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E Se...

Capitulo 1 - Segredos e Suspeitas

Giovanna caminhava parou o carro quando recebeu uma ligação de seu pai.

- Até que enfim atendeu. Não viu quantas ligações eu fiz?

- Boa tarde pra você também pai. O que foi?

- Venha almoçar em casa amanhã. Nós temos algo a conversar contigo com certa urgência.

- Está tudo bem? A mamãe está bem?

- Sim\, sim. Todos estão bem\, apenas venha\, sim?

- Ok\, estarei ai

Giovanna desligou o telefone e entrou no carro, dirigindo-se para seu apartamento. Pelo caminho, sua mente vagava, questionando o verdadeiro propósito daquele almoço. A relação com seus pais, marcada por ressentimentos e distância, dificilmente poderia ser descrita como harmoniosa. Para ela, as visitas ao antigo lar eram incômodas, e o distanciamento, especialmente em relação ao pai, parecia insuperável.

Quando finalmente chegou em casa, soltou um suspiro de alívio. Nenhum outro lugar no mundo podia substituir a sensação de paz e sossego que seu lar lhe trazia. Giovanna havia feito questão de participar de cada detalhe da decoração do apartamento, situado em um condomínio de alto padrão da cidade. Era um presente de seu pai, dado após sua formatura na melhor faculdade de medicina do país.

Ela havia terminado o ensino médio aos 17 anos e ingressado diretamente na faculdade, um sonho que acalentava desde os 12. Agora, no ultimo ano de internato, percebia que a satisfação de antes já não era a mesma; algo parecia lhe escapar. Mas, naquele momento, decidiu deixar essas questões de lado.

Enquanto jantava sozinha no sofá, Giovanna voltou a pensar na conversa que teria com seus pais no dia seguinte. Ela não sabia porque, mas tinha um pressentimento que essa conversa não era algo bom para ela.

Miguel sabia que isso era loucura, fazia apenas um mês que ele tinha se encontrado pela primeira vez com Catarina, mas é como se eles já tivessem juntos há mais tempo. Enquanto dirigia para seu apartamento ele sentia em seu corpo toda a excitação do encontro. Ele já tinha 26 anos, um homem experiente, mas com Catarina parecia que ele havia se tornado um adolescente novamente.

Ele havia conhecido Catarina na saída de um restaurante, ela com seu jeito vibrante e carismático tinha se esbarrado nele sem querer, mas logo abriu um sorriso pedindo desculpas e elogiando sua aparência. Miguel ficou um pouco estupefato na hora. Ele sabia que tinha um rosto bonito e nunca teve dificuldade quanto a conseguir uma mulher, mas aquela mulher realmente tinha roubado o seu fôlego. Com sua simpatia, Catarina transformou um simples esbarro em uma conversa e logo um encontro. E então, Miguel conhecido como o frio e sisudo caiu no amor por ela e agora ele se encontrava sorrindo como um bobo apaixonado, que ele reconhecia que era.

Assim que parou na porta do seu prédio e avistou ela vindo na sua direção. Catarina era magra, pele bronzeada, cabelo castanho, olhos escuros amendoados, com altura mediana. Ela não era o tipo de mulher deslumbrante, mas o que atraía nela era seu charme, carisma e seu sorriso. Miguel que era acostumado a sair com as mulheres mais lindas do país, modelos, atrizes deslumbrantes se viu atraído por uma garota comum, mas ele não se importava com isso, pra ele Catarina era perfeita.

- Oi\, estava com saudades. Falou assim que entrou no carro com um sorriso

- Eu também. Miguel respondeu encarando e dando um beijo longo e profundo.

- Então\, aonde vamos? Perguntou ela quando se separaram

Miguel colocou o carro em movimento enquanto respondia

- Tem um restaurante muito bom em frente a praia\, há poucos km daqui\, acho que você vai gostar.

- Se estiver perto da praia deve ser maravilhoso. Catarina falou com aquele jeito entusiástico de sempre.

Enquanto dirigia Miguel escondeu um sorriso de canto de boca. Era a primeira vez na vida que ele se apaixonava e a sensação era maravilhosa.

Capítulo 2 - Decisões

Chegando ao restaurante um garçom levou o casal até a mesa que tinha vista para o calçadão e o mar

- Amei esse lugar. Falou Catarina com uma sorriso

- Assim que vi pensei em te chamar pra jantar aqui. Um amigo meu é dono e me chamou pra conhecer.

