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Contrato de Corações

Capítulo 1: Rotinas e Destinos

Liz sempre soubera que a vida de luxo estava distante da sua realidade. Afinal, o mundo onde ela morava era feito de contas a pagar, orçamentos apertados e um ritmo frenético de trabalho. Mas, naquele dia comum, ela ainda se encontrava em seu pequeno espaço dentro do universo de brilho e glamour, observando tudo à distância.

A loja de roupas de luxo em que trabalhava era, para ela, como um teatro onde as estrelas se apresentavam, e ela, a figurante. O som das portas de vidro abrindo e fechando ecoava com um timbre especial, cada cliente entrando com uma aura de poder e exclusividade. Liz gostava de observar. No fundo, acreditava que, de alguma forma, fazia parte daquele mundo. Mesmo que fosse apenas como espectadora.

Ela se vestia de maneira simples, mas sempre arrumada — uma blusa de seda que não era cara, calça escura e sapatos confortáveis para o longo expediente. A sensação de estar no meio daquelas roupas caras, tecidos finos e perfumes caros, era uma constante lembrança de que, no fundo, ela ainda tinha muito a conquistar. Enquanto organizava as roupas na arara, com a precisão que o trabalho exigia, pensava na rotina que repetia todos os dias. Acordava cedo, tomava um café rápido, pegava o metrô lotado, e chegava ao trabalho para enfrentar um dia de clientes exigentes e supervisores atentos.

O prédio onde a loja estava localizada era imponente. O tipo de edifício que qualquer pessoa de fora achava grandioso, mas Liz já estava acostumada a caminhar pelos seus corredores de mármore. Ela cumprimentava os colegas com sorrisos rápidos, respondia às perguntas dos clientes e, sempre que possível, dava um toque de simpatia genuína, algo que ela sabia ser sua maior qualidade. Mesmo que estivesse lidando com clientes que, muitas vezes, nem percebiam a sua presença, ela se esforçava para fazer cada um se sentir especial. Afinal, o trabalho que tinha não era apenas sobre vender roupas caras, mas sobre entender as pessoas, suas necessidades e seus desejos.

O relógio marcava meio-dia, e Liz sabia que era hora de sua pausa para o almoço. Ela não costumava sair da loja; ao invés disso, se contentava com o sanduíche de atum que comprava na esquina e com o tempo para respirar longe do movimento incessante. Durante esses breves momentos, ela fechava os olhos e tentava imaginar o que seria viver uma vida diferente. Uma vida onde ela não precisasse olhar os preços das coisas e pudesse comprar o que quisesse, sem se preocupar com a quantidade de parcelas no cartão de crédito.

Enquanto Liz fazia a refeição, seu celular vibrou. Era uma mensagem de sua mãe, que, como sempre, estava preocupada. “Liz, você está bem? Não está se esforçando demais, né? Você merece descansar um pouco.”

Liz sorriu. Era engraçado como sua mãe sempre achava que ela estava sobrecarregada, mas a verdade era que o trabalho a mantinha ocupada e longe de outras preocupações. Ela respondeu com um simples “Estou bem, mãe. Só mais um dia.”

Enquanto isso, na outra ponta da cidade, Aubrey Carter estava em sua própria rotina. CEO de uma das maiores empresas de alimentos saudáveis, ele vivia uma vida regida pela disciplina, por reuniões constantes e decisões importantes. Sua agenda estava lotada e, com isso, seus dias se passavam com uma precisão quase cirúrgica. Acordava cedo, tomava seu café preto sem açúcar, e se dirigia ao escritório com um semblante impassível. Ele não se permitia distrações, não se permitia descansar muito. O objetivo era claro: expandir seus negócios, melhorar sua imagem pública e consolidar sua posição no mercado.

Aubrey sabia que, para continuar subindo, precisava de uma esposa. Não que ele tivesse interesse em um relacionamento, mas o casamento poderia ser uma excelente jogada para fortalecer sua imagem. As aparições em público, as entrevistas e, quem sabe, até mesmo as negociações com outros empresários. A esposa seria uma figura de apoio, uma imagem de estabilidade. E, embora ele não tivesse o menor interesse em romance, sabia que era preciso cumprir esse protocolo. Não faltavam mulheres dispostas a se casar com ele, mas Aubrey não estava interessado em fazer uma escolha qualquer. Ele queria algo funcional, algo simples, sem complicações emocionais. O problema era que ele ainda não sabia como faria isso.

