a apenas alguns metros de distância. "Você se engana. Você sempre foi um escolhido, Dante. O Fragmento que você carrega é a chave para o que está por vir. E não importa o quanto você tente se esquivar, você não poderá fugir de seu destino."

Dante sentiu um calafrio. As palavras de Fenix o afetaram, mas ele se manteve firme. Ele havia caído em muitas armadilhas no passado, mas não mais. Ele não permitiria que sua mente fosse manipulada por palavras vazias.

"Você está dizendo que tudo isso é parte de um plano maior?" Dante perguntou, seus olhos se estreitando. "Que eu sou apenas uma peça nesse jogo sujo?"

Fenix observou-o com um olhar que misturava pena e reconhecimento. "Você é mais do que isso. Você é o primeiro de muitos, Dante. O Fragmento Sombrio é apenas o começo. E, mesmo que você tente, não conseguirá evitar o que está por vir."

A sensação de desespero crescia dentro de Dante. Ele sabia que ela estava falando sobre algo maior. Algo que ele não conseguia entender completamente. O Fragmento em sua posse não era apenas um objeto — era um símbolo, uma chave. Mas para o quê?

"Eu não sou seu peão," Dante disse, determinado. "E se você veio até aqui para tentar me manipular novamente, saiba que você está perdendo seu tempo."

Fenix sorriu levemente, mas havia uma sombra de tristeza em seus olhos. "Você não tem escolha, Dante. Nenhum de nós tem. O Fragmento Sombrio é imenso, mais do que sua mente pode compreender neste momento. Mas logo, logo você entenderá."

Ela se virou para a vasta paisagem à frente, e Dante a seguiu com o olhar. Algo se movia nas profundezas da terra, uma presença imensa que ele podia sentir em suas entranhas. O Fragmento começou a brilhar mais intensamente, como se respondesse àquela força oculta.

"Eu o avisei," Fenix disse suavemente, sem olhar para ele. "O Abismo está chamando, e você não pode fugir dele."

Antes que Dante pudesse reagir, Fenix desapareceu nas sombras, como se nunca tivesse estado ali. O vento parou abruptamente, e um silêncio mortal se instaurou. O campo de batalha estava agora mais quieto do que antes, como se até o mundo estivesse esperando algo acontecer.

Dante se aproximou do Fragmento, sua mão estendendo-se automaticamente em direção à pedra flutuante. Ele sabia que não tinha escolha. Era como se o destino o tivesse marcado. O poder do Fragmento se estendia por todo o campo, absorvendo o ambiente, conectando-se com ele. Era quase como uma sensação de fome, algo que ele podia sentir dentro de seu peito.

Ele fechou os olhos por um momento, respirando fundo. Sabia que sua jornada estava apenas começando, e a revelação de Fenix ainda ressoava em sua mente. Não podia mais fugir. O poder do Fragmento Sombrio o chamava, e ele já não tinha certeza de onde esse chamado o levaria.

Com uma última olhada para as sombras ao seu redor, Dante fez sua escolha. Ele tocou o Fragmento.

Instantaneamente, uma onda de energia negra e roxa invadiu seu corpo, e ele sentiu como se fosse arrancado de sua própria pele. Seu coração disparou, e sua visão ficou turva, como se o mundo ao seu redor estivesse sendo distorcido. O Fragmento não o abençoava — ele o consumia, absorvia tudo o que Dante era, tudo o que ele ainda poderia ser.

E, no centro de sua mente, uma voz sussurrou.

"Bem-vindo ao Abismo, Dante Vale."

O som de um risada distante ecoou pela vastidão escura que envolvia seu ser.

Esse é o segundo capítulo, em que Dante começa a perceber o peso de sua conexão com o Fragmento Sombrio, enquanto os segredos ao seu redor começam a se desdobrar lentamente.

o Guardiaõ do abismo

Capítulo 3: A Corrupção do Abismo

Dante caminhava pelos campos devastados, seus passos ecoando na vastidão da terra que parecia nunca ter visto vida verdadeira. O céu, cinza e carregado, parecia refletir o vazio dentro de si. Ao seu redor, os ventos sibilavam, trazendo consigo o cheiro de algo putrefato, como se a própria terra estivesse morrendo. Era uma sensação que ele conhecia bem.

Ele não se importava. Não mais.

A missão que havia aceitado na noite anterior o trouxera até aqui, até um vilarejo isolado onde a corrupção das Sombras Eternas tomava conta das almas dos inocentes. Uma terra condenada, onde a luta pela sobrevivência se transformara em um ciclo eterno de desespero. Dante não sabia o que o aguardava, mas isso não importava.

Apenas a batalha, o poder, e a vingança.

Ele olhou para a lâmina que carregava. Sua espada não era mais uma simples lâmina forjada em aço. Ela agora estava imbuída de uma energia sombria que dançava ao longo da lâmina com um brilho púrpura. Era o poder que ele tivera a sorte – ou a maldição – de obter quando se tornara um Receptáculo do Abismo.

— Será que o poder da escuridão será o suficiente para me livrar de todos os fantasmas que me perseguem? — pensou Dante, o peso de sua própria dúvida preenchendo o espaço vazio em sua mente.

