■ Casa da Olivia;
Eram 6:00 da manhã quando o despertador tocou, quebrando o silêncio suave do quarto de Olivia. Ela se espreguiçou, acreditando que hoje seria apenas mais um dia comum em sua rotina. Após um banho rápido, foi até o closet, onde escolheu uma blusa branca de tecido leve, calça jeans e o seu uniforme de trabalho, cuidadosamente dobrado em uma das prateleiras. Olivia passou a mão nos cabelos, verificando sua aparência no espelho e tentando afastar a expressão de cansaço do rosto.
Finalmente pronta, caminhou silenciosamente pelo corredor até o quarto do filho, um menino de sete anos, que costumava estar enrolado nas cobertas até que ela o acordasse. Ao entrar, viu o menino dormindo, com o rosto suave e sereno, com a mão descansando sobre o travesseiro. Ela sorriu, encantada com a cena, e se aproximou devagar.
Olivia: Lucca, acorda filho! Já está na hora.
Lucca: Bom Dia, mãe. — Comprimentou com uma voz sonolenta.
Olivia: Bom Dia, filhão! Levanta senão não vai dar tempo de você tomar banho.
Lucca: Tá legal, estou indo.
Olivia então passou pela sala para chegar até a cozinha, e ali deitado no sofá estava Danilo, o marido dela. Eles estavam passando por uma crise, e ele já estava uma semana dormindo na sala.
Olivia: Bom Dia.
Danilo: Bom Dia. — Responde seriamente.
Olivia: Quer café?
Danilo: Não, obrigado.
Olivia: Eu tô indo trabalhar, eu só vou voltar na próxima semana.
Eu deixei algumas marmitas prontas pra você e pro Lucca no congelador, qualquer coisa pode me ligar.
Danilo: Olha... uma semana viajando com o seu amante! Devem estar felizes!
Olivia: Danilo... não sabe como me dói essa sua desconfiança... por sua culpa a nossa família está desmoronando.
Danilo: Por minha culpa? — Pergunta irônico.
Eu te vi com aquele comissário, como ele se chama? Zack?
Ela suspirou, tentando conter a raiva e a tristeza que cresciam em seu peito. Ela já estava cansada de tentar provar algo que estava na ilusão na mente de Danilo.
Olivia: O nome dele é Zacarias, sim, mas ele é apenas meu colega de trabalho e você sabe! Para de ser tão cego e me deixa explicar o que você viu aquele dia!
Minha prioridade sempre foi você e o Lucca, nossa família.
Danilo cruzou os braços, mantendo o olhar desafiador.
Danilo: Sua prioridade é o seu trabalho, você não se importa com o Lucca e muito menos comigo.
Eu sei que ser comissária era o sonho da sua vida e você sabe como eu fiquei feliz por você, eu comecei a trabalhar homeoffice pra cuidar do Lucca, já que você não confiava em deixar ele com uma babá... mas eu cansei, Olivia!
No iniciou, você não dobrava plantão ou seja lá como chame, ficava no máximo 2 ou 3 dias fora e agora tem dias que você fica quase 1 mês sem ver o seu filho e agora sei que é pelo Zacarias!
Ela balançou a cabeça, desapontada.
Olivia: Se eu trabalho tanto é justamente por vocês, pra dar do bom e do melhor pro meu filho.
E eu já cansei de falar sobre o Zack, já que você não me deixa explicar o que aconteceu, tudo bem, eu não vou falar... mas tenho a consciência tranquila de que eu nunca te traí. — Uma lágrima escorreu discretamente pelo rosto dela, mas ela logo limpou ao ver Lucca descendo as escadas.
Lucca: Mãe, eu já tô pronto!
Olivia: Você está lindo, amor.
O seu pai vai te levar tá?
Agora eu tenho que ir.
Lucca: Onde você vai dessa vez, mãe?
Olivia: Pra um resort no Caribe!
Lucca: E quantos dias você vai demorar?
Olivia: Uma semana.
Lucca: Tudo isso?
Olivia: É amor! Mais vai passar bem rápido, juro.
Lucca: Eu vou sentir sua falta.
Olivia: E eu a sua! Te amo, meu menino lindo.
Lucca: E eu amo você, mãe.
