Personagens Principais
Fagner:
O irmão mais velho, metódico e estrategista. Possui a habilidade de manipular sombras, permitindo que ele se esconda, ataque e até prenda inimigos. Ele também é capaz de "ouvir" sussurros do além, informações muitas vezes úteis, mas que cobram um preço de sua sanidade. Seu lema é: "Às vezes, o único modo de combater a escuridão é tornar-se parte dela."
Gabriel:
O caçula impulsivo, mas de coração puro. Domina a pirocinese, controlando e gerando fogo a partir de suas mãos. Apesar de seu temperamento explosivo, Gabriel acredita na redenção de todas as criaturas, o que frequentemente o coloca em conflito com Fagner. Ele carrega o trauma de um erro do passado que resultou na perda de inocentes, e luta para compensar isso.
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Personagens Secundários
Vampiros:
Lázaro: O enigmático líder de um clã de vampiros que controla o tráfico de sangue humano. Ele faz alianças duvidosas para manter seu território em Conak e tem um passado entrelaçado com Fagner.
Sofia: Uma vampira renegada que ajuda os irmãos ocasionalmente. É apaixonada por Gabriel e luta para controlar sua sede de sangue.
Lobisomem:
Rafael: Um lobisomem que tenta viver pacificamente, mas é constantemente caçado por humanos e sobrenaturais. Ele é um informante relutante dos irmãos, com quem mantém uma relação de amor e ódio.
Bruxas:
Helena: Uma bruxa ancestral que governa um círculo mágico na cidade. Ela ajuda os irmãos, mas seus serviços têm um preço alto. É uma figura misteriosa, cujas verdadeiras intenções permanecem obscuras.
Fantasmas:
Camila: O espírito de uma jovem morta injustamente que acompanha Gabriel como uma espécie de consciência moral. Ela é invisível para todos, exceto para ele.
Anjos e Demônios:
Uriel: Um anjo caído que trabalha na polícia sobrenatural e age como mentor para os irmãos. Ele busca redenção por seus erros do passado.
Lilith: Uma demônia manipuladora que planeja derrubar a barreira que separa o inferno de Conak. Ela tem uma rivalidade antiga com Helena e um interesse peculiar por Gabriel.
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Enredo Principal
No início, os irmãos são designados para investigar uma série de desaparecimentos na cidade, que levam a uma conspiração envolvendo os vampiros e lobisomens. Enquanto isso, uma profecia surge, revelando que um portal entre o inferno e o céu pode ser aberto em Conak.
Os irmãos devem unir forças com aliados improváveis, como Sofia, Rafael e Helena, para deter Lilith e seus seguidores. Ao longo da história, Fagner lida com as tentações das sombras que consomem sua alma, enquanto Gabriel tenta superar seu trauma e encontrar equilíbrio entre a justiça e a compaixão.
Enquanto o confronto final se aproxima, a verdade sobre os poderes dos irmãos é revelada: eles são descendentes de uma linhagem mística que carrega a chave para fechar o portal – ou abri-lo.
mais uma saindo do forninho rsrs, espero que gostem!
Essa história foi um pedido de um leitor, ele pediu que eu incluísse mais ação e mistério nas minhas histórias. Então aqui estou me aventurando 🤭🫣 seguindo um pedido importante de um fã!!
Boa leitura! E vamos para o primeiro capítulo.
A noite em Conak era um palco perfeito para o sobrenatural. As ruas estreitas da cidade, iluminadas por postes de luz vacilantes e vitrines de neon, ocultavam segredos sombrios. No coração dessa metrópole sombria, dois irmãos caminhavam lado a lado, seus passos ecoando na calçada molhada pela garoa.
Fagner ajeitou o casaco longo enquanto seus olhos analisavam cada canto da rua deserta. As sombras pareciam se esticar na sua direção, como se sussurrassem segredos que apenas ele podia ouvir.