Seus olhos se estreitaram quando avistou, ao longe, o vilarejo. Ele sabia que a corrupção das Sombras Eternas estava lá. O que ele não sabia era a intensidade do mal que aguardava dentro das suas fronteiras. Ou o que ele enfrentaria ao cruzar os portões.

Ao se aproximar, o ar tornou-se mais denso, como se a própria atmosfera estivesse sendo comprimida pela presença de algo maligno. E então, ele viu.

O vilarejo parecia intacto à distância, mas algo estava errado. Havia uma quietude que, mais do que tranquila, era mortal. Quando Dante passou pelos campos que margeavam o vilarejo, o silêncio o envolveu. Não havia sons de animais ou aves. As casas estavam em ruínas, mas mesmo as sombras que se projetavam das ruínas pareciam mais sombrias do que o normal. Como se algo tivesse devorado toda a luz.

— Não há mais luz aqui. — A voz que ressoou em sua mente era a sua própria, mas diferente. Era mais grave, mais ameaçadora.

Ele apertou a espada com mais força, seus dedos se contraindo ao redor da empunhadura. A escuridão ao seu redor parecia reagir ao seu desconforto. Ele se forçou a seguir em frente.

A medida que entrava no vilarejo, a sensação de ser observado aumentava. Algo estava esperando por ele, algo que sabia de sua chegada. A tensão cresceu, e Dante percebeu que não estava sozinho.

— Não posso me dar ao luxo de hesitar... ou de mostrar fraqueza. — Ele sabia que não havia mais tempo a perder.

De repente, uma figura emergiu das sombras. Um homem, ou pelo menos parecia ser humano, mas seus olhos estavam completamente negros, sem íris ou pupilas. Sua pele tinha uma tonalidade acinzentada e uma energia corrupta emanava dele.

— Você chegou. — A voz do homem foi baixa, mas cheia de uma autoridade sobrenatural. Ele deu um passo à frente, e Dante sentiu o peso da presença do homem, como se o próprio espaço ao redor dele estivesse se distorcendo.

— "Quem é você?" — Dante perguntou, sua voz firme, mas com a cautela de quem sabia que nada, neste mundo, deveria ser subestimado.

O homem sorriu, um sorriso que parecia mais uma contorção do rosto do que uma expressão de alegria.

— Eu sou... o Guardião deste lugar. O que resta de quem ousou desafiar a verdadeira essência do Abismo. — A figura fez um gesto abrangente, como se se referisse a toda a corrupção do vilarejo. — Mas eu não sou seu inimigo. Você... é. — Ele apontou para Dante, e a escuridão ao seu redor parecia ganhar vida.

Dante levantou a espada, pronto para atacar, mas hesitou por um momento. Algo naquele homem, ou naquilo que ele representava, fez com que seu instinto gritasse. Ele sentiu a energia sombria, e algo dentro dele também se agitava. A espada nas suas mãos vibrava, respondendo à energia do inimigo. Era o Fragmento Sombrio, chamando-o, pedindo mais poder.

— Você não entende o que está acontecendo, não é mesmo? — A voz do Guardião soou como um sussurro que atravessava o vento. — O Abismo que você carrega... está crescendo em você. Você não pode lutar contra isso. Não mais.

Dante franziu a testa, sentindo o peso daquelas palavras. Ele sabia que o poder que agora possuía não era algo que poderia controlar indefinidamente. Mas isso não o impediria de lutar. Ele não podia se dar ao luxo de duvidar agora.

— "Eu sou mais forte do que você imagina." — Ele rosnou, avançando em direção ao Guardião com velocidade impressionante.

A espada cortou o ar com um grito, mas o Guardião apenas sorriu, erguendo uma mão. A escuridão ao redor dele se condensou em uma barreira sólida, bloqueando o golpe com facilidade. Dante recuou, sua expressão se tornando mais feroz.

— Você carrega o Fragmento, mas ele ainda não é seu mestre. É ele quem vai te consumir, Dante Vale. — O Guardião riu, seu som distorcido pela energia escura.

Dante deu um passo atrás, seu corpo vibrando com a energia do Fragmento. Sentiu seu poder crescente, sua força se expandindo a cada segundo. Mas também sentia a sombra dentro de si, como um veneno silencioso. Não importava o quão forte ele ficasse, aquele poder ainda o consumiria.

— "Eu não sou seu escravo!" — Ele gritou, desferindo outro golpe com ainda mais força, tentando atravessar a barreira.

A espada atravessou a barreira sombria, cortando-a como se fosse papel, e o impacto gerou uma explosão de energia que os fez recuar. Dante, ofegante, sentiu a corrente de poder pulsando dentro dele. Ele não sabia por quanto tempo poderia resistir ao controle do Fragmento. Mas ele não tinha escolha.

O Guardião, agora visivelmente irritado, levantou a mão para o céu. Uma onda de energia sombria surgiu, como uma tempestade, convergindo para ele.

— Se você quer ser o mestre do Abismo, então venha me tomar!

O ar ao redor de Dante se distorceu enquanto ele canalizava toda a sua energia no Fragmento, sentindo seu corpo tremendo de poder. Não sabia o que aconteceria quando o usasse por completo. Mas não havia mais tempo para hesitar.

O impacto foi brutal.

Fim do Capítulo 3

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