Quando chegou na porta, pronta pra sair, seu filho a chama novamente.
Lucca: Mãe!
Olivia: O quê?
Lucca: Não vai se despedir do papai?
Olivia e Danilo se encararam.
Danilo: Nós já nos despedimos, filho!
Antes de você descer.
Lucca: Mais não vão dar nem mais um beijinho?
Eles se entreolharam novamente, Olivia então se aproximou e o beijou no rosto, saindo rapidamente antes que Lucca pedisse outra coisa.
■ Casa da família Martins;
Carlos estava terminando de carregar as malas para o carro da irmã, enquanto observava Sarah e Davi rindo no portão de casa. Ele sentiu o coração bater mais forte ao ver os dois ali, cheios de alegria, compartilhando aquela expectativa da viagem que tanto haviam planejado. Desde o casamento, ele e Sarah guardavam cada centavo, sonhando com o momento em que, com o filho nos braços, conheceriam os incríveis resort's do Caribe.
Sarah, segurando a mochila de Davi, acenou para Carlos com um sorriso animado. Ela estava radiante, o cabelo preso de forma casual e os óculos escuros descansando sobre a cabeça. Mesmo após anos juntos, Carlos ainda se surpreendia com a alegria que ela trazia aos momentos mais simples. Ele sabia que essa viagem seria especial não apenas para ele e Sarah, mas principalmente para Davi, que pela primeira vez veria o mar de perto.
Sarah: Tudo pronto, amor? — Perguntou indo ao encontro de Carlos.
Carlos: Tudo certo! — Respondeu, fechando o porta-malas com um leve suspiro de alívio.
Finalmente conseguimos, hein? Quem diria...
Sarah riu, o abraçando de leve e depois deu um tapinha carinhoso nas costas dele.
Sarah: Finalmente! Valeu a pena cada economia. E agora vamos aproveitar cada segundo, juntos.
Davi, com seus oito anos de energia pura, já estava impaciente, olhando de um lado para o outro, ansioso para entrar no carro.
Davi: Vamos, quero ver o mar!
Sarah: Sua tia já vem, meu amor, paciência!
Vick: Já peguei as chaves, vamos?
Carlos: Obrigada por nos levar pro aeroporto, mana!
Vick: É um prazer! Curtam ao máximo tudo o que puderem e tirem bastante foto.
Davi: Eu vou andar de avião pela primeira vez, tia!
Vick: Você vai ver tudo aqui em baixo bem pequenininho, como se fosse uma cidade de formiguinhas.
Davi: Agora podemos ir?
Vick: Sim! Vamos!
Carlos e Sarah sorriram, contagiados pela empolgação do filho. Quando todos estavam acomodados, Vick deu partida, em rumo ao aeroporto.
■ Na empresa de Roberto;
Roberto estava em seu amplo escritório, uma sala moderna com móveis em tons sóbrios e grandes janelas de vidro que revelavam a vista de onde trabalhava. A luz matinal entrava, iluminando as estantes repletas de livros e as prateleiras com pequenos troféus e fotos de eventos empresariais. Concentrado, ele revisava as papeladas da viagem de negócios que faria ao Caribe, checando cada documento e organizando a pasta com um cuidado meticuloso.
Embora fosse um empresário bem-sucedido e respeitado, Roberto carregava consigo o peso de estar há anos solteiro. Ele tinha se decepcionado tantas vezes que a ideia de encontrar a pessoa certa parecia distante. As mulheres que cruzaram seu caminho se mostravam mais interessadas em sua posição e fortuna do que em quem ele realmente era. Isso o deixava cauteloso e, por vezes, solitário, imerso no trabalho.
Estela, sua jovem secretária, bateu suavemente à porta antes de entrar, interrompendo seus pensamentos.
Estela: Chefe, quando o senhor vai voltar? — Perguntou, com um tom de voz profissional.
Roberto: Ainda não sei, Estela.
Mas pretendo voltar em no máximo cinco dias.
Estela: Posso então remarcar as reuniões para a próxima semana? Só por precaução, caso o senhor tenha algum imprevisto por lá.
Roberto: Sim, boa ideia.
E peça desculpas aos clientes por mim.
Estela: Pode deixar, senhor. Cuide-se, viu?
E boa viajem.
