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Prisioneiro do Mafioso

Capítulo 1

N/A: Bem vindos a minha nova obra. Em relação as outras duas que eu havia começado e excluído peço desculpas, pois não tive motivação em termina-las. Mas essa garanto terminar conforme o esboço que planejei. Um forte abraço, nos vemos no final.

Evans

Atualmente passei a morar nos Estados Unidos, desde a mudança tudo se tornou um caos. Acabo desviando do litro de álcool arremessado em minha direção. O homem a minha frente nem parecia ser o meu pai, estava mais para uma pessoa doente que se quer parava de beber ou usufruir de drogas. 

— Pai já mandei você parar.

Franzi o cenho enquanto o encarava com ódio.

— Vai me obedecer não né? Mandei você comprar a porra do álcool seu merda!

Ele partiu pra cima de mim na intenção de me agredir, como eu já havia preparado minha defesa, o segurei com todas as minhas forças mesmo tendo um grau de força inferior.

Não foi o suficiente para segura-lo, senti uma ardência insuportável no rosto devido ao tapa enquanto era empurrado na parede. O homem que nem deveria ser chamado de pai começou a apertar o meu pescoço, tentei para-lo, mas era quase impossível.

A única luz que obtive no momento que quase encontrei a morte, foi Jonathan aparecer a tempo e a porta estar aberta. Ele era um dos meus melhores amigos que conheci na faculdade. Vendo a cena, puxou meu pai para longe falando algumas palavras das quais não prestei atenção direito por estar sufocado.

Ajoelhei no chão com a mão no pescoço, eu ainda podia sentir o aperto deixado. Jonathan se aproximou me ajudando a levantar preocupado com minha condição.

— Que caralhos, vou te levar ao hospital Evans.

O interrompi segurando seu braço levemente.

— Não precisa se preocupar com isso, você chegou a tempo, estou bem.

Ele me olha com dúvida.

— Você sempre fala isso quando vejo que nada está bem. Ele te enforcou Evans!

— Se eu digo que está bem é por que tá Jonathan! Só preciso sair um pouco e tomar um ar.

Jonathan era um tipo de amigo que se preocupava bastante, em principal por saber como era a minha vida dentro dessa casa. Quais eram os pais que eu tinha. Minha mãe a essa hora deve estar seduzindo algum cara e ganhando dinheiro se prostituindo. O mesmo dinheiro sujo que meu pai usava para beber e se drogar junto com ela.

Quem mantinha o bem estar das coisas era eu, trabalhava igual a um condenado para além de sustentar a mim, também sustentar eles. As contas sempre eram altas, tive que recorrer ao empréstimo do banco.

Não só por motivos de ter como viver, sou obrigado a pagar uma dívida que eles criaram. E cada dia ela se torna mais alta.

Bagunço meus cabelos quando sinto algo geladinho tocar no meu rosto. Vejo o doce sorriso de Jonathan me dando um copo de suco que havia comprado no mercado próximo da praça em que estamos.

— Bebe um pouco, irá fazer você se sentir melhor.

— Obrigado.

Peguei o copo agradecido. Eu esperava que realmente o fato disso fazer meus problemas sumirem seria bem melhor. Mas me entristecia saber que seria impossível.

— Jonathan tem algo que não te contei...

Queria deixar ciente a outra parte dos meus problemas para ele.

— Fale... estou ouvindo...

Tomei fôlego.

— Além do que você já sabe, meu pais criaram uma dívida altíssima com alguém.

O sorriso de Jonathan se desfaz.

— Espera, além de todos os problemas que você enfrenta eles ainda tem audácia de pegar dinheiro com agiotas? Isso é muita canalhice Evans, recomendo abrir mão deles.

Suas palavras causam impacto em mim. Eu nunca poderia deixar os meus pais nem que eles me odiassem.

— Não posso fazer isso, pelo menos eu tenho consideração diferentemente deles que estão cagando e andando pra mim.

Ele assanha o cabelo, sei que queria o melhor para mim, mas fazer isso eu não sou capaz.

— Nem se eu garantisse da gente sumir dessa cidade e vivermos apenas nós dois uma vida bacana sem problemas?

A expressão dele mudou, como se qualquer coisa que eu dissesse o decepcionaria.

— O que quer dizer com isso?