- Ah\, aí vem ele. Oi Arthur.

- Miguel\, que bom que você veio e estou vendo que trouxe uma garota bonita como companhia. Arthur falou com seu jeito direto de sempre.

- Arthur\, essa é a Catarina\, esse é um grande amigo meu. nos conhecemos na faculdade e até hoje ele ainda me persegue

- Prazer Arthur\, Catarina falou rindo

- A verdade é que o Miguel não vive sem mim\, mas qualquer dia desses eu te conto ate seus segredos mais sombrios

- Sai pra lá seu seboso. Fica longe da minha mulher.

Eles ficaram rindo e brincando e a atmosfera era muito alegre. Artur era um cara muito simpático em contraste com Miguel, que era mais fechado, mas eles tinham uma relação até melhor do que irmãos.

Quando os pedidos chegaram, Artur se retirou para que o casal tivesse seu momento a sós.

- Gostei dele. Você tem mais amigos Miguel? Tenho alguns\, mas não igual ao Artur\, eu sempre posso contar com ele pra tudo.

- Isso é muito bom. Eu não tenho amizade assim. tenho muitos amigos\, mas não como vocês dois.

- Você tem a mim agora. Disse Miguel pegando na mão dela.

Depois de pagar a conta Miguel levou Catarina para passear no calçadão, eles ficaram por um tempo até irem para o apartamento de Catarina

- Posso subir? Miguel perguntou

- hum\, sim. Vamos

Ao entrar no apartamento Miguel sentiu Catarina nervosa.

Tudo bem? Ele perguntou preocupado

Sim, e que já estamos saindo há um tempo e temo que você possa ficar impaciente por nós ainda...

Ei, no seu tempo tá? Miguel falou segurando o rosto dela e dando um selinho em seus lábios.

Eles ainda não tinham dormido juntos. No máximo uns amassos, mas Catarina apesar de não ser tímida nas interações sociais, era tímida quanto ao sexo e ainda virgem.

- Obrigada por ser paciente amor. disse Catarina

Logo o casal estava no sofá trocando carícias e beijos profundos. Miguel sentia seu corpo em chamas. Ele sempre teve a mulher que queria na sua cama, mas com Catarina era diferente, ele não se importava em esperar e respeitar o tempo dela. No momento certo ele sabia que seria incrível. Quando eles se despediram já era tarde, Miguel estava dirigindo quando seu celular tocou.

- Oi pai\, tudo bem?

- Filho\, que saudade\, está tudo bem sim. E você?

- Estou bem pai\, aconteceu algo

- Não\, não. E só que precisamos conversar sobre aquele assunto.

Miguel sabia ao que seu pai se referia e logo seu tom mudou para um mais frio

- Certo\, estarei amanhã de manhã.

Miguel pesou sobre esse assunto. Há um tempo que ele sabia dos planos das famílias Ferrari e Arantes.

Miguel Arantes é o atual CEO do grupo Arantes, a maior empresa de perfumaria e cosméticos do país, enquanto Luigi Ferrari, patriarca da família Ferrari, comanda atualmente a Ferrari&co. a segunda maior empresa do mesmo ramo. As famílias apesar de serem rivais nos negócios não tinham nenhum tipo de animosidade, devido a amizade de Marco Arantes e Luigi Ferrari, os chefes das respectivas famílias. Logo, Miguel sabia dos planos deles de casarem com Giovana, pois Luigi só tinha apenas Giovana e Amanda como filhas e nenhuma das duas tinham interesse nos negócios. Inicialmente ele se casaria com Amanda, a mais velha da família Ferrari, mas devido ao seu péssimo comportamento e constantes escândalos com o seu nome, a família decidiu pela caçula, Giovana. Dessa forma, casando os seus filhos aconteceria a fusão das duas empresas, Luigi poderia enfim desfrutar da sua aposentadoria e Miguel se tornaria o presidente dos dois grupos, tornando as famílias mais poderosas do que antes. Miguel não se opôs a ideia na época, afinal ele viveu para o trabalho, ele sabia do seu papel nessa família e tinha conhecimento dos planos e expectativas de seu pai. Ele não tinha ilusões sobre se casar por amor. Nesse meio poucos se casam por amor, mas agora tudo mudou. Nesse último mês ele foi feliz como nunca antes e ele não estava disposto a abrir mão disso.

