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Grávida De Um Mendingo

Uma profunda tristeza

— Yasmin! Yasmin!_ Gritava Ígara, uma das criadas pelo palácio.

— Onde se enfiou aquela menina! Ela vive arrumando intrigas com os pais e eles descontam em nós quem cuidamos dela!

Exclama ferozmente enquanto ranfe os dentes.

— A senhorita Yasmin está no jardim escrevendo.

Thomas, o jardineiro dizia.

— Que raios! Os pais estão a chamando para o jantar e ela no jardim?

A mulher retorna os seus passos dirigindo— se até o jardim furiosa.

Chegando lá se assusta com à garota completamente suja de lama deitada sob o chão.

— Senhorita! O que diabos está fazendo?

Com a sua face vermelha enquanto puxa os próprios cabelos Ígara grita.

Yasmin por sua vez apenas ri não apenas da situação como também da mulher.

— Desculpe— me! É que tive uma grande idéia para o meu novo livro e me empolguei.

Ela sorri gentilmente enquanto com indiferença é tratada.

— A senhorita um dia matará os seus pais com essa atitude.

Ígara dizia friamente revirando os olhos.

Yasmin ficou inquieta ainda sentada com o seu lindo vestido amarelo e sua coroa de princesa sujos pela lama.

Cabisbaixa a mesma estica as mãos em direção à criada que rapidamente o segurou.

A garota logo levantou a cabeça sorrindo de forma maliciosa para a criada que não entendeu , mas, sentiu o seu corpo caindo sob a lama ao lado da garota que apenas gargalhou segurando no estômago.

— O que foi que você fez garota? Vou acabar sendo demitida por sua causa!

Reclamava Ígara com a jovem que apenas continuava a rir sem parar.

— Você é sempre séria Ígara! Tente pelo menos rir um pouco. A suaua cara é muito séria e assustadora.

A mulher já suja levanta—se puxando no braço da garota.

— Calma mulher! Apenas se acalma.

Dizia Yasmin.

— Calma? Os seus pais estão a chamando faz um tempo e estão bem zangados com a senhorita! Se lhe verem assim neste estado irão dar—lhe enormes sermões!

Yasmin faz uma cara de arrependida tentando conseguir o perdão da mulher.

— Espera! enho que pegar o meu caderno de anotações.

Yasmin é solta e logo busca o caderno que havia deixado próximo à poça de lama.

— Precisamos de um banho urgentemente! Os seus pais estão na sala do trono à sua espera para o jantar assim que você chegar.

Ígara realmente parece apreensiva, os seus olhos e corpo mudam conforme o seu medo aumenta enquanto ambas seguem em direção ao palácio.

— Eita! Por acaso andou dormindo sob a lama?

Pergunta Thomas num tom de voz sarcástico.

— Quero vê onde ficara a graça quando for demitido por essas piadas de mal gosto!

Ígara o repreende a assustar o homem.

A mulher a leva até o quarto na parte superior do palácio suplicando à jovem que tome um longo e demorado banho.

" Essa menina desde pequena sempre foi travessa! Gosta de aventura e inventar histórias. Os seus pais não aprovam, mas, não fazem nada para resolver tal assunto e fica por isso mesmo."

Enquanto isso no banho...

— Ha! Nada pode superar um banho aconchegante após pensar e escrever tanto! É renovador tal fato.

Resmunga à jovem sob a banheira.

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— Cadê aquela menina irresponsável! Ela já não deveria estar aqui?

Henrique a chamava bastante nervoso enquanto checava o relógio.

— Calma querido! Em breve Yasmin estará aqui, apenas tenha um pouco de paciência e tudo ficará bem!

Esmeralda, mãe da garota, no entanto, tentava acalmar o marido.

— Se ela demorar demais com toda a certeza lhe darei um belo castigo por nos fazer de gato e sapato!

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Saúl o mordomo entrava na sala.

— Senhor Henrique Florence, e, Senhora Esmeralda Florence a senhorita Yasmin está no banho, e, em breve chegará!

Relata ele.

Henrique sentava—se na cadeira suspirando aliviado.

— Um dia ela acabará me matando de tanta agonia!

Ígara que havia tomado um banho e trocado as roupas retorna para o quarto da garota batendo na porta, mas, sem nenhuma resposta entra mesmo assim.

— Menina! Porque esta despida no meio do quarto?

Com rapidez a criada fecha a porta.

— Estava indecisa sobre o que vestir e você interrompeu-me.

Logo Ígara arremessa um roupão na cara da jovem antes de procurar algo para a mesma vestir.

— Já é a segunda vez consecutiva que me assustas no mesmo dia! Vou procurar uma roupa para você então.

A mulher passa a procurar roupas para a garota.

— Aqui!

Ela joga sob a cama um vestido lilás e roupas debaixo para que a garota possa se vestir.