— Evans...Eu te amo e não posso continuar deixando que você sofra! Queria que a gente tivesse um futuro.

Algo me dizia que ele não estava falando isso por amizade, principalmente quando tocou em minhas mãos nervosas.

— Como assim Jonathan?

— Eu gosto tanto de você, mais do que um amigo.

De uma maneira repentina ele beijou o meu pescoço, quando ia beijando a minha boca, virei o rosto. Isso era muito para mim ter que processar, não esperava que meu melhor amigo tivesse sentimentos por mim quando em todos esses anos nunca percebi.

Apesar de que ele era bem grudento e ciumento em relação a mim, alguns falaram sobre isso mas eu nunca quis acreditar que fosse verdade.

— Espera Jonathan. Talvez você só esteja fascinado de alguma forma mas, ter sentimentos por mim?

— Sim, desde quando o conheci. E a única maneira de ficar perto a você foi por meio da amizade.

Separo as minhas mãos dele.

— Isso realmente é difícil para mim processar quando ja tenho muitos problemas, preciso de um tempo.

— Só basta aceitar e ficamos juntos eternamente.

Ele estava tão feliz em relação a isso que eu não queria magoar os sentimentos dele. Não tem como eu vê-lo mais que um amigo. O amor que sinto por ele é de irmãos.

— Jonathan eu sinto muito...Mas você é como um irmão para mim. Eu não tenho esse tipo de sentimento por você.

— Por que eu não sou bonito e não estou dentro dos seus padrões né? Eu lembro da conversa que tivemos, sobre suas preferências, e não me enquadro em nenhuma delas.

Ele pegou pesado nas emoções. Isso estava errado, não é por causa dos meus padrões.

— Não é isso Jonathan, o problema é que sempre fomos amigos, ou melhor, como irmãos. Só em pensar em você como um namorado, não se enquadra em como eu te vejo.

Passa alguns minutos em silêncio, sei o quão magoado ele deve estar, eu também não me sinto bem nessa situação. Confessar seu amor e ser rejeitado é doloroso.

— Tudo bem Evans eu entendo. As vezes só sentimos algo quando realmente é a pessoa que nos atrai dessa maneira. Mas você poderia me abraçar?

As coisas tomaram um rumo diferente a partir do momento em que ele compreendeu meu motivo. Chorou em meu ombro mas o consolei, na estimativa que iria encontrar a outra metade dele. Era só questão de tempo.

Evans Dorian

Capítulo 2

Ricardo

Me encontrava sem paciência diante do homem amarrado em minha frente. Ele se bancava o difícil em não dizer nada, tentando parecer indomável. Isso era só questão de tempo até eu arrancar a língua dele fora.

— Tragam a faca um pouco cega, alguém não está me escutando.

Agora ele me olhou com pânico, virando a cabeça de um lado e outro.

— Última chance de me responder. Quem são os devedores do dinheiro que supostamente você me roubou? Se quiser sair vivo é só responder.

Ele remoeu, assim que meu aliado chegou com o que mandei trazer, ligeiramente começou a abrir a boca.

— O n-nome dele é Noah, só que quem me manda o dinheiro da dívida é o filho dele.

Interessante, primeiro que ele se passa por mim para adquirir toda a grana enquanto a pessoa que dá o dinheiro da dívida acha que está passando para a pessoa certa. Esse foi o plano mais idiota que já testemunhei.

Me roubar e achar que eu nunca descobriria enquanto levava uma vidinha de luxo sendo alguém que nem chegava aos pés de ser.

— Acho que agora irei aumentar um pouco sua pena de morte.

— Mas você prometeu me libertar!

— Você não entendeu, falei isso para te fazer falar quem irá me dever cada centavo do dinheiro. Não que eu te livrasse do jogo sujo armado para mim e tentado me fazer de burro.

Ele implora para que eu o solte e poupe sua vida, mas eu faço apenas aumentar o grau de sofrimento. Terminando o meu trabalho, mandei que limpassem a sujeira.

Joguei as luvas no lixo, estavam tão sujas que seria impossível usá-las novamente. Por hoje era isso, devo procurar quem é o responsável para me passar o que é meu. Esse povo nunca aprende, uma dívida alta sempre é difícil de ser paga, e se não for, é quitada com a vida.