Logo cedo naquela manhã Miguel já estava entrando no portão da mansão da sua família. Ele se dirigiu à entrada e foi cumprimentado pela funcionária mais antiga funcionária da casa. Maria.

- Miguel\, filho. Quanto tempo que não vejo você.

- Ah Maria\, deixa de exagero. Só fiquei distante por pouco tempo devido ao trabalho.

Maria sorriu e deu um abraço apertado nele. Apesar de ser uma funcionária, ela já era tratada como um membro da família e tinha liberdade para tratar Miguel com tanta intimidade, afinal Maria tinha o visto nascer e foi quem ajudou sua mãe a criar ele e seu irmão Gabriel.

- Ah\, menino\, mas você sabe como sentimos saudades. Entre\, seus pais estão tomando café da manhã.

- Olha quem resolveu aparecer. Gabriel\, o filho caçula da família\, falou descendo as escadas quando viu Miguel entrando.

- Vocês exageram demais\, até parece que não venho aqui há um ano

- Um ano não\, mas um mês sim. Retrucou Gabriel enquanto dava um um leve soco no braço do seu irmão

- Você também pode ir me ver\, pentelho. Miguel falou dando um tapinha na cabeça do Gabriel. Eles tinham seis anos de diferença\, mas devido ao ar jovial e leve de Gabriel\, Miguel sempre se sentiu responsável pelo irmão e o tratava ainda como um adolescente. Apesar da diferença de idade eles tinham um bom relacionamento.

Assim que entrou na sala de jantar, Miguel foi cumprimentado pelos seus pais.

- Filho\, sente-se. vamos tomar café. Falou Regina\, sua mãe\, cheia de felicidade por ter sua família reunida nessa hora.

- Miguel\, sabia que você veria meu filho\, mas não achei que fosse tão cedo. Eu gosto de ver todos reunidos nessa casa. Marco disse expressando seu contentamento

- Eu sei pai. Eu queria vir logo cedo\, pois apesar de ser sábado ainda tenho alguns assuntos a tratar na empresa.

- Filho\, coma. Não é bom só pensar em trabalho\, fico preocupada que você não esteja se cuidando bem. Ainda bem que logo você se casará e eu tenho certeza que a Giovana irá cuidar bem de você.

Ao ouvir esse assunto, o humor de Miguel mudou, mas devido a sua expressão sempre fria, seus pais não notaram. Enquanto tomavam café da manhã a família aproveitou para conversar diversos assuntos, afinal devido a vida corrida de todos eles não se viam com tanta frequência.

Quando terminaram a refeição, Miguel e seu pai foram conversar no escritório.

- Miguel precisamos acertar algumas coisas do seu casamento. Marco foi direto ao assunto.

- Pai\, eu preciso falar uma coisa.

- Deixe-me terminar. Eu sei que pode parecer repentino\, mas eu gostaria que nós escolhêssemos a data do casamento logo\, gostaríamos que fosse realizado em quatro meses.

Miguel ficou surpreso, ele não esperava que seu pai e Luigi Ferrari estivessem com tanta pressa

- Pai\, é sobre isso mesmo que eu precisava conversar. Eu não posso me casar com a filha dos Ferrari

- O QUE? O grito de Marco foi ouvido por quem passava pelo corredor de tão alto

- Miguel\, que ideia é essa agora? Porque de repente você mudou de ideia?

- Não foi de repente\, já tem algum tempo que venho pensando sobre isso. Nós podemos levar a nossa empresa a grandes níveis no futuro sem precisar dessa fusão.

- Você não entende que essa é maneira mais rápida\, eficaz e garantida de nós elevarmos nossa posição? Miguel\, eu te preparei pra esse momento\, você é o único que pode fazer o que eu não consegui. Marco bradou dando um soco na mesa.

- Sinto muito pai\, mas eu já tomei a minha decisão. Já está tarde e eu preciso voltar para a empresa. Com sua licença. Miguel falou saindo da sala. Ele se despediu de sua mãe:

- Filho\, eu te entendo\, mas por favor\, pense bem\, sim? Ela deu um beijo suave no seu rosto e o observou partir com um sentimento de impotência a dominando.