Roberto: Obrigado, Estela!
Após se despedir de Estela, Roberto recolheu sua pasta e, acompanhado pelo motorista, desceu até o carro que o aguardava na entrada do prédio. No caminho até o aeroporto, ele observava a cidade passando pela janela, pensando na viagem e, talvez, em como o destino poderia surpreendê-lo dessa vez.
■ No Apartamento de Lorena e Vinicius;
Lorena e Vinícius estavam radiantes enquanto finalizavam os últimos preparativos para a viagem. Era a primeira vez que viajariam juntos como noivos, e a ansiedade pela aventura nos resort's do Caribe os enchia de alegria. Com as malas prontas, eles se dirigiram ao saguão onde suas famílias os aguardavam para uma breve despedida.
A mãe de Lorena, sorrindo com um olhar emocionado, abraçou a filha longamente.
Nora: Cuida bem da minha menina, Vinícius! — Falou, piscando com cumplicidade para o genro.
Vinícios: Pode deixar, Nora — Respondeu com uma risada. Ele adorava o carinho que a mãe dela tinha por ele.
Os pais de Vinícius também estavam ali.
Denise: Não esqueça de ligar, hein? E nada de esportes radicais perigosos! — Brincou, tentando esconder a preocupação típica de mãe.
O pai de Vinícius, um homem de poucas palavras, apertou a mão do filho e o olhou com orgulho.
Joel: Cuida bem dela, filho. E aproveitem. Vocês trabalharam muito para merecer esses dias de descanso.
Com as despedidas feitas e corações aquecidos, Lorena e Vinícius pegaram as malas e seguiram para o embarque, trocando sorrisos animados enquanto seus familiares os observavam com carinho.
Após chegar ao aeroporto, Olivia foi direto para o vestiário para colocar o uniforme. Lá, encontrou Virgínia, sua colega de trabalho, também se trocando e organizando suas coisas para o voo.
Olivia: Oi, Vi! — cumprimentou, com um sorriso.
Virgínia : Oi, Oli! Como está — Respondeu Virgínia, com seu tom alegre de sempre.
Olivia: Bem, e você? Animada para o nosso destino de hoje? — Perguntou, tentando manter o tom descontraído.
Virgínia : Sim! Parece até que é a primeira vez que vou pra lá — Falou rindo.
E você?
Olivia hesitou, suspirando um pouco.
Olivia: Eu confesso que não tô muito empolgada, não.
Virgínia a olhou com curiosidade.
Virgínia : Ué, por quê, amiga? Normalmente você é a mais animada da equipe!
Olivia: Eu sei, só que hoje... acordei com uma sensação estranha, sabe? Como se algo ruim estivesse por vir. Nunca senti isso antes.
Virgínia: Deve ser todo esse estresse dos últimos dias, Oli.
Desde aquele dia que o Danilo arrumou aquela confusão com o Zack, você tá assim.
Olivia: Nem me lembre disso... — Fala passando a mão no rosto.
O Danilo tá querendo acabar com quase 10 anos de casamento por um maldito, mal entendido.
Virgínia: O que ele te disse, afinal?
Olivia: Ele acha que eu o estou traindo, que eu e o Zack temos algo. O Danilo viu a gente se abraçando aquele dia e tirou conclusões absurdas. Ele não quis ouvir nem uma explicação.
Virgínia: Nossa, amiga, que situação chata... Ele nem quis ouvir o que você tinha a dizer?
Olivia deu de ombros, negando com a cabeça e lembrando do que tinha acontecido naquele dia no voo.
...{Flash Back On}...
No voo de algumas semanas antes, Olivia fazia o serviço de bordo quando um dos passageiros começou a agir de maneira estranha. A princípio, ele fez perguntas comuns sobre o serviço, mas, aos poucos, seus comentários foram ficando invasivos. Em um dos momentos, ao oferecer uma bebida, Olivia sentiu a mão do homem se estender para mais perto do que seria confortável. Ele sorriu de forma desagradável e, de repente, colocou a mão sobre a dela, a impedindo de se afastar.
Homem: Ei, qual é a pressa, linda? — Disse com um olhar malicioso.