No escritório, sua secretária o interrompeu. “Senhor Carter, temos uma reunião com o conselho da empresa às 15h. E depois, há um evento beneficente que a senhora Weston está organizando. O senhor precisa decidir se vai comparecer.”

Aubrey assentiu sem mudar a expressão. “Cancelado. Tenho mais coisas importantes para fazer.”

Sua secretária olhou para ele, surpresa. Mas Aubrey não se importava com as expectativas alheias. Ele sabia que precisava se concentrar no que realmente importava. Seu celular vibrou, e ele olhou rapidamente. Era uma mensagem de sua irmã, Charlotte: “Você já pensou sobre o casamento? Não pode fugir disso para sempre, Aubrey.”

Ele bufou, mas não respondeu. Sabia que ela estava certa, mas, ao mesmo tempo, ele não queria ceder. Casamento não era uma prioridade para ele. Até que fosse.

Enquanto Liz estava de volta à loja, reorganizando o estoque e conversando com as clientes, Aubrey estava longe, em uma sala de reuniões, tomando decisões cruciais sobre o futuro da empresa. Ambos estavam, de certa forma, presos em suas rotinas, vivendo em mundos paralelos. Liz, imersa no cotidiano de uma vida simples, e Aubrey, absorvido em sua busca incessante por poder e controle.

O que eles não sabiam era que seus caminhos estavam prestes a se cruzar de uma maneira que nenhum deles poderia prever. O casamento por contrato, que Aubrey idealizava, ainda estava longe de se concretizar. E Liz, com sua vida aparentemente tranquila, estava prestes a ser surpreendida por um convite que mudaria tudo.

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Capítulo 2: O Encontro Inesperado

O som das portas de vidro da loja se abriu e, como sempre, Liz se preparou para o frenético vaivém dos clientes. Ela ajeitou a postura e sorriu enquanto uma mulher entrou, ostentando um sorriso de superioridade. A cliente usava um vestido de marca famosa, o tipo de cliente que Liz já conhecia bem. Era o tipo que não gostava de ser abordada, mas não tinha problemas em fazer exigências.

"Bom dia, senhora. Em que posso ajudá-la?" Liz perguntou, já com a cordialidade profissional no tom.

A mulher olhou-a de cima a baixo com um sorriso condescendente e respondeu com uma indiferença quase palpável. "Estou procurando um vestido para um evento importante. Quero algo que chame atenção, sabe? Nada de roupas simples. Mas duvido que vocês tenham algo à altura."

Liz forçou um sorriso e levou a cliente até a seção de vestidos mais sofisticados, tentando não se ofender com o tom arrogante. A loja, afinal, tinha muitas opções para todos os gostos. Enquanto guiava a mulher, ela notou os olhares discretos dos outros vendedores. Eles sabiam que, quando aquela cliente aparecia, as coisas poderiam se complicar.

"Este vestido é lindo", disse Liz, apontando para um modelo de seda azul escuro com detalhes dourados. "Ele é perfeito para eventos noturnos. Acho que ficaria maravilhoso em você."

A mulher pegou o vestido e olhou para Liz com um olhar desdenhoso. "Você acha que eu ficaria bem com isso? Olhe para você, querida. Não tem o mínimo estilo. Como pode saber o que é bom para mim, se nem mesmo tem noção de moda?"

Liz sentiu o calor subir à sua face, mas manteve a calma. Sabia que não valia a pena se envolver em uma discussão com uma cliente difícil, mas a humilhação estava ali, no ar, como uma nuvem densa.

"Eu entendo o que está procurando, senhora", Liz respondeu, tentando manter a voz serena. "E posso garantir que este vestido é de alta qualidade e muito elegante. Se desejar, posso trazer mais opções, é só me avisar."

A mulher bufou, como se estivesse incomodada com a paciência de Liz. "Eu duvido que você consiga me impressionar. Não se atreva a sugerir mais nada. Já basta me fazer perder meu tempo."