Yasmin veste—se em segundos e desce em seguida junto da criada e babá dela.

— Por favor, não fique irritada com a sua garota favorita!

Ela implora novamente franzindo as sobrancelhas.

— Apenas pare com essas brincadeiras de mal gosto com a minha pessoa, pois não gosto, e, se prepare para os sermões que ouvirá dos seus pais.

Diz a mulher.

 Yasmin e Ígara descem às escadas indo até à sala do trono.

O mordomo abriu a porta para as duas entrarem após ouvir os passos de ambas.

— O que pensa que esta fazendo chegando uma hora dessas?

Pergunta Henrique transtornado.

— A senhorita perdeu a noção do horário e acabou se atrasando.

Responde Ígara calmamente.

O homem apenas suspira com as mãos na cintura inconformado.

— Vamos! Preciso conversar com essa querida.

Relata o pai.

Ambos seguem até à sala do almoço.

Yasmin despreocupada saltita com o seu longo vestido bastante contente.

— Aconteceu algo para estar contente assim?

Esmeralda a questiona.

— Nada! Apenas uma idéia.

Relata a garota.

Apenas o silêncio restou a partir dali enquanto caminhavam com alguns súditos ao redor deles.

" Desde pequena fazendo parte de uma das famílias mais importantes sempre fui travessa e cheia de sonhos, a minha vida cercada de luxos onde tudo o que quero e na hora que quero jamais fez com que me prendesse à coisa que considero fúteis e evitável."

Pensa a garota.

Ígara olhava para a menina à sua frente preocupada.

" Talvez ela seja apenas uma garota solitária que esconde por trás de um sorriso a dor que a inunda por inteira."

[ Continua...]

Uma idéia

Durante o almoço só se ouve o barulho dos talheres batendo nos pratos enquanto Henrique encarava à filha apreensivo.

— Yasmin!

Ele a chamava numa tremenda voz.

— Pois não?

Respondia ela após ter dado uma golada no suco.

Nervoso apenas diz a ela.

— Precisamos ter uma conversa.

Diz ele.

— Fiz algo errado?

Ela pergunta enquanto encara a criada.

— Prefiro conversar com você na sala privada.

Por fim o almoço termina e todos se dispersam.

Yasmin parece ansiosa e com medo depois do que o seu pai havia dito-lhe.

Henrique, Esmeralda e Yasmin logo se encaram na sala.

— Vou direto ao ponto. Yasmin estou preparando um casamento para você, o rapaz é de uma família importante e creio que dará certo.

Yasmin se surpreende com a tal novidade contada pelo pai.

— Como assim? Casar?

Pergunta a garota atordoada.

— Sim, como está próxima de alcançar a maioridade pretendo casa— la assim que possível

— Com tudo isso! Casamento? Logo agora? Eu não quero casar-me! Nunca sequer pensei nem passou pela minha cabeça casar.

Diz ela num tom de voz desesperado.

— Apenas quero que se case e tenha um bom marido!

Exclama ele.

— Mas, pai! Casar não está nos meus planos de vida, sem contar que nem me sinto preparada para isso. É preciso cuidar da casa, marido e filhos. Sem mencionar que nem fritar um ovo eu sei.

Relata a garota.

— Yasmin! Não é nada educado falar assim! Por favor, tenha modos.

Esmeralda a repreende imediatamente.

— Mas mãe! É a mais pura das verdades! Cuidar da casa, marido e filhos é terrível!

Ela repete novamente.

— Yasmin! Não haja como uma criança birrenta! Apenas me obedeça!

Ele grita com a filha.

— Eu não quero isso! Casar para cuidar da casa enquanto o marido sai com uma mala para o trabalho, chegar tarde da noite e levar chifre é demais para mim!

— Yasmin!

Exclama a mãe.

— Mas é verdade! Tantos casais vivem isso.

— Apenas se acalma! O seu futuro noivo está ocupado com algumas coisas e a família esta buscando por ele. Assim que tivermos noticia conversaremos mais!

Exclama o pai.

— Será que da tempo de fugir disso? Tomar uma espécie de veneno?

Ambos se assustam com o que acabam de ouvir da jovem.

— Se por acaso pensar em fazer isso não dará certo! Tudo o que tentar será de imediato alertado a nós.

Diz a mãe.

— Mas bem que poderia sar certo não acha?

— Tirou essa idéia do livro Romeu e Julieta foi?

Yasmin se alegra com o que ouve.

— A senhora leu? Olha! Parece que temos alguém que gosta de ler também.

A garota se empolga.

— Não é isso mocinha! Apenas sei sobre essa história porque ouvi de passagem.

A mãe diz à filha.

— Me sinto aliviada por não ter que casar agora! Posso retirar-me?

Insiste a garota.

— Vai! Mas, não pense em fazer bobagem alguma!