Olivia tentou manter a calma, mas ficou paralisada por um segundo, sentindo um desconforto que não conseguia esconder. Ela forçou um sorriso, puxando sua mão com delicadeza, tentando se afastar educadamente.
Olivia: Senhor, eu preciso continuar o serviço. Posso trazer algo mais pra você? — Respondeu, tentando soar profissional.
Mas o homem não recuou. Ele se aproximou mais, fazendo um comentário vulgar que a deixou constrangida e sem palavras.
Foi nesse momento que Zack, o comissário que trabalhava com ela naquele voo, percebeu a situação. Ele se aproximou, se colocando entre o homem e Olivia, sem hesitar.
Zack: Algum problema aqui, senhor?
Homem: Não, só estávamos conversando...
Ele cruzou os braços e manteve seu olhar fixo no passageiro, deixando claro que ele estava longe de se intimidar.
Zack: Ótimo, então peço que mantenha a conversa no nível de respeito que a minha colega merece.
Ou terei que pedir para um dos agentes resolver a situação no pouso.
Homem: Não vai ser necessário.
Zack: Ótimo, daqui pra frente qualquer coisa que precisar, peça pra mim e eu terei o prazer de servi-lo. — Se retira junto com Olivia.
Olivia: Obrigada
Zack: Está tudo bem?
Olivia: Sim, obrigada, Zack.
Zack: Se ele voltar a te incomodar, me chama imediatamente.
...•••...
Quando o avião pousou e os passageiros começaram a se preparar para desembarcar, Olivia sentiu um enorme alívio, pensando que aquele incidente desagradável finalmente ficaria para trás. Ela evitava olhar para o homem, que permanecia sentado, lançando olhares maliciosos na direção dela durante todo o voo. No entanto, sua paz foi abruptamente interrompida quando ela passou pelos assentos recolhendo os últimos objetos deixados para trás.
Assim que se abaixou para pegar algo no corredor, o passageiro aproveitou a oportunidade e deslizou a mão pelas suas pernas de forma desrespeitosa e repulsiva. Olivia congelou no lugar, chocada e enojada, enquanto o homem sorria com malícia.
Olivia: O que você está fazendo?! — Disse recuando rapidamente e tentando manter a calma, mas visivelmente abalada.
Homem: Quanto quer pra realizar a minha fantasia, lindeza?
Antes que ela pudesse processar a situação, Zack, que estava observando a movimentação de perto, avançou sem hesitar. Ele segurou o homem pelo colarinho, sua paciência claramente esgotada.
Zack: Você passou dos limites, seu desgraçado!
Qual é a sua? Não sabe respeitar uma mulher?
O homem tentou se livrar do aperto, mas Zack era mais forte. Ele empurrou o passageiro contra o assento, deixando claro que não toleraria aquele tipo de comportamento.
Homem: Me solta, seu infeliz!
Se não pudéssemos olhar com desejo para as comissárias, não botariam mulheres tão bonitas e tão rabudas.
Zack sem paciência deu um soco no rosto do homem.
Olivia: Não, Zack! Não vale a pena.
Deixa o pessoal da segurança resolver isso.
Zack: Eu só não quebro a sua cara, porque não vale a pena perder o meu emprego por um idiota como você.
Virgínia que também estava naquele voo, chamou imediatamente a segurança do aeroporto e detiveram o homem.
Olivia desceu do avião, ainda abalada. Zack logo atrás.
Zack: Tá tudo bem?
Olivia: Sim, obrigada, Zack! — O abraça.
Eu não sei o que teria acontecido se você não tivesse aqui.
Zack: Enquanto eu estivem por perto, nada de ruim vai voltar a acontecer.
Danilo: Olivia! — Gritou ao vê-la abraçada com Zack.
...{Flash Back Off}...
Voltando ao presente, Olivia suspirou, ainda sentindo um certo peso no peito ao lembrar do ocorrido.
Olivia: Foi só um abraço de gratidão, Vi...
Mas, infelizmente, Danilo não quis ouvir a explicação.
Virgínia: Ele foi muito injusto com você, Oli.
Letícia: Bom Dia, meninas.
Virgínia e Olivia: Bom Dia.
Letícia: Eu queria pedir um favor pra uma de vocês.
Olivia: Pode falar.
Letícia: Tem como alguma de vocês trocar de escala comigo?