Entrei no carro estacionado logo a frente e passei as ordens ao meu motorista. Primeiro iria resolver algumas coisas pendentes com o conselheiro. Demorou menos do que eu esperava, não foi tão estressante a reunião dessa vez. Tem alguns dias que acontecem milagres.

Pelo menos hoje o meu dia parecia ser menos agitado, mas tem situações que não saem do jeito que eu quero e meu lado sombrio toma de conta. Não sinto pena do que faço, no entanto todos que trabalham comigo sabem como eu sou.

Desde o dia mais decepcionante da minha vida nada mais me abalava, muito menos me fazia pensar duas vezes antes de agir nas minhas decisões. Aprendi com situações passadas que nunca pedi para tê-las depois de caírem sobre mim com tamanha facilidade. Agora são apenas águas passadas que me fizeram seguir em frente e ficar ainda mais forte, sem ter um pingo de piedade quando nunca tiveram por mim.

Sou tirado dos meus devaneios quando recebi uma ligação de Miguel. Parceiro nos negócios e a pessoa digna da minha confiança.

— Fala Miguel.

— Resolveu a parada com o infeliz que te roubou?

— Sim, e você conseguiu as informações que te pedi?

Se Miguel conseguiu achar o real fiador da grana, facilitará mais em como vou seguir o próximo passo.

— E melhor ainda, mandei alguns homens o perseguir e ele vai estar em uma das baladas daquela boate que fomos uma vez.

Interessante, nunca pensei ser tão fácil.

— Realmente é a pessoa que mandava dinheiro para aquele merda imaginando ser eu?

— Com toda certeza, já fizemos até o contrato e está oficialmente assinado pelos pais do rapaz. A dívida paga a troco do próprio filho.

Pelo que parece, algumas famílias tem mais amor aos privilégios do que o próprio filho.

— Apenas me diga, qual o nome do azarado que pagará pelos pais?

— Evans Dorian. Só falta pegar a moeda de troca onde eu te falei.

As coisas tomaram um rumo bem instigante, chegava a me excitar imaginar quais seriam as primeiras coisas que eu iria fazer com a pessoa que me deve a vida.

Ricardo Gusman

Capítulo 3

Evans

Nessa noite eu iria encher a cara por mais que eu odiasse bebida alcoólica por causa dos meus pais. Não queria seguir esse caminho de alcoólatra. Fui incentivado por Jonathan, que ainda estava arrasado. Só alguns goles, não significa que irei gostar de beber.

Eu não o culpava, se eu tivesse em seu lugar estaria do mesmo jeito. Agradeço por isso não ter interferido em nossa amizade. Fomos a um bar que ele conhecia, pois um dos amigos dele era dono de lá e fornecia as melhores bebidas. Tinha até espaço VIP, lugar que eu nunca pisaria os meus pés por falta de dinheiro.

Não fiz muito caso em relação as roupas, apenas uma calça jeans preta como de costume e a blusa um pouco justa ao corpo, para mim já estava ótimo. Hoje eu não queria comer ninguém, apenas me embriagar um pouco. Os pensamentos em como seriam os dias seguintes faltavam me matar.

— Vamos dançar! A música tá ótima!

Jonathan me convida dançando próximo a mim, sentado em um dos bancos encostado no balcão.

— Passo!

— Tem certeza?

A substância é tão forte que já deixou meu amigo bêbado. Quanto a mim, ainda estava sóbrio o suficiente para ver cinco homens vestidos de terno preto entrarem pela porta principal.

Todo mundo começou a olhar, logo que o cara a frente dos demais parecia um pedaço de mal caminho e também um pouco assustador. O olhar era nítido e sério, parecendo me encarar. Escutei alguns cochichos do qual diziam ser um tal de Ricardo.

Algumas mulheres olhavam e riam de maneira safada, enquanto eu não entendia nada do que estava acontecendo. Eu já me sentia desconfortável de ser tão olhado, a vontade de questionar qual era da olhada demais, escapava, a áurea que ele transmitia era muito sombria.

Me virei para o balcão e pedi mais um drink, eu não devia nada a esses malucos que não paravam de me encarar estranhamente.

Escutei a movimentação das pessoas em volta, passos, e por fim alguém atrás de mim. Me virei bruscamente sentindo raiva instantânea.