— Sinto isso de novo. — disse, sua voz grave cortando o silêncio.
— Você sempre sente. — respondeu Gabriel, de braços cruzados, seu hálito quente visível no ar frio. Ele conjurou uma pequena chama entre os dedos, apenas para iluminar seu rosto por um instante. — Mas, desta vez, espero que seja algo que valha a pena. Estou cansado de perseguir ratos e fantasmas.
Fagner parou de repente, colocando a mão no peito de Gabriel para detê-lo.
— Silêncio. Está aqui.
As sombras à frente começaram a se mover de forma antinatural, formando uma silhueta indistinta. Uma criatura surgiu das trevas: alta, magra, com olhos brilhantes e presas à mostra. Um vampiro menor, mas faminto, o tipo que não respeitava as regras do submundo.
— Vocês dois de novo... — sibilou o vampiro, sua voz gotejando desprezo. — Por que não deixam o submundo em paz?
— E deixar você continuar drenando gente inocente? — retrucou Gabriel, dando um passo à frente. Ele ergueu a mão, e a chama que brincava entre seus dedos se tornou uma esfera ardente. — Não mesmo.
Fagner ergueu a mão, e as sombras da rua começaram a se contorcer, envolvendo os pés do vampiro e imobilizando-o.
— Fale. Quem está por trás dos desaparecimentos no Distrito Leste? — Fagner perguntou, sua voz soando como um trovão baixo.
— Vocês acham que sou idiota? Eu prefiro morrer... — o vampiro tentou lutar, mas as sombras de Fagner apertaram mais, até que ele começou a gritar.
— Não precisa ser assim. — Gabriel interveio, sua expressão suavizando por um instante. — Coopere, e podemos garantir que você será levado em segurança para julgamento.
O vampiro riu, um som seco e amargo.
— Segurança? Vocês não têm ideia do que estão enfrentando. Lilith já marcou este lugar. Não há segurança para ninguém.
Antes que Fagner ou Gabriel pudessem reagir, o vampiro fez algo inesperado: murmurou um encantamento antigo, e seu corpo começou a se desintegrar em pó diante deles.
— Droga! — gritou Fagner, chutando o chão. — Mais uma pista que desaparece.
Gabriel encarou o pó que restava, seu olhar sombrio.
— Ele mencionou Lilith. Isso não é bom.
Fagner ficou em silêncio por um momento, ouvindo o vento que parecia carregar vozes distantes.
— Precisamos de Helena. Ela sabe mais sobre essa bruxa do que qualquer um.
Gabriel assentiu, apagando a chama em sua mão.
— Então, vamos. Mas espero que ela não cobre um preço muito alto desta vez.
Os dois irmãos desapareceram na escuridão da cidade, deixando apenas o eco de seus passos e o murmúrio das sombras. A noite de Conak continuava, carregada de mistérios e ameaças que mal começavam a se revelar.
As ruas de Conak ficavam mais sinistras conforme Fagner e Gabriel se aproximavam da Floresta Negra, um lugar evitado por todos, humanos e sobrenaturais. No coração da floresta, em uma clareira iluminada por uma luz sobrenatural, estava a morada de Helena, a bruxa mais poderosa da cidade.
— Nunca me acostumo com esse lugar. — murmurou Gabriel, olhando para as árvores que pareciam se mover sozinhas.
— Concentre-se. Helena não gosta de visitas inesperadas. — respondeu Fagner, com a expressão endurecida.
A pequena cabana de madeira à frente era uma contradição em si: simples por fora, mas com uma aura que fazia o ar vibrar. Assim que os irmãos alcançaram a porta, ela se abriu sozinha, rangendo como um aviso.
— Entrem. — uma voz feminina ecoou lá de dentro, suave, mas carregada de autoridade.
Ao atravessar o limiar, eles se depararam com Helena sentada em uma poltrona de couro desgastada. Sua figura exalava mistério: cabelos longos e brancos como a lua, olhos dourados que brilhavam como os de um predador, e uma expressão que parecia enxergar diretamente através deles.