Virgínia: Eu troco com você.
Letícia: Obrigada, Vi!
Meu namorado tá no Caribe e quero fazer uma surpresa. .
Virgínia: Qual seu voo?
Letícia: Itália, portão 4, Voo 248.
Olivia: Nesse caso, vamos meninas!
Já tá quase no hora.
O aeroporto estava movimentado, repleto de pessoas com malas, sorrisos ansiosos e despedidas emocionantes. Entre a multidão, as famílias que se preparavam para embarcar no voo rumo ao caribe começavam a chegar.
Vick estacionou o carro e Carlos começou a descarregar as malas. enquanto Sarah segurava a mão de Pietro, que não conseguia esconder a animação.
Vick: Estão entregues.
Davi: Por que você não vem também, tia?
Vick: Quem sabe na próxima!
Sarah: Tchau, Vick. Obrigada por nos trazer.
Vick: Não foi nada.
Carlos: Tchau, maninha.
Vick: Beijos, boa viajem!
Se despedem, pegam as malas e seguem em direção as portões, prontos para a tão aguardada viagem que planejaram por tanto tempo.
Do outro lado do estacionamento, Lorena e Vinicius chegaram animados para a viagem.
Lorena: Acho que somos os únicos malucos que decidem ter a viagem de lua de mel, antes casamento.
Vinicius: Bem que dizem que o amor faz loucuras! — A beija.
Lorena: Vou ligar pra avisar que chegamos.
Vinicius: E eu vou pegar as malas.
Enquanto ela fala com a mãe, Vinicius carrega as malas até o embarque.
Chegando sozinho, Roberto recebeu a ajuda do seu motorista com as malas. Ele caminhava de forma segura, com o celular na mão, conferindo e-mails de última hora antes do embarque. Apesar de estar viajando sozinho, o empresário parecia tranquilo e focado, como sempre.
Roberto: Obrigado pela ajuda, Jaime!
Está liberado.
Jaime: Obrigado, senhor! Boa viajem.
Roberto: Obrigado.
Ele caminhou para dentro do aeroporto com a elegância habitual, pronto para mais uma viagem de negócios.
...No embarque ...
......................
Cada família, com seus próprios momentos de expectativas, seguiu para o portão de embarque.
Olivia estava posicionada na entrada do avião, recebendo os passageiros com um sorriso acolhedor. Ela indicava as fileiras, ajudava com algumas bagagens de mão e cumprimentava cada um com uma leve inclinação de cabeça. Para ela, o início de um voo era sempre um momento importante, e ela queria garantir que todos se sentissem bem-vindos. Quando Zack entrou na cabine, caminhou até ela e a cumprimentou com o sorriso amigável de sempre.
Zack: Tudo bem por aqui? — Perguntou ele, ajustando o uniforme com uma postura tranquila.
Olivia: Tudo certo, Zack.
Zack: E a Virgínia?
Olivia: Trocou com a Letícia.
Zack: E... você conseguiu aclarar as coisas com o Danilo?
Olivia: Não, ele não quis me ouvir.
Ele pensa que temos algo.
Zack: Quer que eu tente falar com ele?
Olivia: Não, isso pode piorar as coisas.
Mas te agradeço.
Zack: Se eu puder ajudar em alguma coisa, é só me dizer.
Olivia: Obrigada, Zack !
Após todos os passageiros se acomodarem, Zack assumiu o microfone e começou a falar com uma voz clara e confiante.
Zack: Bom Dia, senhores passageiros. Sejam bem-vindos a bordo! Este é o voo 0370 com destino ao Caribe. Pedimos que se acomodem e afivelem os cintos, pois estamos nos preparando para a decolagem.
As instruções continuaram, enquanto Olivia e Letícia se certificavam de que tudo estava em ordem na cabine. Ela fez uma última verificação para ver se todos os cintos estavam afivelados e, em seguida, tomou seu próprio assento. Era o começo de mais um voo, mas o ar carregava algo diferente naquela tarde, algo que apenas Olivia parecia sentir.
Logo, a aeronave começou a taxiar para a decolagem, e os passageiros se ajeitaram em seus lugares, uns ansiosos, outros com olhares despreocupados, sem imaginar o que aquele voo lhes reservava.
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