- Miguel estava arrasado por decepcionar seu pai\, ele desde pequeno sempre foi um garoto obediente que buscava a sua aprovação\, mas ele queria ficar com Catarina\, ele sabia que poderia ter os dois: sucesso na carreira e amor\, não precisava escolher. E ele estava disposto a tudo para ter a felicidade ao lado de Catarina.

Nota da autora:

Pessoal, desculpem alguns erros, faço de tudo para fazer a correção por capitulo, mas as vezes alguns erros escapa.

Espero que estejam gostando.

Beijos

Capítulo 3 - Família

Giovanna chegou na hora do almoço como prometido ao seu pai, eles não moravam na capital então ela teve que dirigir por duas horas até chegar à residência da família. O lugar da sua infância era lindo, mas abrigava terríveis lembranças que ela gostaria de esquecer, logo, ela não queria ficar nenhum momento a mais do que o necessário nesta casa.

A funcionária a levou até a sala, onde seu pai já estava esperando.

- Giovana\, sente-se. Seu pai estava sentado no sofá e disse sem nenhum outro cumprimento. Sempre foi assim.

- Eu vim logo\, confesso que estou curiosa sobre esse assunto. Onde está a mamãe?

- Não está se sentindo bem\, não vai almoçar conosco.

Não era nenhuma surpresa para ela, sua mãe constantemente tinha essas indisposições. Era um código para: Ela está dopada de remédios, os quais ela usa para fugir da sua realidade.

- O almoço está servido. Uma das funcionárias veio avisar

Giovana acompanhou seu pai até a sala de jantar. A mesa posta era chique, digna da mais nobre família. Talheres importados, louças que custavam uma fortuna, taças e uma infinidade de objetos de decoração. Giovana queria acreditar que era porque ela vinha almoçar, mas ela não era iludida, sabia que sua família pomposa sempre tinha esse comportamento. O simples não era algo que a família Ferrari admitia. Giovana almoçou apenas com o seu pai. A atmosfera fria da casa, a falta de calor humano e toda a cerimônia dos funcionários não era uma novidade para ela. Foi assim que ela foi criada e dessa forma a sua personalidade foi moldada.

- Bom\, acho que é melhor te explicar logo o que eu preciso. Disse seu pai quando a sobremesa foi servida.

- Eu combinei o seu casamento com o filho mais velho dos Arantes. Em quatro meses vocês se casarão.

Giovana estava sem palavras, o choque tomou conta do seu rosto, mas logo ela recuperou a voz

- Mas não era a Amanda que iria casar com ele?

- Sim\, seria eu\, mas eles resolveram me sabotar. Amanda entrou na sala debochando. Ela estava com raiva e foi se aproximando de seu pai.

- Cale-se!. Ordenou seu pai. Você sabe muito bem que seu comportamento vulgar e desavergonhado foi que causou isso. Você nos envergonha\, é uma sorte que o Marco não quis cancelar todo o contrato e concordou com a troca de esposa.

- Me divertir e curtir a vida agora é uma vergonha papai? O que posso fazer se você é um velho careta?

Pah

O som do tapa ecoou na sala.

- Você.. Amanda rosnou de raiva. A força do tapa em seu rosto a lançou no chão.

- Saia da minha frente\, agora. Luigi vociferou com sua filha mais velha. Giovana não se levantou da cadeira\, ela observou sua irmã se levantar e sair. Ela sabia que sua irmã rejeitaria a sua ajuda\, afinal não foi o primeiro nem o segundo tapa que seu pai lhe deu.

- Bom\, voltando ao assunto\, sua irmã não está qualificada para esse casamento\, então será você.

- Eu não tenho interesse em me casar. Eu estou terminando a minha residência e um casamento só vai tirar meu foco da minha carreira

- O casamento é uma mera conveniência\, você já conhece os termos\, são os mesmo que eram da sua irmã\, você poderá se divorciar em dois anos de casamento\, claro que\, sob algumas condições e se não houver uma criança.

Giovana já sabia disso, ela leu o contrato quando sua irmã se casaria, mas ela já esteve em uma prisão antes e não gostaria de entrar em outra.

- Eu não o conheço\, não estou interessada nele\, logo\, não vou me casar.

- Giovana. Seu pai lhe chamou com aquele tom de gelar o coração. Você irá se casar sim\, não lute contra isso porque você vai perder. Ele falou isso olhando bem no fundo dos seus olhos\, seus olhos azuis como os dela eram um poço de gelo\, ela sabia que seu pai não estava com paciência para discussão.