Exclama o pai.

" Tenho que pensar numa maneira para escapar desse casamento arranjado! Não posso e não quero prender-me a um homem que nem sequer conheço!"

Pensa a garota.

— Senhorita! Senhorita!

Ígara gritava em meio ao desespero chamando a garota que sequer escutava.

— Ou essa menina está se fazendo de surda ou realmente não está me escutando!

Exclama ela.

— O que quer? Estou com pressa!

— Pressa? Por que está com tanta pressa?

Ambas se calam após a pergunta que a criada havia feito à jovem.

— A senhorita não irá responder?

Insiste ela novamente.

Yasmin imediatamente parou de andar batendo os pés no chão encarando com bastante raiva à criada.

A mulher por sua vez assustou-se com o olhar da garota.

" Essa é a primeira vez que ela esta com um olhar assim."

De repente Yasmin se joga no chão do enorme corredor lamentando—se.

— Óh! Papai quer casar—me com um estranho desconhecido! Óh que vida cruel a minha.

A garota que se lamentava acertou a mão na própria testa em seguida deitou— e no chão fazendo um grande drama.

Por outro lado, a criada que olhava de uma maneira idiota para ela apenas a ignorou a andar como se ninguém estivesse ali.

— Espera!

Yasmin gritou enquanto puxava o vestido da mulher que se assustou com o grito dela.

— Menina! O que pensa que está fazendo?

Ígara puxava o vestido até que a garota o soltou.

— Desculpe— me, estou apenas me lamentando por ser fofa, linda, de boa aparência, uma ótima garota com uma majestosa reputação e bom nome perante os plebeus desta cidade cujo o único enfeite é esse palácio gigante e aconchegante que está prestes a ficar de maior e casar com deveras um ogro.

— Não esta se referindo ao filme Shrek, ou está?

Pergunta a criada nem um pouco convencida.

— Hum! Acertou à primeira! Mas, até que eu tive uma ótima idéia.

— Como assim?

Interessada Ígara a questionava.

Yasmin fez um belo e pequeno ‘suspense’ deixando a criada ansiosa por uma resposta imediata enquanto a mesma coçava o queixo ainda sentada sob o chão.

— Bom! Ainda é uma idéia, porém, saberá no dia em que o misterioso noivo aparecer ou não!

— Senhorita, não faça nenhuma besteira por gentileza!

Yasmin apenas levantou— se dando de ombros seguindo rapidamente à passos largos em direção ao seu quarto de modo a pensar no tal plano.

— o meumeu nome é Yasmin Florence! Tenho 17 anos e o meu maior sonho é ser escritora e viver disso! Nunca pensei em casar, pois sempre me dediquei a cuidar bem da minha escrita. O que eu estaria disposta a fazer para escapar disso? Até que ponto chegaria para escapar de um casamento sem amor e arranjado? Bem! Tenho uma carta na manga, apenas pretendo discutir hoje no jantar! Espero que funcione.

Mais tarde naquele mesmo dia...

— Papai! Eu tenho algo para falar. Uma idéia para ser exata!

Exclama ela animada.

— Fale!

Relata Henrique.

– Porque o senhor e a mamãe não tem outra filha e esperam ela crescer para poder casa—la?

Tanto Henrique quanto Esmeralda cuspiram a água que tomavam com a idéia da jovem.

— O quê?

[ Continua...]

Corrida contra o tempo

Ambos cuspiam para fora a comida que haviam colocado na boca enquanto Yasmin caía na gargalhada com a cena que via.

— Você por acaso enlouqueceu?

Esmeralda questiona a garota num tom de voz enfurecido.

— Eu tive essa ideia após o almoço! Que tal? Os senhores apenas deveriam ter outra filha, esperaria ela crescer e casam– na com outra pessoa enquanto eu me torno a tia rica e solteirona.

— Por acaso pensa que estamos para brincadeira menina? Escuta só os absurdos que diz! A nossa reputação vai acabar na lama com todos esses absurdos que esta dizendo!

Henrique, no que lhe concerne, dá um grande soco na mesa assustando todos que estavam ali.

— Sempre deixei bem claro que nunca quis envolver-me ou casar com algum príncipe da realeza pai! Porquê? Tenho que me submeter a isso? Só porque sou mulher não sou digna da liberdade?

— Cale— se Yasmin! Não estou com vontade de discutir isso! Não aqui e muito menos agora.

Diz ele novamente mais irritado.

Os empregados parados ali diante da mesa apenas observam os três num jantar turbulento e caótico apenas esperando o momento que o mesmo termine.

Por fim o jantar termina e a garota apenas corre após derrubar de maneira proposital a bandeja da mesa.

— Essa garota vai matar-me a qualquer hora! Do nada vem com umas conversas estranhas! Como se já não bastasse a ausência do principe.