Liz respirou fundo, controlando o impulso de soltar uma resposta ríspida. Foi nesse momento que sua gerente, Vanessa, entrou na cena, já acompanhada de outra cliente que parecia mais satisfeita com a loja. Vanessa, sempre atenta, percebeu a troca de olhares entre Liz e a cliente difícil.

“Está tudo bem aqui, Liz?” Vanessa perguntou, claramente ciente da tensão no ar.

Liz sorriu de forma quase imperceptível, mas a cliente logo a cortou. "Não, não está tudo bem. Essa vendedora não tem o mínimo de educação. Eu já disse que não quero esse vestido, mas ela insistiu. Deveriam treiná-la melhor."

Vanessa olhou para Liz com um olhar que ela já conhecia: era o tipo de olhar que significava que ela teria que dar explicações. Antes que pudesse se defender, a cliente continuou.

"Aliás, eu não sei como vocês podem ter uma funcionária tão… desleixada. Não tenho paciência para isso. Estou pensando em denunciar isso à gerência."

Vanessa não parecia surpresa. Sabia que clientes difíceis sempre tinham alguma carta na manga. Ela olhou para Liz, com o rosto impassível, e disse: "Liz, talvez seja melhor você dar uma pausa. Não quero que essa situação se agrave mais. Vou tomar as providências necessárias."

Liz ficou paralisada por um instante. Sabia que o que Vanessa estava sugerindo não era apenas uma pausa. Ela estava, na verdade, sugerindo que fosse demitida. Liz deu um passo atrás, tentando disfarçar o golpe que sentia. A raiva começou a se formar em seu peito, mas ela a manteve dentro de si, sem mostrar para ninguém.

Antes que pudesse dizer algo, o som das portas de vidro da loja se abriu novamente, desta vez com uma entrada inesperada. Aubrey Carter, de traje escuro, entrou na loja com sua postura impecável. Liz, embora distraída com a situação, notou a presença dele imediatamente. Sua aura de poder e confiança era inconfundível, como sempre. Aubrey olhou ao redor e foi quando percebeu a tensão no ar.

"Oi, Liz", Aubrey disse, com um sorriso discreto, ao reconhecê-la. Ele sabia que ela trabalhava ali, mas não sabia o que estava acontecendo.

A cliente arrogante imediatamente se virou, percebendo o famoso CEO. “Ah, é você. Posso dizer que já vi você em alguns eventos de alto nível. Talvez agora tenha algo que me impressione, não é?” Ela sorriu, confiante, e tentou fazer com que Aubrey a notasse mais. Mas ele não parecia interessado em nada disso.

Vanessa, notando a chegada de Aubrey e sentindo o peso da situação, não teve como disfarçar sua preocupação. Ela olhou rapidamente para Liz e, em seguida, para Aubrey, buscando alguma saída.

"Senhor Carter", começou Vanessa, tentando sorrir. "Que bom vê-lo. Estava só conversando com a nossa vendedora aqui sobre uma pequena questão interna. Não há nada demais, eu garanto."

Antes que ela pudesse continuar, Aubrey cortou. "Eu conheço Liz. Ela trabalha aqui há muito tempo, não é?" Vanessa assentiu, visivelmente desconcertada.

"Sim, senhor. Mas... há uma pequena situação com uma cliente", Vanessa explicou, tentando se justificar.

Aubrey olhou para Liz por um momento. Ela estava visivelmente nervosa, mas tentou manter a compostura. Ele podia sentir que havia algo mais ali do que apenas um simples desentendimento com a cliente.

"Não vejo razão para que Liz seja demitida", ele disse, com uma voz firme e sem espaço para dúvidas. "Ela é uma excelente funcionária. Aliás, sou cliente desta loja há anos. Sempre fui bem atendido, especialmente por ela. Acho que isso é o que importa."

A cliente arrogante abriu a boca para protestar, mas Aubrey continuou, sem lhe dar atenção. "Ela está aqui para ajudar, e fez o seu trabalho da melhor maneira. Não há motivo para puni-la."

Vanessa ficou sem palavras. Ela sabia quem Aubrey era, e ninguém, absolutamente ninguém, ousava contrariá-lo. Com um suspiro resignado, ela apenas assentiu.