— Helena. — começou Fagner, inclinando a cabeça em um gesto de respeito. — Precisamos da sua ajuda.
Ela sorriu levemente, um gesto mais inquietante do que acolhedor.
— Vocês sempre precisam. O que aconteceu desta vez?
— Um vampiro mencionou Lilith. — disse Gabriel, direto. — Algo grande está para acontecer, e precisamos de informações sobre ela.
O sorriso de Helena desapareceu, substituído por um olhar sério. Ela se levantou, pegando uma pequena tigela de cristal em uma prateleira próxima.
— Lilith... — repetiu ela, quase em um sussurro. — Se ela está envolvida, Conak está em grave perigo.
— O que você sabe? — insistiu Fagner.
Helena se aproximou de uma mesa coberta de runas e artefatos. Ela colocou a tigela no centro e começou a derramar um líquido dourado em seu interior.
— Não o suficiente. — respondeu ela. — Mas posso descobrir mais. Porém, como sempre, meu auxílio terá um preço.
Gabriel suspirou, já esperando por isso.
— E o que você quer desta vez?
Helena ergueu os olhos dourados, fixando-os em Gabriel.
— Um fragmento de sua chama.
— Você está brincando, certo? — ele respondeu, recuando um passo.
— Nem um pouco. — disse ela calmamente. — Sua chama não é comum, garoto. É uma herança antiga, ligada ao poder que vocês dois carregam. Um fragmento é tudo o que preciso para completar uma poção que estou criando.
— E o que impede você de usar isso contra nós depois? — perguntou Fagner, cerrando os punhos.
Helena deu uma risada baixa.
— Vocês já sabem que sou mais útil como aliada do que como inimiga. Além disso, Gabriel sabe que eu cumpro minhas promessas.
Gabriel hesitou, olhando para Fagner, que o encarava com seriedade.
— É perigoso. — disse Fagner.
— E não temos escolha. — respondeu Gabriel, antes de estender a mão. Ele fechou os olhos, concentrando-se, e uma pequena chama dourada surgiu na ponta de seus dedos. Com relutância, ele a entregou a Helena.
A bruxa pegou a chama com cuidado, como se fosse um tesouro, e a guardou em um frasco de cristal.
— Muito bem. — disse ela, voltando para a tigela. — Agora, vamos ver o que Lilith está tramando.
Helena murmurou um feitiço em uma língua antiga, e o líquido dourado na tigela começou a borbulhar, criando imagens nebulosas. Os irmãos se aproximaram, observando enquanto as visões se formavam.
Uma figura feminina emergiu nas imagens – alta, com olhos vermelhos como sangue e um sorriso cruel. Lilith estava em pé diante de uma enorme fenda no chão, de onde emergiam sombras que pareciam vivas.
— Ela está tentando abrir um portal para o Inferno. — explicou Helena, com a voz carregada de preocupação. — E, para isso, ela precisa de um sacrifício poderoso.
— Que tipo de sacrifício? — perguntou Fagner, sentindo um calafrio.
Helena hesitou antes de responder.
— Almas puras. Muitas delas.
Gabriel cerrou os punhos, sua chama acendendo involuntariamente.
— Isso explica os desaparecimentos...
Helena assentiu.
— Se ela tiver sucesso, não será apenas Conak que estará em perigo. O equilíbrio entre os reinos será destruído.
Fagner deu um passo à frente.
— Onde ela está?
Helena fechou os olhos, focando nas imagens. Quando os abriu novamente, ela disse apenas uma palavra:
— O Teatro Abandonado.
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Enquanto os irmãos deixavam a cabana, a noite parecia mais sombria do que nunca. Eles sabiam que estavam entrando em algo muito maior do que poderiam prever.
Próxima parada: o Teatro Abandonado.
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