Furioso Henrique diz.

— Acredito que não deveria ter dito sobre o casamento para ela! Espere até os meses que vem para poder finalmente retornar ao assunto caso príncipe retorne.

Esmeralda com toda a brandura conversa com o marido.

Ambos saem dali restando apenas os empregados já limpando à mesa sem dizer sequer uma única palavra.

Enquanto isso, no jardim, a garota se encontrava novamente deitada no gramado com o seu vestido branco encarando o céu azul estrelado bastante pensativa.

— Não deveria estar aqui menina teimosa! Os seus pais não irão gostar de saber que a filha deles está deitada sujando o vestido.

Ígara relata nervosa.

— As vezes fico me questionando se é só para isso que servimos.

Responde ela ainda deitada.

— De quê?

Intrigada a mulher questiona.

— Se servimos apenas para casar e ter filhos, isso esta bastante, chato para a minha pessoa. No meu ponto de vista, o que devo fazer é aproveitar a minha juventude, e, sem contar também que não é bom viver assim. Quero se escritora e continuar solteira.

Desabafa Yasmin profundamente triste.

— Nunca passou pela sua mente um dia se apaixonar por alguém? Casar e viver uma vida ao lado dessa pessoa amada?

Yasmin reflete na questão apresentada pela cuidadora.

— Sou jovem demais para pensar em namorar... Isso não, é algo que passa na minha mente. Eu queria mesmo era que quem sabe um dia se for para me casar que seja da vontade de Deus não dos meus pais.

Ígara observa a garota ternamente compadecida com as palavras proferidas por ela.

— Acredito que tem uma maturidade bastante elevada! Sei que o que os seus pais querem é o melhor para você, porém, nem tudo o que é melhor para eles servirá para você. Quem tem que decidir o que fazer ou deixar de fazer é você mesma, jamais, eles. Queria muito poder intervir, mas, sou apenas a dama de companhia da minha jovem senhora.

— A senhora fala como se fosse uma pessoa miserável, e dai que é uma simples dama de companhia? Bom, espero que um dia eles mudem de idéia.

Diz a garota.

— Bom, é mais fácil eles procurarem um novo príncipe para a senhorita do que mudar de idéia.

A mulher diz a assustar de imediato a garota.

— O quê? Vira essa boca para lá mulher! Isso tem que ser só um comentário qualquer dito por você!

Exclama a garota.

— Mas é verdade! Caso o Príncipe escolhido não esteja disponível que é o caso do seu quase futuro marido, os pais, devem procurar por outro.

Desesperada Yasmin rola no chão de um lado para outro nem um pouco agradável com a tal notícia.

— Não! Isso não! Só pode ser brincadeira! Vou fazer greve de fome para que isso não aconteça!

— Sabe perfeitamente que isso será considerado um drama da sua parte não sabe? Sem contar que os seus pais sabem que a filha deles fará de tudo para não ceder as suas chantagens.

Relata Ígara.

— Vou pensar em algo, não sei o quê, mas terei que ter alguma ideia do que fazer! Casar com qualquer príncipe idiota nesse planeta eu não caso!

Com raiva a garota exalta.

— Todos os seus planos ou ideias fracassaram, tem certeza de que conseguirá inventar algo?

Questionou a dama de companhia.

— Seja o que for, não me meta nessas suas falcatruas.

— Eles farão isso se o Príncipe não retornar não é?

Questionou a princesa.

— Sim!

— E tem algum prazo para isso? Por acaso eles determinaram um tempo?

Questionou a garota.

— Apenas 1 semana. Já faz dois dias que eles anunciaram o seu noivado, e, não há respostas.

— Bom, penso que a semana passará rápido, e, pode ser que eles talvez procurem por um príncipe nesse final de semana. Devo pensar em algo logo terei problemas com certeza.

— Porque não se casa logo de uma vez? Dessa forma, fica melhor.

— O quê? De jeito nenhum! Ser mãe e casada está fora do meu vocabulário. Nunca irei apaixonar-me ou casar com ninguém! Isso jamais!

Furiosa a garota se levanta saindo dali imediatamente a passo longo.

— Ela é uma jovem, e, não sabe o que esta falando... É uma pena que nada pode ser como nós queremos! Tenho medo de que ela cometa uma loucura a ponto de acabar se machucando sozinha.

Desabafa a mulher.

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— Tem certeza de que fará isso? Ela não vai gostar de saber!

Exclama Esmeralda.

— É uma lei! E, pela lei, devemos seguir! Ela tem que casar, e, já tenho em mente outro príncipe. Querendo ou não ela deve obedecer.

Relata o pai.

— Nos casamos com a mesma idade, porém, não gosto dessa idéia. Ela é jovem e há muito o que aprender.

— Não tivemos escolha, e, ela também não tem.

[ Continua...]

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