- De qualquer forma\, vocês se encontrarão em breve\, então poderão se conhecer melhor. Ele disse falando como se não houvesse feito aquela cara assustadora de antes. - Eu vou me retirar\, fique a vontade.

Ela se viu sozinha na sala de jantar pensando sobre toda essa reviravolta. Ela sabia que seu pai não iria facilitar para ela, caso ela dissesse não. Seu pai poderia obrigar alguém a fazer o que ele queria sem usar a força física. Giovanna se sentia em uma encruzilhada. Ela se dirigiu até o quarto da mãe para checá-la.

- Mamãe? Chamou quando entrou no quarto. Ela foi até a lateral da cama e viu sua mãe em um sono profundo.

- Ah\, mamãe\, Giovana murmurou. Encontrar sua mãe assim não era uma novidade. Ao longo da sua infância e juventude episódios como esses eram muito comuns. Sua mãe se refugiava nos remédios para fugir das angústias e tristezas da sua vida.

Giovana verificou seus sinais vitais e constatou que sua mãe estava bem. Então se retirou do quarto.

- Verifique a senhora Ferrari de tempo em tempo para saber se ela está bem. Pediu a uma das funcionárias quando saiu.

- Sim\, senhora. Não se preocupe\, daqui a pouco eu vou vê-la

- Obrigada.

Então foi ao quarto da sua irmã. A relação das duas não era de amizade. Devido a tantas coisas nessa família a personalidade séria e fria de Giovana contrastava com a vivacidade e rebeldia de Amanda.

- Entre. Disse Amanda ao ouvir alguém bater na porta.

Giovana encontrou sua irmã deitada na cama digitando algo em seu celular. Amanda era loira igual a ela, mas diferente de Giovana ela tinha muitas tatuagens e piercing em seu corpo.

- Eu acabei de saber que vou me casar. Nunca tive a intenção de usurpar o seu lugar. Lamento se você ficou chateada.

- Ahaha\, eu sei maninha\, não estou chateada\, nunca desejei de fato esse casamento\, mas não podia aceitar sem fazer meu pequeno show.

- Fico aliviada por saber.

- Você sempre foi avessa ao casamento e eu acredito em você\, afinal quem trocaria uma prisão por outra quando já teve a chance de liberdade? Elas duas compartilharam um olhar significativo\, elas entendiam uma à outra\, afinal elas compartilharam a vida desta família disfuncional.

- Mas você aceitou sem problemas\, disse Giovana

- Apenas porque não sou como você. Você é leal a tudo nessa vida Giovanna\, sua carreira\, amizade até mesmo a essa família de merda. Não seria diferente com esse casamento\, mesmo por conveniência. Mas eu não\, mesmo casada eu posso muito bem continuar a minha vida rebelde e desregrada. Não ligo para o que os outros pensam.

- Eu sei\, mas até toda a sua liberdade e rebeldia precisa ter limites Amanda. Eu não gostaria de ver nosso pai perdendo a paciência com você.

- Pois eu não ligo\, o que ele mais pode fazer comigo? O que mais ele pode me tirar. Ela falou com a voz embargada. As duas sabiam a que Amanda se referia\, mas apenas compartilharam um olhar que dizia muito.

- Bem\, de qualquer forma procure se precisar de alguma coisa. Adeus. Giovanna se despediu

- Adeus maninha\, e se cuide também. Giovana! Amanda chamou mais uma vez

- Sim?

- Tome cuidado com o Miguel\, ele também não é um homem fácil de se lidar. Eu sei que no final você acabará fazendo a vontade do nosso pai e casará com ele. Mas não se deixe enganar\, para ele esse casamento só será um mero contrato.

- Como você sabe que aceitarei?

- Porque eu percebi em você coisas que talvez nem você mesma percebeu.

Giovana não entendeu o que sua irmã disse

- Vá\, o que eu puder fazer para deixar o caminho livre para você\, eu farei. Adeus e de nada maninha.

Giovana foi embora com o cenho franzido, tentando entender o que sua irmã quis dizer com tudo aquilo. Entrando no carro deu um suspiro de alívio, ela se sentia sufocada naquela mansão. Giovana pôs o carro em movimento com destino ao hospital. Hoje ela teria um plantão de 24 horas e foi com satisfação que ela deixou aquele lugar para trás.

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