"Você está certo, senhor Carter. Não faremos mais nada. Liz, por favor, continue com seu trabalho."

Liz, ainda em choque, olhou para Aubrey. Ele havia salvado seu emprego. Ela sentiu uma mistura de gratidão e surpresa.

"Obrigada, senhor Carter. Eu… não sei como agradecer", Liz disse, com um sorriso tímido.

Aubrey olhou para ela, ainda com a expressão impassível, mas, por dentro, uma curiosidade crescente começou a se formar. Liz era linda, com seus longos cabelos loiros e ondulados, seu olhar inteligente e a força silenciosa que transparecia, mesmo em momentos de pressão. Ela não se deixou humilhar. Ela não se deixou abalar. Era algo nele que despertava um interesse mais profundo.

Ele piscou, como se voltasse à realidade. "Não precisa agradecer. Acho que fiz o que qualquer pessoa faria."

Enquanto Liz se afastava para retomar seu trabalho, Aubrey ficou pensativo. Talvez ela… Talvez Liz fosse a mulher que eu estava procurando. Uma mulher simples, mas com coragem e elegância. Talvez ela se adequasse a um contrato...

E com esse pensamento, Aubrey seguiu em frente, mas não pôde evitar a ideia que acabara de nascer em sua mente.

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Capítulo 3: Pressão Familiar

Aubrey Carter nunca foi o tipo de homem que se deixava pressionar facilmente. Como CEO de uma das maiores empresas de alimentos saudáveis do país, ele estava acostumado a tomar decisões difíceis e, muitas vezes, a enfrentar críticas públicas. No entanto, havia uma pressão que ele não conseguia evitar — e ela vinha de casa.

Naquela tarde, quando o sol começava a se esconder atrás do horizonte, Aubrey entrou na mansão de sua família, um enorme casarão de estilo clássico no centro de uma área nobre da cidade. As paredes de mármore e o piso polido eram o reflexo da riqueza que sua família acumulou ao longo de gerações. Mas, apesar de tudo isso, a sensação de opressão era constante quando ele atravessava a porta principal.

Dentro, sua mãe, Catherine Carter, estava à mesa, preparando o jantar. Ela tinha o cabelo preso em um coque elegante e usava uma blusa de seda, como sempre. Ao vê-lo entrar, ela sorriu, mas seus olhos carregavam uma expressão que ele conhecia bem: preocupação. Ao lado dela, sentado no sofá, estava seu pai, Richard Carter, um homem de cabelo grisalho e expressão severa. Ele olhou para o filho com uma mistura de exasperação e expectativa.

“Aubrey, finalmente! Achamos que você ia se atrasar”, disse sua mãe, com a voz doce, mas com um tom de quem já estava esperando por essa conversa. “Está tudo bem com o trabalho? Como vão as reuniões com o conselho? Qual a previsão para a expansão?”

“Tudo indo bem, mãe. Nada a se preocupar”, Aubrey respondeu, com um gesto descompromissado. Ele sabia onde essa conversa estava indo, e queria adiá-la o máximo possível.

Richard Carter, no entanto, não perdeu tempo. “Não há nada de bom em ‘tudo indo bem’, Aubrey. O que precisamos mesmo é de uma solução. Já estamos falando disso há meses!”

Aubrey fez uma careta, mas não respondeu imediatamente. Ele já sabia o que o pai queria. Era sempre a mesma história.

“Não vou continuar repetindo, Aubrey. O que a nossa empresa precisa agora é de uma imagem sólida, algo que mostre estabilidade”, continuou Richard, sem deixar espaço para objeções. “E a imagem que você está transmitindo para o público não é a que queremos. Os investidores estão começando a questionar sua capacidade de liderança.”

Catherine interrompeu, tentando suavizar a conversa. “Querido, estamos apenas preocupados com a sua imagem pública. As aparições que você tem feito estão ótimas, mas... os jornalistas começaram a especular. Eles estão falando sobre sua vida pessoal. A imprensa está sempre de olho, e você sabe como são as coisas. Já passou da hora de arranjar uma noiva.”