— Qual foi a de vocês!

Um dos homens começou a segurar em mim.

— Me solta!

Debati tentando me soltar dos braços do homem alto e másculo que me segurava fortemente. Qual foi a desses caras? Enquanto isso, o que parecia ser o chefe deles ficava me encarando e vindo em passos lentos.

— Acho melhor você apenas aceitar.

O mesmo que me prendia falou baixo para que somente eu escutasse.

— Coopere senhor Evans.

Sinto meu sangue ferver dentro do corpo.

— Como caralhos você sabe o meu nome?

Minha voz saiu com tom eufórico e o ódio podia ser notado em meu olhar.

— Deixa que eu cuido.

Disse o cara sombrio fazendo com que o homem me soltasse. Voltei com meu braço de uma vez observando se não havia nenhum machucado.

— Que merda vocês querem comigo? Alguém para se aproveitarem por pensar que está bêbado? Vai sonhando, estou muito bem e não quero ninguém me tocando.

Falei tudo da forma que eu queria, mas ao pensar que eles meteriam o pé e sair, foi muito além dos meus pensamentos.

O homem sombrio a minha frente me vira bruscamente segurando os meus dois braços para para trás enquanto me pressionava no balcão. Era uma posição muito desconfortável, eu não gostava dela.

Olhei de um lado e outro vendo a confusão nos olhares das pessoas.

— O que quer de mim caralho?! Me solta agora mesmo, ou chamarei a polícia!

Escuto uma risada totalmente psicopata vinda do homem que me segurava. Meu corpo se estremeceu, enquanto meu pulso doía com o forte aperto de apenas uma mão dele. Quem era esse infeliz?

— Não dificulte as coisas Evans, se chamar a polícia, só comprovará facilmente o motivo de estarmos aqui.

— Qual é esse maldito motivo?

Tentei virar minha cabeça para trás o que era quase impossível.

— Você foi vendido para mim.

— Qual é a porra do seu problema? Que mentira mais sem fundamento!

Sabia que isso não era verdade, meus pais por mais que não prestassem, não chegariam ao ponto de fazerem isso comigo.

— Tragam o contrato.

A voz do homem soa rouca e grossa, me dando certos calafrios. Ele da espaço para que eu me vire e pegue a folha que um dos homens me entrega.

Li palavra por palavra, meus olhos se encheram de lágrimas ao ver a assinatura da minha mãe. A pessoa que me trouxe ao mundo.

Em meio a multidão, Jonathan gritava o meu nome mesmo estando bêbado. Eu não sairia daqui muito menos acompanharia esses estranhos.

— Eu não vou a lugar nenhum.

Foram as únicas palavras que pronunciei.

— Vai querer ir pela maneira difícil então. Como queira.

Antes que ele pegasse em mim, Jonathan interfere segurando o braço dele.

— Posso estar bêbado, mas meu amigo não vai com vocês!

O cara apenas riu.

— Tire as suas mãos de mim.

Quando vi, foi meu amigo ser arremessado a uma certa distância, enquanto o figurão nem parecia ter colocado força.

— Não machuque meu amigo porra!

Gritei.

— Já estou perdendo minha paciência — Ele se vira para os homens — tragam esse rato.

Aí pegou pesado na ofensa.

— Do que me chamou filho da puta? Seja lá quem você é, retire o que disse, rato é o seu pai!

Ele parou os passos e se virou. Dessa vez ele estava com um olhar assassino e debochado.

— Ele sabe ser pior que um rato, cuidado com o que você fala garoto.

Suas palavras me causaram medo, o olhar nem preciso dizer o quanto tenebroso era.

Fui pego pelos homens que ficaram encarregados de me levar, os xinguei de tudo que era nome, tentei me debater, mas minhas chances só caiam. As pessoas só ficavam me olhando, não teve um filho de Deus para me ajudar.

Seja lá pra onde estou sendo levado, acho que deve ser pior que minha vida atual. Eu não quero ir a lugar nenhum com esses loucos, só que voltar para casa, se é que posso chamar assim. Me doía ter o destino de uma pessoa miserável, quando o que mais fiz foi lutar para manter as coisas em bom estado.

Ao sair da boate como um presidiário da polícia, me amarraram e jogaram-me dentro do carro. O que por cima, estava aquele infeliz.

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