Aubrey suspirou, finalmente cedendo ao peso da conversa. Ele sabia que isso era inevitável. Sua mãe e seu pai tinham insistido por meses, tentando convencê-lo de que o casamento era a chave para consolidar a imagem da família e, consequentemente, a sua. Ele poderia ter respondido de várias maneiras, mas preferiu manter a calma.

“Eu sei, mãe, pai. Eu sei”, ele disse, com um sorriso forçado. “Mas isso não é algo que eu tenha pressa para resolver. E mais, já deixei claro que não quero me casar por conveniência.”

Richard levantou uma sobrancelha, mas não se deixou abalar. “Casamento por conveniência? Isso é o que você pensa, meu filho? Não estamos pedindo para você se apaixonar. Você precisa de uma mulher ao seu lado, que transmita a imagem certa. Alguém que seja discreta, inteligente, com classe. Você não precisa se apaixonar por ela, Aubrey, mas precisa mostrar para o mundo que está em um relacionamento estável.”

Catherine olhou para o marido e depois para o filho, com um olhar quase paternal. “Eu sei que você não gosta da ideia, querido, mas é o que precisa ser feito. Todo mundo vai entender que é uma escolha pragmática, e você vai poder focar no que realmente importa. A empresa, os investimentos...”

“E o que eu ganho com isso?” Aubrey interrompeu, já cansado da conversa. “Porque, no final das contas, o que querem é que eu me case para aliviar a pressão pública e melhorar a imagem da empresa, não é? Eu não sou um boneco de propaganda. Eu sou CEO da Carter Foods. Eu faço minhas escolhas.”

Mas Richard não se deixou abalar. “Eu entendo sua posição, Aubrey. Mas você tem que entender a nossa. A imagem é fundamental no seu papel. Não há como ignorar isso. A imprensa já está pressionando e, se você continuar adiando, isso só vai piorar.”

Aubrey fechou os olhos por um momento, tentando não deixar que a frustração transbordasse. Não estava disposto a ceder à pressão de seus pais, mas sabia que, de alguma forma, ele teria que lidar com isso. Afinal, a família Carter sempre teve o controle sobre os negócios, e o que eles pediam agora era simplesmente o próximo passo na linha do tempo.

“E se eu não me casar? O que vai acontecer?”, Aubrey perguntou, já com um tom mais cético.

Catherine se aproximou dele, colocando a mão sobre o braço dele. “Você sabe o que pode acontecer, meu filho. O risco é grande. E eu não quero que você perca tudo pelo orgulho. Precisamos que você esteja no controle de tudo. Precisamos que a imagem da família esteja sólida.”

O silêncio se instalou na sala. Aubrey sabia que a pressão não vinha só de sua família, mas também dos investidores e do público. Era uma questão de imagem. Mas isso não significava que ele fosse se submeter a um casamento de qualquer maneira. Ele ainda não tinha decidido como faria isso, mas sabia que seria de seus próprios termos.

“Eu vou pensar sobre isso, mas não esperem que eu me case com qualquer pessoa, apenas para manter as aparências”, Aubrey disse, levantando-se da cadeira. “Se for para ser, será com alguém que eu realmente escolha.”

Richard olhou para o filho com um misto de frustração e compreensão. “Só não demore muito. O tempo está correndo.”

Quando Aubrey saiu da mansão, ele sentiu o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Seus pais estavam certos em parte: a imagem da família era importante. Mas ele também sabia que casar apenas para agradar aos outros não era a solução. A pergunta que lhe pairava na mente era simples: Quem seria a mulher certa para esse papel?

Ele se lembrou, então, de Liz, a jovem vendedora que havia conhecido na loja. Ela parecia simples, mas, ao mesmo tempo, carregava uma força que o intrigava. O cabelo loiro ondulado, os olhos expressivos, e aquele sorriso tímido... Talvez ela fosse mais do que ele imaginava.

O pensamento o fez parar por um momento. Talvez Liz pudesse ser a solução. Talvez ela se adequasse ao que eu preciso...

Aubrey sabia que estava começando a dar mais atenção a essa ideia do que imaginava, mas, no fundo, uma parte dele queria acreditar que poderia controlar a situação.

E assim, com a mente fervilhando, ele tomou sua decisão. Seria hora de buscar a mulher que, talvez, se tornasse sua esposa — e talvez, só talvez, poderia ser Liz.

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